terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Capítulo 316 - Surpresa

Marina

Eu confesso que quando a Laura disse que não iria mais chatear com coisas da gravidez, eu duvidei, não acreditei que ela fosse capaz de mudar de comportamento.

Claro, que como nem tudo são flores temos algumas coisas que ainda me perturbam, como por exemplo o assunto gravidez ser quase proibido pela Laura. Conversamos de vez em quando sobre a Mariana, mas não é sempre. Sei que um dia isso vai mudar, mas se não tocar tanto no assunto é o preço pra ficar bem com ela e com o Luan, então eu topo.

Minha filha apesar da pouca idade parece estar sempre se policiando pra não dizer algo que me magoe, e eu gosto disso, porém também tem um ponto que não gosto.

Laura não me afastou dela já que estamos todos os dias juntas e grudadas, porém ela se desinteressou um pouco do Luan. Aquela afobação que ela tinha quando o Luan chegava já não é constante, quando ele liga, ela mal fala com ele e tudo isso acabou deixando o meu marido ainda mais pra baixo e se sentindo um péssimo pai.

Não sei se ela percebeu o que está fazendo com ele, mas eu sei que não posso deixar as coisas assim. Luan me ajudou quando ela só sabia me odiar, tá na hora retribuir.

-mamãe-Laura diz um tanto alto e eu desperto dos meus pensamentos
-oi Laura
-você ouviu alguma coisa do que eu disse?-pergunta séria e eu nego rindo da carinha que ela fez
-desculpa-peço e ela revira os olhos-o que foi que disse?
-tem um menino na minha sala que ele mora na escola com a mãe dele, ele me disse que os uniformes que ele tinha, ele ganhou usado e um pouco velho e esse ano ele não tem, ai a mãe dele tá fazendo uma rifa pra comprar o uniforme dele porque ela não tem dinheiro, a gente pode comprar um número?-pergunta ansiosa pela resposta e meus brilham ao ver que ela quer ajudar alguém que precisa
-quanto é a rifa?
-dois reais só mamãe
-vamos fazer assim, vamos depois do almoço comprar uns uniformes novo pra ele e você leva de presente e dá pra ele, eu vou te dar um dinheiro que é pra você comprar alguns números da rifa, tá bom?
-tá ótimo-seus olhos brilham de felicidade-obrigada-ela se levanta do chão e me abraça apertado
-de nada, agora vai terminar sua lição que temos que ir logo, mais tarde o papai chega e vamos ficar com ele o resto do dia
-será que ele me leva na vó Izete? Tô com saudade dela e do vô Ildo
-mas você viu os seus avós a dois dias atrás e o seu pai faz uma semana que você não vê Laura
-eu sei, mas tô com mais saudades deles
-você tá me magoando com isso, tá me deixando triste e deixando o seu pai triste, um dia o seu pai nunca mais vai querer voltar pra casa por causa disso e quando você o chamar ele não vai estar mais aqui-falo séria e ela me olha assustada-continua com a lição-me levanto
-onde vai?
-arrumar suas coisas pra você ir pra casa da sua vó, eu mesma vou te levar e depois eu e a Mariana voltamos pra curtir o papai-deixo ela ali sozinha e subo as escadas

Paro no quarto da Laura e arrumo uma mochila, coloco inclusive um dos seus uniformes e escova de dente, pego um tênis pra ela ir amanhã e seu arquinho de pérolas que ela ama ir pra escola.

Deixo ali em cima da cama dela e sigo pro meu quarto, troco minha roupa por um vestido mais bonito, pego um dos meus cartões, dinheiro e desço novamente.

-já terminou?-pergunto ao ver a Laura sentada no sofá pensativa e comendo as unhas, como seu pai faz
-já-me mostra o caderno

Pego o mesmo na mão e me sento pra olhar sua lição super fácil, depois de conferir todos os resultados, fecho seu caderno, guardo suas coisinhas na bolsa e deixo ali no sofá.

-me dá eu vou levar-ela pede a bolsa e eu nego
-você disse que está com mais saudade dos seus avós, então vou te deixar dormir hoje lá e quando for amanhã, sua vó te leva na escola
-não quero mais ir-faz um bico gigante
-por quê?
-porque quero curtir o papai também
-quer?-finjo estar surpresa, mas sei que parte disso é ciúmes da Mariana
-eu tô com saudade do papai, mas ele não liga pra mim
-ai Laura, vai começar de novo com esse drama?
-é a verdade, ele já chega perguntando como a Mariana tá, só depois ele fala comigo, e quando ele vai dormir, ele deita a cabeça na sua barriga e fica falando com ela, ele nem conversa comigo
-seu pai fazia o mesmo quando era você que estava aqui dentro-aliso minha barriga
-mas agora eu tô aqui e ele tem que falar só comigo
-Laura entende uma coisa, você não é mais filha única, você vai ter que nos dividir com a Mariana você querendo ou não, seu pai te dá atenção o dia inteiro, mesmo às vezes você não merecendo, o único momento que ele tem pra dar atenção a Mariana é quando vamos deitar que aí ele deita a cabeça na minha barriga e conversa com ela, mas ele jamais deixou de te dar atenção pra ficar só fazendo isso, ele jamais deixou de conversar contigo e sempre, a primeira coisa que ele faz quando chega é agachar na sua frente e abrir os braços pra ganhar um abraço, que já faz dias que você não dá. Você diz que ele não liga pra você, mas eu tô vendo a situação ao contrário, você que não liga mais pra ele e não está se importando com ele-encerro o assunto e ela faz bico-vamos almoçar-me levanto e ela faz o mesmo

Nosso almoço já está na mesa e eu sigo até a cozinha pra pegar um suco. Malu ao ver minha cara faz careta.

-brigaram?
-ela disse que queria ir pra casa da Marizete, que estava com mais saudade deles lá do que do Luan, eu deixei e disse que ela iria dormir lá e eu e a Mariana iríamos curtir ele o dia inteiro, ai ela começou a falar que ele não dá mais atenção pra ela e essas coisas
-eh Laura, sempre arrumando um motivo de briga
-tenho medo da Mariana ser estressada, já que a Laura me faz passar estresse sempre
-fica tranquila, suas massagens semanais vão relaxar os animos dela também
-assim espero-abro a geladeira e pego o suco-já almoçou?
-já sim, agora vai comer-dá um tapinha na minha bunda
-tá bom

Volto pra sala de jantar e encontro a Laura sentada, olhando pro prato vazio e muito pensativa.

-o que está pensando?-pergunto como quem não quer nada
-será que o papai tá triste comigo?
-está, mas ele não demonstra, porque ele quer ficar bem, quer que você volte a trata-lo bem
-desculpa
-você sabe o que eu acho das  desculpas né?-pego o prato dela e ela concorda com a cabeça

Nos sirvo, coloco suco nos nossos copos e como em silêncio, assim como a Laura. Assim que termino de comer, me levanto e sigo pro meu quarto.

Escovo os dentes, pego a bolsa com as coisas da Laura e desço as escadas. Não encontro minha filha ali, provavelmente foi escovar os dentes.

Me sento no sofá pra esperar e depois de um longo tempo, ela aparece, tomada banho.

-por que essa bolsa tá aqui?-ela olha pra mochila que eu desci
-vamos comprar o uniforme pro seu amigo e se você decidir ir pra casa da Vô Marizete eu já te levo
-eu não quero ir-diz firme-vou guardar isso-ela pega a bolsa e sobe correndo

Laura não demora, pego minhas coisas, chave do carro, dou tchau pra Malu e seguimos pra garagem. Prendo ela direitinho no carro e entro no lado do motorista.

-que tamanho o seu amigo é?-pergunto pra saber a medida exata pra comprar
-ele é um pouco maior que eu e é magrelo
-você também é magrela-me estico pra trás e dou cosquinhas nela que tenta de esquivar
-eu não sou não, eu sou linda
-linda e convencida-ligo o carro e saío dali

Passamos na loja que costumo comprar os uniformes da Laura e compramos três fardos novos, em seguida seguimos até a casa dos meus sogros. Apesar de morar perto eu não venho tanto aqui quanto eu gostaria, mas a Laura quase sempre está aqui com a Dai.

-nossa, que milagre é esse?-Mari diz ao abrir a porta e me ver
-hoje não vou trabalhar e a Laura disse que estava com saudade de vocês, então resolvi vim junto pra matar a saudade também-me aconchego em um abraço e ela me aperta sabendo que algo está errado
-todo mundo tirou o dia de folga foi?-ela se afasta e pega a Laura no colo
-por quê? Quem não foi trabalhar? A Bruna ou o Amarildo?
-Amarildo, parece que amanhã tem uma reunião importante no escritório e ele precisa preparar algumas coisas
-cadê o vovô?-Laura pergunta alisando os cabelos da minha sogra
-tá lá no escritório, vai lá ver ele-ela coloca minha filha no chão que sai correndo
-não corre Laura-brigo, mas perco ela de vista antes mesmo de terminar a frase
-você não está bem-ela afirma alisando minha barriga-vem, a Tânia fez bolo de chocolate-ela diz me fazendo salivar
-então vamos que eu tô querendo sobremesa-sigo ela até a cozinha

Ela pega o bolo na geladeira, coloca na mesa e pega pratinhos pra gente e um pra Laura que com certeza vai querer comer assim que ver o bolo.

Tiro um pedaço de bolo pra mim e começo a comer enquanto conto sobre tudo o que vem acontecendo.

Mari me dá alguns conselhos, mas assim que vê a Laura aparecer na sala com o meu sogro, ela muda a conversa e oferece bolo a minha filha, que como eu imaginei, não pensa antes de responder um sim cheio de vontade.

Passamos o resto da tarde ali, até tentei esperar a Bruna chegar do trabalho, mas assim que recebi uma mensagem do Luan dizendo que tava chegando em casa, peguei minha bolsa e segui caminho.

Assim que viro a esquina da minha casa, vejo a van parada na porta e só o motorista dentro. Abro a garagem com o controle e guardo meu carro em uma das vagas.

-papai já chegou?-Laura pergunta animada
-sim-solto o cinto dela e ajudo ela a descer do carro

Antes que eu possa dizer mais alguma coisa, ela sai correndo em direção as escadas que dá acesso a casa.

Pego minha bolsa, tranco o carro e subo devagar, sempre tive preguiça de escadas, grávida então, a preguiça duplica.

Chego na sala e encontro meu marido sentado na poltrona com a Laura em seu colo, agarrada em seu pescoço.

No sofá maior está o Rober e o Well quietinhos mexendo no celular. Me aproximo e beijo a bochecha dos dois, em seguida me aproximo da poltrona pra dar um beijo no meu marido que está com um sorriso lindo nos lábios, raramente a Laura o recepciona tão calorosamente assim e quando ela faz, deixa ele com um sorriso de orelha a orelha.

-vamos fazer uma coisa hoje-Luan diz se esticando pra me dar um selinho
-o que?-me afasto e sento no sofá depois de ganhar a minha bitoca
-uma coisa que a Laura queria muito fazer
-o que?-ela tira o rosto do pescoço dele e fica o encarando
-surpresa, bora lá descobrir?-ele diz brincando com o nariz dela, e ela se esquiva
-o que é?-pergunto curiosa-quando disse vamos, estava me incluindo ou é só vocês?
-quando eu disse vamos, estou te incluindo
-ok, mas me diz o que é-cruzo os braços
-se eu contar deixa de ser surpresa-dá de ombros fazendo careta-vai ser legal-faz um biquinho que eu não consigo negar
-vamos agora, agora, agora?-pergunto pra ter certeza
-sim, agora nesse instante, a van está nos esperando
-ok então, essa roupa está adequada?-me levanto e dou uma voltinha
-adequada lógico que não, esse vestido está curto, mas fora isso está adequada-ele me olha dá cabeça aos pés e morde os lábios
-estou com dor de cabeça-resolvo brincar com ele, que muda a cara sexy, para cara de bravo-vamos, antes que eu desista-começo a dar passos e paro no caminho-cadê a Malu?
-dei folga pro resto do dia e ela não deixou comida, vamos jantar fora hoje-Luan diz sorrindo
-você está tão misterioso
-estou? Talvez-pisca pra mim e finalmente levanta com a Laura
-papai, me conta logo a surpresa
-não, é surpresa-toca o nariz dela de novo e novamente ela se esquiva, ela não gosta quando faz isso
-para com isso papai, isso é chato-solta a mão dele e se aproxima do Rober que pega ela no colo enquanto o Luan ri

Tranco a casa, depois de me certificar que todos saíram e entro na van. Me sento ao lado do Luan que está sozinho no fundo e coloco minhas pernas em seu colo, ele automaticamente faz com que eu deite minha cabeça em seu ombro e acaricia minha barriga.

