Marina
- fala logo - peço ansiosa
- deu tudo certo, o Luan está bem. O transplante foi um sucesso, agora precisamos torcer pro corpo dele não rejeitar o coração
- não vai rejeitar - a minha felicidade fica estampada na minha cara - cadê ele?
- daqui a pouco ele sobe pra UTI, mas vocês todos não vão poder ficar.
- não se preocupe, eles vão pra casa, só eu ficarei - respondo rapidamente
- não mãe, vai pra casa, eu fico - Laura tenta me convencer, mas isso não é uma possibilidade
- não, eu vou ficar e agora só saio daqui com ele
- tá bom - ela concorda ao perceber que não mudarei de opinião
[...]
Luan
Me arrumo e fico pronto rapidinho. Ao descer as escadas, encontro toda a minha família me esperando.
- finalmente - eles batem palmas e eu dou risada
- tô gato né? - dou uma voltinha e todo mundo concorda - agora bora, que tem muita gente nos esperando - aviso
Cada filho meu segue pro seu carro e eu sigo pro meu, junto com a Marina que me olha sorrindo. Desde que acordei no hospital, vejo esse sorriso. É um sorriso cheio de amor, misturado com gratidão.
- posso dirigir? - pergunto antes de entrar no carro
- você pode tudo - pisca pra mim e espera do lado do passageiro
Abro o carro e ela é a primeira a entrar. Entro em seguida e me ajeito. Desde que tudo aconteceu, eu nunca mais dirigi e ter esse momento agora, faz meu coração se alegrar.
- podemos ir? - pergunto passando o cinto pelo meu corpo e a Marina concorda
Hoje faz três meses que ganhei um coração e hoje finalmente lançaremos o nosso livro oficialmente.
Nunca pensei que isso realmente iria acontecer, mas aconteceu. Terminamos o livro e com o final feliz que a Marina escreveu, até parece que ela estava adivinhando que eu ganharia um coração aos 45 do segundo tempo.
Saio com o carro da garagem e sigo até onde será nossa sessão de autógrafos. Meus fãs paulistas estarão todos lá, eles estão com saudades de me verem no palco e como isso não acontecerá durante esse um ano que terei pela frente, eles encontraram nessa tarde de autógrafo, uma maneira de matar a saudade.
Sigo conversando com a Marina e a sua felicidade me contagia.
Ao chegar no shopping, estaciono do lado do carro dos meus filhos e os encontro me esperando. Cada uma com seu namorado e o Matheus com a namorada.
Ali também tem alguns seguranças e claro o pessoal da minha equipe.
Joane só falta se desmontar de tanto chorar quando me vê. Me aproximo dela e a abraço apertado.
- tô benzão
- eu tô vendo e tô feliz por isso - ela limpa as lágrimas - você sabe que mesmo sendo um pouco mais nova, eu te vejo como um filho. São anos trabalhando juntos e você se tornou minha família - ela se afasta - tô chorando de felicidade por ver você tão bem, com saúde e com a sua família
- obrigado por torcer sempre por mim. - aperto ela ainda mais - com certeza somos família - beijo o topo da sua cabeça e me afasto
- tá tudo lotado, as senhas se esgotaram rapidamente e muita gente ficou sem
- vamos fazer de tudo pra atender todo mundo, até quem não tem senha tá? - aviso e ela concorda sem reclamar - prontos? - pergunto pros meus filhos que concordam - pronta? - me viro pra Marina que continua com aquele sorriso lindo
- prontissima
- então bora
Somos guiados pelos seguranças até o lugar preparado pra que aconteça a sessão de autógrafos.
Ao me verem a gritaria começa, o choro entalado nas gargantas, escapa. É uma emoção tão grande que nem sei explicar. Que saudade que eu tava de sentir esse carinho caloroso dos meus fãs.
Dou tchau, mando beijo e tento retribuir todo o carinho deles.
- tem muita gente - Marina fica impressionada
Chegando no lugar que nos foi preparado, encontramos todos os nossos amigos, minha família, meus sobrinhos e todo mundo que segurou a barra quando eu tava mal pra caramba.
Cumprimento um por um e fico emocionado, mas não deixo uma lágrima cair.
Falo também com o pessoal da livraria que investiu no livro e que preparou tudo pra hoje e seguimos pra mesa reservada pra mim e pra Marina.
- amo você - falo com a minha esposa e ela me parece surpresa
- e eu te amo também, muito mais do que possa imaginar - ela se estica e me dá um selinho demorado - vamos começar? Quanto antes começarmos, mais cedo vamos pra casa comemorar - pisca pra mim
- opa, bora começar - falo alto e ela ri de mim
O segurança começa a liberar as pessoas e tanto eu, quanto a Marina assinavamos os livros.
Assim foi a nossa tarde. Atendemos todos que tinham senha e demos uma pausa. Conversamos com todos ali, comemos lanchinhos que fizeram especialmente pra nós e voltamos a atender as pessoas.
A fila já estava quase no final, quando uma mulher aparece chorando muito. Ela fala o nome dela, mas pede dedicatória no nome da filha, que era minha fã. Fico receoso de perguntar sua história, mas mesmo assim eu o faço.
- era minha fã? - dou ênfase no "era" passado
- há três meses eu a perdi, ela sofreu um acidente de moto e teve morte cerebral - ela resume sua história sofrida e percebo a sua dor
- oh meu Deus - me levanto e sigo até ela
Ao abraça-la sinto algo que não sei explicar, é como se eu já tivesse sentido esse abraço.
- você dava forças pra ela quando ela tava mal e hoje em dia, você me dá forças inimagináveis. Obrigada por isso - ela afrouxa o abraço e me olha nos olhos. Ela conseguiu me emocionar
- você precisa de alguma coisa? De alguma ajuda?
- não - ela sorri - Deus tem me confortado - ela se afasta
- isso é o que importa - Marina diz - só eu sei o desespero que eu fiquei quando o Luan precisava da doação de um coração e esse coração nunca aparecia - ela diz com tristeza e eu volto a me sentar do seu lado. - quando eu pensei que tudo estava perdido, foi Deus quem me sustentou, que me confortou, foi Ele quem me deu forças e tenho certeza que Ele te tornará ainda mais forte, do que você já é - minha esposa sorri carinhosa
- eu imagino o seu desespero - a mulher diz - e foi pensando em você, na sua dor, no seu desespero que no dia 24 de junho eu optei por doar os órgãos da minha filha. Várias pessoas foram beneficiadas e é isso que me conforta, saber que mesmo ela não estando aqui, ela continuou ajudando as pessoas - ela nos tira as palavras.
"Será? - questiono minha mente"
- obrigada por tudo - ela agradece e depois de receber sorrisos nosso, ela sai
- isso não é possível, é? - falo com a Marina que está tão assustada quanto eu
- eu não sei - fica atordoada
Chamo o Rober e ele vem, peço pra ele ir atrás da mulher e conseguir o telefone dela, eu preciso saber se isso é pura coincidência ou se é real.
Continuamos a atender o pessoal da fila e quando finalmente terminamos, me levanto e abraço a Marina.
Percebo que já é noite e convido a todos pra um jantar especial em uma restaurante no qual me tornei sócio.
Todos concordam e seguimos pro estacionamento.
Assim que entro no carro com a Marina, me sento de lado e fico olhando ela que me parece meio perdida.
- o que tá pensando? - pergunto
- será que essa fã sua te salvou? Será possível? - ela me olha
- Testa pegou o contato daquela mãe, eu quero saber mais, quero saber se isso tudo é imaginação nossa ou se é real
- Deus caprichou em cada detalhe do seu renascimento - ela sorri
- caprichou mesmo. E Ele tem caprichado na minha vida desde que te colocou no corredor do meu hotel - toco sua bochecha com a minha mão e seu sorriso fica ainda maior - eu amo tanto você Sereia - junto nossas mãos - sempre vou te amar, você sempre vai ser a dona do meu coração. Já passei por tantas coisas e você nunca saiu do meu lado, sempre me apoiou, me deu forças e eu nunca vou conseguir agradecer o bastante, mas saiba que serei eternamente grato por tudo que já fez por mim. Você é o verdadeiro significado de amar. Saiba que enquanto eu viver, enquanto eu respirar, eu vou te honrar, eu vou te amar e vou te cuidar
- até a última batida do seu coração? - pergunta e eu concordo - saiba que eu também, até que o meu coração bata em meu peito, eu vou amar você, vou te respeitar, vou te honrar. - ela se declara
Me aproximo dela e encosto meus lábios nos seus. Marina rapidamente abre a boca e início um beijo do jeitinho que nós dois gostamos. Com leveza, sem pressa e com muito sentimento.
Aos poucos o beijo vai esquentando e eu afasto o meu banco pra trás. Puxo a Marina pro meu colo e ela vem sem reclamar.
- acho que podemos nos atrasar um pouco né? - digo e ela toda sorridente concorda
- hoje nós podemos tudo - me dá um selinho
- Te amo sereia - faço carinho em sua cintura
- Te amo ursinho - ela retribui e volta a me beijar
Tínhamos poucas semanas juntos e agora ganhei mais alguns anos e farei de tudo para que seja anos incríveis. E assim como eu disse, amarei minha esposa, até a última batida do meu coração.
*FIM*
sexta-feira, 26 de junho de 2020
Capítulo 385 - Oração
Marina
Me jogo no chão com o celular na mão e sem saber se faço o que o Arthur me pediu pra fazer ou não.
Com a vista embaçada, tudo o que consigo fazer é mandar uma mensagem pra Bruna, pro Mario, Hellen e pro Rober.
Não me mexo de jeito nenhum, só consigo chorar desesperada por não ter notícias nenhuma.
Um tempo passa e eu só percebo que foi muito, quando a Bruna chega junto com o Ricardo chorando sem parar.
Ela senta ao meu lado e me abraça apertado, parece que tá sentindo que a notícia ruim virá.
- isso não pode ter acontecido Marina, ele não pode ir. Meus pais não vão aguentar, eu não vou aguentar - ela fala sem parar e eu simplesmente não consigo dizer uma palavra
Mario chega juntamente com a Hellen e também se sentam no chão junto comigo. Ele tenta me fazer levantar dali, mas eu simplesmente não consigo. Não dá!
Eu me sinto no chão, aliás, me sinto totalmente sem chão.
- Marina, é mentira né? - escuto a voz do Rober e só consigo chorar ainda mais
- tá doendo tanto - é tudo o que consigo dizer
- eu sei que sim - Mario me faz deitar a cabeça em seu ombro e me deixa chorar tudo o que eu quero e preciso
Levanto o olhar e encontro a Luiza chorando, ela além de tudo é fã do Luan e eu não quero nem imaginar o que ela está sentindo.
Ao olhar pra ela, encontro o Arthur vindo atrás dela.
Me levanto rapidamente e todo mundo estranha, mas ao ver o meu genro, todos direcionam o olhar pra ele.
Ele se aproxima com um sorriso e isso me deixa ainda mais ansiosa e nervosa.
- o que aconteceu? Me fala alguma coisa - peço apressada
- não ligou pra Laura? Nem pros outros? - ele olha ao redor
- não, primeiro eu preciso saber o que tá acontecendo, não quero dar uma notícia ruim sem saber que ela realmente é real
- notícia ruim? - ele questiona e eu faço cara de interrogação - o médico do Luan ia vim, mas eu pedi pra vir eu mesmo e aqui estou. Não tem notícia ruim, não por enquanto - ele sorri e eu volto a chorar desesperada, mas dessa vez de alívio
- ele tá vivo? - pergunto apressada e ele concorda
- por isso falei pra você ligar pra todo mundo. Luan subiu na lista de transplante e acabou de ganhar um coração. O órgão tá vindo pra cá nesse instante, estão preparando ele. Agora é o momento de orar pra que dê tudo certo
- você jura? - seguro em suas mãos
- eu juro, eles já iam vim preparar o Luan, mas ele teve uma parada e isso adiantou o processo, mas tá tudo bem. Eu vou assistir o transplante, quando acabar eu venho junto pra dar notícias
- ele vai ficar bem! - afirmo com fé e ele concorda sorrindo
- preciso ir, liga pra Laura - pisca pra mim e sai
Me sento na cadeira do corredor e agora deixo o meu choro de alívio tomar conta. Junto com ele início as minhas orações.
Escuto o choro de algumas pessoas ao meu redor, mas eu nem olho pra descobrir de quem é.
Depois de algum tempo ali sem falar com ninguém, Mario me traz um copo de água e eu bebo tudo. Aos poucos me acalmo e tento me manter firme.
- me faz um favor? - peço ao Mario que tenta ser forte, pra me passar força
- claro que sim, qualquer coisa - ele concorda
- busca meus filhos em casa? Não quero que eles venham dirigindo e quero eles aqui
- claro que busco - ele não pensa duas vezes - e a Laura?
- passa lá, liga pra ela no caminho e pede pra ela chamar a babá
- tá bom, vou e volto já
- obrigada - aperto sua mão - você é a minha pessoa - falo baixo
- e você é a minha - ele retribui em um sussurro - estamos falando baixo pra Hellen não escutar né? - ele adivinha e me faz rir
- isso mesmo. Ela também é a minha pessoa, mas você está um degrau a cima. Por favor não conte isso a ela
- não contarei, se você não contar que você está um degrau a cima também
- não contarei - pisco pra ele que me dá um selinho e sai apressado
Fico quieta na minha e a Hellen senta ao meu lado. Ela segura na minha mão e juntas oramos por um tempo.
Mario demora um pouco mais do que o costume, mas assim que aparece, vejo meus filhos como quatro crianças pequenas.
Os quatro se aproximam de mãos dadas e ao chegar em mim, me abraçam do jeito que dá.
- Ele vai ficar bem né? - Manuela pergunta manhosa
- vamos orar pra dar tudo certo - aperto a mão dela
- vamos! - eles respondem juntos
Fizemos uma rodinha ali no corredor e juntos ficamos orando, rezando e emanando boas vibrações pro meu marido.
Luan é um homem incrível, já ajudou todo mundo nessa rodinha e mais milhares de pessoas e agora ele foi retribuído aos 45 do segundo tempo.
Quando descobri que meu marido tinha pouco tempo de vida, Deus acalmou meu coração e me mandou confiar nEle. Eu ouvi! Mas em alguns momento eu vacilei, achei que eu ia perder o Luan e que Deus simplesmente não estava ouvindo minhas lamentações, mas Ele ouviu e ainda atendeu o meu pedido.
Por uma janela ali vimos o sol nascer, eu me sentia cansada assim como todos ali, mas não parava de pedir ajuda pra Deus. Matheus dormiu encostado em mim e a Mariana dormiu encostada no Mário.
Estava ansiosa por uma resposta que estava demorando pra vir. Nunca achei que demoraria tanto, mas a cirurgia parecia durar uma eternidade.
Olho no relógio e já se passaram cinco horas desde que levaram o meu marido. Tento não pensar bobagem, mas nesse momento é quase impossível.
Rober busca café pra nós que estamos acordados e assim fomos vivendo, até finalmente eu avistar o Arthur e um dos médicos do Luan.
Eles me parecem cansados, abatidos e tento não tirar a expressão deles como resposta pra esse caso.
Acordo todo mundo que está dormindo e ficamos todos de pé esperando que venha uma notícia boa.
- bom - o médico respira fundo
- sem enrolação, sem termos médicos, por favor vai direto ao ponto. Deu tudo certo ou não? - pergunto na lata
Me jogo no chão com o celular na mão e sem saber se faço o que o Arthur me pediu pra fazer ou não.
Com a vista embaçada, tudo o que consigo fazer é mandar uma mensagem pra Bruna, pro Mario, Hellen e pro Rober.
Não me mexo de jeito nenhum, só consigo chorar desesperada por não ter notícias nenhuma.
Um tempo passa e eu só percebo que foi muito, quando a Bruna chega junto com o Ricardo chorando sem parar.
Ela senta ao meu lado e me abraça apertado, parece que tá sentindo que a notícia ruim virá.
- isso não pode ter acontecido Marina, ele não pode ir. Meus pais não vão aguentar, eu não vou aguentar - ela fala sem parar e eu simplesmente não consigo dizer uma palavra
Mario chega juntamente com a Hellen e também se sentam no chão junto comigo. Ele tenta me fazer levantar dali, mas eu simplesmente não consigo. Não dá!
Eu me sinto no chão, aliás, me sinto totalmente sem chão.
- Marina, é mentira né? - escuto a voz do Rober e só consigo chorar ainda mais
- tá doendo tanto - é tudo o que consigo dizer
- eu sei que sim - Mario me faz deitar a cabeça em seu ombro e me deixa chorar tudo o que eu quero e preciso
Levanto o olhar e encontro a Luiza chorando, ela além de tudo é fã do Luan e eu não quero nem imaginar o que ela está sentindo.
Ao olhar pra ela, encontro o Arthur vindo atrás dela.
Me levanto rapidamente e todo mundo estranha, mas ao ver o meu genro, todos direcionam o olhar pra ele.
Ele se aproxima com um sorriso e isso me deixa ainda mais ansiosa e nervosa.
- o que aconteceu? Me fala alguma coisa - peço apressada
- não ligou pra Laura? Nem pros outros? - ele olha ao redor
- não, primeiro eu preciso saber o que tá acontecendo, não quero dar uma notícia ruim sem saber que ela realmente é real
- notícia ruim? - ele questiona e eu faço cara de interrogação - o médico do Luan ia vim, mas eu pedi pra vir eu mesmo e aqui estou. Não tem notícia ruim, não por enquanto - ele sorri e eu volto a chorar desesperada, mas dessa vez de alívio
- ele tá vivo? - pergunto apressada e ele concorda
- por isso falei pra você ligar pra todo mundo. Luan subiu na lista de transplante e acabou de ganhar um coração. O órgão tá vindo pra cá nesse instante, estão preparando ele. Agora é o momento de orar pra que dê tudo certo
- você jura? - seguro em suas mãos
- eu juro, eles já iam vim preparar o Luan, mas ele teve uma parada e isso adiantou o processo, mas tá tudo bem. Eu vou assistir o transplante, quando acabar eu venho junto pra dar notícias
- ele vai ficar bem! - afirmo com fé e ele concorda sorrindo
- preciso ir, liga pra Laura - pisca pra mim e sai
Me sento na cadeira do corredor e agora deixo o meu choro de alívio tomar conta. Junto com ele início as minhas orações.
Escuto o choro de algumas pessoas ao meu redor, mas eu nem olho pra descobrir de quem é.
Depois de algum tempo ali sem falar com ninguém, Mario me traz um copo de água e eu bebo tudo. Aos poucos me acalmo e tento me manter firme.
- me faz um favor? - peço ao Mario que tenta ser forte, pra me passar força
- claro que sim, qualquer coisa - ele concorda
- busca meus filhos em casa? Não quero que eles venham dirigindo e quero eles aqui
- claro que busco - ele não pensa duas vezes - e a Laura?
- passa lá, liga pra ela no caminho e pede pra ela chamar a babá
- tá bom, vou e volto já
- obrigada - aperto sua mão - você é a minha pessoa - falo baixo
- e você é a minha - ele retribui em um sussurro - estamos falando baixo pra Hellen não escutar né? - ele adivinha e me faz rir
- isso mesmo. Ela também é a minha pessoa, mas você está um degrau a cima. Por favor não conte isso a ela
- não contarei, se você não contar que você está um degrau a cima também
- não contarei - pisco pra ele que me dá um selinho e sai apressado
Fico quieta na minha e a Hellen senta ao meu lado. Ela segura na minha mão e juntas oramos por um tempo.
Mario demora um pouco mais do que o costume, mas assim que aparece, vejo meus filhos como quatro crianças pequenas.
Os quatro se aproximam de mãos dadas e ao chegar em mim, me abraçam do jeito que dá.
- Ele vai ficar bem né? - Manuela pergunta manhosa
- vamos orar pra dar tudo certo - aperto a mão dela
- vamos! - eles respondem juntos
Fizemos uma rodinha ali no corredor e juntos ficamos orando, rezando e emanando boas vibrações pro meu marido.
Luan é um homem incrível, já ajudou todo mundo nessa rodinha e mais milhares de pessoas e agora ele foi retribuído aos 45 do segundo tempo.
Quando descobri que meu marido tinha pouco tempo de vida, Deus acalmou meu coração e me mandou confiar nEle. Eu ouvi! Mas em alguns momento eu vacilei, achei que eu ia perder o Luan e que Deus simplesmente não estava ouvindo minhas lamentações, mas Ele ouviu e ainda atendeu o meu pedido.
Por uma janela ali vimos o sol nascer, eu me sentia cansada assim como todos ali, mas não parava de pedir ajuda pra Deus. Matheus dormiu encostado em mim e a Mariana dormiu encostada no Mário.
Estava ansiosa por uma resposta que estava demorando pra vir. Nunca achei que demoraria tanto, mas a cirurgia parecia durar uma eternidade.
Olho no relógio e já se passaram cinco horas desde que levaram o meu marido. Tento não pensar bobagem, mas nesse momento é quase impossível.
Rober busca café pra nós que estamos acordados e assim fomos vivendo, até finalmente eu avistar o Arthur e um dos médicos do Luan.
Eles me parecem cansados, abatidos e tento não tirar a expressão deles como resposta pra esse caso.
Acordo todo mundo que está dormindo e ficamos todos de pé esperando que venha uma notícia boa.
- bom - o médico respira fundo
- sem enrolação, sem termos médicos, por favor vai direto ao ponto. Deu tudo certo ou não? - pergunto na lata
Capítulo 384 - O que aconteceu?
Marina
Junho 2045
Os anos passaram e vi a cada dia que passava o meu marido adoecer mais, até chegar num ponto onde ele já não conseguia ficar em casa e precisou "se mudar" pro hospital.
Eu, obviamente me mudei junto e passei a cuidar dele aqui no hospital. As vezes eu revezava uns dias com a Bruna, mas a maior parte do tempo, quem estava com ele era eu.
Meus filhos mal conseguiam viver com medo de a qualquer momento receberem uma notícia ruim demais para ser suportada.
Luan havia feito novos exames e eu esperava ansiosa pelos resultados.
Estava escrevendo compulsivamente nossa história, quando os médicos entram no quarto. Fecho meu computador e deixo ele de lado, me levanto sentindo meu coração acelerar.
Respiro fundo tentando controlar a ansiedade e quando a notícia ruim vem, eu volto a me sentar.
- eu sinto muito, estamos fazendo o máximo pra conseguir o coração - ele tenta me tranquilizar, mas nesse momento é impossível
Meu marido tem pouco tempo de vida e agora precisa mais do que nunca de um coração.
- e se ele não conseguir um coração a tempo? - pergunto, mas já sei exatamente a resposta, o médico já me disse, não com essas palavras, mas disse
O mundo desaba aos meus pés e eu choro. Choro de medo, de raiva, de susto.
Os médicos dizem mais alguma coisa, mas não sou capaz de escutar. O mundo silenciou ao meu redor e eu simplesmente não ouço nada.
A porta do quarto volta a abrir e o Mário passa por ela junto com a Hellen e uma cesta de café nas mãos. Eles entram animados, mas quando percebem o meu estado, ignoram qualquer coisa.
Sinto o meu corpo ser abraçado pelos dois, mas o mundo continua no mudo e agora, em preto e branco.
Meu choro não cessa de jeito nenhum e a dor no meu peito, parece se tornar física e muito maior.
Tento falar, tento colocar a dor pra fora, mas não dá, eu simplesmente não consigo. Tudo o que eu quero agora é um momento de paz, sozinha.
- fica com ele? - peço ao Mario, mas não escuto sua resposta. Ele concorda com a cabeça e eu me levanto
Pego minha bolsa, a chave do meu carro e saio sem dizer nada. Praticamente corro pra fora do hospital e ao entrar no meu carro sinto o som do mundo voltar aos meus olhos.
Fico ali por alguns minutos e quando finalmente consigo parar de chorar, ligo o carro e saio dali.
Sigo pra um dos lugares que mais me dá paz. A igreja do nosso baixo. Chego bem, sem causar nenhum acidente e isso já é o bastante.
Estaciono o carro de qualquer jeito, deixo minhas coisas ali e entro na igreja de corpo e alma.
Há algumas pessoas ali, são poucas e parece que nenhuma me reconhece, mas eu não me importo se isso acontecer.
Ando por aquele corredor, sentindo o choro tomar conta de mim novamente. Me sento no primeiro banco, me ajoelho no chão e passo a pedir a Deus um milagre, um coração ao meu marido, só Deus pode me ajudar nesse momento.
- não o tira de mim Deus, por favor. Eu imploro - suplico
Converso alguns minutos com Deus e aos poucos sinto uma paz inexplicável tomar conta de mim. Deus o tem em suas mãos e fará o melhor!
Fico por mais um tempo ali e quando me sinto bem o suficiente pra me acalmar, saio da igreja e volto pro carro. Meu celular na bolsa não para de tocar, pego na mão e vejo que é o Mário que está ligando.
Mesmo sem querer, atendo a chamada, preciso tranquiliza-los.
Ligação on
- oi Mario
- oi? Oi nada Marina. Eu já te liguei quase 100 vezes e nada de você atender. Tem noção do quanto eu tô preocupado? Não, você não tem noção. Tô aqui surtando, já tava chorando com medo de que algo tivesse acontecido a você - ele desembesta a falar e me arranca um sorriso
- eu precisava de alguma minutos, me desculpa
- já faz quase duas horas que você saiu daqui - ele quase grita
- tudo isso? - pergunto e escuto ele suspirar - me desculpa, eu não deveria ter demorado tanto, mas não se preocupe, eu tô bem. Eu precisava de paz e o único lugar que poderia me dar isso agora, era a igreja.
- você tá na igreja? Perto da sua casa? Fica ai, vou pegar um táxi e vou aí
- não precisa, já tô mais calma e tô voltando pro hospital
- nem a pau, conversamos com os médicos e já sabemos de tudo. Vai pra casa, toma um banho, come alguma coisa e descansa um pouco. Depois você vem
- não.. - tento continuar, mas sou interrompida
- não adianta dizer não, você vai pra casa sim. Eu e a Hellen vamos ficar aqui
- tá bom - concordo, já que não tenho outra opção
- beijinhos - ele diz e desliga na minha cara
Ligação off
Sem ter opção, sigo pra casa. Chego rápido ali e não encontro nenhum carro na garagem, sinal que estou sozinha e que meus filhos finalmente foram trabalhar.
Entro em casa e encontro a Daniela, ela é a minha nova ajudante aqui em casa.
- boa tarde Mari - ela diz assim que me vê
- boa tarde Dani, vou subir pra tomar um banho, faz alguma coisinha pra eu petiscar?
