Capítulo 73 - Questionar ou não?

Marina

Depois de cumprimentar a Bruna e falar rapidamente com ela eu falo com o Amarildo que não fala profissionalmente comigo naquele momento. Graças a Deus todos estão me tratando melhor do que imaginei.

-Vai malhar onde?-pergunto a Bruna que está com roupa de academia
-aqui mesmo, vou só fazer uma esteira rapidinho
-se eu não estivesse com roupa desfavorável para ir a academia ia também
-eu te empresto, o que não me falta é roupa. Por ser irmã do Luan eu ganho muita coisa
-se não for incomodar eu topo
-não vai incomodar e é bom pra distrair a cabeça
-verdade
-tá bom, depois você se troca e vocês vão pra academia, mas agora vocês vão é tomar café-a Mari anuncia e eu sorrio com seu jeito protetora
-ta bom

Todo mundo segui pra parte de trás da casa e eu faço o mesmo. Luan me olha diferente. Mais intenso. Não consigo distinguir o que ele está sentindo, mas eu estou simplesmente amando a forma como ele está me tratando, a maneira como ele tenta me mostrar sentimento.

Sento na mesa ao lado do Luan, estou sem fome e sem nenhum pouco de vontade de comer, porém a Mari me serve com várias coisas e um cappuccino maravilhoso.

-sua comida tem gosto de comidinha de mãe, de vó-falo normalmente e todo mundo me olha-eu to bem gente-sorrio e o Luan como sempre me encara desconfiado-é sério-afirmo
-eu aprendi com minha mãe que aprendeu com minha vó e eu já até tentei passar minhas receitas pra Bruna pra continuar a geração, mas não funcionou, o máximo que ela faz é brigadeiro, macarrão e sanduíche
-cozinha faz bem, você se concentra naquele mundo. Eu não sou uma historiadora na cozinha, porém tudo que cozinho é muito bom, eu adoraria ter esses momentos de mãe sabe, de aprender a cozinhar
-pronto, vou te adotar, assim eu tenho a quem repassar e você tem com quem aprender. No fim vamos continuar a geração, já que está com o Luan-Mari diz animada é inevitável não sorrir grandemente pra ela
-aceito ser ensinada-tento demonstrar a mesma empolgação que ela

Luan e o Amarildo começam a falar de churrasco ao meu lado e confesso que salivo ao lembrar de churrasco.

Assim que termino de comer e a Bruna também ela me chama pra subir. Sigo com ela até a parte de dentro da casa e subo as escadas ao seu lado. Ela fala animada de uma caixa de roupas da lamafia que chegou pra ela e eu fico ainda mais animada quando ela diz que vai me doar algumas roupas.

-temos o mesmo corpo, tenho certeza que uma calça que tem lá vai ficar perfeita no seu corpo-ela avisa e eu bato palminhas o que nos arranca gargalhadas

Nem observo muito a casa, ando mais olhando o chão e pra Bruna. Tenho vergonha dela pensar que estou reparando as coisas.

Assim que entramos em seu quarto, ela me leva direto em seu closet. Eu juro que eu pensei que eu tinha um closet, mas depois e ver o dela eu tive certeza que o que eu tenho não passa de um pequeno lugar que guardo minhas coisas.

-eu sempre sonhei em ser com as moças da tevê e ter um closet, quando vimos a casa o Luan foi o primeiro a pensar no espaço pra mim. Ele sabia que esse era meu sonho, fiquei tão feliz. Sabe as pessoas pensam que tudo é muito fácil pra mim por ser irmã do Luan, algumas coisas são sim, mas outras não, eu adoro ter esse amor que recebo de quase todos os fãs do pi, mas tem dias que eu daria tudo pra voltar no tempo e ter preferido não me expor tanto, não ser tão conhecida, ser um pouco anônima
-sabe que eu sempre quis ser produtora, mas nunca quis ser famosa, ninguém me conhecia até eu começar a namorar o Jeferson, meus seguidores subiram, algumas pessoas me reconheciam na rua, eu já não tinha privacidade alguma. Inclusive me lembro de terem inventado que eu tinha um caso com o meu amigo Mário que é gay.-nós duas rimos-com o tempo eu aprendi a ignorar os haters, a dar atenção a quem realmente quer minha atenção e deixar situações chatas passarem sem importância alguma
-eu praticava isso e hoje em dia eu tento, mas é tanto ódio gratuito que eu não consigo entender. A rede social é minha, porém não é tudo que eu quero que eu posso postar sabe. Eu não reclamo da vida que o pi me deu de maneira alguma, porém às vezes eu sinto essas coisas e guardo pra mim-da de ombros
-quando quiser falar comigo-dou de ombros também
-Já que deu liberdade eu vou falar sempre-ri e eu a acompanho

Ela me deu um top azul e um short também azul, porém estampado com flores rosas e verdes. Pego também uma meia branca e um tênis cinza com rosa e por coincidência calçamos o mesmo número.

Ela olha pra cima de mim e disfarça me dando sinal. Me viro e vejo o Luan.

-mais um susto e eu juro que vou socar sua cara-olho séria pra ele
-eu jamais faria isso-se faz de inocente
-eu vou descendo. Se troca no quarto do Luan, ela ta mostra onde é-ela diz insinuando coisas e eu reviro os olhos

Luan sai quase correndo me puxando. Seguimos pelo corredor e ele logo entra em umas das várias portas que tem ali.

Tropeço em um par de tênis e caio puxando ele.

-seu sobrenome é desastre-ele diz rindo sem sair de cima de mim
-o seu é desorganizado-retruco
-sua boca é linda
-não muda de assunto, dá última vez que olhou minha boca você me beijou na frente da sua família
-você me leva em óbito e a vida em questão de segundos, quando estou do seu lado tudo fica bem, as coisas a nossa volta somem, eu simplesmente me esqueço do mundo a minha volta e só quero e preciso de você

Nesse momento a minha respiração já está mais que ofegante, seus olhos negros me mostram o que eu mais quero saber. Acho que o Luan está começando a me amar. Inicio uma batalha interna. Será que eu deveria questiona-lo ou deixá-lo dizer quando sentir que realmente é amor?




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Boa noite pessoinhas lindaaaas do meu coração 💕