-como essa princesa está?-pergunta baixo pra não estragar o clima com a Laura
-ótima e querendo mexer
-não vejo a hora de sentir
-vai ser logo, eu sinto isso-beijo sua bochecha
-meus pais estão bens?
-estão sim, conversei muito com a sua mãe, tava até com saudade dos conselhos dela
-ela só dá conselhos bons
-eu sei-sorrio agarrando seu pescoço com a minha mão-morri de saudade
-morreu nada, tá vivinha aqui na minha frente
-você entendeu palhaço-lhe dou um soco de leve na barriga
-acho que a Laura vai amar a surpresa
-o quer é?-pergunto realmente curiosa
-uma coisa que ela me pediu a algum tempo, mas vamos fazer hoje
-o que amor?
-já já você descobre-me segura pelo queixo e me roupa um beijo rápido

Seguimos conversando baixinho e finalmente chegamos em um prédio grande. Descemos na garagem subterrânea e seguimos os cinco pro elevador.

Rober coloco o elevador pra subir até o térreo e eu fico quietinha escorrada no Luan só esperando chegar. As portas se abrem e o Luan gruda uma mão na minha e a outra na da Laura.

Well e o Rober como sempre segue na frente pra ir liberando nossa passagem pelas portas que tem ali. Quando finalmente passamos por uma porta de vidro dou de cara com um helicóptero parado ali no térreo.

-papai-Laura diz surpresa e coloca as mãos na boca

Luan a dois anos atrás fez curso de piloto de helicóptero pra tentar perder o medo da altura, Laura curiosa e desde então sempre quis que ele nos levasse para um passeio de helicóptero e ele nunca quis, mas agora isso.

-eu te amo pai-ela abraça as pernas dele e ele sorri pra mim um tanto emocionado
-bora lá?-ele chama olhando pra ela que sorri concordando
-você é o melhor pai do mundo-ela diz e ele volta a sorrir daquela maneira
-você é o melhor pai do mundo-repito, ele me dá um selinho e nos puxa até o helicóptero, tá na hora de voar







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Olá bebês! Demorei? Acho que sim, mas pretendo voltar rápido 🙏

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Capítulo 315 - Trégua?

Luan

Enquanto a Marina repreendia as meninas que a xingaram, eu apenas observava sério, achando sexy ela defendendo nossos filhotinhos e o nosso casamento.

Eu não posso culpar a Marina por explodir, já é o quarto ano que viemos aqui e ela escuta insultos e fica calada, agora ela está grávida e eu tinha certeza que ela não aguentaria calada.

Quando ela finalmente segue o Rober, olho pra ver se está tudo bem e quando ela desaparece das minhas vistas, eu volto pro meu atendimento. Faço tudo em silêncio e algumas alisam as minhas costas.

-desculpa por isso, essas meninas são infantis-escuto uma das meninas ali na frente dizer e sorrio como forma de retribuição

Fico chateado quando vejo essas paradas, Marina não merece ser tratada como ela é tratada aqui. Marina merece amor, respeito, ela nunca ofendeu ninguém se não fosse uma réplica, ela sempre dá um jeito de me deixar sozinho com as meninas para que elas curtam o momento da melhor forma possível. Caramba, o que mais ela precisa fazer?

Graças a Deus o tempo me amadureceu e amadureceu o nosso casamento, ninguém além de eu mesmo vai mandar na minha vida, ninguém vai se meter, ninguém, nem as minhas fãs.

Eu até poderia ficar mais tempo ali, mas queria ver a Marina logo e rir da cara dela. Me despeço e sigo com o Well que assim que passamos pela porta que nos afasta da multidão ali fora, solta uma gargalhada.

-dona Leoa entra em ação novamente
-você viu né, mexeu com ela tudo bem, agora mexeu com os filhotes vai ouvir
-e como eu vi, certa ela
-eu não julgo, ela aguentou calada por bastante tempo, você mesmo viu, esses últimos quatro anos que viemos aqui sempre ficam insultando ela, xingando ela, eu já até tentei repreender e fazer algo, mas ela nunca deixou e eu sabia que uma hora isso aconteceria
-eu também tinha certeza-ele diz sério

Chegamos no camarim e o Well avisa que logo voltaria, continuo andando e finjo estar sério. Marina me olha preocupada e em seguida olha pro Testa, seu olhar volta pra mim e eu não digo nada.

Procuro comida naquele lugar e não encontro, bufo frustrado já que a Marina já deveria ter jantado.

Me sento na cadeira em frente a penteadeira e me viro ficando de frente pra Marina, que já está com os olhos cheios de lágrimas querendo descer. Resolvo brincar com ela, mesmo sabendo que isso me causará uns tapas.

-o que foi aquilo Marina?-pergunto sério e ela arregala os olhos me olhando-que show foi aquele? Eu disse que tudo bem, mas precisava daquilo tudo?-cruzo os braços e até o Testa me olha assustado
-eu só não consegui controlar, quando eu vi as palavras já estavam saindo pela minha boca, eu sempre venho aqui e sempre escuto calada, mas dessa vez eu não consegui, não quando falaram da minha gravidez, eu pareço ser de aço, mas eu não sou-ela começa chorar tentando se explicar
-estou decepcionado-abaixo a cabeça pra não rir do seu jeitinho
-mas amor, você disse que tudo bem, que não ia julgar-suas palavras saem em meio a soluços e eu não aguento continuar com a brincadeira, dou risada-por que tá rindo?-pergunta irritada
-eu tô brincando contigo-digo ainda rindo e ela limpa as lágrimas
-isso é sério?
-"eu pareço ser de aço, mas eu não sou"-imito sua frase afinando a voz e ela se levanta furiosa e vem pra cima de mim me dando uns tapas pra lá de merecido
-seu idiota, eu achei que você tava bravo de verdade-continua a me bater, até que eu me esquivo dos tapas e seguro seus braços
-que leoa bravinha-puxo ela pra sentar em meu colo e mesmo contrariada ela senta
-você é ridículo, você é babaca, você é um idiota-me xinga ainda de cara feia
-não resisti-dou de ombros-gosto de te ver bravinha-beijo seu pescoço do jeito que dá e ela se arrepia toda
-pode parar-diz dessa vez mais calma
-quer mesmo que eu pare?-mordisco sua orelha e ela se remexe
-Luan-solta quase em um gemido e vejo o quanto ela está entregue, solto sua mãos e ela apoia as duas em meu ombro
-quer que eu pare?-continuo a trilhar beijos de sua orelha até seu pescoço e vice e versa

Sinto ela totalmente na minha e relaxo na cadeira, até ela se virar um pouco e encostar seu joelho em meu membro. No começo ela só relou, achei que era um carinho, mas em seguida ela aperta seu joelho contra meu pau.

-caralho Marina, para-tento tirar, mas suas mãos em meu ombro colaboram pra força que ela faz-PORRA-grito desesperado e ela se afasta
-nunca mais me faça chorar por nada-vira de costas e volta a sentar ao lado do Testa que nesse momento está tendo uma crise de risos
-caralho Sereia-aliso meu amigo que está dolorido-sabe aquele outro filho que você queria ter? Então, não vai rolar mais, você matou meu amiguinho aqui-fecho os olhos sentindo a dor
-não brinca assim com a gente-ela diz triste e arrependida

A porta se abre e abro os olhos vendo a Joane passar por ela, assim que me vê todo jogado na cadeira alisando meu pau, ela se assusta e provavelmente começa a imaginar coisas.

-o que aconteceu?-pergunta inocente
-dei uma joelhada no pau dele pra ele aprender a não brincar comigo de novo-Marina diz fazendo bico
-se ajeita, o povo do restaurante chegou e querem ser atendidos
-não consigo-sussurro sentindo meu membro latejar-é sério, tá doendo pra caralho-olho pra Joane tentando escapar, mas ela apenas dá de ombros
-posso fazer um carinho-Marina chama a minha atenção
-quando encostou o joelho aqui eu achei que era carinho, por isso eu deixei, agora tô aqui todo dolorido e ainda vou ter que fingir que tá tudo bem pras pessoas
-deixa eu fazer um carinho-ela se aproxima e fica de joelhos na minha frente
-tudo o que eu tenho no momento é medo dos seus carinhos Marina-encaro seu rosto que não se importa e abre a minha calça-escutou o que eu disse?-pergunto, mas ela ignora e tira meu membro de dentro das roupas
-MARINA-Joane dá um grito assustada e se vira de costas
-porra Marina, não-Testa tampa os olhos com a mão e se levanta
-vocês tem 10 minutos e nada mais-Joane sai do camarim e o Testa vai atrás
-eu não quero o seu carinho-tento tirar a mão da Marina de mim, que faz um carinho gostoso que só ela sabe fazer
-não quer mesmo?-sua língua encosta em minha base e sobe até a cabeça do meu pau
-faz logo vai-seguro em sua nuca e empurro sua cabeça contra mim
-vai tirar esse bico?
-vou, agora anda logo Sereia
-tá-ela ri baixinho e abocanha meu membro sem pudor

Aproveito o meu boquete da melhor forma possível e quando gozei agradeci por ainda conseguir fazer um filho quando for a hora.

-isso foi bom Sereia-puxo ela pra sentar no colo e tento retribuir, mas ela não deixa
-agora não, mais tarde, eu só queria ter certeza que ainda funcionava-faz deboche
-ele podia não levantar nunca mais, sabia?
-pra mim ele levanta-pisca pra mim e me abraça-desculpa por ter feito aquele show lá fora, eu só queria mandar aquelas pessoas tomarem no cú, mas não seria o suficiente
-não mesmo-aliso seu rosto-não precisa pedir desculpas, eu sei que você aguentou bastante, foram anos e anos vindo aqui e ouvindo o que você ouviu, não é justo com você e eu sabia que a qualquer momento isso aconteceria
-obrigada por entender
-claro e você estava bem sexy defendendo a nossa família
-eu sou sexy até quando estou cagando-ela diz convencida e eu solto uma gargalhada-quê? Não sou não?-se afasta e cruza os braços
-é sim, muito sexy-sou um pouco irônico, mas serve pra ela sorrir-já ligou pra casa?
-ainda não, vou ligar já já-ela se levanta do meu colo e me ajuda a arrumar a minha roupa

Joane demora bem mais que 10 minutos, e quando volta bate na porta pra se certificar que estamos vestidos.

-pode entrar-aviso e assim ela faz
-dei alguns minutos a mais, sou um anjo-ela diz nos fazendo rir
-obrigada-agradeço-cadê a comida?
-nossa-finge estar ofendida-tá vindo, arruma esse cabelo

Me viro pro espelho e pego um lacinho ali e prendo o cabelo pra trás.

-tá na hora de cortar esse cabelo de novo viu, você já ficou cabeludo duas vezes
-e você gostou
-gostei, mas prefiro o topete
-depois eu corto-olho no espelho mais uma vez e está tudo ok

Nossa janta finalmente chega, cumprimento os caras do restaurante e bato um papo rápido com eles. Depois de tirar uma foto no banner eles saem e fomos direto atacar a comida.

-que fome que eu tava-aliso minha barriga depois de estar satisfeito
-eu também estava cheia de fome-Marina lambe os lábios
-quer mais?-pergunto pra ter certeza que ela está satisfeita
-Ave Maria, eu já comi por mim, pela Mariana e pelo bebê que ainda vai vim-faz graça
-que bom que está cheio, vamos começar os atendimentos-Testa diz depois de comer
-bora lá

Fomos até o banner e ali eu fico esperando as pessoas entrarem. Primeiro vieram uns repórteres de TV local, dei algumas entrevistas, gravei alguns bordões de rádio e fomos ao atendimento aos patrocinadores, prefeito e família.

Ficamos em um papo legal sobre o show, sobre a cidade, eles já queriam confirmar o meu show na cidade no ano seguinte e depois de alguns minutos finalmente veio a parte de amor, a parte de atender os fãs. Ganhei vários presentes, assim como a Laura. Não entendo algumas pessoas daqui, elas amam a Laura, mas odeiam a mãe dela.

-acabou-Testa avisa depois de várias pessoas terem entrado ali
-e o show?
-10 minutos, vai se aquecer
-ok

Fiz todo o procedimento pré show e na hora certa subo ao palco depois de ganhar um beijo de boa sorte da minha mulher.

A energia dessa cidade sem dúvida é incrível, vem ano, passa ano e o público fica cada vez mais caloroso, eu amo cantar aqui.

A pior parte é se despedir, ver aqueles olhinhos cheios de lágrimas pedindo pra eu não ir, mas felizmente tenho que encantar mais gente pelo mundo a fora.