- claro que sim - ela concorda animada
- obrigada, você é um anjo - mando beijo pra ela e subo as escadas
Desde que o Luan se mudou pro hospital, raramente tomo um bom banho e já que hoje não tenho muito escolha, vou aproveitar pra fazer isso e cuidar um pouco de mim. Preciso estar bem, pra cuidar do Luan da melhor maneira.
Meu banho é demorado, cuido da minha pele, do meu rosto, do meu cabelo e parece que lavei a minha alma.
Ao sair do banheiro, escolho uma roupa confortável e me arrumo. Aproveito pra arrumar uma outra bolsa com roupas pra mim e roupas pro Luan. Deixo tudo em cima da minha cama e desço as escadas.
A mesa está posta e com muitas coisas gostosas. Dani sorri pra mim e eu retribuo.
- sabe que não precisava de tanto né? - afirmo e ela concorda
- eu sei, mas eu tô vendo que você tá preocupada com alguma coisa e também reparei que você emagreceu muito, então come, porque tenho certeza que você não anda comendo direito
- obrigada por tudo isso Dani. Tô preocupada mesmo - tento sorrir, mas não consigo - Luan fez novos exames e não tá nada bem - suspiro - ele precisa de um coração urgentemente
- ele vai conseguir, tenho certeza. Se apega com Deus, Ele vai fazer o melhor
- tô apegada com Ele Dani, na hora eu me desesperei, mas agora Deus acalmou um pouco o meu coração
- conte comigo pro que precisar tá? - ela se emociona
- conto com a sua ajuda com meus filhos
- não se preocupe, vou continuar dando o meu máximo por eles
- tenho certeza que sim
Ela sai com os olhos vermelhos pra cozinha e eu respiro fundo pra não voltar a chorar.
Como um pouco de cada coisa e quando me sinto satisfeita, ajeito a sujeira que eu fiz, mas antes que eu possa tirar tudo da mesa, Dani aparece e me impede.
Subo as escadas, desço com as bolsas que ajeitei e levo pro carro, em seguida coloco meu celular pra despertar e me deito no sofá da sala pra tirar um cochilo, não quero ficar sozinha no meu quarto, me dá saudade de ficar ali com o Luan.
[...]
O tempo de espera do Luan já está se esgotando e por enquanto nem sinal de um coração.
Eu já não aguentava mais ver a situação dele, isso nunca foi pra ele, nem de dormir ele gostava muito, era sempre ligadão em tudo.
Eu não entendia bem porque isso tudo, porque ele. Eu questionava a Deus, sempre, porém sempre tinha uma resposta inesperada.
- eu preciso terminar isso logo - respiro fundo
Volto a olhar o Mac na minha frente, faltava pouca coisa pra escrever, agora eu já não tinha a ajuda dele, mas eu tinha certeza que ele iria adorar tudo o que escrevi em nosso livro.
Quando aperto o botão pra digitar uma palavra o arquivo sobe até o começo de tudo e quando percebi, já estava lendo o que tinha ali.
Essa é a nossa história, tudo o que vivemos. Algumas coisas foram escritas, outras minha memória relembra. Tivemos nossos altos e baixos, nossos momentos tristes e os mais felizes também.
Me emociono com algumas coisas, dou risada de outras e quando chego no fim percebo o quanto sou sortuda por ter encontrado o Luan.
Continuo a escrever a história e quando percebo dou dois finais pra nossa história, mas o que eu mais gosto é o final feliz, onde no último segundo aparece um coração e nós ganhamos mais alguns anos com o Luan.
Quando finalmente escrevo "Fim" no esboço do livro, sinto um alívio gigantesco no meu coração, mas esse alívio dura pouco tempo. O aparelho ligado ao Luan faz um barulho altíssimo e com isso o meu coração volta a acelerar.
- o que tá acontecendo? - corro até a cama e aperto o botão pra chamar alguém
Fico desesperada e segundos depois aparece diversas pessoas na sala.
- você precisa sair - uma das enfermeiras tenta me tirar, mas eu não deixo
- o que tá acontecendo? - pergunto e ela não responde - ME FALA - grito com ela
- precisamos que saía, pra que nossa atenção fique toda no seu marido, por favor - ela tenta ser delicada e me convence
Passo a mão na mesa que eu estava, pego o meu celular e saío da sala desesperada.
Encontro o Arthur no corredor do hospital, ele está de plantão, ele se aproxima de mim e me abraça apertado.
- por favor, descobre o que aconteceu - imploro
- tá bom, fica aqui - ele me solta e entra na sala
Poucos segundos depois, ele sai e junto sai todos e o Luan em uma maca.
- o que tá acontecendo? - me desespero ainda mais
- liga pra todo mundo vim aqui - é a única coisa que o Arthur diz, antes de sair correndo com todo mundo
Ele morreu? É isso?
Junho 2045
Os anos passaram e vi a cada dia que passava o meu marido adoecer mais, até chegar num ponto onde ele já não conseguia ficar em casa e precisou "se mudar" pro hospital.
Eu, obviamente me mudei junto e passei a cuidar dele aqui no hospital. As vezes eu revezava uns dias com a Bruna, mas a maior parte do tempo, quem estava com ele era eu.
Meus filhos mal conseguiam viver com medo de a qualquer momento receberem uma notícia ruim demais para ser suportada.
Luan havia feito novos exames e eu esperava ansiosa pelos resultados.
Estava escrevendo compulsivamente nossa história, quando os médicos entram no quarto. Fecho meu computador e deixo ele de lado, me levanto sentindo meu coração acelerar.
Respiro fundo tentando controlar a ansiedade e quando a notícia ruim vem, eu volto a me sentar.
- eu sinto muito, estamos fazendo o máximo pra conseguir o coração - ele tenta me tranquilizar, mas nesse momento é impossível
Meu marido tem pouco tempo de vida e agora precisa mais do que nunca de um coração.
- e se ele não conseguir um coração a tempo? - pergunto, mas já sei exatamente a resposta, o médico já me disse, não com essas palavras, mas disse
O mundo desaba aos meus pés e eu choro. Choro de medo, de raiva, de susto.
Os médicos dizem mais alguma coisa, mas não sou capaz de escutar. O mundo silenciou ao meu redor e eu simplesmente não ouço nada.
A porta do quarto volta a abrir e o Mário passa por ela junto com a Hellen e uma cesta de café nas mãos. Eles entram animados, mas quando percebem o meu estado, ignoram qualquer coisa.
Sinto o meu corpo ser abraçado pelos dois, mas o mundo continua no mudo e agora, em preto e branco.
Meu choro não cessa de jeito nenhum e a dor no meu peito, parece se tornar física e muito maior.
Tento falar, tento colocar a dor pra fora, mas não dá, eu simplesmente não consigo. Tudo o que eu quero agora é um momento de paz, sozinha.
- fica com ele? - peço ao Mario, mas não escuto sua resposta. Ele concorda com a cabeça e eu me levanto
Pego minha bolsa, a chave do meu carro e saio sem dizer nada. Praticamente corro pra fora do hospital e ao entrar no meu carro sinto o som do mundo voltar aos meus olhos.
Fico ali por alguns minutos e quando finalmente consigo parar de chorar, ligo o carro e saio dali.
Sigo pra um dos lugares que mais me dá paz. A igreja do nosso baixo. Chego bem, sem causar nenhum acidente e isso já é o bastante.
Estaciono o carro de qualquer jeito, deixo minhas coisas ali e entro na igreja de corpo e alma.
Há algumas pessoas ali, são poucas e parece que nenhuma me reconhece, mas eu não me importo se isso acontecer.
Ando por aquele corredor, sentindo o choro tomar conta de mim novamente. Me sento no primeiro banco, me ajoelho no chão e passo a pedir a Deus um milagre, um coração ao meu marido, só Deus pode me ajudar nesse momento.
- não o tira de mim Deus, por favor. Eu imploro - suplico
Converso alguns minutos com Deus e aos poucos sinto uma paz inexplicável tomar conta de mim. Deus o tem em suas mãos e fará o melhor!
Fico por mais um tempo ali e quando me sinto bem o suficiente pra me acalmar, saio da igreja e volto pro carro. Meu celular na bolsa não para de tocar, pego na mão e vejo que é o Mário que está ligando.
Mesmo sem querer, atendo a chamada, preciso tranquiliza-los.
Ligação on
- oi Mario
- oi? Oi nada Marina. Eu já te liguei quase 100 vezes e nada de você atender. Tem noção do quanto eu tô preocupado? Não, você não tem noção. Tô aqui surtando, já tava chorando com medo de que algo tivesse acontecido a você - ele desembesta a falar e me arranca um sorriso
- eu precisava de alguma minutos, me desculpa
- já faz quase duas horas que você saiu daqui - ele quase grita
- tudo isso? - pergunto e escuto ele suspirar - me desculpa, eu não deveria ter demorado tanto, mas não se preocupe, eu tô bem. Eu precisava de paz e o único lugar que poderia me dar isso agora, era a igreja.
- você tá na igreja? Perto da sua casa? Fica ai, vou pegar um táxi e vou aí
- não precisa, já tô mais calma e tô voltando pro hospital
- nem a pau, conversamos com os médicos e já sabemos de tudo. Vai pra casa, toma um banho, come alguma coisa e descansa um pouco. Depois você vem
- não.. - tento continuar, mas sou interrompida
- não adianta dizer não, você vai pra casa sim. Eu e a Hellen vamos ficar aqui
- tá bom - concordo, já que não tenho outra opção
- beijinhos - ele diz e desliga na minha cara
Ligação off
Sem ter opção, sigo pra casa. Chego rápido ali e não encontro nenhum carro na garagem, sinal que estou sozinha e que meus filhos finalmente foram trabalhar.
Entro em casa e encontro a Daniela, ela é a minha nova ajudante aqui em casa.
- boa tarde Mari - ela diz assim que me vê
- boa tarde Dani, vou subir pra tomar um banho, faz alguma coisinha pra eu petiscar?
- claro que sim - ela concorda animada
- obrigada, você é um anjo - mando beijo pra ela e subo as escadas
Desde que o Luan se mudou pro hospital, raramente tomo um bom banho e já que hoje não tenho muito escolha, vou aproveitar pra fazer isso e cuidar um pouco de mim. Preciso estar bem, pra cuidar do Luan da melhor maneira.
Meu banho é demorado, cuido da minha pele, do meu rosto, do meu cabelo e parece que lavei a minha alma.
Ao sair do banheiro, escolho uma roupa confortável e me arrumo. Aproveito pra arrumar uma outra bolsa com roupas pra mim e roupas pro Luan. Deixo tudo em cima da minha cama e desço as escadas.
A mesa está posta e com muitas coisas gostosas. Dani sorri pra mim e eu retribuo.
- sabe que não precisava de tanto né? - afirmo e ela concorda
- eu sei, mas eu tô vendo que você tá preocupada com alguma coisa e também reparei que você emagreceu muito, então come, porque tenho certeza que você não anda comendo direito
- obrigada por tudo isso Dani. Tô preocupada mesmo - tento sorrir, mas não consigo - Luan fez novos exames e não tá nada bem - suspiro - ele precisa de um coração urgentemente
- ele vai conseguir, tenho certeza. Se apega com Deus, Ele vai fazer o melhor
- tô apegada com Ele Dani, na hora eu me desesperei, mas agora Deus acalmou um pouco o meu coração
- conte comigo pro que precisar tá? - ela se emociona
- conto com a sua ajuda com meus filhos
- não se preocupe, vou continuar dando o meu máximo por eles
- tenho certeza que sim
Ela sai com os olhos vermelhos pra cozinha e eu respiro fundo pra não voltar a chorar.
Como um pouco de cada coisa e quando me sinto satisfeita, ajeito a sujeira que eu fiz, mas antes que eu possa tirar tudo da mesa, Dani aparece e me impede.
Subo as escadas, desço com as bolsas que ajeitei e levo pro carro, em seguida coloco meu celular pra despertar e me deito no sofá da sala pra tirar um cochilo, não quero ficar sozinha no meu quarto, me dá saudade de ficar ali com o Luan.
[...]
O tempo de espera do Luan já está se esgotando e por enquanto nem sinal de um coração.
Eu já não aguentava mais ver a situação dele, isso nunca foi pra ele, nem de dormir ele gostava muito, era sempre ligadão em tudo.
Eu não entendia bem porque isso tudo, porque ele. Eu questionava a Deus, sempre, porém sempre tinha uma resposta inesperada.
- eu preciso terminar isso logo - respiro fundo
Volto a olhar o Mac na minha frente, faltava pouca coisa pra escrever, agora eu já não tinha a ajuda dele, mas eu tinha certeza que ele iria adorar tudo o que escrevi em nosso livro.
Quando aperto o botão pra digitar uma palavra o arquivo sobe até o começo de tudo e quando percebi, já estava lendo o que tinha ali.
Essa é a nossa história, tudo o que vivemos. Algumas coisas foram escritas, outras minha memória relembra. Tivemos nossos altos e baixos, nossos momentos tristes e os mais felizes também.
Me emociono com algumas coisas, dou risada de outras e quando chego no fim percebo o quanto sou sortuda por ter encontrado o Luan.
Continuo a escrever a história e quando percebo dou dois finais pra nossa história, mas o que eu mais gosto é o final feliz, onde no último segundo aparece um coração e nós ganhamos mais alguns anos com o Luan.
Quando finalmente escrevo "Fim" no esboço do livro, sinto um alívio gigantesco no meu coração, mas esse alívio dura pouco tempo. O aparelho ligado ao Luan faz um barulho altíssimo e com isso o meu coração volta a acelerar.
- o que tá acontecendo? - corro até a cama e aperto o botão pra chamar alguém
Fico desesperada e segundos depois aparece diversas pessoas na sala.
- você precisa sair - uma das enfermeiras tenta me tirar, mas eu não deixo
- o que tá acontecendo? - pergunto e ela não responde - ME FALA - grito com ela
- precisamos que saía, pra que nossa atenção fique toda no seu marido, por favor - ela tenta ser delicada e me convence
Passo a mão na mesa que eu estava, pego o meu celular e saío da sala desesperada.
Encontro o Arthur no corredor do hospital, ele está de plantão, ele se aproxima de mim e me abraça apertado.
- por favor, descobre o que aconteceu - imploro
- tá bom, fica aqui - ele me solta e entra na sala
Poucos segundos depois, ele sai e junto sai todos e o Luan em uma maca.
- o que tá acontecendo? - me desespero ainda mais
- liga pra todo mundo vim aqui - é a única coisa que o Arthur diz, antes de sair correndo com todo mundo
Ele morreu? É isso?
Capítulo 383 - Elyse chegou
Marina
Nervos a flor da pele. Luan não passou bem a noite passada e há algumas horas Laura entrou em trabalho de parto. Me revezo entre o meu quarto pra ver o meu marido e o quarto da minha filha.
- você consegue meu amor - faço carinho em suas costas e mais uma contração aparece
Laura começa a gemer de dor e tanto eu, quanto o Arthur damos o nosso apoio.
Assim que a contração passa, fizeram novamente o exame de toque e ela já está com 8cm de dilatação.
- viu, tá quase - sussurro pra ela
A porta do quarto se abre novamente e o Luan passa por ela meio abatido.
- vim ver minha princesa nascer - ele sorri pra ela que retribui com um sorriso lindo
- senta aqui - me levanto e dou lugar pra ele
Laura volta a gritar de dor e agora passa a fazer força. Luan mesmo ruim e passando mal, da o máximo de força que consegue pra Laura.
Fico junto dos dois e também falo palavras de apoio.
Laura deita na cama, sem travesseiros e abre as pernas, acho que ela está sentindo que o momento está chegando.
- vai filha, você consegue - incentivo
- você consegue - Luan faz o mesmo
Ela volta a gritar e a fazer força. Arthur senta do outro lado dela e também incentiva a minha filha.
Vejo que sua força não ta sendo em vão, quando a cabeça da Elyse aparece no meio das pernas da minha filha.
Continuamos incentivando, até minha neta sair por completo e ir pro colo da Laura.
Me emociono com o momento e me aproximo vendo minha netinha chorar.
- pronto meu amor, pronto - Luan conversa com a pequena Elyse tentando acalma-la e aos poucos percebo que ele consegue
Ficamos ali por mais algum tempo e ainda presenciamos a primeira mamada da pequena, mas eu percebi o quando Luan estava cansado.
- quer almoçar aqui? Posso trazer o almoço pra você - falo com ele que deita um pouco cansado
- pode ser
- tá tudo bem? - fico preocupada
- tá sim - ele sorri, mas não me convence - Elyse é linda né?
- muito - meu sorriso de avó babona se abre em meus lábios - vamos mimar muito ela - falo animada, mas ele fica amoado - que foi?
- talvez eu não tenha essa oportunidade
- não fala isso nem de brincadeira, terá essa oportunidade sim e vai ser incrível - me levanto
- ei - tenta me segurar, mas eu não deixo e saio do quarto
Desço as escadas e encontro Mariana, Manuela e Matheus almoçando juntinhos e apreensivos.
- nasceu né? - Matheus fala apressado, assim que me vê
- nasceu - respondo animada - esperem um pouco, depois vocês sobem pra conhecer a sobrinha de vocês, mas já adianto que ela é linda
- tenho certeza que sim - Manu diz e me faz sorrir
- cadê o meu pai, não vai almoçar? - Matheus me encara
- ele não tava passando bem, vai almoçar no quarto hoje
- mas ele tá bem? - Mariana se preocupa
- tá sim, só precisa ficar quietinho um pouco, depois vocês sobem lá - dou de ombros
Coloco o almoço do Luan e subo com a bandeja. Me aproximo da cama e coloco a bandeja no colo do Luan.
Tento sair rapidamente, mas ele não deixa e me segura pelo braço.
- desculpa - pede manhoso
- você não pode simplesmente me dizer essas coisas e achar que vou levar na boa. Eu tenho sentimentos, tenho medo de perder você
- me desculpa, me veio isso na mente e eu falei, eu não pensei no que iria falar. Me desculpa sereia
- ta bom, mas me solta
- não enquanto eu não ganhar um beijo
- para com isso - tento desviar o assunto, mas ele não deixa
Me aproximo e beijo sua boca, lento e demorado. Ele retribui o beijo da melhor maneira e tenta me fazer acelera-lo, mas eu não caio, encerro o beijo e me afasto
Espero ele comer toda a comida e quando vejo que ele está satisfeito, pego tudo o que ele sujou e desço pra comer.
Almoço sozinha e eu mesma tiro a mesa quando percebo que todos já se alimentaram.
- ei - paro na sala, pois meus filhos estão ali - prontos pra conhecer a sobrinha de vocês? - pergunto e os três concordam
- não vejo a hora - Manu diz animada
- então vamos, mas sem falar alto e sem bagunça - aviso e eles levantam apressados
Levo eles até o quarto da Laura e encontro minha filha indo pro banho. Elyse está no colo do Arthur que parece que será muito babão.
- trouxe seus irmãos pra conhecer a pequena - falo baixo
- fiquem a vontade, vou tomar um banho rapidinho - ela sussurra de volta
Deixo meus filhos ao redor do Arthur e sigo pro banheiro com a minha filha. Assim que fecho a porta e ela percebe que estamos sozinhas, ela desaba e começa a chorar.
- ei - me aproximo e abraço ela que retribui me apertando - você conseguiu, você foi incrível meu amor, tô muito orgulhosa de tudo o que fez hoje pra chegada pra nossa Elyse, ela vai se orgulhar muito quando assistir tudo e ver o quão forte você foi
- eu tô com medo mãe, ela depende exclusivamente de mim, e se eu não for suficiente?
- você vai ser sim - tento tranquiliza-la - é normal se sentir assim, eu me senti assim quando você surgiu na minha vida. A gente se sente incapaz, se sente insuficiente, mas o importante é saber que você está dando o seu máximo, o seu melhor.
- eu vou dar o meu melhor - ela afirma
- então pronto, é isso que importa - beijo sua testa e percebo o quanto eu acalmei ela
- te amo mãe
- e eu amo vocês. Sei o quanto você e o Arthur estão loucos pra ter o cantinho de vocês, mas enquanto isso não acontece, eu tô aqui pro que você precisar, conte comigo
- obrigada - ela me aperta mais
Fico ali até ela tomar banho e quando saímos, encontro a Elyse no colo do Matheus.
- ela parece comigo - ele diz ao ver a Laura, só pra provocar e ela ri
- você é a minha cara, então eu não ligo - ela dá de ombros e volta a deitar na cama
Fico ali olhando meus filhos reunidos, junto com a minha netinha e sinto uma emoção tomar conta de mim. Eu tenho tudo isso, ainda tenho o Luan. Hoje eu tenho muito mais do que eu já imaginei. Deus foi maravilhoso comigo.
[...]
Nervos a flor da pele. Luan não passou bem a noite passada e há algumas horas Laura entrou em trabalho de parto. Me revezo entre o meu quarto pra ver o meu marido e o quarto da minha filha.
- você consegue meu amor - faço carinho em suas costas e mais uma contração aparece
Laura começa a gemer de dor e tanto eu, quanto o Arthur damos o nosso apoio.
Assim que a contração passa, fizeram novamente o exame de toque e ela já está com 8cm de dilatação.
- viu, tá quase - sussurro pra ela
A porta do quarto se abre novamente e o Luan passa por ela meio abatido.
- vim ver minha princesa nascer - ele sorri pra ela que retribui com um sorriso lindo
- senta aqui - me levanto e dou lugar pra ele
Laura volta a gritar de dor e agora passa a fazer força. Luan mesmo ruim e passando mal, da o máximo de força que consegue pra Laura.
Fico junto dos dois e também falo palavras de apoio.
Laura deita na cama, sem travesseiros e abre as pernas, acho que ela está sentindo que o momento está chegando.
- vai filha, você consegue - incentivo
- você consegue - Luan faz o mesmo
Ela volta a gritar e a fazer força. Arthur senta do outro lado dela e também incentiva a minha filha.
Vejo que sua força não ta sendo em vão, quando a cabeça da Elyse aparece no meio das pernas da minha filha.
Continuamos incentivando, até minha neta sair por completo e ir pro colo da Laura.
Me emociono com o momento e me aproximo vendo minha netinha chorar.
- pronto meu amor, pronto - Luan conversa com a pequena Elyse tentando acalma-la e aos poucos percebo que ele consegue
Ficamos ali por mais algum tempo e ainda presenciamos a primeira mamada da pequena, mas eu percebi o quando Luan estava cansado.
- quer almoçar aqui? Posso trazer o almoço pra você - falo com ele que deita um pouco cansado
- pode ser
- tá tudo bem? - fico preocupada
- tá sim - ele sorri, mas não me convence - Elyse é linda né?
- muito - meu sorriso de avó babona se abre em meus lábios - vamos mimar muito ela - falo animada, mas ele fica amoado - que foi?
- talvez eu não tenha essa oportunidade
- não fala isso nem de brincadeira, terá essa oportunidade sim e vai ser incrível - me levanto
- ei - tenta me segurar, mas eu não deixo e saio do quarto
Desço as escadas e encontro Mariana, Manuela e Matheus almoçando juntinhos e apreensivos.
- nasceu né? - Matheus fala apressado, assim que me vê
- nasceu - respondo animada - esperem um pouco, depois vocês sobem pra conhecer a sobrinha de vocês, mas já adianto que ela é linda
- tenho certeza que sim - Manu diz e me faz sorrir
- cadê o meu pai, não vai almoçar? - Matheus me encara
- ele não tava passando bem, vai almoçar no quarto hoje
- mas ele tá bem? - Mariana se preocupa
- tá sim, só precisa ficar quietinho um pouco, depois vocês sobem lá - dou de ombros
Coloco o almoço do Luan e subo com a bandeja. Me aproximo da cama e coloco a bandeja no colo do Luan.
Tento sair rapidamente, mas ele não deixa e me segura pelo braço.
- desculpa - pede manhoso
- você não pode simplesmente me dizer essas coisas e achar que vou levar na boa. Eu tenho sentimentos, tenho medo de perder você
- me desculpa, me veio isso na mente e eu falei, eu não pensei no que iria falar. Me desculpa sereia
- ta bom, mas me solta
- não enquanto eu não ganhar um beijo
- para com isso - tento desviar o assunto, mas ele não deixa
Me aproximo e beijo sua boca, lento e demorado. Ele retribui o beijo da melhor maneira e tenta me fazer acelera-lo, mas eu não caio, encerro o beijo e me afasto
Espero ele comer toda a comida e quando vejo que ele está satisfeito, pego tudo o que ele sujou e desço pra comer.
Almoço sozinha e eu mesma tiro a mesa quando percebo que todos já se alimentaram.
- ei - paro na sala, pois meus filhos estão ali - prontos pra conhecer a sobrinha de vocês? - pergunto e os três concordam
- não vejo a hora - Manu diz animada
- então vamos, mas sem falar alto e sem bagunça - aviso e eles levantam apressados
Levo eles até o quarto da Laura e encontro minha filha indo pro banho. Elyse está no colo do Arthur que parece que será muito babão.
- trouxe seus irmãos pra conhecer a pequena - falo baixo
- fiquem a vontade, vou tomar um banho rapidinho - ela sussurra de volta
Deixo meus filhos ao redor do Arthur e sigo pro banheiro com a minha filha. Assim que fecho a porta e ela percebe que estamos sozinhas, ela desaba e começa a chorar.
- ei - me aproximo e abraço ela que retribui me apertando - você conseguiu, você foi incrível meu amor, tô muito orgulhosa de tudo o que fez hoje pra chegada pra nossa Elyse, ela vai se orgulhar muito quando assistir tudo e ver o quão forte você foi
- eu tô com medo mãe, ela depende exclusivamente de mim, e se eu não for suficiente?
- você vai ser sim - tento tranquiliza-la - é normal se sentir assim, eu me senti assim quando você surgiu na minha vida. A gente se sente incapaz, se sente insuficiente, mas o importante é saber que você está dando o seu máximo, o seu melhor.
- eu vou dar o meu melhor - ela afirma
- então pronto, é isso que importa - beijo sua testa e percebo o quanto eu acalmei ela
- te amo mãe
- e eu amo vocês. Sei o quanto você e o Arthur estão loucos pra ter o cantinho de vocês, mas enquanto isso não acontece, eu tô aqui pro que você precisar, conte comigo
- obrigada - ela me aperta mais
Fico ali até ela tomar banho e quando saímos, encontro a Elyse no colo do Matheus.
