quarta-feira, 17 de maio de 2017

Capítulo 196 - Primeira vez

Luan

Marina me olha com aqueles lindos olhos verdes brilhando, e lágrimas se formam nos cantinhos dos seus olhos.

-sem chorar, por favor-imploro e ela sorri entre lágrimas
-é bem clichê, eu sei, mas hoje o aniversário é seu e quem ganhou o presente foi eu, desde o momento que sua mãe e seu pai fizeram você, estávamos destinados, você já era pra ser meu desde quando era um esperma-nós dois rimos-obrigada por sempre ter sido muito bom pra mim, por me fazer conhecer um amor que eu não sabia que poderia existir, obrigada por ser o meu melhor presente e me dar o meu melhor presente, que tudo dê muito certo nessa nossa nova etapa e que possamos sempre resolver tudo com sabedoria e muito amor-alisa meu rosto e entrelaça seus dedos em meu cabeço-que Deus te abençoe cada dia mais e que você possa ser feliz sempre-se aproxima e roça nossos narizes-eu te amo, muito
-fiquei sem palavras agora-falo sem graça e sinto ela limpar os cantinhos dos meus olhos, onde escorriam lágrimas
-não precisa dizer nada, só vamos ficar juntos e curtir juntos-passo a pontinha do meu nariz por todo seu rosto
-te amo sereia-puxo seu cabelo devagar e colo nossos lábios

Inicio um beijo quente aproximando os nossos corpos o máximo que consigo. Sinto suas mãos que estavam em minha cintura, subir por de baixo da minha blusa e arranhar minha barriga me deixando animado.

Nosso beijo dura pouco, pois logo ela se afasta buscando ar. Desço minha boca até seu pescoço e em seguida passeios meus lábios pelo seu ombro de fora. Mordisco sua pele e ela arranha minha barriga novamente, mas dessa vez com vontade.

Me pressiono contra ela que joga a cabeça pro lado me dando total liberdade.

-você quer?-pergunto
-estamos em um banheiro-ela diz baixo
-é rápido-mordisco sua orelha e beijo sua bochecha
-nunca é rápido-ela ri baixinho ainda me arranhando e me excitando ainda mais
-toca nele-peço e ela entende

Seus dedos escorregam até meu membro coberto. Sua mão passa por cima dele e dá uma leve apertada.

-desocupa logo-alguém bate na porta
-usa outro-grito de volta
-anda logo-a pessoa reclama
-vamos ter que sair-ela diz baixinho tirando meu rosto da curva de seu pescoço
-que droga-reclamo me afastando

Sou obrigado a me ajeitar pra tentar ficar confortável e sinto as bochechas da minha menina corar.

Ao abrir a porta, vejo um rosto desconhecido, mas que me desejou parabéns e felicidades.

Assim que aparecemos do lado de fora, começaram a cantar parabéns pra mim. Sorrio animado sem soltar a Marina, até as pessoas começarem a chegar pra me dar os parabéns.

-vai lá sentar com o Rober enquanto cumprimento as pessoas-falo com a Marina que desfaz o sorriso
-ok-ia saindo, mas a puxo pra mim
-o que foi?-pergunto
-nada, vai cumprimentar as pessoas-diz irônica e sai

Entre os homens há mulheres, confesso que mulheres bonitas, mas nenhuma que eu queira, talvez seja isso a birra da Marina.

-parabéns Luan, tudo de bom-uma das mulheres diz abraçada em mim-saudade de você, se quiser repetir o que fizemos no Carnaval do ano passado, eu topo muito-ela sussurra e eu procuro a Marina com o olhar, encontro ela de cara feia
-obrigada viu, mas não quero repetir nada, tenho uma mulher maravilhosa em casa-sorrio piscando pra ela
-poxa vida, eu posso fazer o que ela não faz, eu sei que ela está grávida e agora o sexo começa a ficar repetitivo, sempre a mesma posição, sempre as mesmas coisas, se sentir saudade de algo-sinto um papelzinho ser colocado no meu bolso, com certeza a Marina viu isso e eu estou fodido
-tudo que minha mulher faz é bem feito, até se fizéssemos a mesma posição pra sempre eu escolheria ela mil vez, agora se me dá licença-sorrio tentando parecer educado

Cumprimento as outras pessoas e de longe vejo as encaradas da Marina. Em um certo momento faço uma leitura labial e vejo a Marina falar pro testa que a Laura chutou.

Esqueço todo mundo ali e sigo até a minha loira.

-Ela tá chutando-toco sua barriga
-tava até você aparecer-Testa diz pra me irritar e dessa vez ele conseguiu
-velho, vai se ferrar-falo bolado e ele ri
-não tenho culpa se a Laura gosta mais de mim-ele me provoca e eu estou pronto pra responder
-pode parar vocês dois, não quero ninguém brigando e eu tô com fome
-parei-falo me afastando-quer carne?-pergunto pra ela
-sim e quero também mais suco de laranja-me dá um sorriso
-tá bom

Vou atrás pra ela e ainda encontro suco na geladeira, carne eu mesmo tirei na churrasqueira e levo até ela que sorri acariciando a barriga.