-a van já nos espera, vou na frente com a Marina-Joane avisa
-tá bom-concordo
-e você Marina, nada de show-fala com a baixinha ao meu lado e ela dá de ombros
-dessa vez eu juro que só vou mandar ir se foder, caso alguém diga algo
-nem pensar-Joane olha séria pra ela, procurando vestígios de uma brincadeira, mas ela também fica séria-Marina-a repreende

Pegamos nossas coisas no camarim, me despeço de algumas pessoas ali e ando ainda de mãos dadas com a Marina.

Na hora de sair, ela larga minha mão e vai na frente com a Joane e o Testa que segue as duas, ando atrás olhando sua bunda bem desenhada no vestido, até escutar alguém xinga-la novamente.

Viro meu olhar pra multidão procurando quem é e não encontro.

-vai caçar o que fazer-Marina responde e escuta insultos novamente-vai se foder, isso deve ser falta-diz alto e escuto algumas pessoas rirem, inclusive o Testa que puxa ela e coloca na van

Passo rapidamente pelas pessoas ali, faço o típico atendimento de mãozinha e sigo pra van.

-ei, nem atendeu direito-Marina briga comigo ao me ver entrar na van
-não mesmo, não gosto de ver as pessoas xingarem você e não poder fazer nada
-relaxa, tô bem
-você é doida
-eu sei-toca meu nariz com o dedo
-essa Marina anda muito bocuda-Testa diz chamando nossa atenção
-Luan que arrombou minha boca, não posso fazer nada-dá de ombros arrancando risada de todo mundo ali
-isso não é culpa minha não viu, isso se chama gravidez e hormônios a flor da pele-aviso

O caminho foi tranquilo e descontraído, gosto quando a Joane me acompanha quando a Marina vem, as coisas ficam mais leves e a Jô resolve nossas coisas sem reclamar.

Passamos rapidamente no hotel, pegamos nossas coisas, nos despedimos ali e seguimos novamente pra van. Como o jatinho ficou em Marília, iremos voltar de van até a cidade e embarcar lá.

No caminho até a cidade fomos conversando sobre o chá revelação e o Testa acabou contando sobre a minha permissão para o casamento da Bruna e do Breno.

Marina só faltou dar cambalhota, ficou feliz demais. O Breno já tinha tentado pedir a Bruna em casamento, mas eu proibi, fui contra e como ela não queria me contrariar simplesmente pediu pra ele esperar mais um pouco, isso quase custou o namoro deles e hoje eu vejo que eu fui muito egoísta com eles.

Chegamos no aeroporto da cidade vizinha e seguimos pro jatinho, nos acomodamos e depois de decolar sou o primeiro a dormir.

...

Depois de passar todo final de semana fora, finalmente voltamos pra casa, Marina depois de se despedir, desce na frente e entra em casa, espero o Well pegar as nossas malas e entro também puxando as duas.

Procuro a Marina ali embaixo e não encontro, volto a puxar as malas e subo as escadas do jeito que dá. Entro no quarto e encontro ela deitada na cama.

-eita-falo surpreso
-vou ter que acordar daqui uma hora pra arrumar a Laura e levar ela pra escola-sua voz soa baixinha
-dorme amor, vou tomar um banho antes
-não molha o cabelo-sussurra e eu ainda escuto
-tá bom

Deixo as malas ali na porta do closet depois ela ou a Malu separa as roupas sujas pra lavar.

Entro no banheiro e tomo um banho um tanto demorado, mas sem molhar o cabelo, não quero a Marina brigando comigo por isso e como os hormônios dela estão agitados, é melhor nem provocar a ferinha.

Saío do banheiro com uma toalha enrolada na cintura, pego uma bermuda e uma camisa, visto e saío do quarto.

Nesses três dias longe, mal falamos com a Laura e estou morrendo de saudade do seu jeitinho, dos seus carinhos, do seu sorriso. Só espero que ela não esteja brava pelo nosso "sumiço".

Entro no quarto e fico velando o sono da minha filha, que de boca aberta, balbuciava algumas coisas que não sou capaz de entender. Segundo a Marina, eu sou igual e tenho que confessar que ela tem razão, Marina já gravou um vídeo meu dormindo e realmente eu falava coisas sem sentido nenhum.

Pego meu celular e tiro uma foto dela, posto no meu stories e meu celular começa a bombardear de mensagens no direct. Saío do Instagram e desligo a internet.

Fico ali quietinho só vendo ela dormir, até a porta se abrir e a Marina descabelada, com a cara inchada aparece no quarto.

-você tá aí? Pensei que tivesse lá em cima no estúdio
-tô aqui, velando o sono dela e por que você já tá acordada?
-meu celular já despertou, parece que acabei de dormir e ele me acordou-ela boceja
-posso levar ela hoje se quiser
-não, tô com saudade
-então vamos juntos
-tá bom-ela abre o armário da Laura procurando provavelmente um uniforme limpo

Me levanto e me jogo na cama em cima da Laura, ela acorda assustada e se debate em baixo de mim, mas quando percebe que sou eu, ela me abraça.

-pensei que vocês só iam vim mais tarde-falo afasto dela e deito ao seu lado
-lembra que sua mãe disse que viriam os de manhã?-pergunto
-verdade-esfrega os olhos
-agora levanta e vai tomar banho que você tem aula hoje
-tá-ela boceja e desce da cama

Fico observando ela que invés de ir pro banheiro, corre até a Marina e abraça ela pela cintura.

-hum, que abraço gostoso-Marina afasta ela e se abaixa pra ela se aconchegar em seu peito-sentiu saudade?
-sim, vocês nem falaram comigo direito e eu nem tinha meu tablet pra ligar pra vocês
-e vai continuar sem tablet-Marina diz firme
-eu sei-ela se afasta e revira os olhos
-sabe por que tá sem tablet né?
-sei, é porque eu quebrei a promessa
-não só por isso, mas por tudo o que vem fazendo com a sua mãe-falo chamando a atenção dela pra mim
-eu sei, eu não vou fazer mais
-veremos, se você se comportar a gente devolve o tablet e você volta pras aulas de dança, se continuar como tava vai continuar sem nada, agora vai pro banho-falo sério e ela vai sem reclamar
-vai dar certo-Marina diz mais pra ela do que pra mim, ela agora vive repetindo isso e eu..
-vai dar certo-concordo

Marina deixa a roupa da Laura ali e vai escovar os dentes, espero ela voltar pra arrumar nossa filha e vou pro nosso quarto fazer o mesmo que ela.

Me troco rapidamente e desço as escadas, encontro as duas já sentadas na mesa do café e a Malu ali do lado delas, só que em pé.

-bom dia Malu-beijo sua bochecha e me sento na cadeira "reservada" pra mim
-bom dia
-pensei que a Dai estaria aqui
-mandei ela ir embora ontem, já que vocês chegariam de madrugada e eu também quis dormir com a Laura, conversar um pouco com ela-diz sugestiva e a Marina parece entender, eu não
-e a conversa foi boa?-Marina pergunta como quem não quer nada
-foi sim, né Laura?-Malu chama a atenção dela e ela parece querer dizer algo
-foi sim, a tia Malu me contou que tem um monte de irmãs e que elas moram longe dela e ela fica triste, porque ter irmã é bom
-e o que você acha disso?
-não sei-dá de ombros-eu não gosto da Mariana, mas ela vai vim de qualquer jeito-ela diz sem nem pensar e eu olho pra ela brava-desculpa-implora com o olhar-eu não gosto dela e eu não queria ela, eu não tô mentindo, mas se isso deixar você triste eu não falo mais-ela diz olhando a Marina que se surpreende
-então teremos uma trégua?-ela pergunta olhando a nossa filha
-o que é isso?-pergunta interessada e eu apenas dou risada
-não vamos brigar
-mas vocês promete dar atenção só pra mim?-Laura diz juntando as mãos e eu dou risada

Eu sei que não vai ser fácil e que provavelmente a Laura vai acabar soltando algo sem querer, mas eu espero que essa trégua dure bastante tempo.

(...)




________________

Vocês são sensa viu!!!!
Podem continuar dando a opinião de vocês que eu amo viu
Será que essa trégua vai rolar mesmo? Será que vai durar? Será que Laurinha revoltada vai aparecer? Sei todas as respostas pra essas perguntas e vou contando a vocês aos poucos 🙏😁

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Capítulo 314 - Inexperientes

Marina

Depois de ser acordada pelo Luan, faço tudo correndo e ando até o quarto da minha filha, ela acaba de sair do banheiro enrolada em uma toalha.

-mamãe-ela diz alto, larga a toalha e corre até mim abraçando minhas pernas

Sorrio sem me conter e me abaixo na frente dela abraçando todo o seu corpinho.

-desculpa por quebrar a promessa-ela se afasta um pouco e alisa meus cabelos presos
-nunca mais faz isso, nunca. Promessa tem que ser cumprida sempre, e quando você fez aquilo me deixou tão triste, meu coração ficou tão pequeno. Eu ainda estou triste com você, mas eu te amo-tombo a cabeça de lado-a Mariana não afasta nós de você, isso nunca aconteceu e nunca vai acontecer, mas se você fizer essas suas birrinhas vai nos afastar-tento ser o mais clara possível-meu amor por você nunca vai diminuir sempre vai crescer, mas esse seu ciúmes vai fazer com que a gente fique longe, distante
-igual ontem?-pergunta tristonha
-sim, igual ontem
-eu não quero-me abraça apertado-nunca mais vou fazer isso, eu prometo
-não promete o que não é capaz de cumprir, só quero que tente
-me deixa viajar mais tarde com vocês?-fala como quem não quer nada
-não, você continua de castigo, você vai ficar com a Dai, só eu que vou viajar com o papai
-ah-faz manha, mas coloco ela no chão e volto a pose de durona, Luan tentou impor limite e eu não posso simplesmente passar por cima disso
-ah nada, pera ai que vou pegar seu uniforme

Pego o uniforme em seu armário e entrego pra ela junto com uma calcinha, pego um vidro de spray que tem água dentro e uma escova, pego também um arquinho de pérolas que ela ama usar pra ir pro colégio e volto a me aproximar dela que se veste sozinha.

-você ainda tá brava?-pergunta vestindo a camiseta
-brava um pouco, mas eu estou muito triste, eu ia fazer uma surpresa pro papai pra contar o nome da bebê e você estragou a surpresa
-desculpa-pede de novo e eu finjo não ter ouvido

Depois dela estar vestida, penteio o seus cabelos e coloco o arquinho bonitinho em sua cabeça.

Passo o protetor solar nela, pois a Laura é igual eu, não pode ficar um pouquinho no sol sem protetor que já fica vermelha e a pele descasca.

Borrifo um pouco do seu perfume e dou uma meia e seu tênis pra ela calça. Olho ela e sorrio feito mãe babona, ela está tão grande, já faz quase tudo sozinha.

-vamos descer pra tomar café-pego a mochila dela

Laura sai na frente e eu ainda paro pra conferir minha sobrinha que ainda dorme profundamente. Beijo sua bochecha e ela nem se mexe.

Deixo as chaves dos carros das pessoas que estavam em casa em cima da mesinha de centro da sala de estar e sigo pra cozinha onde encontro a Malu com cara de ressaca, tomamos um café juntas e logo saímos. Ligo o som e ela acaba cochilando no caminho, fico com dó de mandar ela hoje, mas ontem ela já não foi, não posso deixar ela acostumar.

Mal estaciono o carro e vejo a mãe do Lucas, aquela mulher irritante que só faltou falar que minha filha era marginal, sendo que o filho dela que começou a judiar da minha filha. Ela ao me ver sorri e acena com a mão e eu retribuo falsamente, graças a Deus vejo ela entrar no carro da frente e sair, não tenho saco pra pagar de simpática pra ela.

Olho pra trás e minha filha continua dormindo. Desligo o som e fico olhando pra ela até escutar o barulho do sinal, avisando que está na hora de começar a aula. Laura acorda assustada e me olha esfregando os olhinhos um pouco vermelhos.

-bora?-chamo e ela boceja
-vamos

Pego a mochila dela e desço do carro. Abro a porta de trás, solto o cinto dela e a ajudo descer também. Geralmente a professora faz fila ali no pátio do colégio e entra com eles, mas ao chegar ali, percebo que não tem mais criança nenhuma.

Ando até a porta da sala dela e antes mesmo da professora abrir a porta, eu me abaixo e dou um abraço nela.