- ela parece comigo - ele diz ao ver a Laura, só pra provocar e ela ri
- você é a minha cara, então eu não ligo - ela dá de ombros e volta a deitar na cama
Fico ali olhando meus filhos reunidos, junto com a minha netinha e sinto uma emoção tomar conta de mim. Eu tenho tudo isso, ainda tenho o Luan. Hoje eu tenho muito mais do que eu já imaginei. Deus foi maravilhoso comigo.
[...]
Capítulo 382 - Avô babão
Marina
-calma, pelo amor de Deus-peço ao Luan que está incrédulo com a notícia
-vocês tão brincando comigo? A Laura tá grávida?-Luan pergunta e vejo a carinha de assustada da minha filha, ela parece estar com medo do que vem a seguir
-não é mentira-ela abaixa a cabeça e fala toda calma-eu tava tomando remédio, mas aí a minha médica me aconselhou a trocar o anticoncepcional, porque o que eu estava tomando não tava fazendo muito efeito, eu troquei e me esqueci que quando é assim, a prevenção tem que ser ainda maior.-ela faz um bico-me desculpa se você não gostou da ideia de ser vovô, mas eu já amo o meu bebê e o terei
-de onde tirou essa loucura?-ele pergunta pra ela, mas ninguém entende sobre o que ele fala-eu realmente não gostei da ideia de ser vovô-ele nos assusta-eu amei-ele finalmente mostra uma reação boa e meu coração se alivia-não posso nem dizer que é cedo, porque eu e sua mãe geramos você com menos de 6 meses de relacionamento-ele dá um sorriso sapeca e eu me recordo de quando engravidei da Laura-só peço que Deus mande essa criança com muita saúde, porque amor não vai faltar-ele se aproxima dela e a abraça
Ali ele diz coisas que não somos capazes de ouvir, mas que emocionam a minha filha.
-é sério? A Laura tá grávida?-Matheus pergunta na minha orelha
-tá sim-concordo-ta vindo um sobrinho pra vocês cuidarem-falo com ele e com as minhas meninas
Matheus fica incrédulo, assim como o Luan quando descobriu, já as meninas demonstram muita felicidade no mesmo momento em que descobrem.
-que foi?-pergunto ao Matheus
-eu devo ficar feliz ou matar o Arthur por engravidar minha irmã?-ele pergunta e eu dou risada
-ficar feliz, sua irmã tá muito feliz e todos nós sabemos que o Arthur é uma pessoa boa pra ela-tento tranquiliza-lo
-você tem razão-ele da um sorriso e sai pra cumprimentar a irmã
Foi uma festa que só, ficamos todos felizes, a nossa família vai crescer e isso é tão bom.
-você sabia sobre o pedido de casamento?-Luan pergunta abraçado a Laura
-não, isso foi surpresa pra mim-ela encara o anel-uma surpresa muito boa e maravilhosa, mas foi uma surpresa
-legal-meu marido comemora por ter ajudado em uma surpresa nesse espetacular dia de hoje
-bora jantar?-chamo todo mundo e todos concordam é bom saber que nossa família está crescendo
[...]
Meses se passaram, Elyse nem nasceu ainda e já fez o Luan se tornar o avô mais babão que existe no planeta Terra.
Quando descobrimos que seria uma menina, Luan surtou de felicidade e inclusive foi ele quem escolheu o nome.
Laura já está de quase nove meses e sem dúvidas, minha neta é uma benção em nossas vidas.
Ontem pela manhã, Luan nos deu um susto novamente, foi terrível ter que correr pro hospital com ele novamente, mas foi preciso.
Ao longo desses meses vi o meu marido se tornar alguém que eu ainda não conhecia, uma pessoa desanimada, sonolenta e cabisbaixa. A Elyse era a única que o fazia se animar.
Eu e todo mundo, sabíamos que algo estava errado.
Doutor Júlio, que é o médico do Luan, junto com mais alguns médicos, fizeram um monte de exames no meu marido e aqui estou eu esperando a resposta, pra poder pegar o meu marido e voltar pra casa.
-Doutor Júlio tá chamando a gente-Laura diz olhando pra uma porta e eu levanto da poltrona
Seguimos até a sala e vejo todos os médicos ali, não sei o nome de todos, mas os conheço pela fisionomia.
-e ai? Como está o Luan? Os exames estão bons?
-você lembra que dá outra vez o médico disse que havia uma possibilidade do Luan precisar de um transplante de coração?-ele questiona e eu concordo apreensiva-essa possibilidade virou uma realidade. Luan entrará para a lista de transplante ainda hoje-ele diz e sinto a Laura apertar minha mão com força, respiro fundo e me mantenho forte
-o que isso significa? Meu marido tá morrendo?-questiono tentando entender-em quanto tempo conseguirá um coração pra ele?
-calma, iremos de explicar tudo, por isso estamos todos-Doutor Júlio responde pacientemente e aponta pra todos os médicos ali-vamos tirar todas as suas dúvidas e em seguida conversaremos com o Luan, tá ok?
-tá-respondo rápido sem ter a mesma calma que ele
Doutor Júlio começa respondendo minhas respostas, os outros médicos também me explicam tudo e eu fico atenta pra não perder nenhum detalhe. Meu marido precisa de mim e eu preciso me doar inteiramente.
Depois de toda a nossa conversa, seguimos até o quarto do Luan e tudo foi explicado pra ele. Eu vi o pavor que meu marido ficou, vi o medo em seu olhar, mas pra nos tranquilizar, ele sorri e diz que tudo ficará bem.
Doutor Júlio passa mais um remédio na veia pro meu marido e já o deixa de alta, infelizmente encontrar um coração pro Luan não será tão fácil e já que meu marido ainda se encontra em um "bom estado", esperaremos por isso em casa.
-pode ir Laura, vou ficar aqui com seu pai depois vamos pra casa-digo assim que os médicos saem
-eu posso ficar-ela sorri tristonha
-não precisa, sério. Tio Mario tá em casa com seus irmãos, mas preciso de você lá também-sorrio pra ela
-pode ir minha princesinha, papai já tá bem e logo volta pra casa-Luan fala com ela como se ela fosse um bebê
-tá bom então-ela se aproxima da cama e distribui beijinhos no Luan
Vejo meu marido se emocionar quando toca a barriga dela e em seguida ele limpa as lágrimas.
-vai logo que tô parecendo um velho babão-ele diz e nos faz rir
-tchau-ela se despede e sai sem olhar pra trás
-pelo menos eu vou ver minha neta nascer-ele pensa alto
-vai ver ela nascer, crescer, ficar jovem e casar
-casar?-me olha incrédulo
-sim-dou de ombros e ele sorri tentando me tranquilizar
Ficamos alguns minutos quietinhos e vejo o Luan ficar pensativo. Sei que ele tá preocupado, que tá com medo.
-ursinho-chamo manhosa e ele me olha com os olhos brilhando de lágrimas-não precisa fingir pra mim que tá tudo bem. Você tem todo direito de ficar preocupado, com medo. Eu também tô e isso é totalmente normal - o tranquilizo
-tô com medo-ele confessa e começa a chorar me causando uma dor que eu nem sabia que existia
-tá tudo bem-me aproximo e o abraço deixando que ele extravase sua dor
Fomos pra casa assim que o médico liberou o Luan. Nossos filhos tinham pavor nos olhos, mas assim que viram o Luan, eles abriram aquele sorriso que só eles tem.
-me sinto completo de novo-ele sussurra pra mim e o ajudo a sentar no sofá
Nossos filhos se aproximam dele e distribuem muito amor.
[...]
____________________
Sentiram minha falta? Aposto que sim 😊
Como prometido pra algumas pessoas, estou postando todos os capítulos que faltavam para o fim da história.
Espero que gostem e divirtam-se!
A história deu uma boa andada e espero que mesmo assim vocês curtam essa Reta Final.
Bom, boa leitura e obrigada por me acompanharem ❤️
-calma, pelo amor de Deus-peço ao Luan que está incrédulo com a notícia
-vocês tão brincando comigo? A Laura tá grávida?-Luan pergunta e vejo a carinha de assustada da minha filha, ela parece estar com medo do que vem a seguir
-não é mentira-ela abaixa a cabeça e fala toda calma-eu tava tomando remédio, mas aí a minha médica me aconselhou a trocar o anticoncepcional, porque o que eu estava tomando não tava fazendo muito efeito, eu troquei e me esqueci que quando é assim, a prevenção tem que ser ainda maior.-ela faz um bico-me desculpa se você não gostou da ideia de ser vovô, mas eu já amo o meu bebê e o terei
-de onde tirou essa loucura?-ele pergunta pra ela, mas ninguém entende sobre o que ele fala-eu realmente não gostei da ideia de ser vovô-ele nos assusta-eu amei-ele finalmente mostra uma reação boa e meu coração se alivia-não posso nem dizer que é cedo, porque eu e sua mãe geramos você com menos de 6 meses de relacionamento-ele dá um sorriso sapeca e eu me recordo de quando engravidei da Laura-só peço que Deus mande essa criança com muita saúde, porque amor não vai faltar-ele se aproxima dela e a abraça
Ali ele diz coisas que não somos capazes de ouvir, mas que emocionam a minha filha.
-é sério? A Laura tá grávida?-Matheus pergunta na minha orelha
-tá sim-concordo-ta vindo um sobrinho pra vocês cuidarem-falo com ele e com as minhas meninas
Matheus fica incrédulo, assim como o Luan quando descobriu, já as meninas demonstram muita felicidade no mesmo momento em que descobrem.
-que foi?-pergunto ao Matheus
-eu devo ficar feliz ou matar o Arthur por engravidar minha irmã?-ele pergunta e eu dou risada
-ficar feliz, sua irmã tá muito feliz e todos nós sabemos que o Arthur é uma pessoa boa pra ela-tento tranquiliza-lo
-você tem razão-ele da um sorriso e sai pra cumprimentar a irmã
Foi uma festa que só, ficamos todos felizes, a nossa família vai crescer e isso é tão bom.
-você sabia sobre o pedido de casamento?-Luan pergunta abraçado a Laura
-não, isso foi surpresa pra mim-ela encara o anel-uma surpresa muito boa e maravilhosa, mas foi uma surpresa
-legal-meu marido comemora por ter ajudado em uma surpresa nesse espetacular dia de hoje
-bora jantar?-chamo todo mundo e todos concordam é bom saber que nossa família está crescendo
[...]
Meses se passaram, Elyse nem nasceu ainda e já fez o Luan se tornar o avô mais babão que existe no planeta Terra.
Quando descobrimos que seria uma menina, Luan surtou de felicidade e inclusive foi ele quem escolheu o nome.
Laura já está de quase nove meses e sem dúvidas, minha neta é uma benção em nossas vidas.
Ontem pela manhã, Luan nos deu um susto novamente, foi terrível ter que correr pro hospital com ele novamente, mas foi preciso.
Ao longo desses meses vi o meu marido se tornar alguém que eu ainda não conhecia, uma pessoa desanimada, sonolenta e cabisbaixa. A Elyse era a única que o fazia se animar.
Eu e todo mundo, sabíamos que algo estava errado.
Doutor Júlio, que é o médico do Luan, junto com mais alguns médicos, fizeram um monte de exames no meu marido e aqui estou eu esperando a resposta, pra poder pegar o meu marido e voltar pra casa.
-Doutor Júlio tá chamando a gente-Laura diz olhando pra uma porta e eu levanto da poltrona
Seguimos até a sala e vejo todos os médicos ali, não sei o nome de todos, mas os conheço pela fisionomia.
-e ai? Como está o Luan? Os exames estão bons?
-você lembra que dá outra vez o médico disse que havia uma possibilidade do Luan precisar de um transplante de coração?-ele questiona e eu concordo apreensiva-essa possibilidade virou uma realidade. Luan entrará para a lista de transplante ainda hoje-ele diz e sinto a Laura apertar minha mão com força, respiro fundo e me mantenho forte
-o que isso significa? Meu marido tá morrendo?-questiono tentando entender-em quanto tempo conseguirá um coração pra ele?
-calma, iremos de explicar tudo, por isso estamos todos-Doutor Júlio responde pacientemente e aponta pra todos os médicos ali-vamos tirar todas as suas dúvidas e em seguida conversaremos com o Luan, tá ok?
-tá-respondo rápido sem ter a mesma calma que ele
Doutor Júlio começa respondendo minhas respostas, os outros médicos também me explicam tudo e eu fico atenta pra não perder nenhum detalhe. Meu marido precisa de mim e eu preciso me doar inteiramente.
Depois de toda a nossa conversa, seguimos até o quarto do Luan e tudo foi explicado pra ele. Eu vi o pavor que meu marido ficou, vi o medo em seu olhar, mas pra nos tranquilizar, ele sorri e diz que tudo ficará bem.
Doutor Júlio passa mais um remédio na veia pro meu marido e já o deixa de alta, infelizmente encontrar um coração pro Luan não será tão fácil e já que meu marido ainda se encontra em um "bom estado", esperaremos por isso em casa.
-pode ir Laura, vou ficar aqui com seu pai depois vamos pra casa-digo assim que os médicos saem
-eu posso ficar-ela sorri tristonha
-não precisa, sério. Tio Mario tá em casa com seus irmãos, mas preciso de você lá também-sorrio pra ela
-pode ir minha princesinha, papai já tá bem e logo volta pra casa-Luan fala com ela como se ela fosse um bebê
-tá bom então-ela se aproxima da cama e distribui beijinhos no Luan
Vejo meu marido se emocionar quando toca a barriga dela e em seguida ele limpa as lágrimas.
-vai logo que tô parecendo um velho babão-ele diz e nos faz rir
-tchau-ela se despede e sai sem olhar pra trás
-pelo menos eu vou ver minha neta nascer-ele pensa alto
-vai ver ela nascer, crescer, ficar jovem e casar
-casar?-me olha incrédulo
-sim-dou de ombros e ele sorri tentando me tranquilizar
Ficamos alguns minutos quietinhos e vejo o Luan ficar pensativo. Sei que ele tá preocupado, que tá com medo.
-ursinho-chamo manhosa e ele me olha com os olhos brilhando de lágrimas-não precisa fingir pra mim que tá tudo bem. Você tem todo direito de ficar preocupado, com medo. Eu também tô e isso é totalmente normal - o tranquilizo
-tô com medo-ele confessa e começa a chorar me causando uma dor que eu nem sabia que existia
-tá tudo bem-me aproximo e o abraço deixando que ele extravase sua dor
Fomos pra casa assim que o médico liberou o Luan. Nossos filhos tinham pavor nos olhos, mas assim que viram o Luan, eles abriram aquele sorriso que só eles tem.
-me sinto completo de novo-ele sussurra pra mim e o ajudo a sentar no sofá
Nossos filhos se aproximam dele e distribuem muito amor.
[...]
____________________
Sentiram minha falta? Aposto que sim 😊
Como prometido pra algumas pessoas, estou postando todos os capítulos que faltavam para o fim da história.
Espero que gostem e divirtam-se!
A história deu uma boa andada e espero que mesmo assim vocês curtam essa Reta Final.
Bom, boa leitura e obrigada por me acompanharem ❤️
quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
Capítulo 381 - Surpresa
Luan
Assim que chego em casa, depois de vários dias no hospital, Marina abre a porta do carro pra mim e eu desço sem precisar da sua ajuda.
Ela pega minha pequena mala com as coisas que usei no hospital e seguimos até o fundo de casa, ela não me deixou subir pelas escadas de acesso.
Assim que chegamos perto da área de churrasco, vejo algumas pessoas, que eu amo, ali.
Todos com um lindo sorriso no rosto, só me esperando se aproximar.
-não acredito que fizeram festa pra mim-abraço a Marina de lado e beijo o topo da sua cabeça
-todo mundo ficou preocupado, orou por você, sentiu sua falta e você estar de volta em casa é uma coisa boa, temos que comemorar
-e eu tenho uma surpresa, não me esqueci não-falo ao me lembrar que ela disse que eu ganharia uma surpresa assim que viesse pra casa
-você terá meu bem-beija meu pescoço e me arrepio
-saudade de você-seguro seu rosto pelo queixo e faço ela me olhar
-mais tarde a gente resolve isso-ela pisca pra mim e me rouba um selinho demorado
-eita que hoje o dia vai ser maravilhoso-comemoro e ela ri de mim
Assim que chegamos onde todos estavam, eles começam a bater palmas animados. Dou um sorriso todo emocionado e consigo conter minhas lágrimas, infelizmente tô ficando velho e as vezes não consigo controlar minhas emoções. Seguro o meu choro, mas infelizmente não consigo controlar o choro das pessoas ali.
Minhas filhas parecem nem acreditar que realmente sou eu e choram feito crianças, um choro de alívio por me ver vivo e bem.
Me aproximo delas e abraço cada uma dizendo que estou bem e que não vou a lugar nenhum. Em seguida faço o mesmo com o Theus que também chora como se não houvesse amanhã.
-tá tudo bem-tento tranquiliza-lo
-nunca mais nos dê esse susto-ele limpa as lágrimas-meu coração não aguenta. Eu não posso ficar sem você, sem seus conselhos, sem seus cuidados-ele diz todo fofo e vejo um lado do meu filho, que raramente aparece
-eu te amo demais-beijo sua testa e ele dá um sorriso
-amo você pai-volta a me abraçar e me aperta fortemente
-me aperta menos, eu sou macho, mas tô frágil-faço piada e ele se afasta rindo
Deixo ele ali e me aproximo dos meus pais, eles tem mais saúde que eu, porém sei que desestabilizei eles.
Tranquilizo minha mãe que também chora e em seguida saio cumprimentando todo mundo ali. Minha irmã, meus sobrinhos, afilhados, meus sogros, meus genros, minha nora, nossos amigos, exatamente todo mundo.
-tem coxinha?-pergunto assim que cumprimento todos e todo mundo ri de mim
-coxinha fit, bolo fit e mesmo assim não pode comer muito-Marina diz e eu reviro os olhos
-tá bom-concordo sem ter opção-coloca uma música ai-peço ao Mario que tá concentrado em uma conversa com a Bruna-anda-falo mandão e ele me mostra dedo-tô dodói poxa-faço bico e ele ri
-chantagista-ele revira os olhos pra mim e vai colocar a música
Um pessoal vem nos servir e eu como algumas coxinhas fit, não tem o mesmo sabor que uma coxinha normal, mas mata minha vontade.
Como mais algumas coisas que eles servem e durante todo o tempo converso com todos ali.
Me diverti muito com as pessoas que amo, brincamos na piscina, no campinho de futebol e ainda assistimos o Corinthians na TV.
Já é noite quando todo mundo vai embora, o único que ficou, é o Arthur namorado da Laura. Ele me parece nervoso e isso não me agrada. Será que ele vai pedir minha filha em casamento?
-Arthur vai embora que horas? Quero minha surpresa-falo e aproveito pra jogar um verde sobre o meu genro
-vou daqui a pouco-ele da de ombros e isso me intriga
Todo mundo some da sala e fica só eu e o Arthur. Vejo suor escorrer em sua testa, ele está realmente nervoso.
-tá bem?-pergunto zoando com ele e ele dá um sorriso preocupado
-tô bem-concorda tentando me tranquilizar, mas não dá certo
-por que tá nervoso? Não me diga que vai pedir a Laura em casamento-é a minha vez de ficar nervoso
-não fica nervoso-ele pede sem me responder
-fala logo
-eu comprei um anel-ele tira do bolso uma caixinha-mas ela não sabe de nada ainda. Eu queria fazer algo fofo, mas eu não planejei isso direito-ele fala sem parar e guarda a caixinha no bolso novamente
-você precisa de um buquê de flores-pego o meu celular e mando mensagem pra uma floricultura que sempre me salva quando preciso
-eu não sei onde arrumar uma hora dessas-ele nega com a cabeça
-rosas vermelhas?-pergunto e ele me olha curioso-tô te arrumando um buquê, fala logo
-ela gosta de girassol, mas se não tiver pode ser rosas vermelhas
-girassol-eu digito na mensagem e envio
-como conseguiu?
-eu ainda sou o Luan Santana-dou de ombros
-isso significa que você apoia o meu pedido?
-acho esse pedido muito precoce, vamos namoram apenas há dois anos-reviro os olhos-mas eu apoio vocês. Você faz a Laura feliz, cuida dela muito bem e fico feliz que ela tenha alguém de boa índole ao lado dela
-obrigado-ele agradece e parece bastante aliviado em ter o meu apoio
Marina e a Laura aparecem na sala com uma caixa na mão. Laura deixa a caixa na mesinha de centro e vejo meu genro voltar a suar.
-o que é isso?-pergunto e puxo a Marina pra sentar em meu colo
-sua surpresa-Marina responde e eu tento tirar ela do meu colo, pra poder pegar a surpresa, mas ela não deixa
-o que? Num é minha? Quero ver-tento novamente e sou impedido
-espera um pouco, Manu, Ana e o Theus foram tomar banho, quando eles descerem a gente conta e depois a gente janta-Marina beija minha bochecha
-tá bom-concordo mesmo sem vontade
Demora uns cinco minutos até que escuto a campainha. Marina logo levanta pra ir atender, mas eu seguro ela.
-vai lá Arthur-falo com ele que me olha assustado-ta pago-falo baixo quando ele passa perto de mim
-o que tá pago?-Marina pergunta e fica me olhando, eu apenas dou um sorriso-segredos?-ela faz cara de esnobe e eu concordo-tá bom-levanta do meu colo e senta ao lado da Laura que agora olha algo no celular
Arthur demora um pouco pra voltar, mas assim que ele aparece, sou o primeiro a ver a cena. Pego logo o celular na mão e começo a filmar.
-Laura-ele chama a atenção dela, que tira os olhos do celular e olha pra ele, automaticamente sua boca se abre totalmente surpresa com a atitude do namorado-eu já te amava muito antes da gente ficar pela primeira vez. Eu te via no estágio e só conseguia pensar no quanto eu queria ser o homem, qual você chamava de amor. Eu fazia de tudo pra te cruzar nos corredores do hospital, fazia de tudo pra encontrar na cantina na hora do seu intervalo, eu tava sempre ali, só esperando ser notado e um certo dia eu fui, justo no dia que eu não planejei nada pra te ver, você me notou. Lembro até hoje daquele jovem que chegou todo machucado depois de um acidente de moto e você ficou designada para me observar e me ajudar, logo depois de saber que ele estava bem, você puxou papo comigo e ali eu me senti encorajado e te chamei pra um café. Desde esse dia eu prometi pra mim mesmo, que se você me quisesse eu te faria missão da minha vida e é o que eu tenho feito e eu espero que bem-ele sorri pra ela e ela concorda chorando-você sabe que tudo o que eu sempre quis desde que começamos a namorar, foi te pedir em casamento, mas você sempre me fazia adiar e dizia que não estava pronta. Agora, depois desse presente, eu decidi arriscar-ele se ajoelha na frente dela e faz ela pegar o buquê. Ele tira a caixinha de jóia do bolso e estica pra ela-casa comigo vida?
Fico observando ela que primeiro responde com a cabeça, em seguida entre soluços, sai um "SIM" em alto e bom som.
-que lindo-Marina limpa as lágrimas dela, já eu fico segurando o meu choro
Como o tempo passou rápido, a Laura cresceu e tem todo direito de construir a sua vida, sua família.
Fico observando minha filha abraçada ao Arthur e começo a me recordar de mim e da Marina.
-o que aconteceu?-escuto o Matheus perguntar e só aí percebo que meus pequenos já desceram
-o Arthur pediu sua irmã em casamento e ela aceitou-Marina conta
-não acredito que perdi esse momento-meu filho diz debochado
-relaxa, eu gravei tudo-falo encerrando o vídeo
Laura se afasta do atual noivo e a Marina aproveita pra abraçar nossa filha. Me levanto e abraço o Arthur, parabenizando ele e praticamente implorando para que ele faça minha filha feliz.
-deixa comigo. Prometo dar sempre o meu melhor-ele promete e me tranquiliza
Assim que a Marina se afasta da Laura, eu me aproximo dela e abraço ela o mais forte que consigo.
-quando você nasceu, eu te pedia pra namorar só depois dos 30, 40 anos, mas eu sabia que isso não aconteceria. Filho a gente faz pro mundo e tudo o que podemos fazer é ensina-los a voarem sozinhos e eu espero ter conseguido isso. Eu morro de orgulho de você, da mulher que você vem se tornando, por tudo o que você já fez e faz. Você é incrível como filha, como amiga, como artista e agora vai ser incrível como esposa. Boa sorte minha princesa, sempre que precisar do papai, eu estarei aqui pra te ajudar no que preciso for.-me afasto e olho em seus olhos que só sabem chorar-que você seja muito feliz e que Deus te dê sabedoria para criar e cuidar da sua família-beijo sua testa
-te amo muito pai-ela volta a me abraçar-você é o homem mais importante pra mim e eu sempre vou amar você em primeiro lugar. Obrigada por me fazer o que sou hoje, obrigada-ela fica agradecendo e só para quando o Matheus para atrás de mim querendo parabenizá-la
Todo mundo parabeniza os dois e quando toda aquela festa acaba, todo mundo senta no sofá e só a Laura fica em pé.
-pai-ela começa um discurso e eu me ajeito na poltrona que estou pra escutar-quando a mamãe falou da surpresa, ela contou pra que você não desconfiasse, mas a verdade é que a surpresa é minha-ela diz sorrindo e eu ao olhar pra Marina vejo ela da mesma maneira, porém minha esposa chora novamente-aquele dia do show em São Paulo, eu pensei que tudo ocorreria normal e que depois do show voltaríamos aqui pra casa, fazer churrasco e comemorar como sempre. Eu queria contar aquele dia, mas não deu certo, não era pra ser-ela faz uma careta-era pra ser hoje, tudo é no tempo de Deus, Ele faz tudo certinho e se hoje você está aqui pra me ouvir, é porque Ele quis
-sem dúvidas-interrompo ela rapidamente
-então tá-ela morde os lábios nervosa-fica calmo tá? Você não pode ficar nervoso se não terá que voltar pro hospital-ela avisa
-tá bom, vou tentar-concordo e ela suspira
-toma-ela me entrega a caixa e eu fico animado demais
Desfaço o laço, tiro a tampa da caixa e encontro um monte de papel enrolado em alguma coisa.
Com toda calma do mundo, vou desenrolando, até ver um bodyzinho de bebê escrito "Eu sou o xodó do vovô".
-É SÉRIO?-minha pergunta sai quase em um grito
__________________________
Olá amores, demorei um pouco mais pra vim, mas apareci.
Adorei a interação no capítulo anterior.
E o pedido de vocês é uma ordem, será o final feliz 💃🏾
Assim que chego em casa, depois de vários dias no hospital, Marina abre a porta do carro pra mim e eu desço sem precisar da sua ajuda.
