Marina
Chegamos na clínica pra fazer o teste da orelinha e do pézinho. Primeiro faríamos o mais suave que é o do ouvido. Aguardavamos chamarem a Laura e o Luan não parava quieto. Sua mão não saiu da boca um só segundo. Ele permaneceu comendo o cantinho do dedo a todo momento.
Quando finalmente chamaram a Laura seguimos juntos até a sala do exame. Entramos na sala e a doutora nos olha surpresa.
-meu Deus, que prazer-nos cumprimenta
-o prazer é nosso-falo sorrindo
-essa pequena é a princesa Laura?
-sim-tiro a manta que cobria o rosto da Laura da claridade do dia
-coisa mais linda, posso pegar?-pergunta e eu concordo entregando minha filha pra ela
Com todo cuidado do mundo ela coloca minha neném deitada em uma maca e a Laura sequer se mexe. Luan me abraça de lado e fica observando também.
-isso dói?-ele pergunta ao ver ela com um aparelho e uma espécie de fone na mão
-não, tudo é muito tranquilo, apenas vou colocar na orelinha e vou emitir alguns sons e esperar que haja uma reação dos ouvidinhos-ela explica toda cuidadosa
Ela coloca um fone acoplado a uma espécie de aparelho eletrônico na orelha da Laura e começa a emite sons de fraca intensidade, nem eu e o Luan conseguimos ouvir, ela recolhe as respostas que a orelha interna da minha filha produz e sorri animada nos olhando. O processo se repete na outra orelha e novamente a doutora sorri.
Quando o exame finalmente acaba ela pega a Laura no colo e nos olha.
-tá tudo certo, ela respondeu a tudo, prontinha pra ouvir os paparicos dos pais e avós-ela diz nos fazendo rir
-obrigada viu, obrigada mesmo-pego o caderno da Laura
-tira uma foto comigo?-pede sem graça
-claro, vem cá-Luan chama
-quer que eu bata a foto?-pergunto e ela nega
-vem também
-tá
Abraço o Luan de um lado e ela do outro, batemos algumas selfies e ela logo agradece e guarda o celular.
Luan pega a pequena no colo e me segue até a outra parte da clínica. Hora do exame mais sofrido da vida.
Ficamos esperando um tempo, mas logo a enfermeira que faz o teste chega e assim como a doutora, ela fica surpresa.
-meu Deus, que honra recebe-los aqui-nos cumprimenta e olha minha filha nos braços do pai-vão fazer o teste do pézinho?-pergunta
-sim-entrego a folha do pedido pra ela
-entrem-abre a porta de uma sala e eu vou atrás junto com o Luan
Graças a Deus a clínica está vazia e mesmo se não estivesse, o Well estava a poucos metros da gente e logo entraria em ação, caso precisasse.
Preencho o cartão de coleta com todos os dados necessários e em seguida a enfermeira lava as mãos e coloca uma luva.
-qual dos dois vai segura-lá?-ela pergunta e o Luan olha assustado
-a gente tem que segurar?-pergunta apavorado
-sim, na posição de quando vai fazê-la arrotar-ela explica
-quer que eu segure?-pergunto pra ele e ele nega
-deixa que eu faço-confirma e eu apenas assinto
-abre macacão e tira o pézinho dela
-qual um?-pergunto e ela concorda
Abro o macacão na parte de baixo e como ela está de calça por baixo, tive que tirar o mijãozinho e depois a meia.
A enfermeira toca o pézinho dela com a mão e ela se encolhendo, provavelmente assim como eu ela tem cócegas nos pés. Luan me olha sorrindo e pelo jeito pensou o mesmo que eu.
Coloco minha mão nas costas da Laura perto da mão do Luan. A enfermeira olha nós dois antes de furar o pézinho dela, e assim que ela faz o choro fino da Laura ecoa na sala. Aquilo parte meu coração e eu passo a mão nas costinhas dela, que continua a chorar.
A enfermeira faz todo o procedimento do teste enquanto minha filha chora. Sinto meus olhos molharem e escondo meu rosto nos ombros largos do Luan.
Sinto ele soluçar profundamente e tiro meu rosto do seu corpo, levanto o olhar e vejo grandes lágrimas escorrerem pelos seus olhos. Ele chora mais que a Laura e eu juntas.
-pronto, pronto-a enfermeira diz-deita ela no braço-pede rindo provavelmente por ver eu e o Luan chorando junto com a Laura
Luan senta em uma cadeira e deita a Laura no braço, a enfermeira comprimi levemente o local que furou com algodão.
-segura pra mim-ela pede me olhando e eu concordo
Vou até ela e seguro onde ela pediu. A mesma leva o exame sei lá pra onde e permanecemos ali até o sangue cessar.
Luan continua chorando enquanto escuta a Laura chorando.
-deixa eu arrumar a roupa dela-peço, já que ele tava prendendo o macacão
-tá-soluça
Arrumo a roupinha dela e enrolo ela na manta.
-quer que eu pegue?-pergunto e ele nega
-promete que nunca mais ela vai fazer esse exame?-ele me olha com os olhinhos vermelhos
-se Deus quiser não
-por que se Deus quiser?-me encara
-porque o teste do pézinho serve pra identificar algumas doenças, se der positivo em alguma é necessário refazer o exame pra ter certeza-explico
-se Deus quiser não vai dar nada-funga e eu sorrio
Me aproximo e beijo suas lágrimas, as limpando em seguida. Luan se levanta e passa a ninar a Laura até ela finalmente voltar a dormir.
A enfermeira volta e nos despedimos também com uma selfie, nós dois com os olhos vermelhos de chorar.
Assim que chegamos até onde o Well nos esperava ele nos encara, mas não diz nada. Seguimos pro carro e assim que entramos o Well resolve perguntar.
-choraram?
-oh cara, esse teste do pézinho não é de Deus não-Luan volta a chorar e o negão dá risada
-tô imaginando quando for o dia dela tomar injeção-fungo e o Luan me encara
-injeção?-pergunta e eu concordo-ah não cara-choraminga e eu dou risada do seu jeitinho sensível
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Ai gente 😍😍😍😍
Teste do pézinho não é de Deus mesmo não. Fui no das minhas duas sobrinhas e nos dois eu chorei de tanta dó 😭😭😭
Luan é muito chorão, chorou mais q a neném, mas tbm né a criança praticamente já nasce levando agulhada..
ResponderExcluirTo amando esse lado pai do luan,bem babão,bem prestativo,adorei...só imaginando que tipo de pai ele vai ser quando ela for maiorzinha
ResponderExcluirSenhor KkkkkkKKKKKKKKKKKKKKK
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