-se comporta em
-vou me comportar, prometo. Te amo-ela segura meu rosto com as mãos e me dá um selinho rápido e fraterno

Espero a professora finalmente abrir a porta, olho ela indo pra um lugar na frente específico, cada um tem o seu lugar reservado. Dou tchauzinho com a mão pra ela e falo rapidamente  com a professora sobre a Laura, como ela está depois das férias e a professora só me confirma o que eu já imaginava, que ela é uma aluna incrível e inteligente, felizmente não posso reclamar da minha filha nesse quesito.

Saío dali sem olhar pros lados e entro no carro seguindo direto pra casa, tenho que aproveitar que não vou pro estúdio pra dormir a manhã toda.

Chego em casa e depois de estacionar, desço com a minha bolsa e a chave na mão, entro em casa e sigo pra cozinha onde encontro a Malu.

-vai pra casa Malu, a equipe que montou a festa vai trazer uma equipe de limpeza pra ajeitar tudo, não preciso de você
-precisa sim, tem almoço pra fazer
-eu vou pedir alguma coisa ou vou chamar meus pais pra comer fora, mas é sério, não preciso de você aqui hoje, mas vou precisar no final de semana-faço careta-a Laura ia viajar com a gente, mas agora ela está de castigo e não vai mais, eu vou viajar sozinha com o Luan e a Laura vai ficar com a Dai, queria pedir pra você vim cuidar da alimentação delas, eu sei que a Dai pode cozinhar, mas olhar a Laura já é uma tarefa difícil, imagina olhar a Laura enquanto faz comida
-não precisa pedir duas vezes
-pode ser que minha sogra venha buscar ela no domingo, ai vocês podem ir pra casa que a Laura dorme lá
-tá bom, venho sim, não tenho nada de interessante pra fazer nesse final de semana mesmo-dá de ombros
-eh Malu, suas férias tá chegando-aviso-vou te mandar pra uma viagem internacional com o seu boy
-lógico que não, o dinheiro das férias já vão pra reforma da casa
-eu disse que vou te mandar, não que é pra você pegar o dinheiro e ir
-chega de presentes, você já me deu um carro
-porque você merece ué-dou de ombros-e eu vou te dar esse presente sim, agora vai pra casa que eu vou subir e dormir-bebo um copo de água, beijo a bochecha dela e sigo pelo portal de acesso a sala de jantar pronta pra subir as escadas-alguém já foi embora?-pergunto me lembrando das minhas visitas
-somente seus pais, sua irmã, seu cunhado, e sua sobrinha, a Bruna e o Breno, o Mario e seus sogros estão aí, o resto todos já foram, pois tinham que ir trabalhar
-que bom, boa noite-falo alto e sigo meu caminho

Subo as escadas quietinha e abro a porta do mesmo jeito que é pra não acordar o Luan. O quarto está todo escuro graças as cortinas pretas na janela.

Rapidamente tiro a minha roupa, substituo pela roupa que eu estava antes de levar a Laura e me deito na cama. Me aconchego ali e a voz do Luan me faz arrepiar, só que de susto.

-com medo de me acordar?-ele pergunta e eu dou um pulo ligeiro na cama
-seu filho da puta, tá querendo me matar de susto?-ele começa a gargalhar e eu fecho a cara lhe dando uns tapas, ele apenas se esquiva
-vou contar pra minha mãe viu que chamou ela de puta-ele diz quando começa a se recuperar da sua crise de risos
-vai contar nada, foi sem querer-fico sem graça
-relaxa, tô brincando-ele finalmente para de rir e me puxa pra perto dele
-pensei que eu ia chegar e você ia estar roncando-deixo ele me abraçar
-eu até dormir, mas tive pesadelo e resolvi te esperar
-o que sonhou?
-você acha que eu peguei pesado com a Laura?-ele me olha triste
-não sei, mas eu acho que não, porém pode ser que sim, nós somos inexperiente, estamos aprendendo a ser pai agora, às vezes a gente vai errar, o que eu não acho que seja o caso aqui. A Laura está sendo indisciplinar pela primeira vez na vida dela por causa de ciúmes, isso é uma situação nova pra gente, fora que eu estou grávida, não sei lidar com essa situação de merda, mas você tentou fazer algo, você se impôs, você está lidando e eu tenho certeza que dá melhor maneira pra nós, eu só não quero afasta-la ainda mais de mim, não quero ela odiando a gente, quero trazer ela pra viver a sensação que estamos vivendo e eu sei que vamos conseguir
-ver a carinha dela de tristeza ontem e hoje me partiu o coração, me senti o pior pai do mundo-ele confessa
-não se sinta, você não é! Se você fosse o pior pai do mundo você nem teria vindo aqui me chamar pra dizer que ela me queria
-essa sensação de ser mal é tão ruim
-você não é mal, você precisa ver como ela me tratou hoje, até tentou prometer que nunca mais faria o que tá fazendo eu que não deixei, pois não vou aguentar mais promessas quebradas
-ela me prometeu nunca mais quebrar promessas-ele diz rindo-tomara que ela cumpra
-tomara-beijo a pontinha do seu nariz e deixo minha mão em seu maxilar fazendo um carinho-você é incrível como pai, você não mima, você não dá tudo mesmo podendo dar, você briga e não deixa com que eu seja a única ruim na história, você me apoia, você me ajuda com tudo, você me incentiva, como eu disse, você é incrível-lhe dou um beijo de esquimó-vamos continuar com o plano de hoje, a gente viaja sem ela e vai dar tudo certo
-vai dar tudo certo-repete só a última coisa que eu disse

Junto nossos lábios em um beijo sem pressa e ele retribui grudando na minha cintura e nos colando ainda mais. Continuamos naquele beijo bom sem querer encerrar, sem querer nos afastar, mas depois de longos minutos foi o que fizemos.

-dorme, agora eu tô aqui-continuo fazendo carinho em seu rosto
-obrigada-beija a minha bochecha, me dá um selinho e fecha os olhos

Fico velando seu sono e quando percebo que ele realmente dormiu, viro de costas pra ele e adormeço também, estava cansada da nossa madrugada intensa de amor.

Sinto um peso na cama e aos poucos vou despertando, até estar com os olhos abertos, encontro minha filha sentada nos pés da cama nos olhando. Procuro o Luan com o olhar e o encontro dormindo ainda.

-você deveria tá na escola Laura-falo com a minha filha
-eu já fui, esqueceu que você me levou?
-esqueci não, mas eu acabei de levar você
-mãe você dormiu muito-ela dá uma risada gostosa-eu já estudei, a Dai já foi me buscar e agora tô com fome e não tem comida, nem a Malu tá ai, a vovó pediu pra perguntar se você quer que ela faz almoço
-nossa-pego meu celular e vejo que realmente dormi muito-vai lá e fala pra ela que vamos almoçar fora e você vai tomar um banho pra gente ir
-tá bom-ela desce da cama
-não esqueceu de nada?-aponto pra minha bochecha e ela se aproxima de mim e deixa um beijo ali
-vem me ver-pede
-te ver?
-é, tomar banho, por favor-junta as mãozinhas
-vai indo, vou acordar o papai e te encontro lá
-tá bom-ela concorda e sai correndo do quarto

Me viro e olho pro meu marido ali quietinho, só que agora de olhos abertos. Me aproximo e beijo seu queixo, sua bochecha e em seguida o seu pescoço. Ele me agarra com força e nos vira na cama ficando por cima.

-não vamos fazer nada bebê, vamos sair pra almoçar já já
-poxa vida amor
-vai tomar banho
-vai na Laura?
-vou-mordo o lábio com medo dele brigar comigo
-então vai logo e vê se ela lavou as orelhas direitinho-me dá um selinho e se levanta
-só isso?-pergunto como quem não quer nada
-o quê?-ele parece não entender minha pergunta
-pensei que ia brigar comigo por estar abrindo a guarda-me sento na cama, 
ele volta e senta na minha frente
-como eu disse, tudo o que eu quero é o nosso bem, o bem da nossa família, eu não quero nos afastar da Laura, só quero que ela perceba que ela mesmo faz isso quando começa com essas birras. Nós vamos passar o final de semana fora, você me pediu pra te deixar curtir ela hoje, e mesmo não tendo que deixar nada é isso que estou fazendo e vou fazer o mesmo
-eu já disse que você é incrível?
-disse sim, mas se quiser repetir-ele dá um sorriso
-vai tomar banho seu convencido-me estico e beijo sua boca rapidamente

Me afasto e ele fica nu na minha frente, me olha sugestivo e segue pro banheiro balançando aquela linda bunda branca.

Suspiro quando aquela linda cena termina e corro pro quarto da minha filha, que é pra eu não cair em tentação.

Pego a cadeira de uma mesinha que ela tem no quarto pra fazer o dever e sigo pro banheiro. Me sento ali na porta e fico a olhando, ela tem a mesma mania do Luan, dançar enquanto toma banho. Por estar de costas pra porta ela nem percebe que estou ali e quando se vira toma um belo susto.

-ai mamãe, que susto-ela diz colocando a mão no coração e eu dou risada
-desculpa, eu sei que vim quietinha, mas foi você que não percebeu que eu estava aqui-cruzo os braços
-nem percebi mesmo-dá um sorriso lindo

Continuo ali observando ela tomar banho e quando percebo que ela se lavou por inteiro, saío do banheiro e pego uma roupa pra ela.

-agora quem vai tomar banho sou eu-aviso da porta-enxuga esse cabelo direitinho com a toalha, depois eu venho pra secar
-tá bom-ela concorda

Saío do banheiro e vou tomar o meu banho. Ao entrar no quarto encontro novamente o meu marido pelado.

-ainda bem que a Laura vai ficar, tô precisando gemer bem alto-falo séria e ele ri da minha cara

Deixo ele ali e sigo pro meu banheiro que está todo molhado. Meu sonho de princesa é entender como o Luan consegue molhar todo o banheiro mesmo tomando banho com o box fechado.

Resolvo ignorar esse fato e tomo o meu banho.

Me arrumo e depois de ajudar a minha filha a ficar pronta, descemos as escadas e encontramos meus pais, Lari, Felipe e a Vitória.

-pensei que estávamos sozinhos quando acordei-meu pai diz e eu sigo até ele lhe abraçando apertado
-vocês dormem muito-reviro os olhos
-somos médicos, a gente aproveita quando pode dormir, pois raramente fazemos isso-Lari diz me fazendo rir da sua falta de sonhos
-ainda bem que eu durmo muito bem sempre, mas chega de conversa, bora comer que tô com fome e a Laura e a Mariana também
-eu amei esse nome-Larissa diz já se levantando do sofá e seguindo pra saída

Nos dividimos nos carros do Luan e seguimos pro Paris, onde descobri que o Luan enquanto eu tomava banho fez uma reserva.

Assim que chegamos no restaurante, entramos e encontramos logo de cara os meus sogros, a Bru, Mario e a Hellen.

-quem convidou vocês?-pergunto me sentando em uma das cadeiras da grande mesa
-nós mesmo-Mario revira os olhos
-aff-faço careta e todo mundo ri

Pego logo o cardápio na mão pra escolher algo pra mim e pra minha filha que quando deixo ela escolher, só escolhe coisa que não gosta e acaba sobrando pra eu mesma comer.

...

Depois do nosso almoço incrível e o mais longo da história, voltamos pra casa e minha família seguiu pro apartamento buscar as malas pra ir embora, o jatinho os levará, então eles tinham que ir agora, pois ainda viajaremos e o jatinho precisava voltar pra nós buscar.

Foi triste como todas as vezes, mas o melhor é saber que logo nos veremos de novo.

Arrumo minhas malas e do Luan e ele desce as duas pra sala. Perto da hora de viajar a Dai aparece com uma pequena mala de mão e fica conversando com a gente até a van chegar. Diferentemente das outras vezes que viajei sem a minha filha, Laura gruda no meu pescoço e não quer mais soltar.

-Laura, eu preciso ir-tento fazer ela se desvencilhar
-você tá triste comigo mamãe, você não vai voltar nunca mais, eu não posso deixar você ir-ela diz toda sabida e eu apenas sorrio com o seu medo
-lembra do que eu disse? Eu te amo, lógico que eu vou voltar, vai ser como das outras vezes, eu vou viajar com o papai e na segunda eu volto
-você tá mentindo-ela começa uma crise de choro
-eu não tô mentindo, eu prometo que eu volto-falo o mais sincera que eu consigo
-é mentira-continua grudada
-não é mentira, eu acabei de prometer a você que eu volto, quando foi que a mamãe descumpriu uma promessa?-pergunto e ela finalmente afrouxa o abraço e olha nos meus olhos
-nunca-responde minha pergunta
-eu nunca quebrei e nunca vou quebrar
-promete?-ela ergue o dedo mindinho e me faz rir por estar me fazendo prometer que eu jamais vou quebrar uma promessa
-prometo-junto os nossos dedinhos e ela finalmente para de chorar
-te amo-ela me abraça apertado e beija todo o meu rosto
-eu também amo você, quando eu voltar a gente conversa ok?
-ok-ela se afasta e desce do meu colo

Observo ela se agarrar no Luan por bastante tempo também e enquanto isso falo com a Dai, peço encarecidamente que qualquer coisa ela me ligue, não importa a hora. Eu já tinha dado todas as coordenadas a ela, mas mesmo assim faço de novo, eu já viajei outras vezes sem a Laura, mas dessa vez é diferente.