Ela pega minha pequena mala com as coisas que usei no hospital e seguimos até o fundo de casa, ela não me deixou subir pelas escadas de acesso.
Assim que chegamos perto da área de churrasco, vejo algumas pessoas, que eu amo, ali.
Todos com um lindo sorriso no rosto, só me esperando se aproximar.
-não acredito que fizeram festa pra mim-abraço a Marina de lado e beijo o topo da sua cabeça
-todo mundo ficou preocupado, orou por você, sentiu sua falta e você estar de volta em casa é uma coisa boa, temos que comemorar
-e eu tenho uma surpresa, não me esqueci não-falo ao me lembrar que ela disse que eu ganharia uma surpresa assim que viesse pra casa
-você terá meu bem-beija meu pescoço e me arrepio
-saudade de você-seguro seu rosto pelo queixo e faço ela me olhar
-mais tarde a gente resolve isso-ela pisca pra mim e me rouba um selinho demorado
-eita que hoje o dia vai ser maravilhoso-comemoro e ela ri de mim
Assim que chegamos onde todos estavam, eles começam a bater palmas animados. Dou um sorriso todo emocionado e consigo conter minhas lágrimas, infelizmente tô ficando velho e as vezes não consigo controlar minhas emoções. Seguro o meu choro, mas infelizmente não consigo controlar o choro das pessoas ali.
Minhas filhas parecem nem acreditar que realmente sou eu e choram feito crianças, um choro de alívio por me ver vivo e bem.
Me aproximo delas e abraço cada uma dizendo que estou bem e que não vou a lugar nenhum. Em seguida faço o mesmo com o Theus que também chora como se não houvesse amanhã.
-tá tudo bem-tento tranquiliza-lo
-nunca mais nos dê esse susto-ele limpa as lágrimas-meu coração não aguenta. Eu não posso ficar sem você, sem seus conselhos, sem seus cuidados-ele diz todo fofo e vejo um lado do meu filho, que raramente aparece
-eu te amo demais-beijo sua testa e ele dá um sorriso
-amo você pai-volta a me abraçar e me aperta fortemente
-me aperta menos, eu sou macho, mas tô frágil-faço piada e ele se afasta rindo
Deixo ele ali e me aproximo dos meus pais, eles tem mais saúde que eu, porém sei que desestabilizei eles.
Tranquilizo minha mãe que também chora e em seguida saio cumprimentando todo mundo ali. Minha irmã, meus sobrinhos, afilhados, meus sogros, meus genros, minha nora, nossos amigos, exatamente todo mundo.
-tem coxinha?-pergunto assim que cumprimento todos e todo mundo ri de mim
-coxinha fit, bolo fit e mesmo assim não pode comer muito-Marina diz e eu reviro os olhos
-tá bom-concordo sem ter opção-coloca uma música ai-peço ao Mario que tá concentrado em uma conversa com a Bruna-anda-falo mandão e ele me mostra dedo-tô dodói poxa-faço bico e ele ri
-chantagista-ele revira os olhos pra mim e vai colocar a música
Um pessoal vem nos servir e eu como algumas coxinhas fit, não tem o mesmo sabor que uma coxinha normal, mas mata minha vontade.
Como mais algumas coisas que eles servem e durante todo o tempo converso com todos ali.
Me diverti muito com as pessoas que amo, brincamos na piscina, no campinho de futebol e ainda assistimos o Corinthians na TV.
Já é noite quando todo mundo vai embora, o único que ficou, é o Arthur namorado da Laura. Ele me parece nervoso e isso não me agrada. Será que ele vai pedir minha filha em casamento?
-Arthur vai embora que horas? Quero minha surpresa-falo e aproveito pra jogar um verde sobre o meu genro
-vou daqui a pouco-ele da de ombros e isso me intriga
Todo mundo some da sala e fica só eu e o Arthur. Vejo suor escorrer em sua testa, ele está realmente nervoso.
-tá bem?-pergunto zoando com ele e ele dá um sorriso preocupado
-tô bem-concorda tentando me tranquilizar, mas não dá certo
-por que tá nervoso? Não me diga que vai pedir a Laura em casamento-é a minha vez de ficar nervoso
-não fica nervoso-ele pede sem me responder
-fala logo
-eu comprei um anel-ele tira do bolso uma caixinha-mas ela não sabe de nada ainda. Eu queria fazer algo fofo, mas eu não planejei isso direito-ele fala sem parar e guarda a caixinha no bolso novamente
-você precisa de um buquê de flores-pego o meu celular e mando mensagem pra uma floricultura que sempre me salva quando preciso
-eu não sei onde arrumar uma hora dessas-ele nega com a cabeça
-rosas vermelhas?-pergunto e ele me olha curioso-tô te arrumando um buquê, fala logo
-ela gosta de girassol, mas se não tiver pode ser rosas vermelhas
-girassol-eu digito na mensagem e envio
-como conseguiu?
-eu ainda sou o Luan Santana-dou de ombros
-isso significa que você apoia o meu pedido?
-acho esse pedido muito precoce, vamos namoram apenas há dois anos-reviro os olhos-mas eu apoio vocês. Você faz a Laura feliz, cuida dela muito bem e fico feliz que ela tenha alguém de boa índole ao lado dela
-obrigado-ele agradece e parece bastante aliviado em ter o meu apoio
Marina e a Laura aparecem na sala com uma caixa na mão. Laura deixa a caixa na mesinha de centro e vejo meu genro voltar a suar.
-o que é isso?-pergunto e puxo a Marina pra sentar em meu colo
-sua surpresa-Marina responde e eu tento tirar ela do meu colo, pra poder pegar a surpresa, mas ela não deixa
-o que? Num é minha? Quero ver-tento novamente e sou impedido
-espera um pouco, Manu, Ana e o Theus foram tomar banho, quando eles descerem a gente conta e depois a gente janta-Marina beija minha bochecha
-tá bom-concordo mesmo sem vontade
Demora uns cinco minutos até que escuto a campainha. Marina logo levanta pra ir atender, mas eu seguro ela.
-vai lá Arthur-falo com ele que me olha assustado-ta pago-falo baixo quando ele passa perto de mim
-o que tá pago?-Marina pergunta e fica me olhando, eu apenas dou um sorriso-segredos?-ela faz cara de esnobe e eu concordo-tá bom-levanta do meu colo e senta ao lado da Laura que agora olha algo no celular
Arthur demora um pouco pra voltar, mas assim que ele aparece, sou o primeiro a ver a cena. Pego logo o celular na mão e começo a filmar.
-Laura-ele chama a atenção dela, que tira os olhos do celular e olha pra ele, automaticamente sua boca se abre totalmente surpresa com a atitude do namorado-eu já te amava muito antes da gente ficar pela primeira vez. Eu te via no estágio e só conseguia pensar no quanto eu queria ser o homem, qual você chamava de amor. Eu fazia de tudo pra te cruzar nos corredores do hospital, fazia de tudo pra encontrar na cantina na hora do seu intervalo, eu tava sempre ali, só esperando ser notado e um certo dia eu fui, justo no dia que eu não planejei nada pra te ver, você me notou. Lembro até hoje daquele jovem que chegou todo machucado depois de um acidente de moto e você ficou designada para me observar e me ajudar, logo depois de saber que ele estava bem, você puxou papo comigo e ali eu me senti encorajado e te chamei pra um café. Desde esse dia eu prometi pra mim mesmo, que se você me quisesse eu te faria missão da minha vida e é o que eu tenho feito e eu espero que bem-ele sorri pra ela e ela concorda chorando-você sabe que tudo o que eu sempre quis desde que começamos a namorar, foi te pedir em casamento, mas você sempre me fazia adiar e dizia que não estava pronta. Agora, depois desse presente, eu decidi arriscar-ele se ajoelha na frente dela e faz ela pegar o buquê. Ele tira a caixinha de jóia do bolso e estica pra ela-casa comigo vida?
Fico observando ela que primeiro responde com a cabeça, em seguida entre soluços, sai um "SIM" em alto e bom som.
-que lindo-Marina limpa as lágrimas dela, já eu fico segurando o meu choro
Como o tempo passou rápido, a Laura cresceu e tem todo direito de construir a sua vida, sua família.
Fico observando minha filha abraçada ao Arthur e começo a me recordar de mim e da Marina.
-o que aconteceu?-escuto o Matheus perguntar e só aí percebo que meus pequenos já desceram
-o Arthur pediu sua irmã em casamento e ela aceitou-Marina conta
-não acredito que perdi esse momento-meu filho diz debochado
-relaxa, eu gravei tudo-falo encerrando o vídeo
Laura se afasta do atual noivo e a Marina aproveita pra abraçar nossa filha. Me levanto e abraço o Arthur, parabenizando ele e praticamente implorando para que ele faça minha filha feliz.
-deixa comigo. Prometo dar sempre o meu melhor-ele promete e me tranquiliza
Assim que a Marina se afasta da Laura, eu me aproximo dela e abraço ela o mais forte que consigo.
-quando você nasceu, eu te pedia pra namorar só depois dos 30, 40 anos, mas eu sabia que isso não aconteceria. Filho a gente faz pro mundo e tudo o que podemos fazer é ensina-los a voarem sozinhos e eu espero ter conseguido isso. Eu morro de orgulho de você, da mulher que você vem se tornando, por tudo o que você já fez e faz. Você é incrível como filha, como amiga, como artista e agora vai ser incrível como esposa. Boa sorte minha princesa, sempre que precisar do papai, eu estarei aqui pra te ajudar no que preciso for.-me afasto e olho em seus olhos que só sabem chorar-que você seja muito feliz e que Deus te dê sabedoria para criar e cuidar da sua família-beijo sua testa
-te amo muito pai-ela volta a me abraçar-você é o homem mais importante pra mim e eu sempre vou amar você em primeiro lugar. Obrigada por me fazer o que sou hoje, obrigada-ela fica agradecendo e só para quando o Matheus para atrás de mim querendo parabenizá-la
Todo mundo parabeniza os dois e quando toda aquela festa acaba, todo mundo senta no sofá e só a Laura fica em pé.
-pai-ela começa um discurso e eu me ajeito na poltrona que estou pra escutar-quando a mamãe falou da surpresa, ela contou pra que você não desconfiasse, mas a verdade é que a surpresa é minha-ela diz sorrindo e eu ao olhar pra Marina vejo ela da mesma maneira, porém minha esposa chora novamente-aquele dia do show em São Paulo, eu pensei que tudo ocorreria normal e que depois do show voltaríamos aqui pra casa, fazer churrasco e comemorar como sempre. Eu queria contar aquele dia, mas não deu certo, não era pra ser-ela faz uma careta-era pra ser hoje, tudo é no tempo de Deus, Ele faz tudo certinho e se hoje você está aqui pra me ouvir, é porque Ele quis
-sem dúvidas-interrompo ela rapidamente
-então tá-ela morde os lábios nervosa-fica calmo tá? Você não pode ficar nervoso se não terá que voltar pro hospital-ela avisa
-tá bom, vou tentar-concordo e ela suspira
-toma-ela me entrega a caixa e eu fico animado demais
Desfaço o laço, tiro a tampa da caixa e encontro um monte de papel enrolado em alguma coisa.
Com toda calma do mundo, vou desenrolando, até ver um bodyzinho de bebê escrito "Eu sou o xodó do vovô".
-É SÉRIO?-minha pergunta sai quase em um grito
__________________________
Olá amores, demorei um pouco mais pra vim, mas apareci.
Adorei a interação no capítulo anterior.
E o pedido de vocês é uma ordem, será o final feliz 💃🏾
sexta-feira, 15 de novembro de 2019
Capítulo 380 - Eu tô bem
Marina
-Oi-ele aperta minha mão-por favor, me diz que você dormiu e que não foi nessa poltrona desconfortável-ele diz olhando o lugar que eu estava sentada e eu dou risada
-essa poltrona não é desconfortável e não, eu não dormi. Você é muito gatinho, fiquei te olhando a noite toda-pisco pra ele
-sou sortudo demais, cê é doido-ele leva minha mão até sua boca e da um beijo no dorso-te preocupei né?
-um pouco-sorrio com lágrimas nos olhos-mas você sabe, eu já tô acostumada com você me dando preocupações-dou de ombros e ele dá uma risada gostosa
-tô bem-ele diz sorridente
-graças a Deus-uma lágrima escapa dos meus olhos e eu rapidamente limpo
-eu terminei o show pelo menos?-pergunta preocupado
-não, você desmaiou durante ele. Tive que gravar alguns stories de cara inchada pra tranquilizar seus fãs
-eu preciso ver isso-ele faz graça e eu dou risada sem ter escolha-ta cheia de olheiras
-tá tudo bem-dou de ombros-eu posso superar isso
Ficamos alguns minutos em silêncio. Ele olha todo o quarto, vê um arranjo de flor e da um sorriso. Em seguida ele me olha preocupado novamente.
-meus pais sabem que estou aqui?
-sabem, a Bruna foi falar com eles. Eles disseram que virão aqui hoje a tarde pra ver se você está bem mesmo
-estou-reafirma e eu apenas concordo-infartei de novo?-pergunta e eu concordo sem conseguir responder-foi grave?-concordo novamente-quase morri dessa vez?-novamente concordo e sinto um bolo em minha garganta-eu tô bem-volta a dizer
-para de falar isso-peço com vontade de chorar
-é que eu tô bem de verdade e quanto mais eu disser, mais você vai acreditar-faz carinho em minha mão
-você teve duas paradas cardíacas, quase perdemos você-minha voz quase não sai
-não perderam-ele dá um sorriso
A porta abre e nós dois viramos o rosto para olhar. O médico que o atendeu ontem passa por ela, ele sorri animado e isso me deixa mais tranquila.
-já acordou-ele se aproxima e o Luan estica a mão pra ele que prontamente segura
-já sim, dormi a noite toda, isso é demais pra mim-ele conversa normalmente
-você nos deu um susto ontem, mas agora vejo que já está bem melhor
-muito melhor-meu marido responde rápido
-iremos refazer todos os exames que fizemos ontem, pra ver se obtivemos melhoras significativas tá
-ok-ele concorda mesmo sem vontade
-você vai precisar ficar aqui durante uns dias, iremos acompanhá-lo e ver se o novo remédio está fazendo efeito
-quantos dias?-seu descontentamento, tá estampado em sua cara
-ainda não sabemos, isso vai depender da sua evolução
-tá bom-revira os olhos e me faz rir
O médico o examina, explica algumas coisas pra gente e nos deixa a par de toda a situação do Luan.
Eles tão sendo muito cuidadosos com o meu marido e não sei nem explicar o quanto isso é essencial pra gente.
Ajudo o Luan a tomar seu café da manhã e quando o meu chega como sob os olhares dele.
-eu só queria um banhozinho-faz um bico do tamanho do mundo
-depois você toma, a enfermeira vem mais tarde te liberar pro banho
-tá bom-ele boceja
-quer dormir mais? Pode dormir, eu não vou sair daqui
-nem pra ir ao banheiro? Vai fazer xixi e coco na roupa?-ele diz todo sapeca e eu dou risada negando
-só vou sair pra ir ao banheiro, prometo
-quero dormir não
-não quer, mas vai. Eu sei que vai-pisco pra ele
-virou vidente?
-virei-concordo
Nos falamos mais um pouco enquanto assistíamos um programa da Globo e do nada só escuto o barulho da TV, meu marido acaba de adormecer novamente.
Tiro uma fotinha dele dormindo e mando no grupo de nossas famílias e amigos. Dou notícias, aviso que meu marido já acordou, já tomou café e voltou a dormir. Minha sogra é a primeira a responder, ela está aliviada pelas notícias que acabei de dar.
Aproveito que já estou com o celular e aviso nas minhas redes que ele já está bem melhor.
Recebo vários telefonemas, mas nenhum que me faça atender. Com certeza são repórteres querendo falar sobre o meu marido e eu não estou nem um pouco afim de conversar com eles.
Fico ali assistindo TV e até tento tirar um cochilo, mas eu simplesmente não consigo.
As horas passam lentamente e já perto da hora do almoço, meu marido volta a acordar, dessa vez ele acorda bem agitado, parece não ter tido sonhos bons.
-ei-me levanto e me aproximo da cama-fica calmo, tá tudo bem. Você tá bem, eu tô aqui-tento tranquiliza-lo, mas ele continua naquela agitação
Me aproximo mais, seguro seu rosto entre minhas mãos e lhe dou um selinho. Automaticamente ele para de se mexer e fica quieto na cama. Me afasto e olho seu rosto, dessa vez sereno.
-tô aqui-falo baixo-se acalma-peço preocupada com ele
-acho que preciso de um beijo melhor pra me acalmar de verdade-ele diz e me faz rir
-esperto nada né?-volto a me aproximar de sua boca e lhe dou um beijo dessa vez mais demorado e mais gostoso
-bem que você disse que eu ia dormir-ele diz assim que encerro o beijo
-eu já sabia-dou de ombros-sua cara de cansado não me deixaram dúvidas
-agora acordei de verdade e só quero tomar um banho e almoçar
-a enfermeira já deve tá pra vim-explico e ele fica me olhando
-vai pra casa-pede preocupado
-depois do almoço a Laura vem ficar contigo por algumas horinhas e eu vou lá em casa tomar um banho e ver nossas crianças
-eu não preciso de babá-ele revira os olhos
-precisa sim, mas não vou discutir contigo. Vai ser assim e pronto e acabou-encerro a conversa e ele me olha debochado
-se você disse, tá falado-ele tomba a cabeça de lado
Espero até a enfermeira aparecer e ela o libera pro banho. Sigo até o banheiro do quarto e encontro um kit de banho ali. Ainda bem, pois como eu não fui em casa, Luan ainda não tem nada dele aqui.
Ajudo o meu marido a se desconectar de tudo e seguimos pro banheiro. O ajudo a ficar nu e em seguida o ajudo no banho.
Apesar de precisar da minha ajuda pra ficar firme no chão, o Luan é o meu Luan e tudo parece igual era antes, ele me parece bem.
-eu já te disse hoje que tô bem?-ele pergunta ao me ver pensativa
-disse sim, várias vezes-concordo voltando a me concentrar
-acredita em mim-ele pede e me faz olha-lo
-acreditarei de verdade quando você sair daqui-pisco pra ele que apenas concorda com a cabeça
Depois de vestido, voltamos ao quarto e o almoço do Luan já está ali. Pra infelicidade dele, é sopa.
-não quero-ele começa com drama
-tem que comer, até chegar o café da tarde, você vai morrer de fome e ai eu vou perceber que você não está bem de verdade
-tá bom-ele fica frustrado, mas concorda com o que eu digo
Fico olhando ele comer e não sinto a menor vontade. Converso com a minha filha que avisa que logo mais chegará e volto a olhar o meu marido.
-quando você sair daqui você vai ter uma surpresa tão grande-conto e vejo ele arregalar os olhos
-tá grávida?-pergunta e eu nego rindo
-meu amor, não fala bobagem-nego com a cabeça
-o que é?-ele se concentra em mim e para de comer
-você vai descobrir logo mais
-quero saber agora-faz um bico
-quer, mas só vai saber quando sair daqui
-af Marina-ele parece irritado e isso me faz rir
-você não vai se arrepender de esperar-dou de ombros
-Espero. Isso é o mínimo!
-come-peço e ele volta a comer
Depois de comer, Luan fica sentado na cama com o controle da TV na mão e começa a zapiar os canais, ao não encontrar nada ali, ele tenta abrir a Netflix e a televisão conecta ao aplicativo.
-pelo menos isso-ele se anima e eu gosto de ver o seu sorriso no rosto
Ele coloca um filme de terror pra rodar e assiste como se aquilo fosse um filme de comédia.
Quase no meio do filme, a porta abre e minha filha mais velha passa por ela. Ao ver o pai todo descontraído, seus olhos enchem de lágrimas e ela dá um sorrisinho contente por vê-lo bem.
-oi-Luan diz ao perceber a presença dela
-oi seu chato-ela se aproxima dele e eles trocam um abraço carinhoso
-eu tô bem viu-ele diz pra ela que chora ainda mais
Fico olhando os dois ali juntinhos, curtindo aquele momento e quando a Laura se afasta, ela o encara.
-eu trouxe batalha naval pra gente jogar-ela abre a bolsa e tira o jogo dali
-eu disse que eu te amo?-ele pergunta e ela nega rindo da carinha dele-eu te amo minha princesa-ele se declara e ela olha pra ele toda encantada
Assim que minha filha me nota ali, ela se aproxima e me dá um abraço apertado. Beijo sua bochecha e me afasto.
-a conversa tá boa, o clima tá ótimo, mas agora eu vou indo-me levanto-vou em casa tomar um banho, ver como as crianças estão e depois eu volto tá?-me aproximo da cama
-eu já disse que não precisa disso. Laura fica um pouco e depois ela vai também, eu posso ficar sozinho-dá de ombros
-sim, você pode ficar sozinho, mas eu não quero que fique-lhe dou um beijo um tanto rápido-volto mais tarde-sussurro com a boca ainda colada na sua-quando o café da tarde vim, pede pra Laura também, não deixa ela ficar sem comer tá? Por favor, mesmo que ela negue, faça ela comer-peço preocupada com a minha filha e esse bebê que ela carrega no ventre
-deixa comigo-ele sussurra de volta-eu tô quebrado, mas ainda sou o pai dessa família-ele morde meu lábio inferior e em seguida solta me fazendo afastar
-vamos ali fora comigo-chamo a Laura e o Luan fica atento a nossa movimentação-é rapidinho, ela já vem-dou de ombros olhando o meu marido-te amo tá?-jogo beijo pra ele que retribui
-amo muito você-ele se declara
Saio do quarto com a minha filha e nos sentamos nos bancos que tem corredor.
-tá tudo bem com ele. Ele tomou café, almoçou e já tomou banho. Se ele reclamar de banho de novo, fala pra ele esperar eu voltar.-explico e ela concorda-ele tá bem, mas não 100%, então peço pra que não conte a ele sobre a gravidez ainda. Tenho medo de como ele vai reagir, então é melhor esperar passar esses dias que ele vai ficar aqui e assim que chegarmos em casa, a gente conta, tá bom?
-eu concordo, inclusive ia te perguntar se você tinha contato, pois não quero contar ainda-ela me tranquiliza
-quer bom-sorrio
-meus irmãos quase não dormiram durante a noite e quase não comeram hoje. Tenta fazer eles se alimentarem melhor e descansarem-ela avisa deixando meu coração apertado-o dindo ainda tá lá em casa, junto com o tio Ro. Vê se descansa um pouco, tenho certeza que você não dormiu-ela passa o dedo embaixo dos meus olhos, pra ser mais clara, nas minhas olheiras-descansa, come bem, fica bem, fica um pouco com as "crianças"-faz aspas com os dedos na última palavra-pode deixar que eu cuido do papai
-eu confio em você-sou sincera e ela sorri
-essa é a chave do meu carro-ela me entrega a chave-vai com ele e quando voltar, voltar com ele pra eu ir embora
-tá bom-concordo
-dirige com cuidado tá e assim que chegar me avisa que chegou
-pode deixar-concordo-come tá? Se não quiser algo que eles trouxerem, vai lá na cantina e compra alguma coisa, mas não fica sem comer
-tá bom-concordo sem muita vontade e eu agradeço mentalmente por ter falado sobre isso com o Luan, tenho certeza que ele não vai deixar ela sem comer
Me despeço dela com um abraço apertado e sigo caminho até o estacionamento do hospital. Começo a orar e agradecer a Deus por ter o meu marido ainda aqui e quando finalmente acho o carro, saio dali. Meus filhos agora precisam um pouco de mim.
[...]
________________________
Oiii, tudo bem com vocês? Estou ótima!
Pessoas lindas que lêem essa fic, ela está em reta final (😭), faltam poucos capítulos pra terminar, demorou, mas finalmente estou encerrando mais um ciclo.
Mas para finalizar preciso saber uma coisa de vocês. Tenho dois finais pra fic, um final feliz e um final triste.
Qual dos dois vocês preferem? Me ajudem e respondam essa pergunta pra eu ter certeza que vou postar o final certo!
Obrigada meus amores ❤️
PS: Adivinhem quem não revisou o capítulo kkkkkk
-Oi-ele aperta minha mão-por favor, me diz que você dormiu e que não foi nessa poltrona desconfortável-ele diz olhando o lugar que eu estava sentada e eu dou risada
-essa poltrona não é desconfortável e não, eu não dormi. Você é muito gatinho, fiquei te olhando a noite toda-pisco pra ele
-sou sortudo demais, cê é doido-ele leva minha mão até sua boca e da um beijo no dorso-te preocupei né?
-um pouco-sorrio com lágrimas nos olhos-mas você sabe, eu já tô acostumada com você me dando preocupações-dou de ombros e ele dá uma risada gostosa
-tô bem-ele diz sorridente
-graças a Deus-uma lágrima escapa dos meus olhos e eu rapidamente limpo
-eu terminei o show pelo menos?-pergunta preocupado
-não, você desmaiou durante ele. Tive que gravar alguns stories de cara inchada pra tranquilizar seus fãs
-eu preciso ver isso-ele faz graça e eu dou risada sem ter escolha-ta cheia de olheiras
-tá tudo bem-dou de ombros-eu posso superar isso
Ficamos alguns minutos em silêncio. Ele olha todo o quarto, vê um arranjo de flor e da um sorriso. Em seguida ele me olha preocupado novamente.
-meus pais sabem que estou aqui?
-sabem, a Bruna foi falar com eles. Eles disseram que virão aqui hoje a tarde pra ver se você está bem mesmo
-estou-reafirma e eu apenas concordo-infartei de novo?-pergunta e eu concordo sem conseguir responder-foi grave?-concordo novamente-quase morri dessa vez?-novamente concordo e sinto um bolo em minha garganta-eu tô bem-volta a dizer
-para de falar isso-peço com vontade de chorar
-é que eu tô bem de verdade e quanto mais eu disser, mais você vai acreditar-faz carinho em minha mão
-você teve duas paradas cardíacas, quase perdemos você-minha voz quase não sai
-não perderam-ele dá um sorriso
A porta abre e nós dois viramos o rosto para olhar. O médico que o atendeu ontem passa por ela, ele sorri animado e isso me deixa mais tranquila.