-por que você fica junto com os homens e não com as mulheres?-pergunto entregando o prato com carne e o copo com suco
-porque essas mulheres são um pouco fúteis, elas só falam em gasto com roupas, sapatos, jóias, entre outras coisa, fora que eu vejo elas me olhando feio, acho que elas eram amigas da Alicia e preferem ela, mas eu tô pouco me fodendo, não tô aqui pra agradar ninguém além de você-ela responde dando de ombros
-e você me agrada muito-beijo sua bochecha

Eu jurava que ela estava brava, mas em seu rosto eu via um sorriso, então não tem preocupação.

Fizemos uma rodinha de violão e me sento bem ao lado pra tocar e cantar, Marina ficou distante e vi nem quando Loubet se aproximou dela, acho que pra falar de música, do trabalho deles.

Me concentrei em tocar por um tempo enquanto eu bebia, mas fui ficando animado demais e sai da rodinha me aproximando da Marina que ria com o Rober e o Loubet.

-vamos pra casa-chamo a Marina e ela me olha feio
-Eu tô conversando, seja educado-briga comigo
-desculpa-me sento ao seu lado
-não tem problema Mari, vai lá, leva essa princesa pra dormir-ele diz apontando pra barriga dela
-Acho que agora ela dormiu-Marina ri
-a Laura tava chutando de novo?
-sim, dava pra ver ela passeando, acho que tava procurando um jeito confortável pra dormir-me responde
-por que não me chamou?
-você estava ocupado e um pouco longe, meus pézinhos estão doendo e eu não quis andar até lá
-tudo bem-suspiro
-quer mesmo ir?-pergunto
-sim-concordo
-então vamos

Ela se despede do Loubet e eu também. Procuro o Sorocaba e o aviso que estou indo. Seguimos até o carro enquanto o Rober fala com o negão no telefone.

-e ai?-pergunto quando ele desliga
-podemos ir, o negão tá lá em cima desde a hora que chegou com uma peguete e não vai sair tão cedo
-nossa-Marina fala impressionada

Nem a respondo. Entro na frente com o Rober e seguimos conversando sobre o show dos próximos dia.

Chegando no prédio, abro o portão e o Rober para perto do elevador. Me viro e vejo a Marina dormindo.

-não vou dar conta de levar ela no colo-falo baixo
-nem pensar em falar isso pra ela-ele avisa fechando a cara
-relaxa que a mulher é minha e eu sei cuidar

Desço do carro e abro a porta dela, pego sua bolsa e o salto que já não está mais em seus pés.

-amor-chamo sua atenção até ela abrir os olhos-chegamos
-hum-resmunga

Ajudo ela a tirar o sinto e a descer. Seguimos abraçados pro elevador e ficamos assim até o elevador parar na cobertura.

Entramos em casa e a Marina se solta e corre apartamento a dentro, dizendo que precisa fazer xixi.

-cuidado nessa escada-reclamo, mas ela já tinha sumido

Deixo as coisas dela na sala e vou pra cozinha, tomo um copo de água gelada e suspiro chateado.

Será que minha filha não gosta de mim? Será que é porque estou tão ausente com elas?

-preciso dar um jeito de mudar isso-sussurro pra mim mesmo

Sigo até o quarto e vejo a Marina sair do banheiro enxugando o rosto em uma toalha. Em seu corpo, um macacão de dormir, é um pijama cheio de botões e é bem difícil ter acesso ao que tem em baixo dele.

E eu que pensei que estava tudo bem entre a gente, agora tenho certeza que não está. Ela está brava.

-vai tomar banho?-pergunta manhosa
-vou rapidinho-me aproximo dela e beijo sua bochecha

Tiro minha roupa e deixo ali no chão do quarto. Entro no banheiro e tomo um banho rápido pra esfriar os nervos. Tento ao máximo não molhar o cabelo e acho que eu consegui.

Ao sair, coloco apenas uma cueca e me deito na cama. Marina está de costas pra mim. Abraço ela por trás pra tentar convencê-la de tirar esse macacão do corpo.

Beijo seu pescoço e em seguida mordisco seu ombro coberto. Coloco minha mão em sua barriga e subo até seus seios também cobertos.

-estou cansada-ela diz tirando minha mão
-tá bom-desisto

Deito de barriga pra cima e tento dormir, mas não consigo pelo jeito nem a loira ao meu lado.

Começo a cantar a nossa música, Dói só de pensar e aliso os cabelos da Marina jogados por cima do meu braço.

-me dá sua mão-ela pede ainda de costas
-pra quê?
-anda-ela se deita de barriga pra cima

Estico minha mão pra ela, e ela coloca em sua barriga, na hora sinto um chute forte e em seguida Laurinha se mexendo sem parar pra mim, pela primeira vez.

-continua cantando-Marina diz se encaixando em meus braços

Continuo a cantar e nossa filha continua animada, me fazendo chorar um pouquinho. Que sensação maravilhosa. Que amor grandioso.





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Meu casal é muito fofo né?!
😊😊😊😊😊

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