Laura depois de largar o Luan se agarra no Well, no Rober e na Joane, em seguida ela se afasta de todos nós e se aproxima da Daiane.

-fica com Deus-me abaixo e beijo sua testa
-vai com Deus-diz toda amorosa e eu jogo beijo

Só espero que essa vontade de estar comigo e com o Luan não mude quando a gente voltar. Tenho tanto medo dela se revoltar e nos querer longe.

-te amo-falo pela última vez e entro na van

Me sento no fundo como sempre e o Luan se senta ao meu lado. Ele segura a minha mão e a outra ele coloca em cima da minha barriga coberta pela blusa. Fomos o caminho todo assim quietinhos e pensantes, acho que ele estava pensando o mesmo que eu.

Assim que chegamos no aeroporto, seguimos com a proteção do Well e mesmo assim ele ainda atendeu algumas pessoas, mas logo estávamos aconchegados no jatinho e decolando.

-qual o destino?-resolvo me animar
-Ourinhos-ele faz uma careta
-puta merda, por quê não avisou que eu vinha só amanhã?-reviro os olhos

Quando mais jovem, Luan namorou uma menina que mora ou morava em Ourinhos e ele geralmente estava sempre ali, facilitando o encontro com as pessoas de lá, por isso as fãs da cidade amam a menina e me odeiam.

-amor, relaxa
-se alguém mexer comigo eu vou xingar, só queria deixar avisado-cruzo os braços e o Luan faz questão de descruzar
-tá bom, faça o que quiser, não vou te julgar
-mesmo que eu mande algumas tomar no cú?
-mesmo assim
-mesmo assim nada viu, não vai nas ideias do Luan-Joane diz e eu solto uma gargalhada alta demais-se acontecer, respira fundo e se controla
-ok, prometo tentar-dou de ombros

Seguimos conversando sobre o resto da agenda dele, sobre uma férias de 15 dias que ele vai ter o mês que vem, entre outras coisas. Pousamos em Marília, uma cidade próxima e ninguém sabia que iríamos pousar ali, então foi tranquilo sair dali, Luan só atendeu duas funcionárias que ficaram surpresas ao vê-lo.

Seguimos de van até a cidade do show e chegando lá paramos rapidamente no hotel, os nossos banhos também foram rápidos e assim nos arrumamos, logo estávamos novamente na van seguindo pro local do show.

Chegamos lá adiantados, o trânsito colaborou e muito com a gente, coisa que animou o Luan, pois assim ele conseguirá dar mais atenção aos fãns que já estão na entrada.

A van para e o Luan, depois de recomendar ao Rober que me leve pro camarim sã e salva, desce e segue pras grades com a ajuda do Well.

A gritaria ao vê-lo foi intensa, mas ao me ver descer da van com todo cuidado a gritaria diminuiu.

Escuto algumas vozes me chamando e viro o rosto em direção a elas, dando sorrisos verdadeiro e tchauzinho com a mão.

-ridícula-escuto alguém naquela pequena multidão gritar
-mulher escrota, ridícula, casamento ridículo-escuto vindo de uma voz diferente da primeira

Joane gruda na minha cintura e começa a me guiar pra entrar, mas escuto me xingarem novamente, só que dessa vez envolvendo o meu bebê.

-corna, insignificante, barriga de aluguel, gravidez ridícula e midiática-aquelas palavras fizeram o meu sangue ferver
-eu sou ridícula?-pergunto pra multidão já que não sei quem é que disse-ridícula são vocês que se escondem no meio de uma multidão de amor pra atacar alguém que vocês dizem ser insignificante, se eu fosse mesmo insignificante vocês não estariam perdendo tempo me atacando enquanto o ídolo que você diz amar está na sua frente-Joane tenta me puxar, mas eu me desvencilho-escrota é você que pra aparecer precisa atacar as pessoas que seu ídolo ama, ridícula é você que poderia estar aproveitando o ídolo, mas prefere insultar alguém sem valor sentimental pra você, ridícula é você que acha que pode mandar na vida e nas decisões do Luan-falo ainda mais alto e ainda mais irritada
-vem Mari-Rober tenta me levar, mas também não consegue
-meu casamento pode ser ridículo pra você, mas ele não vai acabar só porque você quer, pois temos tudo nele, amor, felicidade, companheirismo, confiança e mesmo você me achando corna, temos fidelidade e não precisamos provar isso a ninguém a não ser nós mesmo.-digo tudo o que eu quis dizer da outra vez que estive aqui-Ah, antes que eu me esqueça você tem que decidir, ou sou barriga de aluguel ou minha gravidez é midiática, porque os dois não dá pra ser, barriga de aluguel é crime no Brasil e se fosse uma barriga de aluguel eu nunca iria expor, não quero ser presa, gosto da minha liberdade-solto uma risadinha irônica-amor-me viro pro Luan-infelizmente a nossa gravidez é ridícula pra algumas pessoas, mas eu não resisto ao seu pau, então depois dessa vamos fazer mais outro filho não esquece-chamo a atenção dele pra mim que não deve estar gostando muito do barraco-só pra encerrar, que eu já vou entrar, pois estou grávida e não vou prejudicar a minha filha me estressando com quem é insignificante era mim, já que eu nem sei quem é, ridícula é quem perde tempo estragando o momento de outras pessoas que só querem um segundo de amor e atenção, ridícula é quem não sabe amar e dar valor as pessoas a sua volta e que diz amar, ridícula é quem não sabe aproveitar o tempo que tem com pessoas importantes, ridícula é apontar o dedo pra outras pessoas, e agora pensando aqui, eu não me incluo em nenhuma dessas atitudes, eu não estrago os momentos de vocês, eu amo intensamente quem está ao meu redor, eu aproveito cada segundo com as pessoas importantes pra mim e eu nunca aponto o dedo pra outra pessoa, pois quando aponto um, tenho três apontados pra mim. Olha pra dentro de você e procure os seus erros, os seus defeitos, para de procurar defeito nas outras pessoas pra se sentir melhor, isso não é bonito, isso não é grande, isso é coisa de gente baixa, e de gente baixa eu tenho pena.-vou encerrando meu querido discurso-desculpa falar olhando pra todos, mas é que não sei quem foram as covardes que me insultou, pois na hora de xingar a boneca é bem machona, mas na hora de mostrar a cara não tem coragem, mas a carapuça serviu bonita e a única coisa que eu desejo a essas pessoas, é que repense suas atitudes e tente ser um ser humano melhor, que é pra não morrer mesquinho de alma e pra quem não tem nada a ver com esses xingamentos, curtem o momento de vocês é bom show-finalmente deixo o Rober me levar e finjo que nada aconteceu

Entro no camarim e me sento no sofá, Rober me dá uma garrafinha de água e eu tento de todas as maneiras não chorar, sei que o Luan disse pra eu fazer o que eu quisesse caso isso acontecesse, mas eu sei que ele não gostou da minha atitude e provavelmente está triste comigo.

-você é ruim de promessas em-Joane tenta quebrar o clima pesado que ficou ali
-eu disse que ia tentar, não que eu iria conseguir-dou risada da carinha dela
-tá tudo bem?-Rober senta ao meu lado e toca a minha barriga
-tá sim, apesar de ter me alterado um pouco eu tentei controlar o nervoso, jamais iria colocar minha filha em risco por causa de ciúmes idiotas dessas meninas-reviro os olhos-minha vontade foi mandar tomar no cu, me controlei-falo pra Joane que ri negando
-você é muito maluca-senta do meu outro lado-alguém provavelmente gravou e eu vou ter que resolver isso, mas eu gostei-ela deita a cabeça no meu ombro
-se fosse Arleyde ou Juliana, as duas estariam me matando agora-nós três rimos-tô com fome-aviso vendo que não tem comida ali
-vou ver se a comida já chegou, Luan está adiantado, deve ser por isso que ainda não chegou nada
-ok então minha salvação, vá-empurro ela do meu ombro e ela se levanta chocada-gosto mais de comida do que de você-dou de ombros e ela fica ainda mais chocada-tô brincando-dou risada dela
-agora já acreditei-se vira e sai me ignorando

Deito minha cabeça no ombro do Rober e fico assim enquanto ele faz carinho na minha barriga.

-acha que o Luan ficou bravo?-pergunto como quem não quer nada
-não sei, ele não esboçou reação, mas eu acho que não
-eu acho que sim, ele me olhou sério
-queria que ele desse risada?
-talvez-digo pensativa e ele ri
-relaxa, logo ele vem e você descobre
-tá

Continuo ali quietinha e até ouso fechar os olhos pra tirar um cochilo, mas antes que o meu sono se transformasse em sonho, escuto a porta abrir e abro os olhos. Luan passa pela porta, fala com o Well rapidamente e entra, mas continua sem esboçar reação, será que ele tá bravo?






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Olha o capítulo ai genteeee (Leia imaginando voz de cantor de escola de samba)
Cheguei, até que não demorei né?
Li todos os comentários tanto aqui, quando no grupo ou no privado, e queria dizer que amooo quando vocês se empolgam com a história, quando comentam a opinião de vocês e quando dão ideias, é incrível e incentivador!!!
Continuem acompanhando 🙏
O que acharam do capitulo? 🤔
Prometo tentar voltar logo!!

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Capítulo 313 - De castigo

Luan

Depois de deixar a Marina ir comer mais bolo e doces, sigo até a churrasqueira onde os meninos estavam e pego uma cerveja no freezer ali fora, dou quatro goles seguidos e seco a long neck.

-quando for minha vez vou copiar a ideia da festa-Breno diz rindo enquanto conversa com Marquinhos e eu me aproximo mais
-já tão pensando em fazer um sobrinho pra mim?-pergunto animado e ele me olha estranho-que foi?
-você tá feliz pela possibilidade de ter um sobrinho-ele fala como se aquilo fosse um crime
-e..?-arqueio a sobrancelha pra ele que ri relaxado
-cabô o ciúmes?
-acabar é óbvio que não, mas vocês tão juntos a anos, você já provou que merece ela, você conquistou a minha confiança, inclusive se quiser seguir com a ideia de casar com ela, tem o meu apoio, mas se desrespeitar ela eu quebro a sua cara
-tá falando sério?-seu sorriso agora se abre gigantesco e eu me aproximo esticando a mão e controlando a vontade de dizer que é zoera
-claro, tem meu apoio-dou de ombros e ele aperta minha mão com força
-porra, vou até encher a cara pra comemorar-ele se estica pra pegar uma garrafa de uísque, se serve e serve um pouco pra mim
-juízo em, você já sabe, fez algo de errado, fuja pra bem longe, eu quebro sua cara-aviso e dou as costas pra ele

Ando em direção a casa pensando em voltar e dizer que não, que ele não pode casar com a minha menina, mas a Bruna já está grande, já se formou, já trabalha por conta própria, ganha seu próprio dinheiro e pode muito bem ser esposa, ser mãe, construir a própria família, assim como estou construindo a minha dia após dia. Tá na hora de deixar a Bruna abrir as asas e voar sozinha, não é mais necessário o meu casulo.

Antes de passar pela porta pra encontrar paz na Marina escuto a voz do meu pai e um choro falso da Laura.

-fala pro vovó o que aconteceu-ele diz carinhoso e ela aumenta a intensidade do "choro"
-foi a mamãe-ela solta e os dois ficam em silêncio

Dou mais alguns passos, porém a voz do meu pai me faz parar novamente.