-já acordou-ele se aproxima e o Luan estica a mão pra ele que prontamente segura
-já sim, dormi a noite toda, isso é demais pra mim-ele conversa normalmente
-você nos deu um susto ontem, mas agora vejo que já está bem melhor
-muito melhor-meu marido responde rápido
-iremos refazer todos os exames que fizemos ontem, pra ver se obtivemos melhoras significativas tá
-ok-ele concorda mesmo sem vontade
-você vai precisar ficar aqui durante uns dias, iremos acompanhá-lo e ver se o novo remédio está fazendo efeito
-quantos dias?-seu descontentamento, tá estampado em sua cara
-ainda não sabemos, isso vai depender da sua evolução
-tá bom-revira os olhos e me faz rir
O médico o examina, explica algumas coisas pra gente e nos deixa a par de toda a situação do Luan.
Eles tão sendo muito cuidadosos com o meu marido e não sei nem explicar o quanto isso é essencial pra gente.
Ajudo o Luan a tomar seu café da manhã e quando o meu chega como sob os olhares dele.
-eu só queria um banhozinho-faz um bico do tamanho do mundo
-depois você toma, a enfermeira vem mais tarde te liberar pro banho
-tá bom-ele boceja
-quer dormir mais? Pode dormir, eu não vou sair daqui
-nem pra ir ao banheiro? Vai fazer xixi e coco na roupa?-ele diz todo sapeca e eu dou risada negando
-só vou sair pra ir ao banheiro, prometo
-quero dormir não
-não quer, mas vai. Eu sei que vai-pisco pra ele
-virou vidente?
-virei-concordo
Nos falamos mais um pouco enquanto assistíamos um programa da Globo e do nada só escuto o barulho da TV, meu marido acaba de adormecer novamente.
Tiro uma fotinha dele dormindo e mando no grupo de nossas famílias e amigos. Dou notícias, aviso que meu marido já acordou, já tomou café e voltou a dormir. Minha sogra é a primeira a responder, ela está aliviada pelas notícias que acabei de dar.
Aproveito que já estou com o celular e aviso nas minhas redes que ele já está bem melhor.
Recebo vários telefonemas, mas nenhum que me faça atender. Com certeza são repórteres querendo falar sobre o meu marido e eu não estou nem um pouco afim de conversar com eles.
Fico ali assistindo TV e até tento tirar um cochilo, mas eu simplesmente não consigo.
As horas passam lentamente e já perto da hora do almoço, meu marido volta a acordar, dessa vez ele acorda bem agitado, parece não ter tido sonhos bons.
-ei-me levanto e me aproximo da cama-fica calmo, tá tudo bem. Você tá bem, eu tô aqui-tento tranquiliza-lo, mas ele continua naquela agitação
Me aproximo mais, seguro seu rosto entre minhas mãos e lhe dou um selinho. Automaticamente ele para de se mexer e fica quieto na cama. Me afasto e olho seu rosto, dessa vez sereno.
-tô aqui-falo baixo-se acalma-peço preocupada com ele
-acho que preciso de um beijo melhor pra me acalmar de verdade-ele diz e me faz rir
-esperto nada né?-volto a me aproximar de sua boca e lhe dou um beijo dessa vez mais demorado e mais gostoso
-bem que você disse que eu ia dormir-ele diz assim que encerro o beijo
-eu já sabia-dou de ombros-sua cara de cansado não me deixaram dúvidas
-agora acordei de verdade e só quero tomar um banho e almoçar
-a enfermeira já deve tá pra vim-explico e ele fica me olhando
-vai pra casa-pede preocupado
-depois do almoço a Laura vem ficar contigo por algumas horinhas e eu vou lá em casa tomar um banho e ver nossas crianças
-eu não preciso de babá-ele revira os olhos
-precisa sim, mas não vou discutir contigo. Vai ser assim e pronto e acabou-encerro a conversa e ele me olha debochado
-se você disse, tá falado-ele tomba a cabeça de lado
Espero até a enfermeira aparecer e ela o libera pro banho. Sigo até o banheiro do quarto e encontro um kit de banho ali. Ainda bem, pois como eu não fui em casa, Luan ainda não tem nada dele aqui.
Ajudo o meu marido a se desconectar de tudo e seguimos pro banheiro. O ajudo a ficar nu e em seguida o ajudo no banho.
Apesar de precisar da minha ajuda pra ficar firme no chão, o Luan é o meu Luan e tudo parece igual era antes, ele me parece bem.
-eu já te disse hoje que tô bem?-ele pergunta ao me ver pensativa
-disse sim, várias vezes-concordo voltando a me concentrar
-acredita em mim-ele pede e me faz olha-lo
-acreditarei de verdade quando você sair daqui-pisco pra ele que apenas concorda com a cabeça
Depois de vestido, voltamos ao quarto e o almoço do Luan já está ali. Pra infelicidade dele, é sopa.
-não quero-ele começa com drama
-tem que comer, até chegar o café da tarde, você vai morrer de fome e ai eu vou perceber que você não está bem de verdade
-tá bom-ele fica frustrado, mas concorda com o que eu digo
Fico olhando ele comer e não sinto a menor vontade. Converso com a minha filha que avisa que logo mais chegará e volto a olhar o meu marido.
-quando você sair daqui você vai ter uma surpresa tão grande-conto e vejo ele arregalar os olhos
-tá grávida?-pergunta e eu nego rindo
-meu amor, não fala bobagem-nego com a cabeça
-o que é?-ele se concentra em mim e para de comer
-você vai descobrir logo mais
-quero saber agora-faz um bico
-quer, mas só vai saber quando sair daqui
-af Marina-ele parece irritado e isso me faz rir
-você não vai se arrepender de esperar-dou de ombros
-Espero. Isso é o mínimo!
-come-peço e ele volta a comer
Depois de comer, Luan fica sentado na cama com o controle da TV na mão e começa a zapiar os canais, ao não encontrar nada ali, ele tenta abrir a Netflix e a televisão conecta ao aplicativo.
-pelo menos isso-ele se anima e eu gosto de ver o seu sorriso no rosto
Ele coloca um filme de terror pra rodar e assiste como se aquilo fosse um filme de comédia.
Quase no meio do filme, a porta abre e minha filha mais velha passa por ela. Ao ver o pai todo descontraído, seus olhos enchem de lágrimas e ela dá um sorrisinho contente por vê-lo bem.
-oi-Luan diz ao perceber a presença dela
-oi seu chato-ela se aproxima dele e eles trocam um abraço carinhoso
-eu tô bem viu-ele diz pra ela que chora ainda mais
Fico olhando os dois ali juntinhos, curtindo aquele momento e quando a Laura se afasta, ela o encara.
-eu trouxe batalha naval pra gente jogar-ela abre a bolsa e tira o jogo dali
-eu disse que eu te amo?-ele pergunta e ela nega rindo da carinha dele-eu te amo minha princesa-ele se declara e ela olha pra ele toda encantada
Assim que minha filha me nota ali, ela se aproxima e me dá um abraço apertado. Beijo sua bochecha e me afasto.
-a conversa tá boa, o clima tá ótimo, mas agora eu vou indo-me levanto-vou em casa tomar um banho, ver como as crianças estão e depois eu volto tá?-me aproximo da cama
-eu já disse que não precisa disso. Laura fica um pouco e depois ela vai também, eu posso ficar sozinho-dá de ombros
-sim, você pode ficar sozinho, mas eu não quero que fique-lhe dou um beijo um tanto rápido-volto mais tarde-sussurro com a boca ainda colada na sua-quando o café da tarde vim, pede pra Laura também, não deixa ela ficar sem comer tá? Por favor, mesmo que ela negue, faça ela comer-peço preocupada com a minha filha e esse bebê que ela carrega no ventre
-deixa comigo-ele sussurra de volta-eu tô quebrado, mas ainda sou o pai dessa família-ele morde meu lábio inferior e em seguida solta me fazendo afastar
-vamos ali fora comigo-chamo a Laura e o Luan fica atento a nossa movimentação-é rapidinho, ela já vem-dou de ombros olhando o meu marido-te amo tá?-jogo beijo pra ele que retribui
-amo muito você-ele se declara
Saio do quarto com a minha filha e nos sentamos nos bancos que tem corredor.
-tá tudo bem com ele. Ele tomou café, almoçou e já tomou banho. Se ele reclamar de banho de novo, fala pra ele esperar eu voltar.-explico e ela concorda-ele tá bem, mas não 100%, então peço pra que não conte a ele sobre a gravidez ainda. Tenho medo de como ele vai reagir, então é melhor esperar passar esses dias que ele vai ficar aqui e assim que chegarmos em casa, a gente conta, tá bom?
-eu concordo, inclusive ia te perguntar se você tinha contato, pois não quero contar ainda-ela me tranquiliza
-quer bom-sorrio
-meus irmãos quase não dormiram durante a noite e quase não comeram hoje. Tenta fazer eles se alimentarem melhor e descansarem-ela avisa deixando meu coração apertado-o dindo ainda tá lá em casa, junto com o tio Ro. Vê se descansa um pouco, tenho certeza que você não dormiu-ela passa o dedo embaixo dos meus olhos, pra ser mais clara, nas minhas olheiras-descansa, come bem, fica bem, fica um pouco com as "crianças"-faz aspas com os dedos na última palavra-pode deixar que eu cuido do papai
-eu confio em você-sou sincera e ela sorri
-essa é a chave do meu carro-ela me entrega a chave-vai com ele e quando voltar, voltar com ele pra eu ir embora
-tá bom-concordo
-dirige com cuidado tá e assim que chegar me avisa que chegou
-pode deixar-concordo-come tá? Se não quiser algo que eles trouxerem, vai lá na cantina e compra alguma coisa, mas não fica sem comer
-tá bom-concordo sem muita vontade e eu agradeço mentalmente por ter falado sobre isso com o Luan, tenho certeza que ele não vai deixar ela sem comer
Me despeço dela com um abraço apertado e sigo caminho até o estacionamento do hospital. Começo a orar e agradecer a Deus por ter o meu marido ainda aqui e quando finalmente acho o carro, saio dali. Meus filhos agora precisam um pouco de mim.
[...]
________________________
Oiii, tudo bem com vocês? Estou ótima!
Pessoas lindas que lêem essa fic, ela está em reta final (😭), faltam poucos capítulos pra terminar, demorou, mas finalmente estou encerrando mais um ciclo.
Mas para finalizar preciso saber uma coisa de vocês. Tenho dois finais pra fic, um final feliz e um final triste.
Qual dos dois vocês preferem? Me ajudem e respondam essa pergunta pra eu ter certeza que vou postar o final certo!
Obrigada meus amores ❤️
PS: Adivinhem quem não revisou o capítulo kkkkkk
quinta-feira, 7 de novembro de 2019
Capítulo 379 - Preocupação
Marina
-como ele tá?-pergunto de uma vez e sinto minha mão ser apertada
Minha mente só consegue implorar para que a resposta dele não seja: "Fizemos todo o possível".
-bem na medida do possível. Luan sofreu um infarto e teve duas paradas cardíacas enquanto vinha pra cá, ele vai pro quarto daqui a pouco e vai precisar ficar aqui uns dias de observação. Iremos trocar a medicação dele e esperamos que tenha uma melhora significante, pois a cada complicação que ele tem, o coração dele vai ficando mais fraco
-o que pode acontecer se essas complicações continuarem?-Laura pergunta por mim
-o caso dele já é grave e se as complicações continuarem irão agravar ainda mais o caso dele, sendo assim Luan precisará entrar para a lista de transplante de coração-ele é sincero e me assusta
Vejo a Laura apertar os olhos e em seguida respirar fundo.
-fica calma-abraço minha filha-você tem um bebê agora e eu sei que o seu pai não iria gostar de te ver alterada assim, então calma por favor-acaricio sua barriga e ela parece lembrar que precisa ficar firme por esse bebê-quando ele for pro quarto, nos avisa-peço ao médico que concorda
-claro, a enfermeira vem avisar vocês assim que ele subir
-obrigada doutor, por tudo que fez por ele
-é a minha obrigação-ele sorri-estou em contato com o médico do Luan e juntos estamos fazendo o melhor pra ele
-obrigada mesmo-me aproximo dele e lhe dou um abraço rápido, Laura faz o mesmo
Recebo uma mensagem do Rober querendo notícias e falo apenas que ele passou por um procedimento cirúrgico e que já está bem.
-vai lá atrás dos seus irmãos, quando o seu pai for pro quarto, vocês entram um pouquinho e depois vão pra casa
-mãe, eu quero ficar-ela choraminga
-eu já disse, eu preciso de você lá em casa filha, por favor-imploro-vou falar com o tio Mario, ele vai lá pra casa ficar com vocês, mas eu preciso da sua ajuda
-tá bom-ela me tranquiliza-mas amanhã a tarde eu venho ficar com ele e você vai pra casa tomar um banho e descansar um pouco
-não precisa-nego imediatamente
-então eu não vou pra casa-dá de ombros
-tá bom turrona-concordo sem ter muita opção
-te amo mãe-ela beija minha bochecha-vou lá e já volto-ela se levanta e sai
Quando percebo que estou realmente sozinha, me permito chorar. Meu medo de ficar sem o Luan é gigantesco, isso não pode ser uma opção.
Meu celular começa a tocar e vejo que é o Mario, atendo rapidamente e tento parar de chorar, mas é quase impossível.
Mario começa a dizer coisas boas e aos poucos consegue me acalmar.
-me explica o que aconteceu-ele diz ao perceber que agora consigo falar
Conto a ele tudo o que o médico me disse e toda a situação. Assim que terminar de lhe contar, ele solta um longo suspiro.
-o médico já disse que ele está bem, que vai mudar os remédios e vai observar, eu creio que ele vai ficar bem e que tudo isso será mais uma história pra ele contar sem parar-ele me tranquiliza-ele está bem agora, vamos deixar pra nos preocupar com tudo isso, caso algo aconteça, por enquanto vamos só agradecer que ele está bem e continua aqui com a gente tá?-solto um sorriso ao perceber que depois do Luan, Mario é a única pessoa que pode me acalmar
-obrigada por ser assim-resmungo-farei isso, vou deixar pra me preocupar de algo acontecer. Por enquanto vou fazer o máximo pra ele ficar bem
-é isso aí, é dessa Marina que o Luan precisa agora
-ele precisa de mim e eu preciso de você. Só a Laura sabe a verdadeira situação do Luan, meus outros filhos não sabem. Eu pedi pra ela cuidar dos pequenos e ela vai fazer, mas a Laura tá grávida e não pode se esforçar tanto
-LAURA TÁ GRÁVIDA?-ele grita no meu ouvido e eu começo a rir sem parar
-tá-confirmo ainda entre risos-eu acabei de saber também e pelo que percebi ela também acabou de saber e parece que a ficha ainda não caiu
-Meu Deus, a Laura tá grávida-ele me parece indignado e me faz rir ainda mais
-eu preciso que você vá lá pra casa ajudar ela a cuidar das crianças
-a Laura tá grávida Marina-ele repete
-tá-confirmo novamente pra ver se a ficha dele cai
-VOCÊ VAI SER VÔ CARALHO-ele grita novamente e eu volto a rir
-vou-falo um pouco mais alto e escuto ele comemorar do outro lado da linha enquanto diz diversas vezes que a Laura está grávida e que serei avó
Espero seu mini surto passar e quando ele finalmente para, eu volto a conversar sério.
-você escutou as outras coisas que eu disse?-pergunto pra ter certeza
-claro que sim, fica tranquila, eu tava me arrumando pra ir até aí, mas se prefere que eu vá pra sua casa, eu vou
-você é um anjo
-sou nada-ele diz sapeca e dou uma gargalhada alta, já que sei que sua resposta veio com malícia
Quando levanto minha cabeça, vejo uma enfermeira me olhando estranho, provavelmente por esperar que eu estivesse chorando.
-oi-interrompo minha conversa com o Mario e falo com ela
-o seu marido já subiu pro quarto, eu vim avisar
-estou esperando meus filhos e já vou
-ok-ela responde ainda com aquela cara estranha e sai rapidamente
-o que foi?-Mario pergunta
-uma enfermeira veio avisar que o Luan está no quarto, ela tava me olhando estranho, acho que por eu estar dando risada enquanto meu marido está mal, porém é impossível não rir contigo
-a gente sabe o quanto você está mal e isso é tudo o que importa-ele me tranquiliza-vai lá ver seu boy, vou fazer uma pequena mala e já vou pra sua casa esperar as crianças que não são mais crianças
-obrigada por estar sempre aqui por mim quando preciso. Eu amo você
-e eu amo você, quando prometi que poderia contar comigo pra tudo, era sério
-obrigada mesmo-solto um suspiro e vejo meus filhos se aproximarem junto com Rober e Well-preciso desligar agora tá, qualquer coisa me manda mensagem ou me liga
-farei isso, não se preocupa. Fica com Deus
-você também-respondo e encerro a ligação
Minhas filhas parecem estar mais calmas, Matheus é o mais agitado, ele quando fica nervoso ou com medo, estala os dedos sem parar.
-o pai de vocês tá no quarto já-começo uma conversa com eles-a gente vai subir, cada um vai entrar rapidamente só pra dar um beijo no pai de vocês e em seguida vocês vão pra casa-vejo o Matheus abrir a boca pra retrucar, mas o impeço-o pai de vocês vai ter que ficar aqui por uns dias, em observação, então não adianta nada vocês quererem ficar-explico-eu vou ficar aqui com ele, sempre que der vou um pouquinho em casa, mas preciso da colaboração de vocês-eles me olham atentos-Laura vai ficar responsável por vocês junto com o tio Mario, vocês precisam me prometer que vão obedece-la e não vão causar transtornos a ela.-peço preocupada com a Laura e o bebê
-eu prometo-Manu é a primeira a responder
-eu também-Mariana também concorda
Matheus é o único que fica em silêncio.
-e você Matheus?-pergunto e ele me olha um tanto revoltado
-eu quero ficar aqui
-mas não vai-encerro aquele assunto-promete pra mamãe que você vai se comportar-imploro e ele ao ver que não tem jeito concorda com a cabeça
-tá bom, eu prometo
Dou um sorriso pra eles e ganho um abraço coletivo.
-vamos-digo assim que o nosso momento se encerra
Saímos da sala e seguimos até o elevador. Subimos todos pro andar dos quartos e ao chegar lá, pergunto a uma das recepcionistas qual o quarto do meu marido.
Seguimos juntos até lá e nos dividimos em dois. Laura e a Manu foram as primeiras a irem, depois de cinco minutos, Laura sai chorando amparada pela Manu, que parece saber que a Laura não pode se estressar.
Minha filha senta ao meu lado e eu abraço ela, a tranquilizando e dizendo que tudo ficará bem, mesmo não sabendo se essa será a realidade.
Aos poucos ela se acalma. Espero o Matheus e a Mariana saírem e os dois também sentam perto de mim.
Rober e o Well são os últimos a entrarem e assim que saem, tentam manter a pose e não chorar na frente dos meus filhos.
-vocês levam eles?-pergunto pro Rober que concorda com a cabeça-deixem a Nayara e o Willian na casa deles-peço ao Rober
-deixa a Nayara dormir em casa?-Matheus pede e eu simplesmente não consigo negar nada pra eles nesse momento
-ela tem que pedir pros pais dela, se eles autorizarem tudo bem, mas por favor Matheus, respeito com a menina
-eu só quero carinho mãe, não consigo nem pensar nessas coisas agora-ele diz todo desanimado
-tudo bem-me levanto e beijo sua bochecha
-e o Willian?-Mariana me olha
-se ele quiser dormir em casa e os pais dele deixarem, tudo bem, mas por favor Mariana, respeito. A Laura vai colocar vocês pra dormirem separados se começarem com gracinha-aviso
-eu também não tenho cabeça pra isso-ela deita a cabeça em meu ombro
-que bom, conto com vocês
-pode contar-Matheus afasta a Mariana de mim e me abraça
Depois de me despedir de todo mundo, vejo eles saírem todos desanimados. Espero até que eles sumam das minhas vistas e entro no quarto.
Luan dorme tranquilamente e isso machuca o meu coração. Ele nunca gostou muito de dormir e quando ele o fazia, era sempre de manhã. Vê-lo nessa cama é como uma tortura pra mim.
Tiro o meu salto do pé, prendo meu cabelo em um coque todo estranho e puxo a poltrona pra perto da cama.
Mesmo não querendo, pego o meu celular e começo a ler o que saiu sobre o Luan. Em alguns lugares, já anunciaram até a sua morte.
Eu não sei o que falar, como falar, mas eu sei que em todo o Brasil há corações sofrendo e preciso dar notícias.
Olho meu marido naquela situação por alguns minutos e crio força e coragem.
Abro o meu Instagram, respiro fundo e começo a gravar vídeos contando resumidamente o que o meu marido teve e que ele está bem.
Rapidamente os stories que postei, repercutem na internet e vejo as fãs dele começarem a se acalmar.
-tá tudo bem e vai continuar assim-pego na mão do Luan e fico segurando
Durante a madruga, eu não consegui pregar o olho uma vez sequer. Eu tinha medo de dormir e quando acordar, não encontrar o meu marido bem.
Luan recebeu visitas dos médicos e enfermeiros durante toda a madruga e isso me acalmou, pois eu vi com meus próprios olhos, que ele está sendo bem cuidado.
Já pela manhã, uma moça traz o café do Luan e pergunta se vou querer que ela traga ou se vou na cantina. Peço o meu café e ela concorda.
-já trago tá?-ela diz simpática e sai
Ao virar o meu rosto de volta pro meu marido, o encontro acordado e com um sorriso no rosto.
-graças a Deus-sussurro me levantando da poltrona
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Oii flores mais lindas do mundo ❤️🌹
-como ele tá?-pergunto de uma vez e sinto minha mão ser apertada
Minha mente só consegue implorar para que a resposta dele não seja: "Fizemos todo o possível".
-bem na medida do possível. Luan sofreu um infarto e teve duas paradas cardíacas enquanto vinha pra cá, ele vai pro quarto daqui a pouco e vai precisar ficar aqui uns dias de observação. Iremos trocar a medicação dele e esperamos que tenha uma melhora significante, pois a cada complicação que ele tem, o coração dele vai ficando mais fraco
-o que pode acontecer se essas complicações continuarem?-Laura pergunta por mim
-o caso dele já é grave e se as complicações continuarem irão agravar ainda mais o caso dele, sendo assim Luan precisará entrar para a lista de transplante de coração-ele é sincero e me assusta
Vejo a Laura apertar os olhos e em seguida respirar fundo.
-fica calma-abraço minha filha-você tem um bebê agora e eu sei que o seu pai não iria gostar de te ver alterada assim, então calma por favor-acaricio sua barriga e ela parece lembrar que precisa ficar firme por esse bebê-quando ele for pro quarto, nos avisa-peço ao médico que concorda
-claro, a enfermeira vem avisar vocês assim que ele subir
-obrigada doutor, por tudo que fez por ele
-é a minha obrigação-ele sorri-estou em contato com o médico do Luan e juntos estamos fazendo o melhor pra ele
-obrigada mesmo-me aproximo dele e lhe dou um abraço rápido, Laura faz o mesmo
Recebo uma mensagem do Rober querendo notícias e falo apenas que ele passou por um procedimento cirúrgico e que já está bem.
-vai lá atrás dos seus irmãos, quando o seu pai for pro quarto, vocês entram um pouquinho e depois vão pra casa
-mãe, eu quero ficar-ela choraminga
-eu já disse, eu preciso de você lá em casa filha, por favor-imploro-vou falar com o tio Mario, ele vai lá pra casa ficar com vocês, mas eu preciso da sua ajuda
-tá bom-ela me tranquiliza-mas amanhã a tarde eu venho ficar com ele e você vai pra casa tomar um banho e descansar um pouco
-não precisa-nego imediatamente
-então eu não vou pra casa-dá de ombros
-tá bom turrona-concordo sem ter muita opção
-te amo mãe-ela beija minha bochecha-vou lá e já volto-ela se levanta e sai
Quando percebo que estou realmente sozinha, me permito chorar. Meu medo de ficar sem o Luan é gigantesco, isso não pode ser uma opção.
Meu celular começa a tocar e vejo que é o Mario, atendo rapidamente e tento parar de chorar, mas é quase impossível.
Mario começa a dizer coisas boas e aos poucos consegue me acalmar.
-me explica o que aconteceu-ele diz ao perceber que agora consigo falar
Conto a ele tudo o que o médico me disse e toda a situação. Assim que terminar de lhe contar, ele solta um longo suspiro.
-o médico já disse que ele está bem, que vai mudar os remédios e vai observar, eu creio que ele vai ficar bem e que tudo isso será mais uma história pra ele contar sem parar-ele me tranquiliza-ele está bem agora, vamos deixar pra nos preocupar com tudo isso, caso algo aconteça, por enquanto vamos só agradecer que ele está bem e continua aqui com a gente tá?-solto um sorriso ao perceber que depois do Luan, Mario é a única pessoa que pode me acalmar
-obrigada por ser assim-resmungo-farei isso, vou deixar pra me preocupar de algo acontecer. Por enquanto vou fazer o máximo pra ele ficar bem
-é isso aí, é dessa Marina que o Luan precisa agora
-ele precisa de mim e eu preciso de você. Só a Laura sabe a verdadeira situação do Luan, meus outros filhos não sabem. Eu pedi pra ela cuidar dos pequenos e ela vai fazer, mas a Laura tá grávida e não pode se esforçar tanto
-LAURA TÁ GRÁVIDA?-ele grita no meu ouvido e eu começo a rir sem parar
-tá-confirmo ainda entre risos-eu acabei de saber também e pelo que percebi ela também acabou de saber e parece que a ficha ainda não caiu
-Meu Deus, a Laura tá grávida-ele me parece indignado e me faz rir ainda mais
-eu preciso que você vá lá pra casa ajudar ela a cuidar das crianças
-a Laura tá grávida Marina-ele repete
-tá-confirmo novamente pra ver se a ficha dele cai
-VOCÊ VAI SER VÔ CARALHO-ele grita novamente e eu volto a rir
-vou-falo um pouco mais alto e escuto ele comemorar do outro lado da linha enquanto diz diversas vezes que a Laura está grávida e que serei avó
Espero seu mini surto passar e quando ele finalmente para, eu volto a conversar sério.
-você escutou as outras coisas que eu disse?-pergunto pra ter certeza
-claro que sim, fica tranquila, eu tava me arrumando pra ir até aí, mas se prefere que eu vá pra sua casa, eu vou
-você é um anjo
-sou nada-ele diz sapeca e dou uma gargalhada alta, já que sei que sua resposta veio com malícia
Quando levanto minha cabeça, vejo uma enfermeira me olhando estranho, provavelmente por esperar que eu estivesse chorando.