-o que fez com ela?-ele pergunta e eu fico atento a conversa, pelo jeito ele fala com a Marina
-tô cansada Amarildo, cansada. A Laura ter ciúmes desse bebê tudo bem, mas ela me maltrata, diz que estou gorda, me manda parar de comer pra não ficar ainda mais enorme, só sabe maltratar essa menina que ainda nem nasceu, só fala mal de tudo relacionado a esse bebê, eu tô cansada emocionalmente, não aguento mais-ela desabafa me deixando triste por não ter feito nada até agora pra isso mudar
-Laura-escuto sua voz em tom de repreensão e entro em casa já falando
-é isso mesmo pai, nem parece que a Marina é mãe dessa menina do tanto que ela tá maltratando ela-seguro fortemente meu copo de uísque
-tirei o tablet dela por um mês-Marina avisa e eu ando até ela parando ao seu lado
-o que você fez agora Laura?-pergunto pra minha filha que tá com um bico maior que o mundo
-eu não fiz nada, só falei que o nome Laura é mais bonito do que Mariana-diz e volta a fazer bico
-Laura-Marina a repreende dessa vez e eu fico sem entender quem é Mariana
-quem é Mariana?
-esse bebê ai-aponta pra barriga da Marina e eu fico surpreso, minha esposa automaticamente fecha a cara e sai dali provavelmente chateada
-não é assim que se fala com a sua mãe Laura-fico sério-ela te contou o nome da sua irmã, mas me responde uma coisa-ela fica em silêncio só prestando atenção-você prometeu a ela que não contaria isso a ninguém?-pergunto pra ter certeza do motivo da Marina ter ficado tão chateada
-sim-ela fica séria-desculpa-parece entender o que acabou de fazer
-você quebrou uma promessa-mostro mágoa e ela desce do colo do meu pai e se aproxima de mim
-me desculpa pai, foi sem querer-ela junta as mãos
-a sua mãe faz de tudo por você Laura e você só sabe deixar ela triste, cadê aquela menina que adora fazer carinho no cabelo da mamãe? Cadê aquela Laura que odeia ver a mamãe chorar? Cadê aquela Laura que nunca quebra promessas?-me abaixo pra ficar do tamanho dela e pergunto chateado-hoje é pra ser um dia feliz como foi quando fizemos o seu chá revelação, mas agora a mamãe está triste e provavelmente chorando por ai e você sabe por causa de quê. Sua mãe tirou seu tablet e eu estou te tirando da sua aula de dança-ela tenta abrir a boca, mas eu interrompo-sem reclamar Laura, você ganhou seu tablet, você faz aula de dança e inglês porque você sempre foi uma ótima menina, mas nos últimos meses isso mudou e você não está merecendo nada disso, quando o seu respeito pela sua mãe voltar você volta a ter tudo o que tinha, até lá você não vai ter nada.-ela faz bico pra chorar-pode chorar, pode fazer manha pros seus avós, mas comigo não vai colar, a sua mãe sim tem motivos pra chorar, você não. Ter um irmão é uma alegria, é ganhar um amigo de Deus, mas você não sabe aproveitar isso.-me levanto-e antes que eu me esqueça, amanhã você não vai viajar comigo, você também não está merecendo-aviso e ela engole choro-não vou mais ficar dizendo pra você que o que você está fazendo é errado, porque você já é grande, você sabe que isso não é certo, também não vou mais ficar mandando você pedir desculpas pra sua mãe, faça isso quando sentir vontade, mas se sua mãe parar de brincar com você, parar de te olhar no banho, parar de pentear os seus cabelos e parar de te fazer dormir, pode lembrar que isso é porque você foi mal com ela-vejo lágrimas descerem no seu rosto e sua expressão de arrependida

Dou mais uma olhada pra ela mostrando toda a minha tristeza e ando até meu pai que continua sentado no sofá só observando nós dois.

-talvez eu tenha pegado um pouco pesado, mas ela também está pegando pesado com a Marina, nem pense em mimar ainda mais ela, a Marina não merece o que ela está fazendo e ela precisa entender que o que ela está fazendo é errado-falo baixo com ele que apenas concorda e se levanta

Ele sai em direção onde está sendo a festa e eu subo as escadas atrás da Marina. Passo no nosso quarto, mas não a encontro em lugar nenhum, paro no quarto da Laura e ela também não está ali.

Subo até o estúdio que criamos ali no terceiro andar, geralmente nos escondemos ali, mas também não encontro a minha mulher.

-que droga-me sento na cadeira derrotado

Odeio ver a Marina triste, odeio brigar com a minha filha, odeio essa situação de merda que estamos vivendo.

Respiro fundo tentando me acalmar um pouco, não quero ser ainda mais grosso com a minha filha.

Não faço ideia se peguei pesado com ela ou não, mas ela precisa entender o que ela está fazendo. Tenho medo da Marina sei lá desenvolver uma depressão pós parto, tenho medo dela odiar esse bebê mesmo ele não tendo culpa de nada.

Fecho os olhos me lembrando do sorriso da Marina ao ver o doutor Otávio dizer que nós teríamos mais uma menina, sorrio automaticamente e me lembro da promessa que minha filha quebrou.

-Mariana-fico todo bobo ao ver que ela escolheu um nome muito lindo, com certeza ela é melhor que eu pra isso

Sinto minha raiva passar e saío dali, procuro a Marina nos quartos de hóspedes ali, também não encontro e desço até o andar dos nossos quartos. Entro no quarto que separamos para montar o quartinho da Mariana e acho a Marina ali, sentada no chão e chorando com a mão na barriga.

-amor-chamo sua atenção e ela me olha com os olhinhos inchados e vermelhos
-eu não sei mais o que fazer, o que falar. Ela sempre faz essas coisas e depois pede desculpas, eu acho que tudo vai ficar bem e ela vem e me magoa de novo-funga e solta um soluço-ela nunca quebrou uma promessa e agora por pura birra ela quebrou, e eu não sei mais até onde vai esse ódio todo dela por esse bebê-sua voz embargada começa a falhar

Me sento ao seu lado e deito sua cabeça em meu peito.

-não fica nervosa, isso não faz bem pra vocês, nós prometemos focar só nesse bebê-aliso sua barriga
-pode chamar ela pelo nome, agora que já sabe
-posso fingir que não sei, você disse que teria uma surpresa amanhã e eu quero surpresa-vejo um sorriso brincar ezam seus lábios
-é uma moldura de porta que eu mandei fazer com o nome dela, essa é a surpresa-ela conta e levanta a cabeça pra me olhar
-meu Deus do céu-tampo os ouvidos-eu não ouvi nada, eu não sei o que é a surpresa, lá lá lá lá lá lá lá-faço graça e ela solta uma gargalhada
-para bobo, já não tem mais surpresa
-poxa-faço bico e ela fica me olhando-não estamos fazendo nada de errado, a Mariana não é um erro, fica tranquila em relação a isso, errada são as atitudes da Laura-aliso seu rosto e ela concorda sorrindo-e eu sei que eu disse que ia deixar pra conversar com ela amanhã, mas não resisti e falei hoje e eu ainda não sei se peguei pesado ou não
-tenho certeza que não, você sempre escolhe as melhores palavras pra falar com ela, seja pra brigar ou não
-ela vai sair da aula de dança por enquanto-aviso
-por quê?
-a Laura ganhou isso porque era uma boa menina, assim como ela ganhou o tablet, mas ela já não está tão boa assim, sei que castigo não é a melhor forma de lidar com isso, mas ela vai ter castigo sim, vai ficar sem tablet e vai ficar sem dançar até ela aprender novamente a te respeitar, você pode estar com os hormônios a flor da pele e sem conseguir brigar com ela, mas eu não estou e posso assumir o controle enquanto isso
-tudo bem, se você acha que isso pode ajudar, eu aceito, tô aceitando qualquer coisa pra poder ter minha filha me amando de novo
-ela nunca deixou de te amar amor, ela pode ser grossa, sem educação, mas nunca deixou de te amar e você precisava ver a cara de arrependimento dela quando eu disse que você vai parar de fazer ela dormir, de pentear os cabelos dela e outras coisas-comento e ela suspira
-oh meu pai, no próximo por favor vamos conversar antes com ela e com a Mariana, nada de surpresas
-próximo o que?-pergunto como quem não quer nada
-o próximo bebê ué-dá de ombros
-pera, então vamos ter outro? Porque você me disse a minutos atrás que só iríamos adotar
-talvez eu queira tentar um menino-dá de ombros
-o que te fez mudar de ideia tão rápido?
-não sei-ela sorri lindamente e finjo não estar soltando fogos por dentro
-você só me surpreende-dou um selinho em seus lábios-eu quero que tudo fique bem, mas eu também não sei como fazer, mas sei que a Laura precisa ver que o bebê não afasta vocês, mas isso que ela faz sim
-e como vamos fazer isso?-ela pergunta curiosa
-ela não vai viajar esse final de semana, nós vamos e você só vai ligar pra saber se ela está bem, fora isso, nada de ligar
-não vou fazer isso-ela sorri nervosa
-vai sim, vamos deixar ela aqui com a Dai, ela desabafa quando é com ela e assim saberemos como ela se sentiu
-você é doido
-só quero que tudo se resolva
-você disse que não iríamos pressionar, que seria tudo no tempo dela
-e a aceitação dela vai ser no tempo dela, mas isso de te desrespeitar, de agir como você não fosse mãe dela, não vai ser no tempo dela não, vai ser no nosso, porque nós somos pais e os limites que estabelecemos não tá adiantando muita coisa, então vamos em busca de novos limites
-tudo bem-ela suspira e dá um sorrisinho pequeno
-agora que tal você dar um sorriso, parar de chorar e a gente descer e curtir o dia da Mariana?
-outra Mari na sua vida-acabo soltando uma gargalhada
-ela vai ser minha Mari, minha mãe é minha Xumba e você minha sereia-fico olhando nos seus olhos e o seu brilho volta a se instalar ali
-deixa eu ver a minha sereia-sua mão espalma em meu peito
-deixo-afasto ela de mim e me levanto

Abaixo a minha bermuda e a minha cueca lhe mostrando a tatuagem feita especialmente pra ela.

Marina morde os lábios ao me ver quase nu na sua frente e fica de joelhos. Sua mão se aproxima e toca a tatuagem, ela levanta seu olhar pra mim e sorri ainda mordendo os lábios.

-eu amo essa tatuagem-ela diz e volta a olhar o desenho
-você tá de joelhos Sereia e eu tô nu aqui-digo sugestivo e ela sorri entendendo
-eu tô triste sabia?
-então deixa-levanto minha cueca e minha bermuda
-ei, eu ainda não tinha concluído meu pensamento-ela diz bravinha e eu dou risada
-agora vai ficar na vontade, vem-ajudo ela a levantar do chão
-poxa ursinho-seu bico fica ainda maior
-mais tarde
-você vai encher a cara e não vai conseguir-ela desliza suas mãos pelo meu peito e chega em meu membro
-já parei de beber, prometo-tiro sua mão de mim
-então tá-ela se anima um pouco
-quero te ver feliz, vai conversar com seus amigos, com seu pai, te quero sorrindo no dia de hoje, por favor
-tá bom-ela fica na ponta dos pés tentando chegar no meu rosto pra me beijar-ursinho, ajuda-ela diz manhosa quando percebe que não irei ajudar

Abaixo a cabeça depois de alguns segundos e colo nossos lábios em um selinho demorado. Deslizo minha boca pela sua bochecha até chegar em sua orelha e mordisco levemente, Marina automaticamente me agarra e arranha minhas costas.

-se não vai me deixar fazer nada então me beija logo e vamos descer, mas tira sua boca da minha orelha-ela sussurra

Desço minha boca até seu pescoço e subo novamente até colar nossos lábios. Inicio um beijo calmo, sem pressa, gosto quando beijamos assim, cheio de amor. Ficamos naquele encaixe perfeito por bastante tempo, mas antes mesmo do nosso fôlego acabar, ela afasta sua boca da minha, distribui mais alguns selinhos e em seguida se afasta por completo.

-vem-ela junta nossas mãos e me puxa pra fora daquele quarto

Passamos em nosso quarto e enquanto ela segue pro banheiro, eu me sento na cama pra esperar. Observo ela com um lencinho limpando o rosto, quando termina, ela sai e entra no closet, em seguida volta calçando um chinelo e com sua maleta de maquiagem na mão.

Continuo observando ela que passa uns trem no rosto, em seguida alisa o cabelo com os dedos. Ela me olha e sorri ao perceber que estou a encarando. Vejo ela procurar algo no balcão e quando acha ela ajeita o cabelo pra prender. Agora entendi porque ela me olhou, ela sabe que eu amo quando ela prende o cabelo e deixa seu lindo pescoço exposto.

Depois de terminar de se arrumar, ela leva a maleta pro closet e quando volta se aproxima de mim.

-isso é tentação-passo minhas mãos em seu pescoço e ela se arrepia
-isso vai ser um motivo pra te ajudar a não encher a cara-me puxa pra que eu levante e assim eu faço

Descemos as escadas e encontramos a Laura sentada no sofá conversando com a Malu. Elas escutam os nossos passos e a minha filha é a primeira a olhar.

-mamãe-ela diz manhosa e penso em entrar em ação, mas a Marina é mais rápida
-agora não Laura-ela me puxa pra fora

Nos aproximamos dos meus pais e dos meus sogros que nos olha preocupado.