-oi-interrompo minha conversa com o Mario e falo com ela
-o seu marido já subiu pro quarto, eu vim avisar
-estou esperando meus filhos e já vou
-ok-ela responde ainda com aquela cara estranha e sai rapidamente
-o que foi?-Mario pergunta
-uma enfermeira veio avisar que o Luan está no quarto, ela tava me olhando estranho, acho que por eu estar dando risada enquanto meu marido está mal, porém é impossível não rir contigo
-a gente sabe o quanto você está mal e isso é tudo o que importa-ele me tranquiliza-vai lá ver seu boy, vou fazer uma pequena mala e já vou pra sua casa esperar as crianças que não são mais crianças
-obrigada por estar sempre aqui por mim quando preciso. Eu amo você
-e eu amo você, quando prometi que poderia contar comigo pra tudo, era sério
-obrigada mesmo-solto um suspiro e vejo meus filhos se aproximarem junto com Rober e Well-preciso desligar agora tá, qualquer coisa me manda mensagem ou me liga
-farei isso, não se preocupa. Fica com Deus
-você também-respondo e encerro a ligação
Minhas filhas parecem estar mais calmas, Matheus é o mais agitado, ele quando fica nervoso ou com medo, estala os dedos sem parar.
-o pai de vocês tá no quarto já-começo uma conversa com eles-a gente vai subir, cada um vai entrar rapidamente só pra dar um beijo no pai de vocês e em seguida vocês vão pra casa-vejo o Matheus abrir a boca pra retrucar, mas o impeço-o pai de vocês vai ter que ficar aqui por uns dias, em observação, então não adianta nada vocês quererem ficar-explico-eu vou ficar aqui com ele, sempre que der vou um pouquinho em casa, mas preciso da colaboração de vocês-eles me olham atentos-Laura vai ficar responsável por vocês junto com o tio Mario, vocês precisam me prometer que vão obedece-la e não vão causar transtornos a ela.-peço preocupada com a Laura e o bebê
-eu prometo-Manu é a primeira a responder
-eu também-Mariana também concorda
Matheus é o único que fica em silêncio.
-e você Matheus?-pergunto e ele me olha um tanto revoltado
-eu quero ficar aqui
-mas não vai-encerro aquele assunto-promete pra mamãe que você vai se comportar-imploro e ele ao ver que não tem jeito concorda com a cabeça
-tá bom, eu prometo
Dou um sorriso pra eles e ganho um abraço coletivo.
-vamos-digo assim que o nosso momento se encerra
Saímos da sala e seguimos até o elevador. Subimos todos pro andar dos quartos e ao chegar lá, pergunto a uma das recepcionistas qual o quarto do meu marido.
Seguimos juntos até lá e nos dividimos em dois. Laura e a Manu foram as primeiras a irem, depois de cinco minutos, Laura sai chorando amparada pela Manu, que parece saber que a Laura não pode se estressar.
Minha filha senta ao meu lado e eu abraço ela, a tranquilizando e dizendo que tudo ficará bem, mesmo não sabendo se essa será a realidade.
Aos poucos ela se acalma. Espero o Matheus e a Mariana saírem e os dois também sentam perto de mim.
Rober e o Well são os últimos a entrarem e assim que saem, tentam manter a pose e não chorar na frente dos meus filhos.
-vocês levam eles?-pergunto pro Rober que concorda com a cabeça-deixem a Nayara e o Willian na casa deles-peço ao Rober
-deixa a Nayara dormir em casa?-Matheus pede e eu simplesmente não consigo negar nada pra eles nesse momento
-ela tem que pedir pros pais dela, se eles autorizarem tudo bem, mas por favor Matheus, respeito com a menina
-eu só quero carinho mãe, não consigo nem pensar nessas coisas agora-ele diz todo desanimado
-tudo bem-me levanto e beijo sua bochecha
-e o Willian?-Mariana me olha
-se ele quiser dormir em casa e os pais dele deixarem, tudo bem, mas por favor Mariana, respeito. A Laura vai colocar vocês pra dormirem separados se começarem com gracinha-aviso
-eu também não tenho cabeça pra isso-ela deita a cabeça em meu ombro
-que bom, conto com vocês
-pode contar-Matheus afasta a Mariana de mim e me abraça
Depois de me despedir de todo mundo, vejo eles saírem todos desanimados. Espero até que eles sumam das minhas vistas e entro no quarto.
Luan dorme tranquilamente e isso machuca o meu coração. Ele nunca gostou muito de dormir e quando ele o fazia, era sempre de manhã. Vê-lo nessa cama é como uma tortura pra mim.
Tiro o meu salto do pé, prendo meu cabelo em um coque todo estranho e puxo a poltrona pra perto da cama.
Mesmo não querendo, pego o meu celular e começo a ler o que saiu sobre o Luan. Em alguns lugares, já anunciaram até a sua morte.
Eu não sei o que falar, como falar, mas eu sei que em todo o Brasil há corações sofrendo e preciso dar notícias.
Olho meu marido naquela situação por alguns minutos e crio força e coragem.
Abro o meu Instagram, respiro fundo e começo a gravar vídeos contando resumidamente o que o meu marido teve e que ele está bem.
Rapidamente os stories que postei, repercutem na internet e vejo as fãs dele começarem a se acalmar.
-tá tudo bem e vai continuar assim-pego na mão do Luan e fico segurando
Durante a madruga, eu não consegui pregar o olho uma vez sequer. Eu tinha medo de dormir e quando acordar, não encontrar o meu marido bem.
Luan recebeu visitas dos médicos e enfermeiros durante toda a madruga e isso me acalmou, pois eu vi com meus próprios olhos, que ele está sendo bem cuidado.
Já pela manhã, uma moça traz o café do Luan e pergunta se vou querer que ela traga ou se vou na cantina. Peço o meu café e ela concorda.
-já trago tá?-ela diz simpática e sai
Ao virar o meu rosto de volta pro meu marido, o encontro acordado e com um sorriso no rosto.
-graças a Deus-sussurro me levantando da poltrona
_______________________
Oii flores mais lindas do mundo ❤️🌹
domingo, 3 de novembro de 2019
Capítulo 378 - Presente inesperado
Marina
Fico desesperada ao ver o Luan caído no chão. O público dele também se desespera e isso me deixa ainda mais aflita.
Peço pra um menino da produção fechar as cortinas do palco e assim ele faz. Corro pro palco sem nem pensar e me aproximo do Luan que está desmaiado.
-já chamaram um médico, um enfermeiro, alguma coisa?-pergunto pra aquele monte de gente em volta do meu marido
-já chamei-escuto alguém dizer, mas nem me preocupo em saber quem
-eu sabia que ele não tava bem, eu sabia-me controlo pra não chorar-teimoso, eu chamei pra ir pra casa e esse teimoso não quis
-fica tranquila-Well faz carinho no meu braço tentando me acalmar
Um médico e uma enfermeira aparecem junto com um pessoal com uma maca. Peço pra todo mundo se afastar e faço o mesmo.
O médico começa todo um atendimento e eu fico ainda mais aflita.
-precisamos levá-lo pro hospital-o escuto dizer e em seguida a enfermeira começa uma massagem cardíaca
-vamos-concordo imediatamente
Meu celular começa a tocar sem parar e quando o pego na mão vejo que é a Laura.
Atendo rapidamente e escuto sua voz chorosa.
-o que aconteceu com o meu pai? Como ele está?
-não sei, vamos levá-lo pro hospital. Vai pro Albert Einstein, pede pro Arthur levar você e a Manu, pede pro Matheus e a Mariana virem aqui no camarim agora
-tá bom-ela quase não consegue responder
Desligo sem esperar outra resposta e sigo o Luan que é levado em uma maca.
-corre na frente e pega os documentos dele sussurro pro Testa e ele sai correndo na frente
Ao chegar no carro do resgate, eles acomodam o Luan, ligam alguns aparelhos nele e me olham.
-quer que o levamos pra algum lugar específico
-Albert Einstein
-ok-a enfermeira responde e pensa em fechar a porta
-eu vou junto com ele-respondo rápido
-nos encontre lá senhora-o médico diz
-eu vou junto-reafirmo
-senhora..-ele tenta negar
-eu vou junto e pronto e acabou-falo mais alto do que deveria
Rober chega na ambulância e ao me ver alterada tenta entender o que está acontecendo e me segura.
-eu quero ir, eles não querem deixar-explico e o médico ao olhar pro Luan faz uma cara que eu não gosto-o que tá acontecendo?-pergunto desesperada e ele não responde-ME DIZ-grito com ele e o vejo pegar um aparelho de ressuscitar-não Rober, não-tento me soltar, mas a porta de trás da ambulância se fecha e eles saem dali numa velocidade muito alta-me diz que ele não tá morrendo, por favor me diz-encaro o Rober e não consigo mais conter as minhas lágrimas
-ele vai ficar bem-Rober me abraça apertado
-cadê o papai?-Matheus para ao meu lado e eu tento parar de chorar
-foi pro hospital-falo em um sussurro e sinto ele me abraçar
-a van está nos esperando-Well se aproxima da gente e vejo que uma multidão se forma ali na saída
-minha bolsa, a carteira do Luan-falo já que precisarei dos documentos dele
-tá aqui-Rober me entrega, eu nem havia percebido que ele estava com a minha bolsa
-vamos-encaro o Well
Mariana se aproxima com o namorado e me abraça chorando desesperada, seguimos os três abraçados pra van e nos sentamos próximos.
-isso não é normal-falo sozinha sentindo meu corpo arrepiar, mas não de uma forma boa
Matheus fica me olhando com os olhos cheios de lágrimas, mas ele se mantém firme.
-olha pra mim Mariana-chamo a atenção da minha filha que só sabe chorar amparada ao Willian seu namorado e assim ela faz-eu não sei o que tá acontecendo, mas sempre que pedimos algo a Deus, ele sempre nos atende, então precisamos ter fé.-pontuo-vamos rezar por ele, ele vai ficar bem-peço segurando na mão dos meus filhos
-Luan é forte-Rober diz e eu concordo-ele tá mal agora, mas ele precisa de vocês, precisa que vocês estejam firmes, precisa que vocês orem por ele, vamos fazer isso?-ele incentiva e todo mundo da van concorda
Começamos a rezar, a orar, a pedir pela vida do meu marido. Eu acredito que o Médico dos médicos está cuidando dele.
Assim que chegamos no hospital, entro e encontro a Laura, a Manu, o Arthur, e o Gabriel.
-alguma notícia?-pergunto preocupada
-não, meu pai chegou e já correram com ele lá pra dentro-Laura diz, mas parece esconder algo
-que foi?-me preocupo ainda mais
-trouxe a carteira do meu pai?-ela funga e eu concordo-vamos lá fazer o registro dele-ela segura em meu braço e me puxa pra recepção, assim ficamos sozinhas
-agora fala, o que aconteceu?
-chegamos primeiro que eles e quando eles chegaram, escutei a enfermeira dizer que ele tava infartando e teve duas paradas cardíacas no caminho, é muito grave mãe-ela engasga e sinto meu mundo desabar
-ele morreu?-questiono quase sem voz
-não sei-ela responde sem vontade e começa a chorar
Sinto o meu mundo rodar, minha vista escurece de uma vez e meu corpo pesa.
-me segura que eu vou cair-falo baixo e é coisa de segundos até que eu apago totalmente
Me sinto fora do meu corpo por um tempo e a minha vontade de voltar é mínima, mas sei que meus filhos precisam de mim e do meu apoio.
Sinto meu mundo parar de girar e tento abrir os olhos, assim que consigo, vejo um teto embaçado.
-mãe-a voz da Laura me faz piscar diversas vezes até que consigo enxergar direito
-eu tô bem-sussurro pra ela
-você apagou por quase uma hora-a voz dela vai ficando mais alta
-mas eu tô bem agora-tento me sentar e ela me ajuda-cadê o seu pai?-pergunto não querendo saber a resposta
-ele tá bem na medida do possível-ela me tranquiliza-ele passou por exames e viram que as paradas ocorreram por causa de um Infarto agudo do miocárdio, ele vai passar por um processo cirúrgico novamente
-mas o que aconteceu?
-formou um coágulo de sangue no stent que ele tem, foi o que o médico disse
-ele vai ficar bem-afirmo tentando tranquilizar minha filha que tem os olhos vermelhos
-se Deus quiser-ela da um sorriso falso
-a gente precisa avisar seus avós e a Bruna
-já avisei tua Bru, ela ia lá na casa da vó contar pra eles, meu vô não passou muito bem hoje e ela preferiu ir pessoalmente
-eles são conservados, mas já são idosos, qualquer cuidado é pouco-respiro fundo tentando manter a calma-cadê seus irmãos?
-foram pra cantina, eu fiquei pra falar com você quando você acordasse
-obrigada-aperto sua mão-quando o médico der notícias, vou precisar que você tome o controle da situação. Você vai pra casa com seus irmãos e vai ter que tranquiliza-los
-mãe-ela resmunga querendo chorar
-você é a mais forte deles-puxo ela pra sentar na cama-eu tenho que ficar aqui com seu pai, vou pra casa quando der, mas eu não vou estar lá como eu gostaria e você precisa assumir o controle. Eu sei que você consegue
-eu não consigo-ela chora
-eu sei que consegue-abraço ela
-eu não posso perder vocês-ela finalmente coloca sua dor pra fora
-eu tô bem-tranquilizo ela-e vou fazer de tudo pro seu pai ficar também
-ele tem que ficar bem, ele tem que conhecer o rosto do meu bebê, ele não pode ir assim-ela chora ainda mais
-como?-pergunto pra ter certeza do que escutei
-eu tô grávida-seu choro fica ainda mais intenso e eu fico surpresa
-isso é sério?-meu olhos estatalados mostram o quanto eu não esperava aquela notícia
-sim-ela choraminga
-eu vou ser vó?-a ficha começa a cair
-sim-ela confirma ficando mais calma
-jura?
-sim mãe-ela responde sem paciência e eu dou um sorriso
-meu Deus-abraço ela bem apertado e dessa vez choro de felicidade-eu vou ser vó, caramba-digo animada
Encerro o abraço e desço da cama, fico de frente com a minha filha e olho sua barriga chapada que nem aparece sinais da gravidez.
-obrigada por esse presente inesperado, meu amor-beijo sua barriga e escuto ela voltar a chorar-não chora-me afasto e acaricio sua barriga com uma mão e faço carinho em seu rosto com a outra-eu prometo que seu pai vai conhecer esse pedacinho de amor
-você não pode prometer isso-ela faz um bico fofo
-eu prometo-repito e vejo ela se tranquilizar
Conversamos um pouco sobre como ela descobriu e só encerramos o assunto, quando uma enfermeira aparece pra medir minha pressão.
Sou liberada e ficamos nós duas em uma sala de espera. Depois de longos minutos, o médico aparece e eu simplesmente não sei decifrar a sua expressão.
______________________
OIIIIIIIII
SENTIRAM MINHA FALTA? APOSTO QUE SIM!
VOLTEEEEI E PRONTA PRA TERMINAR ESSA FIC, DUVIDO QUE VOCES VÃO FICAR COM SAUDADE
Fico desesperada ao ver o Luan caído no chão. O público dele também se desespera e isso me deixa ainda mais aflita.
Peço pra um menino da produção fechar as cortinas do palco e assim ele faz. Corro pro palco sem nem pensar e me aproximo do Luan que está desmaiado.
-já chamaram um médico, um enfermeiro, alguma coisa?-pergunto pra aquele monte de gente em volta do meu marido
-já chamei-escuto alguém dizer, mas nem me preocupo em saber quem
-eu sabia que ele não tava bem, eu sabia-me controlo pra não chorar-teimoso, eu chamei pra ir pra casa e esse teimoso não quis
-fica tranquila-Well faz carinho no meu braço tentando me acalmar
Um médico e uma enfermeira aparecem junto com um pessoal com uma maca. Peço pra todo mundo se afastar e faço o mesmo.
O médico começa todo um atendimento e eu fico ainda mais aflita.
-precisamos levá-lo pro hospital-o escuto dizer e em seguida a enfermeira começa uma massagem cardíaca
-vamos-concordo imediatamente
Meu celular começa a tocar sem parar e quando o pego na mão vejo que é a Laura.
Atendo rapidamente e escuto sua voz chorosa.
-o que aconteceu com o meu pai? Como ele está?
-não sei, vamos levá-lo pro hospital. Vai pro Albert Einstein, pede pro Arthur levar você e a Manu, pede pro Matheus e a Mariana virem aqui no camarim agora
-tá bom-ela quase não consegue responder
Desligo sem esperar outra resposta e sigo o Luan que é levado em uma maca.
-corre na frente e pega os documentos dele sussurro pro Testa e ele sai correndo na frente
Ao chegar no carro do resgate, eles acomodam o Luan, ligam alguns aparelhos nele e me olham.
-quer que o levamos pra algum lugar específico
-Albert Einstein
-ok-a enfermeira responde e pensa em fechar a porta
-eu vou junto com ele-respondo rápido
-nos encontre lá senhora-o médico diz
-eu vou junto-reafirmo
-senhora..-ele tenta negar
-eu vou junto e pronto e acabou-falo mais alto do que deveria
Rober chega na ambulância e ao me ver alterada tenta entender o que está acontecendo e me segura.
-eu quero ir, eles não querem deixar-explico e o médico ao olhar pro Luan faz uma cara que eu não gosto-o que tá acontecendo?-pergunto desesperada e ele não responde-ME DIZ-grito com ele e o vejo pegar um aparelho de ressuscitar-não Rober, não-tento me soltar, mas a porta de trás da ambulância se fecha e eles saem dali numa velocidade muito alta-me diz que ele não tá morrendo, por favor me diz-encaro o Rober e não consigo mais conter as minhas lágrimas
-ele vai ficar bem-Rober me abraça apertado
-cadê o papai?-Matheus para ao meu lado e eu tento parar de chorar
-foi pro hospital-falo em um sussurro e sinto ele me abraçar
-a van está nos esperando-Well se aproxima da gente e vejo que uma multidão se forma ali na saída
-minha bolsa, a carteira do Luan-falo já que precisarei dos documentos dele
-tá aqui-Rober me entrega, eu nem havia percebido que ele estava com a minha bolsa
-vamos-encaro o Well
Mariana se aproxima com o namorado e me abraça chorando desesperada, seguimos os três abraçados pra van e nos sentamos próximos.
-isso não é normal-falo sozinha sentindo meu corpo arrepiar, mas não de uma forma boa
Matheus fica me olhando com os olhos cheios de lágrimas, mas ele se mantém firme.
-olha pra mim Mariana-chamo a atenção da minha filha que só sabe chorar amparada ao Willian seu namorado e assim ela faz-eu não sei o que tá acontecendo, mas sempre que pedimos algo a Deus, ele sempre nos atende, então precisamos ter fé.-pontuo-vamos rezar por ele, ele vai ficar bem-peço segurando na mão dos meus filhos
-Luan é forte-Rober diz e eu concordo-ele tá mal agora, mas ele precisa de vocês, precisa que vocês estejam firmes, precisa que vocês orem por ele, vamos fazer isso?-ele incentiva e todo mundo da van concorda
Começamos a rezar, a orar, a pedir pela vida do meu marido. Eu acredito que o Médico dos médicos está cuidando dele.
Assim que chegamos no hospital, entro e encontro a Laura, a Manu, o Arthur, e o Gabriel.
-alguma notícia?-pergunto preocupada
-não, meu pai chegou e já correram com ele lá pra dentro-Laura diz, mas parece esconder algo
-que foi?-me preocupo ainda mais
-trouxe a carteira do meu pai?-ela funga e eu concordo-vamos lá fazer o registro dele-ela segura em meu braço e me puxa pra recepção, assim ficamos sozinhas
-agora fala, o que aconteceu?
-chegamos primeiro que eles e quando eles chegaram, escutei a enfermeira dizer que ele tava infartando e teve duas paradas cardíacas no caminho, é muito grave mãe-ela engasga e sinto meu mundo desabar
-ele morreu?-questiono quase sem voz
-não sei-ela responde sem vontade e começa a chorar
Sinto o meu mundo rodar, minha vista escurece de uma vez e meu corpo pesa.
-me segura que eu vou cair-falo baixo e é coisa de segundos até que eu apago totalmente
Me sinto fora do meu corpo por um tempo e a minha vontade de voltar é mínima, mas sei que meus filhos precisam de mim e do meu apoio.
Sinto meu mundo parar de girar e tento abrir os olhos, assim que consigo, vejo um teto embaçado.
-mãe-a voz da Laura me faz piscar diversas vezes até que consigo enxergar direito
-eu tô bem-sussurro pra ela
-você apagou por quase uma hora-a voz dela vai ficando mais alta
-mas eu tô bem agora-tento me sentar e ela me ajuda-cadê o seu pai?-pergunto não querendo saber a resposta
-ele tá bem na medida do possível-ela me tranquiliza-ele passou por exames e viram que as paradas ocorreram por causa de um Infarto agudo do miocárdio, ele vai passar por um processo cirúrgico novamente
-mas o que aconteceu?
-formou um coágulo de sangue no stent que ele tem, foi o que o médico disse
-ele vai ficar bem-afirmo tentando tranquilizar minha filha que tem os olhos vermelhos
-se Deus quiser-ela da um sorriso falso
-a gente precisa avisar seus avós e a Bruna
-já avisei tua Bru, ela ia lá na casa da vó contar pra eles, meu vô não passou muito bem hoje e ela preferiu ir pessoalmente
-eles são conservados, mas já são idosos, qualquer cuidado é pouco-respiro fundo tentando manter a calma-cadê seus irmãos?
-foram pra cantina, eu fiquei pra falar com você quando você acordasse
-obrigada-aperto sua mão-quando o médico der notícias, vou precisar que você tome o controle da situação. Você vai pra casa com seus irmãos e vai ter que tranquiliza-los
-mãe-ela resmunga querendo chorar
-você é a mais forte deles-puxo ela pra sentar na cama-eu tenho que ficar aqui com seu pai, vou pra casa quando der, mas eu não vou estar lá como eu gostaria e você precisa assumir o controle. Eu sei que você consegue
-eu não consigo-ela chora
-eu sei que consegue-abraço ela
-eu não posso perder vocês-ela finalmente coloca sua dor pra fora
-eu tô bem-tranquilizo ela-e vou fazer de tudo pro seu pai ficar também
-ele tem que ficar bem, ele tem que conhecer o rosto do meu bebê, ele não pode ir assim-ela chora ainda mais
-como?-pergunto pra ter certeza do que escutei
-eu tô grávida-seu choro fica ainda mais intenso e eu fico surpresa
-isso é sério?-meu olhos estatalados mostram o quanto eu não esperava aquela notícia
-sim-ela choraminga
-eu vou ser vó?-a ficha começa a cair
-sim-ela confirma ficando mais calma
-jura?
-sim mãe-ela responde sem paciência e eu dou um sorriso
-meu Deus-abraço ela bem apertado e dessa vez choro de felicidade-eu vou ser vó, caramba-digo animada
Encerro o abraço e desço da cama, fico de frente com a minha filha e olho sua barriga chapada que nem aparece sinais da gravidez.
-obrigada por esse presente inesperado, meu amor-beijo sua barriga e escuto ela voltar a chorar-não chora-me afasto e acaricio sua barriga com uma mão e faço carinho em seu rosto com a outra-eu prometo que seu pai vai conhecer esse pedacinho de amor
-você não pode prometer isso-ela faz um bico fofo
-eu prometo-repito e vejo ela se tranquilizar
Conversamos um pouco sobre como ela descobriu e só encerramos o assunto, quando uma enfermeira aparece pra medir minha pressão.
Sou liberada e ficamos nós duas em uma sala de espera. Depois de longos minutos, o médico aparece e eu simplesmente não sei decifrar a sua expressão.
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OIIIIIIIII
SENTIRAM MINHA FALTA? APOSTO QUE SIM!
VOLTEEEEI E PRONTA PRA TERMINAR ESSA FIC, DUVIDO QUE VOCES VÃO FICAR COM SAUDADE
sexta-feira, 23 de agosto de 2019
Capítulo 377 - Show diferente
Marina
Os anos praticamente voaram, minha família a cada dia se fortalece mais e mais e ter os meus filhos e meu marido comigo é o meu bem mais precioso.
É estranho acordar, me olhar no espelho e me ver com meus cinquenta anos. Quando que eu imaginei que tudo o que tem acontecido, aconteceria?
Se eu fosse imaginar meu futuro a quase 30 anos atrás, com certeza eu me imaginaria ao lado do Jeferson, talvez com um filho ou dois. Meu filho estudando e me dando orgulho e eu ficando cada dia mais infeliz por falta de líbido.
Porém, Deus foi incrível, me deu um futuro maravilhoso, que hoje é um passado que adoro contar pros meus filhos e não deixa a libido faltar.
Com o tempo o Luan aprendeu a se controlar em relação as nossas meninas, pois percebeu que beijar, namorar, são fases da vida. Falando em namorar, todas já estão namorando e infelizmente o meu Matheus também está.
Laura com seus 22 anos, já cursando sua faculdade de medicina, perdeu sua virgindade tarde, com 20 anos. A primeira pessoa que ela contou foi o Luan e dessa vez ele aconselhou e não surtou depois.
Mariana saidinha do jeito que é, resolveu atropelar as coisas e perdeu a virgindade há alguns meses atrás, no auge dos seus 16 anos. Fui a primeira a saber e juntas contamos ao Luan, que quis surtar, mas se controlou e leu o b-a ba pra ela.
Já a Manuela, apesar de ter começado a namorar, é a mais conservada, ela ainda é virgem, pelo que eu sei, ela diz que tem medo das consequências e que ela só quer fazer quando se sentir pronta e bem consigo mesmo. Eu amo a forma como ela trata o assunto.
Matheus não preciso nem dizer que é um safado né? Desde pequeno meu marido ensinou as safadezas pra ele e ele foi aprendendo. Matheus foi o mais apressado em relação ao assunto, ele perdeu a virgindade com 12 anos. Meu filho cresceu muito rápido, virou um homão muito rápido e isso contribuiu pra ele conseguir pegar as raparigas nos lugares que ele ia. Agora resolveu sossegar e namorar uma menina tranquila igual a Manuela, ele está penando, mas está respeitando o tempo da moça.
-vão pro show hoje?-Luan pergunta me tirando dos meus pensamentos
-vamos-concordo-os namorados também vão-volto a olhar o meu armário e a procurar uma roupa boa pra ir hoje a noite
-vão todos com a gente?-ele fica me olhando
-não, Laura vai de carro com o Arthur e vai levar a Manu e o Gabriel. Os outros vão com a gente
-ainda bem que pedi pra virem me buscar de van-ela dá uma risadinha e eu continuo séria
Tivemos uma discussão antes dele subir pro estúdio e agora ele está agindo como se nada tivesse acontecido.
Luan acha que está na hora de largar o meu estúdio e só gerencia-lo de casa, mas não acho que seja o momento, não vejo motivos pra isso.
-tá brava?-ele pergunta cínico e eu resolvo ignorar, não tô afim de continuar a discutir-fala comigo-ele se aproxima e eu o afasto
-o que você acha?
-sereia, tá na hora já. Você já tá com 50 anos, trabalhou uma vida toda
-e vou continuar a trabalhar até ter um motivo pra parar. E esse assunto está encerrado
-não tá não, você não pode decidir as coisas sozinha-ele começa a ficar irritado
-está encerrado sim. Eu não vou parar de ir ao estúdio, goste você ou não. Agora se quiser que eu vá no show mais tarde, para de me encher o saco
-nossa Marina, como você é egoísta
-egoísta? Eu? Você tá falando sério Luan? Egoísta eu seria se pedisse pra você largar de fazer o que ama, enquanto eu continuo com o meu trabalho
-ah tá, agora eu sou o egoísta-ele ri irônico
-quer saber Luan, vai se ferrar seu idiota
Deixo ele ali no nosso closet sozinho e ao chegar no quarto, vejo a Manu com cara de assustada.
-chega de briga mãe-ela pede frustrada
-fala isso pro seu pai, eu estava quietinha procurando uma roupa pra ir pro show e ele vem me infernizar
-eu fui conversar de boa com você-escuto a voz dele atrás de mim
-de boa? Você tá de brincadeira
-eu só te pedi uma coisa simples Marina
-e eu já disse que não farei, pois não tenho um motivo pra isso
-ai oh, tá vendo
-ok Luan, quer que eu pare de ir ao estúdio? Ótimo, mas então você vai ter que parar de cantar
-que? Não, lógico que não-responde rápido
-e a egoísta sou eu né?-jogo em sua cara
-eu só quero mais tempo com você e com a nossa família-ele parece se acalmar
-eu não preciso sair do estúdio pra ficarmos juntos
-Sereia-resmunga como se essa fosse a sua única tentativa
-não, quando eu tiver um motivo pra isso eu mesma saio por conta própria, sem nenhuma pressão
-ok-ele sai bicudo e eu volto a olhar minha filha que presenciou toda essa bagunça de conversa
-não pode nem pensar no caso dele?
-posso e farei, mas como eu disse quando houver um motivo, eu saio do estúdio
-tá bom então, só não deixa isso estragar o amor lindo que vocês têm
-pode deixar meu amor-beijo sua bochecha-você quer alguma coisa?-pergunto com preocupação
-vim perguntar se o Gabriel pode ser arrumar aqui e dormir aqui-ela faz careta
-ele pode as duas coisas
-jura?-pergunta surpresa
-juro. Você é ajuizada, sei que não faz nada por pressão e sei também que o Gabriel te respeita, então tudo bem. Mas oh, ele dorme no quarto de hóspede
-tá bom mãe, obrigada-ela me abraça apertado e ficamos assim por alguns segundos-agora vou escolher minha roupa
-já que seu pai desceu, vou voltar a fazer o mesmo-beijo a bochecha dele e volto pro closet
Reviro todos os meus armários até encontrar algo que me agrade. Deixo minha roupa separada e aproveito pra deixar tudo no jeito, maquiagem, chapinha, acessórios, perfume, cremes, tudo.
Apesar de estar com raiva do Luan, arrumo suas coisas e deixo tudo separado também.
Volto pro meu quarto e me deito na cama, toda essa discussão me deu dor de cabeça e tudo que eu preciso é ficar um pouco quietinha no meu canto.
Dormi que nem percebi e sou acordada com pingos de água caindo em mim.
-acorda-a voz do Luan me chamando me faz despertar
-dormi muito?-pergunto sonolenta
-dormiu um tanto bom-ele se abaixa e beija meu pescoço
-ei-tento afasta-lo
-não quero brigar com você, fico mal quando isso acontece
-então para de fazer essas coisas
-não vamos falar disso agora, depois conversamos-ele beija minha bochecha e vem pra beijar minha boca
-eu já falei o que tinha pra falar-dou de ombros
-amanhã a gente conversa
-mas..-tento retrucar e ele me impede
-amanhã-me dá um selinho rápido e como eu não nego, ele inicia um beijo que trato logo de corresponder
Nosso beijo dura bastante e quando nos afastamos por falta de fôlego, nos viro na cama e fico por cima dele.
-estamos dentro do horário?-pergunto preocupada
-sim, por quê?-morde os lábios
-porque preciso tomar banho e me arrumar-me levanto e ele faz um bico fofo
-o Gabriel tá aí, veio se arrumar e vai dormir aqui-ele diz como quem não quer nada
-a Manu pediu pra mim e eu deixei, ela é bastante responsável, sei que não vai acontecer nada, tem problema?-pergunto preocupada, já que não falei com ele sobre isso
-problema nenhum, confio no Gabriel e na Manu
-então ótimo-mando um beijo pra ele
Sigo pro banheiro e tranco a porta. Tomo o meu banho tranquilamente e antes que possamos ultrapassar o horário, saio de toalha.
-vamos jantar no Paris viu-Luan avisa assim que entro no closet
-tá bom, mas não pense que vai meter o pé na jaca, porque não vai-aviso logo
-tá bom-responde sem ânimo algum
Luan fica pronto e sai, eu começo a me arrumar pela maquiagem, porque sei que se eu colocar a roupa antes disso, ela ficará toda suja.
Não faço nada demais na maquiagem, gosto sempre de fazer algo mais simples.
Depois da maquiagem, passo meus cremes, coloco toda a minha roupa, meus acessórios, passo perfume e depois de escolher uma bolsinha pra carregar, saío do quarto.
Olho no espelho e gosto do jeito que meu cabelo está, hoje ele está um liso escorrido tão lindo, que só passo o pente de leve pra ele não espantar.
Pego tudo o que levarei e depois de bater algumas fotos, desço enquanto escolho uma boa pra postar.
-nossa-escuto o Matheus falar quando chego na sala e dou um sorriso que mal cabe em minha boca-os anos passam e ao invés de você envelhecer, você tá ficando mais jovem-ele se aproxima e beija minha bochecha
-obrigada meu amor-agradeço ao elogio que acabo de receber
-de nada-ele olha a tela do meu celular-deixa eu escolher-pega o aparelho antes mesmo de eu responder e escolhe uma foto-essa, posta essa
-tá bom. Obrigada amor de mamãe-grudo em seu rosto e dou vários beijos nele que faz careta
-não fala como se eu fosse um bebê-revira os olhos
-mas você é, um bebê muito fortinho e grande, mas é meu bebê-continuo a beija-lo até ele se soltar
Assim que dou uns passos, vejo a Nayara namorada dele sentada no sofá, rindo da situação. Tá explicado o porquê ele não gostou que o chamei de "bebê da mamãe".
-oi Nay, oi Gabriel, Oi Arthur, Oi Willian-falo oi pra todos os meus genros
-Oi-eles respondem em um coro que me faz rir
-a van já tá aí, estávamos esperando você-Luan chama minha atenção
-então vamos-me aproximo dele e junto nossas mãos
-vamos-Luan chama as crianças e os que vão com a gente levantam
Seguimos pra van e só encontramos Well ali, já que se viessem mais pessoas, não caberia todo mundo.
Sento na frente com o Luan e assim que me acomodo, posto a foto que meu filho escolheu.
-tão linda-Luan elogia
-obrigada-dou um sorriso pra ele
Luan e o Matheus resolvem jogar futebol na TV da van e eu troco de lugar com meu filho pra não ter que ouvir gritos em minha orelha.
Vou conversando com a Nayara durante todo o caminho e assim que chegamos no Paris 6, nos levantamos e fomos as primeiras a descer.
Fomos muito bem recebidos no restaurante e apesar das interrupções durante o jantar, comemos num clima bom.
Seguimos pro local do show logo em seguida, Luan foi direto se trocar e atender, tiramos algumas fotos com ele, mas logo o deixamos a vontade pra atender todo mundo.
-vamos pro camarote tá?-Laura diz ao perceber que o camarim tá muito cheio
-vai levar os pequenos?-pergunto
-os pequenos que dê pequenos não tem nada? Sim, vou levá-los
-cuida deles, não deixa eles beberem, pelo amor de Deus-encaro seu rosto
-eu cuido, não vou deixar ninguém beber nada alcoólico, prometo-ela é sincera, Laura não sabe mentir olhando no olho
-obrigada-me aproximo e beijo sua bochecha, minha filha está maior que eu
-bora cambada-ela diz alto, já que a música do camarim não colabora para as crianças ouvirem caso ela falasse baixo
-camarote?-Matheus pergunta animadinho demais e eu reviro os olhos pra ele
-sem gracinha mocinho
-tá bom-bufa frustrado
Eles vão saindo, cada um com seu devido parceiro.
Assim que os quatro casais saem da minha vista, fico sentada na cadeira da penteadeira só aguardando meu marido, que demora.
Já estava cansada de ficar sentada discutindo com a Hellen e o Mario por não terem vindo, quando o Luan aparece afobado e troca de camisa novamente, assim que fica pronto ele puxa uma cadeira e senta ao meu, ele começa a aquecer a voz e eu só observo até ele terminar.
-cadê as crias?-ele levanta e começa a se movimentar
-foram pro camarim, aqui tava apertado demais
-são muitas crianças e muitos namorados-revira os olhos
-sem ciúmes-me levanto também-tá pronto?
-tô-concorda
Gilson vem o preparar com microfone e retorno. Eu o espero e assim que tudo se ajeita eu me despeço do meu marido e o desejo um bom show.
Sigo pro palco na frente e escuto a introdução do show começando. Me ajeito ali do lado e vejo meu marido entrar lindamente no palco.
Eu sem resistir grito ele e vejo ele sorrir, não sei se ele escutou, mas espero que sim.
A energia do show como sempre começa lá em cima e eu me divirto cantando as músicas junto.
No meio do show, Luan se vira pra mim e faz uma careta, faço sinal com as mãos questionando o porquê e ele apenas dá um sorriso e continua o show.
A música termina e o Luan continua no palco. Ele novamente me olha e faz careta, dessa vez entendo que ele está com dor.
Chamo ele pra vir até mim e ele nega com a cabeça. Insisto e ele sem ter opção, deixa os backings cantando e se aproxima.
-o que foi que tá fazendo careta? O que tá sentindo?
-nada, foi só umas pontadinhas no peito, mas você sabe que é normal-dá de ombros
-normal não é, você sabe disso
-eu sei, é modo de dizer
-encerra o show e vamos pra casa
-não posso, preciso terminar
-por favor-imploro preocupada
-se doer mais forte que o costume eu encerro o show e a gente vai
-tá bom-me rendo, já que sei que ele não mudará de ideia
-te amo-me rouba um selinho demorado e volta pro palco
Tento curtir o show, mas estou preocupada. Vejo o Luan se policiar pra não fazer careta, mas tem uma hora que parece ser impossível pra ele.
Luan parece bambear no palco e percebo que ele está passando mal.
-VAI LÁ-grito com o Well que nem percebe a situação-ANDA-meu grito sai com raiva
Well percebe que ele não está bem, mas antes de chegar no Luan, o mesmo cai no palco fazendo o meu coração se apertar ainda mais.
______________________
Dessa vez eu demorei pra aparecer né? Mas apareci com uma super novidade.
Cerca de 10 anos se passaram. Os filhos cresceram e as coisas já estão se encaminhando pro final da fic.
Eu não queria correr tanto, mas se eu não fizesse seriam mais de 400 capítulos e eu acho demais, nunca imaginei que ela seria tão longa assim, mas eu queria contar tantas coisas que já estamos no capítulo 377.
Espero que não se chateiam com essa passagem de tempo. Eu quero terminar essa fic e pra isso precisamos agilizar as coisas
Os anos praticamente voaram, minha família a cada dia se fortalece mais e mais e ter os meus filhos e meu marido comigo é o meu bem mais precioso.
É estranho acordar, me olhar no espelho e me ver com meus cinquenta anos. Quando que eu imaginei que tudo o que tem acontecido, aconteceria?
Se eu fosse imaginar meu futuro a quase 30 anos atrás, com certeza eu me imaginaria ao lado do Jeferson, talvez com um filho ou dois. Meu filho estudando e me dando orgulho e eu ficando cada dia mais infeliz por falta de líbido.
Porém, Deus foi incrível, me deu um futuro maravilhoso, que hoje é um passado que adoro contar pros meus filhos e não deixa a libido faltar.
Com o tempo o Luan aprendeu a se controlar em relação as nossas meninas, pois percebeu que beijar, namorar, são fases da vida. Falando em namorar, todas já estão namorando e infelizmente o meu Matheus também está.
Laura com seus 22 anos, já cursando sua faculdade de medicina, perdeu sua virgindade tarde, com 20 anos. A primeira pessoa que ela contou foi o Luan e dessa vez ele aconselhou e não surtou depois.
Mariana saidinha do jeito que é, resolveu atropelar as coisas e perdeu a virgindade há alguns meses atrás, no auge dos seus 16 anos. Fui a primeira a saber e juntas contamos ao Luan, que quis surtar, mas se controlou e leu o b-a ba pra ela.
Já a Manuela, apesar de ter começado a namorar, é a mais conservada, ela ainda é virgem, pelo que eu sei, ela diz que tem medo das consequências e que ela só quer fazer quando se sentir pronta e bem consigo mesmo. Eu amo a forma como ela trata o assunto.
Matheus não preciso nem dizer que é um safado né? Desde pequeno meu marido ensinou as safadezas pra ele e ele foi aprendendo. Matheus foi o mais apressado em relação ao assunto, ele perdeu a virgindade com 12 anos. Meu filho cresceu muito rápido, virou um homão muito rápido e isso contribuiu pra ele conseguir pegar as raparigas nos lugares que ele ia. Agora resolveu sossegar e namorar uma menina tranquila igual a Manuela, ele está penando, mas está respeitando o tempo da moça.
-vão pro show hoje?-Luan pergunta me tirando dos meus pensamentos
-vamos-concordo-os namorados também vão-volto a olhar o meu armário e a procurar uma roupa boa pra ir hoje a noite
-vão todos com a gente?-ele fica me olhando
-não, Laura vai de carro com o Arthur e vai levar a Manu e o Gabriel. Os outros vão com a gente
-ainda bem que pedi pra virem me buscar de van-ela dá uma risadinha e eu continuo séria
Tivemos uma discussão antes dele subir pro estúdio e agora ele está agindo como se nada tivesse acontecido.
Luan acha que está na hora de largar o meu estúdio e só gerencia-lo de casa, mas não acho que seja o momento, não vejo motivos pra isso.
-tá brava?-ele pergunta cínico e eu resolvo ignorar, não tô afim de continuar a discutir-fala comigo-ele se aproxima e eu o afasto
-o que você acha?
-sereia, tá na hora já. Você já tá com 50 anos, trabalhou uma vida toda
-e vou continuar a trabalhar até ter um motivo pra parar. E esse assunto está encerrado
-não tá não, você não pode decidir as coisas sozinha-ele começa a ficar irritado
-está encerrado sim. Eu não vou parar de ir ao estúdio, goste você ou não. Agora se quiser que eu vá no show mais tarde, para de me encher o saco
-nossa Marina, como você é egoísta
-egoísta? Eu? Você tá falando sério Luan? Egoísta eu seria se pedisse pra você largar de fazer o que ama, enquanto eu continuo com o meu trabalho
-ah tá, agora eu sou o egoísta-ele ri irônico
-quer saber Luan, vai se ferrar seu idiota
Deixo ele ali no nosso closet sozinho e ao chegar no quarto, vejo a Manu com cara de assustada.
-chega de briga mãe-ela pede frustrada
-fala isso pro seu pai, eu estava quietinha procurando uma roupa pra ir pro show e ele vem me infernizar
-eu fui conversar de boa com você-escuto a voz dele atrás de mim
-de boa? Você tá de brincadeira
-eu só te pedi uma coisa simples Marina
-e eu já disse que não farei, pois não tenho um motivo pra isso
-ai oh, tá vendo
-ok Luan, quer que eu pare de ir ao estúdio? Ótimo, mas então você vai ter que parar de cantar
-que? Não, lógico que não-responde rápido
-e a egoísta sou eu né?-jogo em sua cara
-eu só quero mais tempo com você e com a nossa família-ele parece se acalmar
-eu não preciso sair do estúdio pra ficarmos juntos
-Sereia-resmunga como se essa fosse a sua única tentativa
-não, quando eu tiver um motivo pra isso eu mesma saio por conta própria, sem nenhuma pressão
-ok-ele sai bicudo e eu volto a olhar minha filha que presenciou toda essa bagunça de conversa
-não pode nem pensar no caso dele?
-posso e farei, mas como eu disse quando houver um motivo, eu saio do estúdio
-tá bom então, só não deixa isso estragar o amor lindo que vocês têm
-pode deixar meu amor-beijo sua bochecha-você quer alguma coisa?-pergunto com preocupação
-vim perguntar se o Gabriel pode ser arrumar aqui e dormir aqui-ela faz careta
-ele pode as duas coisas
-jura?-pergunta surpresa
-juro. Você é ajuizada, sei que não faz nada por pressão e sei também que o Gabriel te respeita, então tudo bem. Mas oh, ele dorme no quarto de hóspede
-tá bom mãe, obrigada-ela me abraça apertado e ficamos assim por alguns segundos-agora vou escolher minha roupa
-já que seu pai desceu, vou voltar a fazer o mesmo-beijo a bochecha dele e volto pro closet
Reviro todos os meus armários até encontrar algo que me agrade. Deixo minha roupa separada e aproveito pra deixar tudo no jeito, maquiagem, chapinha, acessórios, perfume, cremes, tudo.
Apesar de estar com raiva do Luan, arrumo suas coisas e deixo tudo separado também.
Volto pro meu quarto e me deito na cama, toda essa discussão me deu dor de cabeça e tudo que eu preciso é ficar um pouco quietinha no meu canto.
Dormi que nem percebi e sou acordada com pingos de água caindo em mim.
-acorda-a voz do Luan me chamando me faz despertar
-dormi muito?-pergunto sonolenta
-dormiu um tanto bom-ele se abaixa e beija meu pescoço
-ei-tento afasta-lo
-não quero brigar com você, fico mal quando isso acontece
-então para de fazer essas coisas
-não vamos falar disso agora, depois conversamos-ele beija minha bochecha e vem pra beijar minha boca
-eu já falei o que tinha pra falar-dou de ombros
-amanhã a gente conversa
-mas..-tento retrucar e ele me impede
-amanhã-me dá um selinho rápido e como eu não nego, ele inicia um beijo que trato logo de corresponder
Nosso beijo dura bastante e quando nos afastamos por falta de fôlego, nos viro na cama e fico por cima dele.
-estamos dentro do horário?-pergunto preocupada
-sim, por quê?-morde os lábios
-porque preciso tomar banho e me arrumar-me levanto e ele faz um bico fofo
-o Gabriel tá aí, veio se arrumar e vai dormir aqui-ele diz como quem não quer nada
-a Manu pediu pra mim e eu deixei, ela é bastante responsável, sei que não vai acontecer nada, tem problema?-pergunto preocupada, já que não falei com ele sobre isso
-problema nenhum, confio no Gabriel e na Manu
-então ótimo-mando um beijo pra ele
Sigo pro banheiro e tranco a porta. Tomo o meu banho tranquilamente e antes que possamos ultrapassar o horário, saio de toalha.
-vamos jantar no Paris viu-Luan avisa assim que entro no closet
-tá bom, mas não pense que vai meter o pé na jaca, porque não vai-aviso logo
-tá bom-responde sem ânimo algum
Luan fica pronto e sai, eu começo a me arrumar pela maquiagem, porque sei que se eu colocar a roupa antes disso, ela ficará toda suja.
Não faço nada demais na maquiagem, gosto sempre de fazer algo mais simples.
Depois da maquiagem, passo meus cremes, coloco toda a minha roupa, meus acessórios, passo perfume e depois de escolher uma bolsinha pra carregar, saío do quarto.
Olho no espelho e gosto do jeito que meu cabelo está, hoje ele está um liso escorrido tão lindo, que só passo o pente de leve pra ele não espantar.
Pego tudo o que levarei e depois de bater algumas fotos, desço enquanto escolho uma boa pra postar.
-nossa-escuto o Matheus falar quando chego na sala e dou um sorriso que mal cabe em minha boca-os anos passam e ao invés de você envelhecer, você tá ficando mais jovem-ele se aproxima e beija minha bochecha
-obrigada meu amor-agradeço ao elogio que acabo de receber
-de nada-ele olha a tela do meu celular-deixa eu escolher-pega o aparelho antes mesmo de eu responder e escolhe uma foto-essa, posta essa
-tá bom. Obrigada amor de mamãe-grudo em seu rosto e dou vários beijos nele que faz careta
-não fala como se eu fosse um bebê-revira os olhos
-mas você é, um bebê muito fortinho e grande, mas é meu bebê-continuo a beija-lo até ele se soltar
Assim que dou uns passos, vejo a Nayara namorada dele sentada no sofá, rindo da situação. Tá explicado o porquê ele não gostou que o chamei de "bebê da mamãe".
-oi Nay, oi Gabriel, Oi Arthur, Oi Willian-falo oi pra todos os meus genros
-Oi-eles respondem em um coro que me faz rir
-a van já tá aí, estávamos esperando você-Luan chama minha atenção
-então vamos-me aproximo dele e junto nossas mãos
-vamos-Luan chama as crianças e os que vão com a gente levantam
Seguimos pra van e só encontramos Well ali, já que se viessem mais pessoas, não caberia todo mundo.
Sento na frente com o Luan e assim que me acomodo, posto a foto que meu filho escolheu.
"🦋"
-tão linda-Luan elogia
-obrigada-dou um sorriso pra ele
Luan e o Matheus resolvem jogar futebol na TV da van e eu troco de lugar com meu filho pra não ter que ouvir gritos em minha orelha.
Vou conversando com a Nayara durante todo o caminho e assim que chegamos no Paris 6, nos levantamos e fomos as primeiras a descer.
Fomos muito bem recebidos no restaurante e apesar das interrupções durante o jantar, comemos num clima bom.
Seguimos pro local do show logo em seguida, Luan foi direto se trocar e atender, tiramos algumas fotos com ele, mas logo o deixamos a vontade pra atender todo mundo.
-vamos pro camarote tá?-Laura diz ao perceber que o camarim tá muito cheio
-vai levar os pequenos?-pergunto
-os pequenos que dê pequenos não tem nada? Sim, vou levá-los
-cuida deles, não deixa eles beberem, pelo amor de Deus-encaro seu rosto
-eu cuido, não vou deixar ninguém beber nada alcoólico, prometo-ela é sincera, Laura não sabe mentir olhando no olho
-obrigada-me aproximo e beijo sua bochecha, minha filha está maior que eu
-bora cambada-ela diz alto, já que a música do camarim não colabora para as crianças ouvirem caso ela falasse baixo
-camarote?-Matheus pergunta animadinho demais e eu reviro os olhos pra ele
-sem gracinha mocinho
-tá bom-bufa frustrado
Eles vão saindo, cada um com seu devido parceiro.
Assim que os quatro casais saem da minha vista, fico sentada na cadeira da penteadeira só aguardando meu marido, que demora.
Já estava cansada de ficar sentada discutindo com a Hellen e o Mario por não terem vindo, quando o Luan aparece afobado e troca de camisa novamente, assim que fica pronto ele puxa uma cadeira e senta ao meu, ele começa a aquecer a voz e eu só observo até ele terminar.
-cadê as crias?-ele levanta e começa a se movimentar
-foram pro camarim, aqui tava apertado demais
-são muitas crianças e muitos namorados-revira os olhos
-sem ciúmes-me levanto também-tá pronto?
-tô-concorda
Gilson vem o preparar com microfone e retorno. Eu o espero e assim que tudo se ajeita eu me despeço do meu marido e o desejo um bom show.
Sigo pro palco na frente e escuto a introdução do show começando. Me ajeito ali do lado e vejo meu marido entrar lindamente no palco.
Eu sem resistir grito ele e vejo ele sorrir, não sei se ele escutou, mas espero que sim.
A energia do show como sempre começa lá em cima e eu me divirto cantando as músicas junto.
No meio do show, Luan se vira pra mim e faz uma careta, faço sinal com as mãos questionando o porquê e ele apenas dá um sorriso e continua o show.
A música termina e o Luan continua no palco. Ele novamente me olha e faz careta, dessa vez entendo que ele está com dor.
Chamo ele pra vir até mim e ele nega com a cabeça. Insisto e ele sem ter opção, deixa os backings cantando e se aproxima.
-o que foi que tá fazendo careta? O que tá sentindo?
-nada, foi só umas pontadinhas no peito, mas você sabe que é normal-dá de ombros
-normal não é, você sabe disso
-eu sei, é modo de dizer
-encerra o show e vamos pra casa
-não posso, preciso terminar
-por favor-imploro preocupada
-se doer mais forte que o costume eu encerro o show e a gente vai
-tá bom-me rendo, já que sei que ele não mudará de ideia
-te amo-me rouba um selinho demorado e volta pro palco
Tento curtir o show, mas estou preocupada. Vejo o Luan se policiar pra não fazer careta, mas tem uma hora que parece ser impossível pra ele.
Luan parece bambear no palco e percebo que ele está passando mal.
-VAI LÁ-grito com o Well que nem percebe a situação-ANDA-meu grito sai com raiva
Well percebe que ele não está bem, mas antes de chegar no Luan, o mesmo cai no palco fazendo o meu coração se apertar ainda mais.
______________________
Dessa vez eu demorei pra aparecer né? Mas apareci com uma super novidade.
Cerca de 10 anos se passaram. Os filhos cresceram e as coisas já estão se encaminhando pro final da fic.
Eu não queria correr tanto, mas se eu não fizesse seriam mais de 400 capítulos e eu acho demais, nunca imaginei que ela seria tão longa assim, mas eu queria contar tantas coisas que já estamos no capítulo 377.
Espero que não se chateiam com essa passagem de tempo. Eu quero terminar essa fic e pra isso precisamos agilizar as coisas
terça-feira, 25 de junho de 2019
Capítulo 376 - Um bom pai
Luan
Passar o dia com a minha família é sempre bom, mas ontem renovou todas as minhas energias. É tão bom estar com eles e saber que eu os tenho.
Ficamos nos divertindo juntos o resto da tarde e também durante a noite. Quando os pequenos começaram a dar sinal de sono, subimos todos.
Todos tomaram banho e depois da Marina secar o cabelo de todos, demos beijinhos e eles foram dormir.