-tá tudo bem?-Cido se aproxima dela e a abraça de lado
-não muito, mas hoje é o dia dessa princesa-alisa a barriga-eu só quero curtir o resto dessa festa
-Amarildo disse que já sabe o nome, vão contar pra gente quando?-ele pergunta como quem não quer nada e eu e a Marina soltamos uma gargalhada alta
-é Mariana-ela conta e vejo todos surpresos
-ai que nome lindo
-Maria significa senhora soberana e Ana significa cheia de graça, sendo assim Mariana tem como significado senhora soberana cheia de graça, mulher pura e graciosa-ela explica deixando até a mim surpreso-eu achei lindo o significado, o meu amor e o do Luan é tão puro, sem maldade e eu quis expressar isso através do nome, nossa filha também será pura e graciosa-ela faz meus olhos brilharem com lágrimas, mas não as deixo descer
-que coisa linda Mari-minha mãe diz emocionada

Meu sogro volta a apertar ela em um abraço, em seguida meu pai faz o mesmo, minha mãe e a minha sogra. Quando todos terminam de abraçar, ela me olha chorando dessa vez de felicidade e eu puxo ela pra mim.

-coisa linda-espalho beijos por todo seu rosto e ela sorri

Ficamos alguns segundos assim, juntinhos e pra quebrar um pouco o clima daquele chororo todo, faço piada.

-tudo o que disse foi lindo, mas nosso amor não é tão puro assim-todo mundo riu
-Luan, vai caçar coquinho-ela se afasta e sai em direção ao Mario e a Hellen
-ficou nervosinha-zuo com eles-a melhor coisa que vocês fizeram na vida foi a Marina, fico louco com essa mulher, amo ela, demais-falo com os meus sogros que sorriem provavelmente vendo verdade no que eu digo
-eu que agradeço por ser homem o suficiente pra cuidar dessa família linda, pra cuidar dela e dos frutos que Deus tá mandando
-obrigada-agradeço feliz por tudo que tenho

Dou um beijo na minha sogra e um na Xumba, em seguida saío dali em direção ao Testa, Well, Marquinhos e Douglas. Pego uma cerveja e me sento com eles na mesa entrando no assunto que eu mal sabia qual era.

-ou, tá na hora dessa menina ter um nome em-Rober muda de assunto depois de um tempo de conversa
-já tem-dou de ombros e ele me olha surpreso-e eu já sei que não preciso me preocupar com namorados e essas coisas
-por que não? Ela por algum acaso já mandou sinal que será sapatão ou que será freira?-Marquinhos faz piada e eu taco a tampinha da minha cerveja nele
-não otário, porque o nome dela significa mulher pura e graciosa, minha filha será pura-falo orgulho
-vai nessa-ele continua com graça
-fala logo o nome boi-Testa pede apressado
-Mariana-sorrio todo bobo
-caraca, Marina é melhor que você com nomes, parabéns boi-Douglas é o primeiro me parabenizar
-obrigada-continuo sorrindo

Todos os outros também me parabenizam pela princesa e pelo lindo nome, em seguida Testa dá um longo gole em sua long neck e termina sua cerveja.

-bora tomar outra pra comemorar-ele levanta animado
-também quero-os meninos falam um atrás do outro
-e você?-Testa pergunta e eu nego
-vou ficar na água e no refri, minha comemoração vai ser de outro jeito-dou de ombros e eles começam a zoar-calem as as bocas-mostro dedo mostrando meu lado infantil

Algumas pessoas começaram a ir embora logo, mas os mais chegados ficaram e resolveram curtir a festa que realmente virou uma balada. Vi de longe a Marina se divertindo e achei a coisa mais linda do mundo.

Eu ainda olhava ela que dançava um funk com Hellen, Luíza, Bruna e Mario quando sinto alguém agarrar minhas pernas, desço o meu olhar e encontro minha filha pronta pra dormir.

-que foi?-pergunto me abaixando pra ouvir o que ela diz, já que o som está um pouco alto
-pede pra mamãe fazer mamadeira pra mim-ela diz manhosa-e pede pra ela me colocar pra dormir-fala mais manhosa ainda-tô com sono
-vou pedir pra Malu fazer mamadeira pra você-me levanto, mas ela me puxa e eu volto a me abaixar

Laura raramente mama mamadeira, ela só pede quando quer fazer manha pra Marina que acaba caindo.

-não quero a Malu, quero a mamãe, só ela sabe como que eu gosto-ela cruza os bracinhos e eu fico com dó, mas não demonstro
-mas vai ser a Malu sim e você vai subir e vai dormir sozinha, porque a mamãe está triste com você, ela pensa que você não ama mais ela
-mas eu amo e eu queria pedir desculpas-ela solta um suspiro
-só que é sempre assim Laura, você apronta, deixa sua mãe triste e magoada, depois pede desculpas, só que suas desculpas são falsas, porque você sempre faz tudo de novo, sua mãe e eu nos cansamos das suas desculpas, só queremos ouvi-las quando for de verdade, do fundo do coração e quando você não for mais fazer o que você anda fazendo-falo olhando em seus olhos e ela faz bico pra chorar-vem-me levanto e puxo ela pela mão

Paro perto da Malu que está bem animadinha graças a três taças de gim que ela tomou.

-faz mamadeira pra ela-peço e ela sorri sem motivo
-claro, vamos lá-ela levanta ainda sorrindo

Entramos e ela segue pra cozinha, Laura continua bicuda ao meu lado e toda hora escuto ela fungar, mas não derruba nenhuma lágrima.

-eu vou pra escola amanhã?-pergunta
-sim
-tá bom-ela se anima

Malu faz o que eu pedi e aparece com a mamadeira rosa da minha filha.

-obrigada Maluzinha, pode voltar pra lá-aviso saindo da cozinha com a minha filha

Paro na ponta da escada e entrego a mamadeira a ele.

-se cobre em-aviso e ela me olha querendo chorar novamente
-nem você vem me fazer dormir?
-não, eu também estou triste
-tá bom-ela funga e isso me parte o coração
-você sabe que eu não tô falando isso pro seu mal né?-falo calmo
-eu sei
-que bom, então vai, dorme com Deus e sonhe com os anjos-me aproximo e beijo sua testa
-boa noite pai, eu te amo-ela estica os bracinhos querendo um abraço

Me abaixo e ela se encaixa em meus braços do jeito que dá. Fico alguns segundos assim e me afasto. Ela sorri triste e sobe as escadas deixando o meu coração partido.

Apesar de querer ir atrás dela e fazê-la dormir, eu me contenho e volto pro lado de fora pronto pra ver nossos amigos pagando alguns micos graças a bebida.

Me sento ao lado do Gui que está babando na Hellen e passo a babar na minha mulher que depois de alguns minutos percebe o que estou fazendo e se aproxima.

-a Laura foi dormir?-ela senta no meu colo
-foi sim, ela veio aqui atrás de você, pedindo pra você fazer mamadeira pra ela e ir colocar ela pra dormir-conto
-e o que você fez?
-pedi pra Malu fazer mama pra ela e mandei ela subir e dormir sozinha e ela foi
-tadinha-ela deixa a cabeça na curva do meu pescoço
-ás coisas vão mudar logo, prometo
-obrigada-ela pega minha mão e junta nossos dedos

Ficamos assim por um tempo e apenas olhando os bêbados ali. Procuro com meus olhos meus sogros e minha cunhada, mas não encontro.

-cadê sua família?-pergunto alisando sua coxa
-foram pro meu apartamento, só a Vitória que ficou, tá dormindo no quarto da Laura com ela
-nem vi eles indo
-você tava concentrado no Rober pagando micão na piscina-ela diz e eu dou risada me lembrando dele só de cueca branca na piscina dançando funk
-cena ridícula, quando eu precisar broxar vou me lembrar dele daquele jeito e rapidinho consigo
-bobo-ela me dá um beijo bom
-sem beijo-Gui coloca a mão entre a gente
-bora subir-sussurro no ouvido dela
-ainda temos convidado-ela se esquiva
-esse povo todo já é de casa, quando eles quiserem eles sobem pra dormir, só precisamos roubar todas as chaves dos carros
-deixa comigo-ela levanta com uma carinha de menina levada

Continuo ali enquanto ela anda por todos os cantos, por último ela conversa com o Gui que apesar de bêbado continua quieto ao meu lado.

-a última-ela diz me mostrando um monte de chaves diferente e por último a do Gui-bora?-me convida a subir e eu óbvio me levanto
-bora-grudo em sua mão e puxo ela pra mim

Subimos juntos e ao chegar na porta do nosso quarto, ela não para de andar pelo corredor e me puxa até o quarto da nossa filha. Ela abre a porta bem devagar pra não fazer barulho e olhamos as duas princesas deitadas na cama dormindo tranquilamente.

Voltamos até nosso quarto, me sento na cama sem o chinelo e a Marina esconde as chaves no closet, em seguida ela volta e para de frente pra mim com um sorrisinho.

-amor-diz manhosa-me ajuda aqui com o vestido-fica de costas pra mim e aponta pro zíper
-Tô com moral no céu, eu tô
Tem um anjo me chamando de amor
Tô com moral no céu, eu tô
Tem um anjo me chamando de amor-canto pra ela e me aproximo
-também tô
-tá o que?-abro o zíper e ajudo seu vestido deslizar pelo seu corpo lhe deixando só de peças íntimas
-com moral no céu-ela vira o rosto e me encara sorrindo

Puxo ela até o espelho ali e continuo atrás dela. Abro seu sutiã e tiro do seu corpo. Ficamos nos encarando pelo espelho e vejo que ela está bastante ansiosa.

Toco seus ombros e pescoço levemente, fazendo uma espécie de massagem. Desço meus dedos até seu colo e volto a subir, repito minha ação por mais algumas vezes e depois de ver a Marina revirar os olhos, desço minhas mãos até seus mamilos. Acaricio seus seios e dou leves beliscadas com a ponta dos dedos, ela se remexe um pouco e gosto muito do que posso fazer com ela, de como posso deixá-la louca.

Marina deita sua cabeça em meu ombro e me deixa super a vontade pra fazer o que quiser.

Desço uma de minhas mãos pela sua pequena barriga e chego no meio de suas pernas. Sinto sua calcinha de renda e subo minha mão, desço novamente, porém dessa vez com a mão por dentro de sua calcinha.

Assim que toco seu clitóris com meu indicador ela solta um gemido baixo e fecha os olhos. Desço um pouco os meus dedos e confiro como está sua entrada, introduzo dois dedos nela e sinto que ela não está totalmente pronta.

Volto ao seu clitóris e passo a massagea-lo proporcionando prazer a ela. Desço novamente minha mão até sua entrada e agora a sinto bem molhada, pronta pra gente continuar.

Passeio minha outra mão até seu quadril e tiro meus dedos dela, com as duas mãos abaixo sua calcinha até o joelho, afasto bastante as suas pernas e volto a toca-la.

Lhe proporciono todo o prazer que consigo, até ela se desmanchar em meus dedos e pelo espelho vejo sua goza fina escorrer pelas pernas.

Marina me encara pelo nosso reflexo e morde os lábios da forma mais sexy que consegue. Me afasto dela e ajudo a tirar sua calcinha por completo, beijo seu pescoço e a puxo pra trás encostando meu corpo no seu, mostrando-a que estou tão excitada quanto ela.

-deita lá na cama-sussurro em seu ouvido e ela apenas concorda

Marina se deita com os joelhos flexionados e de pernas abertas, sorrio pra ela que retribui e me chama com o dedo indicador.

-tá na hora da nossa comemoração-engatinho na cama até estar com o rosto perto dos seus mamilos
-então bora ursinho-ela pressiona minha cabeça contra seus seios e apenas abro a boca fazendo o que ela e eu tanto queremos

...

Depois de toda a nossa madrugada, deixo a Marina dormindo e olho seu celular pra ver a hora que ela geralmente acorda, em seguida desligo o seu despertador e ligo o meu. Visto apenas uma calça moletom e uma camiseta. Ainda tenho um tempo tranquilo.

Subo até o estúdio e fico ali terminando uma música minha que eu mesmo tô produzindo, mas que provavelmente darei pra alguém gravar.

Desperto daquele mundo mágico com o barulho do meu despertador e me levanto descendo até o segundo andar e indo direto pro quarto da minha filha.

Balanço ela levemente chamando seu nome até que ela abre os olhos.

-que foi?-pergunta curiosa me olhando
-fala baixo, a Vitória está dormindo-aponto pra prima dela e ela olha rapidamente, mas volta a me olhar-levanta, você tem que ir estudar
-cadê a mamãe?
-tá dormindo, eu que vou te levar hoje, onde fica seu uniforme?
-por que a mamãe não vai?
-você sabe porque, vamos, levanta, escova os dentes e toma um banho sem molhar o cabelo
-eu quero a mamãe-faz bico-por favor papai pede pra mamãe vim aqui-ela começa a chorar
-Laura-a repreendo
-por favor-ela implora com aqueles olhinhos pequenos-nunca mais vou magoar ela, eu prometo de dedinho, mas traz a mamãe
-tá bom Laura, mas vai e faz o que eu pedi
-promete que você vai chamar ela?
-prometo, só não sei se ela vai querer vim
-diz que eu amo ela e aí ela vai bom-ela levanta da cama e segue pro banheiro

Dou uma olhada na Vic e saío do quarto direto pro meu. Marina continua dormindo profundamente e eu fico com dó de acorda-la, mas também estou com dó da minha menina.

-Marina-me sento ao seu lado e balanço ela levemente-acorda sereia-abaixo o edredom e aliso sua barriga
-quê?-pergunta tentando não parecer grossa
-pensei em levar a Laura pro colégio, mas fui chamar ela e ela tá chorando querendo você
-droga, meu celular não despertou?
-eu desliguei o despertador, eu ia levar ela, mas fiquei com dó da carinha dela. Se quiser posso ir lá e dizer que você não quer ir, eu levo ela na escola e pronto
-não-ela diz firme-já vou ficar o final de semana sem ela, deixa eu curtir minha filha hoje
-eu não tenho que deixar nada amor, eu só quero que tudo fique bem entre nós três de novo, agora vai se arrumar e eu vou dormir um pouco
-te amo-ela me abraça apertado e beija meu pescoço
-vai-ajudo ela a levantar e dou um tapa em sua bunda

Me deito vestido mesmo e cubro meu corpo até a cintura. Marina faz tudo muito rápido, depois de escovar os dentes e prender o cabelo, ela entra no closet e volta vestida em um macacãozinho e no pé uma sandália sem salto.

Ela para ao meu lado e beija a minha bochecha, pega sua bolsa e desce com todas as chaves que ela pegou do povo ontem. Alguns minutos depois a porta volta a se abrir e dessa vez quem passa por ela é a minha filha que sobe na cama e beija a minha bochecha.

-te amo pai, bons sonhos-ela diz amorosa e eu sorrio pra ela
-boa aula e estuda direitinho

Espero ela sair e depois de ter certeza que elas se foram eu fecho os meus olhos e adormeço.






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Capítulo graaaande!
Vocês gostam? 🤔
Espero que sim!
O que acham da atitude do Luan? Tô curiosaaaa pra saber o que vocês pensam
PS: Não revisei por pura preguiça 💔

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Capítulo 312 - Nossa menina

Marina

Menina! Sim, teremos mais uma menina, que com certeza deixará o Luan ainda mais louco quando começarem a ser paqueradas. Antes era uma pra se preocupar, agora são duas.

Limpo minhas lágrimas e abro os braços para a todos ali que um por um vem nos parabenizar.

-outra princesa-Mario se aproxima
-outra nada, é só uma menina, princesa é só eu-Laura diz bicuda e o Mario se abaixa na frente dela para ficarem do mesmo tamanho
-é outra princesa sim meu amor, você querendo ou não, pode parar com essa birrinha que isso é feio, e ninguém gosta-ele repreende ela e eu nem me importo

Laura fica ainda mais bicuda e pra não brigar com ela na frente de todo mundo ele se levanta e puxa ela pra um canto.

Ele é padrinho dela, ele sabe as birras que ela anda fazendo e se eu que sou mãe, não consigo brigar por estar sensível demais com essa gravidez, deixo que eles façam por mim.

Cumprimentamos todo mundo ali e depois voltamos pra festa, partimos o bolo, distribuímos docinhos e óbvio que escondi uns pra comer depois.

-amor-escuto o Luan me chamar depois de um tempo com os meninos
-oi?-respondo o olhando
-vem cá-me chama com a mão e eu apenas me levanto e me aproximo dele

Andamos até a parte descoberta ali do jardim e ele discretamente me rouba um beijo lento, cheio de carinho e sentimentos bons. Quando o beijo finalmente se encerra, ele se afasta e fica olhando pra cima.

-olha pra lá-aponta pro céu, pra um lugar específico e assim eu faço

Ficamos abraçados por alguns segundos, sem nada acontecer, até que um barulho tipo tiro me faz abraçar o Luan, esconder meu rosto em seu peito e o apertar fortemente.

-ei, olha lá-aponta pro céu

Mesmo com medo do barulho que é contínuo, olho pra cima e vejo que são fogos de artifícios cor de rosa, a coisa mais linda que eu já vi.


-amor-olho pra ele
-pra nossa menina-acaricia minha barriga e me dá um beijo estalado na bochecha-eles fizeram um chá revelação foda, mas eles são mais discretos, eu nunca gostei de nada discreto, então aqui estou eu-aponta pros fogos que continuam a estralar
-tô tão realizada que não preciso de mais nada agora
-ainda temos um filho combinado, não se esqueça-ele me lembra e eu sorrio concordando
-jamais esquecerei, agora vem que eu mal comi bolo-puxo ele pela mão
-vou beber-avisa e eu dou de ombros
-pode beber, já limpei seus vômitos tantas vezes que tô começando a ficar acostumada
-poxa amor, nem bebo pra tanto assim
-ah bebe sim, você vai nessas entrevistas e fala que não bebe pra vomitar só pra pagar de bom moço, mas a realidade é bem diferente e comigo não cola-ele solta uma gargalhada e me agarra pela cintura
-tudo o que você faz, um dia volta pra você-ele canta-eu bebo, vomito e você limpa, você bebe, vomita e eu limpo-sorri todo lindo e eu concordo
-vai beber cú de pinga, que eu vou comer
-amanhã vamos conversar com a Laura-ele diz antes de sair
-sobre?-pergunto curiosa
-sobre essas birras dela, ok que ela ajudou na festa e tá até se comportando, mas essas birras não podem passar assim não, se a gente ficar passando a mão na cabeça ela vai montar em você quando eu não estiver aqui-abro a boca pra retrucar e ele me corta-sou pai e tenho o direito de também corrigir e é o que eu vou fazer e você nada de se intrometer nisso, nunca me intrometi nas suas correções-ele fica sério
-ok, mas amanhã falamos disso, hoje é o dia da nossa outra menina e precisamos só continuar fazendo com que isso tudo seja especial
-tudo bem-ele se vira e começa a andar, mas para e volta a se virar pra mim
-que foi?-fico o olhando
-da outra vez eu escolhi o nome da Laura, dessa vez combinamos que será você, então escolha logo, é ruim ficar chamando ela de menina quando ela já poderia ter um nome
-já escolhi-dou de ombros e começo a andar largando ele ali, mas antes de chegar na mesa sinto meu braço ser puxado delicadamente
-escolheu? Como assim você escolheu e não me contou?-cruza os braços e fica me encarando
-amanhã eu te conto, tenho um presente pra poder te contar e ele só chega amanhã
-sério que vai me deixar curiosa?
-sim, vai lá beber, você não vai conseguir tirar nada de mim
-droga, beleza

Ele vira as costas e sai, eu continuo o meu caminho e roubo alguns docinhos, sigo até a cozinha onde está o bolo e peço um pedaço pra uma das moças que estão servindo.

-esse bolo tá incrível-me sento no banquinho do balcão e começo a comer o meu pedaço enorme de bolo
-mamãe-escuto a voz da minha filha me chamando e me viro, sua carinha de choro me corta o coração, mas o Luan tem razão se deixar ela vai pisar ainda mais em mim, pior do que já vem fazendo
-o que foi?-pergunto ainda a olhando
-posso comer bolo com você?
-você quer mais?-pergunto ao ver ela se aproximar
-quero, eu só comi um pedacinho de nada
-então vem-pego ela no colo e coloco sentada no banquinho do meu lado

Me estico no balcão e pego uma colher pra ela. Comemos em silêncio, na verdade ela comeu o resto que tinha ali quase tudo sozinha, eu apenas a olhava disfarçadamente.

-por que tá com essa carinha?-pergunto sem me conter
-o dindo brigou comigo e a dinda também-faz um bico
-mas você sabe que eles brigaram porque você está errada né?-finjo que não estou curiosa pra saber sua resposta
-eu tenho ciúmes tá, porque eu queria que todo mundo que eu gosto fosse só meu pra sempre-ela cruza os bracinhos depois de largar a colher que ela lambeu até estar limpa
-mas as coisas não são assim, daqui um tempo a tia Bruna vai ter um bebê e você vai ter que dividir a dinda com esse bebê, vai ter que dividir o vovô Ildo e a vovó Lizete também, assim como você dividi a tia Lari, o vovô Cido e a vovó Vera com a Vitória-argumento e ela me olha pensativa-aqui em casa é a mesma coisa, você vai ter que dividir o papai, a mamãe e a Malu com a sua irmãzinha, mas nada vai mudar, eu te prometo
-já mudou, todo mundo só fala desse bebê-seu bico aumenta
-quando eu tava grávida de você todo mundo só falava disso, é normal filha, mas depois que o beber nascer vai passar, as pessoas vão querer conhecer, e depois vai passar, assim como foi contigo
-o que é censalia?-ela me faz rir ao tentar pronunciar a palavra do jeito correto
-cesária?-ela concorda-sabe nossa amiguinha?-aponto pra minha vagina e ela automaticamente olha pra dela
-sim-concorda prestando atenção
-na maioria das vezes o bebê sai por lá, é bem difícil e dói muito, tem que ser forte-conto e ela me olha um pouco preocupada e apavorada me fazendo rir novamente-mas às vezes não conseguimos ter o neném por lá, então os médicos fazem um corte na barriga e tira o bebê, isso é cesária, quando o bebê sai pela barriga
-ah, eu escutei a vovó falando que achava que você ia ter cesária, eu pensei que esse seria o nome da bebê
-misericórdia-desembesto a rir, quem teria coragem de colocar esse nome em um bebê?-sua irmã vai não chamará cesária, vai ser um nome mais legal
-que nome?
-promete não contar pra ninguém?
-prometo-ela diz duvidosa
-ta bom

Aproximo minha boca de sua orelha e conto a ela o nome, ela me olha surpresa e dá um sorriso.

-gostou?
-sim, o meu nome é mais bonito-seu nariz em pé me arranca uma careta de insatisfação
-ai Laura, você não consegue ficar um minuto sem reclamar da gravidez ou sem falar mal desse bebê?-me irrito um pouco mais do que deveria
-não menti, meu nome é mais bonito e eu com certeza sou mais bonita também
-aé, vai continuar com a birrinha? Então ok Laura, você está oficialmente sem tablet por um mês-desço do banquinho e ajudo ela a descer
-não mamãe, por favor-ela implora fazendo cara de choro
-não vai me convencer Laura, quando parar de implicância e parar com essa chatice eu te devolvo o seu tablet-saío andando e ainda escuto ela desesperada me chamando

Subo até seu quarto e confisco seu tablet, guardo na minha gaveta de chave do closet e desço novamente. Minha filha agora está no colo no Amarildo chorando falsamente.

-o que fez com ela?-meu sogro pergunta e eu respiro fundo pra não ser grossa com ele também
-tô cansada Amarildo, cansada. A Laura ter ciúmes desse bebê tudo bem, mas ela me maltrata, diz que estou gorda, me manda parar de comer pra não ficar ainda mais enorme, só sabe maltratar essa menina que ainda nem nasceu, só fala mal de tudo relacionado a esse bebê, eu tô cansada emocionalmente, não aguento mais-desabafo e ele me olha surpreso
-Laura-ele a repreende
-é isso mesmo pai, nem parece que a Marina é mãe dessa menina do tanto que ela tá maltratando ela-Luan aparece na sala segurando um copo de bebida
-tirei o tablet dela por um mês-aviso a ele que para ao meu lado
-o que você fez agora Laura?
-eu não fiz nada, só falei que o nome Laura é mais bonito do que Mariana
-Laura-a repreendo por contar
-quem é Mariana?
-esse bebê ai-aponta minha barriga com a mão e eu saío dali chateada

Laura nunca quebrou uma promessa e agora por birra ela quebrou, pelo jeito a situação está pior do que eu imaginava.





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Olha quem apareceeeeu 🤷
Demorei? Demorei, mas é que eu não estava conseguindo escrever nada, ainda acho que o capítulo está fraco, vocês merecem mais, porém aos poucos eu vou retomando tudo!
Gostaram do novo visual do blogger? Obrigada ab 🐝 pela capa!
Liberei os comentários anônimos 🙏

  1. Obrigada por me esperarem e pelas mensagens de carinho ❤️