Seguimos pro nosso quarto e depois de trancar a porta, foi a nossa vez de tomar banho, só que do nosso jeitinho.
Dormimos já era quase de manhã, mas antes disso coloco meu celular pra despertar, não é sempre que estou em casa, mas sempre que estou levo as crianças pra escola.
Pego no sono muito rapidamente e quando o sono começa a ficar bom, meu celular desperta. Até tento não abrir os olhos e continuar a dormir, mas sinto uma cotovelada na minha costela e rapidamente me sento na cama.
-o que que foi?-pergunto pra minha esposa que me olha brava
-vai levar as crianças hoje?
-por que o mal humor?-questiono logo de cara e ela revira os olhos
-eu tava em um ótimo sono e seu celular me acordou
-desculpa-me aproximo dela e beijo sua bochecha-pode dormir, vou levar os pequenos sim
-tá-ela boceja e fecha os olhos-obrigada-dá um sorriso-ontem a Laura na hora de dormir, tava com uma dor na barriga, eu pensei que fosse por ter comido demais-ela dá de ombros ainda de olhos fechados-mas se a dor continuar e ela quiser faltar, você pode deixar
-certeza?-questiono pra ter certeza do que ela está falando
-claro que sim, tô de olhos fechados, mas ainda não voltei a dormir-ela diz em um tom de repreensão
-tá bom, agora dorme leoa, já eu volto
-não corre-ela me olha preocupada
-não farei-pisco pra ela e entro pro banheiro
Faço minha higiene matinal e assim que saio do banheiro, sigo direto pro closet.
Troco a roupa que não era apropriada para sair, pego minha carteira e meu celular e saio do nosso quarto.
Meus filhos agora tem um despertador cada um e por isso eles tentam acordar sozinhos. A maioria das vezes funciona, mas as vezes não. Hoje, pensei que seria um dos dias que não funcionaria, já que ontem estavam todos cansados e fomos dormir um pouco tarde, mas eles me surpreenderam. Todos já estavam se arrumando, menos a Laura que permanecia deitada na cama, porém estava acordada.
-bora filha-tento anima- lá, mas não dá muito certo
-deixa eu faltar hoje?-pede baixinho
-o que aconteceu?-me sento na beirada da cama e faço carinho em seu cabelo
-eu tô com muita dor na barriga, desde ontem-ela explica
-você tomou remédio?
-ontem a minha mãe me deu um, mas não adiantou muito, a dor ainda tá aqui-ela fica em posição fetal
-vou te dar um remedinho que sua mãe toma quando sente cólica, pode ser isso
-será?-me olha surpresa
-eu acho que sim, onde dói?-me afasto um pouco
Ela se descobre e me mostra que dói no "pé" da barriga.
-acho que é cólica mesmo, pera ai-beijo a testa dela e saio
Volto pro meu quarto e procuro entre as coisas da Marina, o remédio que ela toma quando está com cólica. Assim que encontro, corto ele no meio, pois tenho medo de dar um inteiro pra Laura.
Volto pro quarto da minha primogênita e entrego o remédio pra ela, ela pega sua garrafinha de água ao lado da cama e bebe logo, pra que a dor amenize um pouco.
-dorme mais um pouco, a dor vai passar tá?-converso com ela que sorri me olhando
-você é o melhor pai do mundo, ninguém tem um pai igual ao meu, você é incrível-ela se senta e me abraça
-eu tô velho e emotivo filha, tá querendo me fazer chorar?-pergunto emocionado
-não pai-ela ri-só quero que saiba disso, você é maravilhoso demais, morro de orgulho de você e sou muito feliz por ser sua filha-ela me encara nos olhos e eu tento conter minhas lágrimas, mas algumas descem sem permissão
-amo você minha linda, demais. Você é um dos melhores presentes que Deus colocou já minha vida, vou sempre lutar pra ser um ótimo pai e pra te dar uma boa educação e estrutura familiar
-você já é um ótimo pai-ela beija minha bochecha e volta a deitar-agora para de ser um velho chorão e vai lá apressar os pequenos, às vezes eles enrolam de mais e atrasam todo mundo
-tô indo-me levanto-fica bem, logo a dor passa. Quando eu voltar, eu venho aqui ver como está
-obrigada pai, te amo muito
-te amo muito meu pedacinho-faço ela sorrir e ganho meu dia por isso
Saio do quarto dela e passo no quarto do Matheus, ele está sentado na cama, vestido com o uniforme da escola, com o tênis na mão e olhando o nada. Observo ele por alguns segundos e vejo ele dar uma pescada, provavelmente ele está com sono e está fazendo tudo ligado no automático.
-bora Theus-chamo a atenção dele, que finalmente me olha e parece acordar
-tô com sono-resmunga
-eu sei, mas precisa estudar. Chegar lá você vê os amigos, as gatinhas e se anima-pisco pra ele que ri
-eu só tenho uma gatinha pai-me corrige e eu fico surpreso
-que gatinha?
-é da minha sala, a gente fica junto no recreio, ela é linda
-Matheus, Matheus, olha lá em, nada de beijar essa menina, vocês são novinhos
-credo pai, beijar é nojento
-quero ver até quando vai pensar assim-falo baixo e ele não escuta-o que?-questiona
-respeito em Matheus, nada de beijo, só pode ficar juntos no recreio e pode abraçar também, mas só isso-deixo avisado e ele me olha tedioso
-eu sei disso pai
-sua mãe sabe disso?-pergunto e ele me olha assustado
-não, a mamãe não sabe, ela fica brava. Não conta pra ela pai-ele junta as mãozinhas implorando
-tá bom, não vou contar-dou um sorriso-agora calça logo esse tênis e desce pra tomar café
-tá, tô indo-ele finalmente calça o tênis e eu deixo ali
Passo no quarto da Mariana e ela já desceu, assim como a Manu. Desço também e encontro minhas filhas na mesa do café. Beijo a testa delas e sigo pra cozinha, onde Tânia está terminando de coar um café.
-bom dia Tânia-me aproximo e abraço ela apertado
-bom dia Lu, dormiu bem?-questiona preocupada e beija minha bochecha quando me afasto
-dormi sim e você?
-maravilhosamente-ela sorri toda feliz e eu estranho
-eita que a noite foi animada-brinco com ela que fica vermelha de vergonha
-foi sim-concorda mesmo estando sem graça e eu resolvo parar de zoar com ela, Tânia é muito reservada
-parei-beijo sua bochecha
-senta lá que já vou servir seu café
-obrigada-beijo sua bochecha
Me sento na mesa com meus piolhos e o Matheus já está ali.
-cadê a irmã?-Mariana pergunta sobre a Laura, ela só chama ela assim
-tá dodói, hoje ela não vai-explico e ela faz uma cara de preocupação
-o que ela tem? Ela vai ficar bem? Leva ela do médico pai-Ana começa a falar sem parar e eu acho lindo essa preocupação de irmãos
-é uma dorzinha na barriga, ela tá bem, eu já dei um remédio, se ela não melhorar, eu levo no médico
-você que deu remédio?-Manu debocha e os três começam a rir da minha cara
-ei, vocês param em-faço bico e a Manu que é a que está mais perto se estica e beija meu braço
-é brincadeira pai-ela diz séria e eu dou risada descontraindo o clima
Tomamos nosso café em um ótimo clima, ama estar com meus pequenos e escutar eles me chamando de pai toda hora.
Depois de estarmos todos satisfeitos, eles sobem correndo pra escovar os dentes e em seguida seguimos pra escola.
Como os três estudam na mesma escola, depois de deixa-los, sigo tranquilo pra casa. Ao chegar, subo direto pro quarto da Laura, pois estou preocupado com ela e não a encontro na cama.
-Laura-chamo e escuto um resmungo vindo do banheiro-filha-bato na porta e ela abre um pouco a porta, ao olha-la me preocupo mais ainda, ela está assustada-o que foi?
-eu menstruei
-ai meu Deus-me desespero
-eu preciso de absorvente pai
-ai meu Deus-não sei o que dizer
-vai lá ver se minha mãe tem, se não você vai ter que comprar
-eu não sei comprar isso Laura
-sabe sim, você aprende
-ai meu Deus-fico nervoso
-vai logo pai-ela me empurra e eu saio sem ter opção
Entro no meu quarto e encontro a Marina dormindo. Procuro absorvente nas coisas dela, mas só acho aquele que enfia dentro e ele é grande, com certeza não da pra minha filha.
Me aproximo da cama e cutuco a Marina que simplesmente vira pro outro lado e nem me dá atenção.
Sem ter opção, desço as escadas novamente e saio de carro em direção a uma farmácia. Vou direto em uma que sempre que a Marina precisa de algo, eu venho.
Todo mundo fica me olhando, mas estou preocupado mesmo em levar logo esses trem pra Laura.
Leio cada embalagem e tento entender a diferença de um pra outro, mas nada entra na minha mente.
-droga-resmungo um pouco irritado, pois eu tinha certeza que teria um específico pra primeira menstruação e não tem-quer saber?-falo sozinho-vou levar um de cada
Pego um pacote de cada absorvente que tem ali e levo pro caixa, a mulher que está ali, pelo jeito é nova, ela nem presta atenção no que tô comprando e simplesmente fica me encarando.
-pode ser rápida? Tô com um pouco de pressa-tento não parecer grosso e ela sorri
-posso tirar uma foto com você?-pergunta
-claro-concordo
Ela pega o celular e faz pose, eu faço o mesmo e tiramos a foto. Ela coloca tudo o que peguei em uma sacola, passo cartão e finalmente saio da farmácia.
Eu havia dito a Marina que não correria, mas na volta pra casa, fiz exatamente o contrário. Meto o pé no acelerador e logo chego.
Subo as escadas correndo e quando chego na porta do quarto da Laura, começo a sentir falta de ar.
-pai?-Laura pergunta do banheiro
-tá pelada?-pergunto sem conseguir sair do lugar
-não-responde rápido
-então pegar a sacola aqui, tô morrendo-me sento no chão
Ela sai do banheiro, pega a sacola na mão e fica me olhando.
-que foi?-questiono
-não sei usar pai
-ah meu Deus-me levanto e pego a sacola-sua mãe que devia ter te ensinado isso
-cadê ela?
-tá dormindo, tentei acordar ela e ela só virou pro lado
-então me ajuda pai
-meu Deus-pego a sacola
Escolho um absorvente qualquer, que eu deduzi que seria o melhor e peço pra ela pegar uma calcinha. Ela vai e volta toda sem jeito.
-meu Deus, meu bebê cresceu demais-fico olhando ela e sinto vontade de chorar
-sem chorar pai, só me ensina
Não sei de onde tirei experiência, mas pego um absorvente e abro pra ela ver.
-você tem que tirar esse papel do adesivo e colocar o absorvente no meio da calcinha, nem pra frente, nem pra trás, depois você tira esse papel dessa aba aqui oh-mostro pra ela que presta atenção-e cola na calcinha também-faço pra ela que fica me encarando-que foi? Não entendeu? Não expliquei direito?
-eu entendi tudo, obrigada pai-ela me abraça apertado-eu já te disse que você é o melhor pai do mundo né?
-acho que não disse não-faço graça e ela me olha rindo
-você é o melhor pai do mundo, te amo-ela beija minha bochecha-obrigada
-de nada meu amor, agora vai tomar banho-faço cócegas e ela se afasta
-você é doido-ela fala rindo
-por quê?-questiono
-olha o tanto de absorvente que você comprou-ela tira tudo da sacola-doido
-sou doidinho por vocês, fiquei com medo de comprar errado e decidi comprar um de cada, eu acertaria de qualquer jeito
-obrigada de novo, melhor pai do mundo-ela pega tudo e sai desconfiada pro banheiro
Eu me levanto, mesmo cansado, tanto fisicamente, quanto emocionalmente e sigo pro meu quarto, encontro a Marina sentada na cama mexendo no celular.
Ela me olha sorrindo e tudo o que consigo fazer é revirar os olhos.
-que foi?-pergunta preocupada
-vim te chamar e você só virou pro outro lado e continuou dormindo
-você disse que eu podia dormir
-eu disse quando fui levar as crianças, eu te chamei quase agora por outro motivo
-que motivo?-faz cara de tédio
-a Laura menstruou
-quê?-me olha chocada
-ela menstruou e eu não sabia o que fazer, fui na farmácia comprei todo os tipos de absorvente possíveis e ainda tive que me mostrar um excper no assunto e ensinar ela como coloca o absorvente
-você fez isso?-ela está surpresa
-fiz, não sei nem se expliquei direito, mas fiz-cruzo os braços bicudo
-ah amor-ela me faz deitar na cama e senta em cima do meu membro
-que foi? Tô bolado por você não ter acordado
-eu não acordei e você foi maravilhoso como sempre, merece uma nova recompensa
-acha mesmo que vai me ganhar oferecendo sexo?-faço cara de deboche
-acho-concorda sorrindo safada
-você como sempre, coberta de razão-levo minhas mãos até sua bunda
-obrigada por ser um maravilhoso homem, marido, amigo e pai. Você é a melhor escolha que eu fiz na minha vida
-digo o mesmo, você foi a minha melhor escolha
-te amo-ela se declara
-te amo mais-nos viro na cama
[...]
____________
Olá 😌😘
Passar o dia com a minha família é sempre bom, mas ontem renovou todas as minhas energias. É tão bom estar com eles e saber que eu os tenho.
Ficamos nos divertindo juntos o resto da tarde e também durante a noite. Quando os pequenos começaram a dar sinal de sono, subimos todos.
Todos tomaram banho e depois da Marina secar o cabelo de todos, demos beijinhos e eles foram dormir.
Seguimos pro nosso quarto e depois de trancar a porta, foi a nossa vez de tomar banho, só que do nosso jeitinho.
Dormimos já era quase de manhã, mas antes disso coloco meu celular pra despertar, não é sempre que estou em casa, mas sempre que estou levo as crianças pra escola.
Pego no sono muito rapidamente e quando o sono começa a ficar bom, meu celular desperta. Até tento não abrir os olhos e continuar a dormir, mas sinto uma cotovelada na minha costela e rapidamente me sento na cama.
-o que que foi?-pergunto pra minha esposa que me olha brava
-vai levar as crianças hoje?
-por que o mal humor?-questiono logo de cara e ela revira os olhos
-eu tava em um ótimo sono e seu celular me acordou
-desculpa-me aproximo dela e beijo sua bochecha-pode dormir, vou levar os pequenos sim
-tá-ela boceja e fecha os olhos-obrigada-dá um sorriso-ontem a Laura na hora de dormir, tava com uma dor na barriga, eu pensei que fosse por ter comido demais-ela dá de ombros ainda de olhos fechados-mas se a dor continuar e ela quiser faltar, você pode deixar
-certeza?-questiono pra ter certeza do que ela está falando
-claro que sim, tô de olhos fechados, mas ainda não voltei a dormir-ela diz em um tom de repreensão
-tá bom, agora dorme leoa, já eu volto
-não corre-ela me olha preocupada
-não farei-pisco pra ela e entro pro banheiro
Faço minha higiene matinal e assim que saio do banheiro, sigo direto pro closet.
Troco a roupa que não era apropriada para sair, pego minha carteira e meu celular e saio do nosso quarto.
Meus filhos agora tem um despertador cada um e por isso eles tentam acordar sozinhos. A maioria das vezes funciona, mas as vezes não. Hoje, pensei que seria um dos dias que não funcionaria, já que ontem estavam todos cansados e fomos dormir um pouco tarde, mas eles me surpreenderam. Todos já estavam se arrumando, menos a Laura que permanecia deitada na cama, porém estava acordada.
-bora filha-tento anima- lá, mas não dá muito certo
-deixa eu faltar hoje?-pede baixinho
-o que aconteceu?-me sento na beirada da cama e faço carinho em seu cabelo
-eu tô com muita dor na barriga, desde ontem-ela explica
-você tomou remédio?
-ontem a minha mãe me deu um, mas não adiantou muito, a dor ainda tá aqui-ela fica em posição fetal
-vou te dar um remedinho que sua mãe toma quando sente cólica, pode ser isso
-será?-me olha surpresa
-eu acho que sim, onde dói?-me afasto um pouco
Ela se descobre e me mostra que dói no "pé" da barriga.
-acho que é cólica mesmo, pera ai-beijo a testa dela e saio
Volto pro meu quarto e procuro entre as coisas da Marina, o remédio que ela toma quando está com cólica. Assim que encontro, corto ele no meio, pois tenho medo de dar um inteiro pra Laura.
Volto pro quarto da minha primogênita e entrego o remédio pra ela, ela pega sua garrafinha de água ao lado da cama e bebe logo, pra que a dor amenize um pouco.
-dorme mais um pouco, a dor vai passar tá?-converso com ela que sorri me olhando
-você é o melhor pai do mundo, ninguém tem um pai igual ao meu, você é incrível-ela se senta e me abraça
-eu tô velho e emotivo filha, tá querendo me fazer chorar?-pergunto emocionado
-não pai-ela ri-só quero que saiba disso, você é maravilhoso demais, morro de orgulho de você e sou muito feliz por ser sua filha-ela me encara nos olhos e eu tento conter minhas lágrimas, mas algumas descem sem permissão
-amo você minha linda, demais. Você é um dos melhores presentes que Deus colocou já minha vida, vou sempre lutar pra ser um ótimo pai e pra te dar uma boa educação e estrutura familiar
-você já é um ótimo pai-ela beija minha bochecha e volta a deitar-agora para de ser um velho chorão e vai lá apressar os pequenos, às vezes eles enrolam de mais e atrasam todo mundo
-tô indo-me levanto-fica bem, logo a dor passa. Quando eu voltar, eu venho aqui ver como está
-obrigada pai, te amo muito
-te amo muito meu pedacinho-faço ela sorrir e ganho meu dia por isso
Saio do quarto dela e passo no quarto do Matheus, ele está sentado na cama, vestido com o uniforme da escola, com o tênis na mão e olhando o nada. Observo ele por alguns segundos e vejo ele dar uma pescada, provavelmente ele está com sono e está fazendo tudo ligado no automático.
-bora Theus-chamo a atenção dele, que finalmente me olha e parece acordar
-tô com sono-resmunga
-eu sei, mas precisa estudar. Chegar lá você vê os amigos, as gatinhas e se anima-pisco pra ele que ri
-eu só tenho uma gatinha pai-me corrige e eu fico surpreso
-que gatinha?
-é da minha sala, a gente fica junto no recreio, ela é linda
-Matheus, Matheus, olha lá em, nada de beijar essa menina, vocês são novinhos
-credo pai, beijar é nojento
-quero ver até quando vai pensar assim-falo baixo e ele não escuta-o que?-questiona
-respeito em Matheus, nada de beijo, só pode ficar juntos no recreio e pode abraçar também, mas só isso-deixo avisado e ele me olha tedioso
-eu sei disso pai
-sua mãe sabe disso?-pergunto e ele me olha assustado
-não, a mamãe não sabe, ela fica brava. Não conta pra ela pai-ele junta as mãozinhas implorando
-tá bom, não vou contar-dou um sorriso-agora calça logo esse tênis e desce pra tomar café
-tá, tô indo-ele finalmente calça o tênis e eu deixo ali
Passo no quarto da Mariana e ela já desceu, assim como a Manu. Desço também e encontro minhas filhas na mesa do café. Beijo a testa delas e sigo pra cozinha, onde Tânia está terminando de coar um café.
-bom dia Tânia-me aproximo e abraço ela apertado
-bom dia Lu, dormiu bem?-questiona preocupada e beija minha bochecha quando me afasto
-dormi sim e você?
-maravilhosamente-ela sorri toda feliz e eu estranho
-eita que a noite foi animada-brinco com ela que fica vermelha de vergonha
-foi sim-concorda mesmo estando sem graça e eu resolvo parar de zoar com ela, Tânia é muito reservada
-parei-beijo sua bochecha
-senta lá que já vou servir seu café
-obrigada-beijo sua bochecha
Me sento na mesa com meus piolhos e o Matheus já está ali.
-cadê a irmã?-Mariana pergunta sobre a Laura, ela só chama ela assim
-tá dodói, hoje ela não vai-explico e ela faz uma cara de preocupação
-o que ela tem? Ela vai ficar bem? Leva ela do médico pai-Ana começa a falar sem parar e eu acho lindo essa preocupação de irmãos
-é uma dorzinha na barriga, ela tá bem, eu já dei um remédio, se ela não melhorar, eu levo no médico
-você que deu remédio?-Manu debocha e os três começam a rir da minha cara
-ei, vocês param em-faço bico e a Manu que é a que está mais perto se estica e beija meu braço
-é brincadeira pai-ela diz séria e eu dou risada descontraindo o clima
Tomamos nosso café em um ótimo clima, ama estar com meus pequenos e escutar eles me chamando de pai toda hora.
Depois de estarmos todos satisfeitos, eles sobem correndo pra escovar os dentes e em seguida seguimos pra escola.
Como os três estudam na mesma escola, depois de deixa-los, sigo tranquilo pra casa. Ao chegar, subo direto pro quarto da Laura, pois estou preocupado com ela e não a encontro na cama.
-Laura-chamo e escuto um resmungo vindo do banheiro-filha-bato na porta e ela abre um pouco a porta, ao olha-la me preocupo mais ainda, ela está assustada-o que foi?
-eu menstruei
-ai meu Deus-me desespero
-eu preciso de absorvente pai
-ai meu Deus-não sei o que dizer
-vai lá ver se minha mãe tem, se não você vai ter que comprar
-eu não sei comprar isso Laura
-sabe sim, você aprende
-ai meu Deus-fico nervoso
-vai logo pai-ela me empurra e eu saio sem ter opção
Entro no meu quarto e encontro a Marina dormindo. Procuro absorvente nas coisas dela, mas só acho aquele que enfia dentro e ele é grande, com certeza não da pra minha filha.
Me aproximo da cama e cutuco a Marina que simplesmente vira pro outro lado e nem me dá atenção.
Sem ter opção, desço as escadas novamente e saio de carro em direção a uma farmácia. Vou direto em uma que sempre que a Marina precisa de algo, eu venho.
Todo mundo fica me olhando, mas estou preocupado mesmo em levar logo esses trem pra Laura.
Leio cada embalagem e tento entender a diferença de um pra outro, mas nada entra na minha mente.
-droga-resmungo um pouco irritado, pois eu tinha certeza que teria um específico pra primeira menstruação e não tem-quer saber?-falo sozinho-vou levar um de cada
Pego um pacote de cada absorvente que tem ali e levo pro caixa, a mulher que está ali, pelo jeito é nova, ela nem presta atenção no que tô comprando e simplesmente fica me encarando.
-pode ser rápida? Tô com um pouco de pressa-tento não parecer grosso e ela sorri
-posso tirar uma foto com você?-pergunta
-claro-concordo
Ela pega o celular e faz pose, eu faço o mesmo e tiramos a foto. Ela coloca tudo o que peguei em uma sacola, passo cartão e finalmente saio da farmácia.
Eu havia dito a Marina que não correria, mas na volta pra casa, fiz exatamente o contrário. Meto o pé no acelerador e logo chego.
Subo as escadas correndo e quando chego na porta do quarto da Laura, começo a sentir falta de ar.
-pai?-Laura pergunta do banheiro
-tá pelada?-pergunto sem conseguir sair do lugar
-não-responde rápido
-então pegar a sacola aqui, tô morrendo-me sento no chão
Ela sai do banheiro, pega a sacola na mão e fica me olhando.
-que foi?-questiono
-não sei usar pai
-ah meu Deus-me levanto e pego a sacola-sua mãe que devia ter te ensinado isso
-cadê ela?
-tá dormindo, tentei acordar ela e ela só virou pro lado
-então me ajuda pai
-meu Deus-pego a sacola
Escolho um absorvente qualquer, que eu deduzi que seria o melhor e peço pra ela pegar uma calcinha. Ela vai e volta toda sem jeito.
-meu Deus, meu bebê cresceu demais-fico olhando ela e sinto vontade de chorar
-sem chorar pai, só me ensina
Não sei de onde tirei experiência, mas pego um absorvente e abro pra ela ver.
-você tem que tirar esse papel do adesivo e colocar o absorvente no meio da calcinha, nem pra frente, nem pra trás, depois você tira esse papel dessa aba aqui oh-mostro pra ela que presta atenção-e cola na calcinha também-faço pra ela que fica me encarando-que foi? Não entendeu? Não expliquei direito?
-eu entendi tudo, obrigada pai-ela me abraça apertado-eu já te disse que você é o melhor pai do mundo né?
-acho que não disse não-faço graça e ela me olha rindo
-você é o melhor pai do mundo, te amo-ela beija minha bochecha-obrigada
-de nada meu amor, agora vai tomar banho-faço cócegas e ela se afasta
-você é doido-ela fala rindo
-por quê?-questiono
-olha o tanto de absorvente que você comprou-ela tira tudo da sacola-doido
-sou doidinho por vocês, fiquei com medo de comprar errado e decidi comprar um de cada, eu acertaria de qualquer jeito
-obrigada de novo, melhor pai do mundo-ela pega tudo e sai desconfiada pro banheiro
Eu me levanto, mesmo cansado, tanto fisicamente, quanto emocionalmente e sigo pro meu quarto, encontro a Marina sentada na cama mexendo no celular.
Ela me olha sorrindo e tudo o que consigo fazer é revirar os olhos.
-que foi?-pergunta preocupada
-vim te chamar e você só virou pro outro lado e continuou dormindo
-você disse que eu podia dormir
-eu disse quando fui levar as crianças, eu te chamei quase agora por outro motivo
-que motivo?-faz cara de tédio
-a Laura menstruou
-quê?-me olha chocada
-ela menstruou e eu não sabia o que fazer, fui na farmácia comprei todo os tipos de absorvente possíveis e ainda tive que me mostrar um excper no assunto e ensinar ela como coloca o absorvente
-você fez isso?-ela está surpresa
-fiz, não sei nem se expliquei direito, mas fiz-cruzo os braços bicudo
-ah amor-ela me faz deitar na cama e senta em cima do meu membro
-que foi? Tô bolado por você não ter acordado
-eu não acordei e você foi maravilhoso como sempre, merece uma nova recompensa
-acha mesmo que vai me ganhar oferecendo sexo?-faço cara de deboche
-acho-concorda sorrindo safada
-você como sempre, coberta de razão-levo minhas mãos até sua bunda
-obrigada por ser um maravilhoso homem, marido, amigo e pai. Você é a melhor escolha que eu fiz na minha vida
-digo o mesmo, você foi a minha melhor escolha
-te amo-ela se declara
-te amo mais-nos viro na cama
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