Capítulo 186 - Revelação

Luan

Escutei a Marina dizer tudo o que queria e fiquei calado, ela me olhou o caminho todo e eu tive que me segurar pra não beijar aquela boca rosa de batom.

Ao estacionar na garagem dos meus pais, ela me olhou por mais alguns segundos e tirou a mão do meu cabelo.

Vi ela pegar suas coisas e abrir a porta pra sair do carro, mas fui mais rápido e segurei em seu braço a impedindo de sair.

-espera um pouco-peço

Ela se vira de volta pra mim e fecha a porta novamente. Desço minha mão até sua barriga e acaricio aquele pequeno volume.

Tiro meu cinto com a minha mão livre e me aproximo da Marina que está de olhos fechados sentindo o meu carinho.

-você não tem noção o quão decepcionado fiquei quando eu quis matar toda a minha saudade de você e você me ignorou. Você não tem noção o quanto é ruim ficar sem beijar você-ela abre os olhos e eu me aproximo o máximo que consigo-não faz mais isso
-eu vou tentar-sussurra olhando meus olhos e minha boca-se eu estiver sendo grossa ou algo do tipo, por favor, me diz antes de explodir, me diz antes de ir embora e nunca mais me deixa-roça seu nariz no meu-eu te amo-mordisco seu lábio

Subo minha mão que está na sua barriga até a sua nuca e puxo levemente o seu cabelo.

-me beija logo-ela pede de olhos fechados e eu dou risada

Roço os nossos lábios e colo os mesmos em um selinho demorado, ela abre a boca e eu passeio minha língua pra dentro da dela.

Nosso beijo durou longos minutos e quando tentei parar a Marina não deixou e intensificou o mesmo. Afasto meu banco sem me soltar dela e puxo ela pro meu colo, ela senta de frente pra mim e enrosca sua mão em meu cabelo. Escorrego minhas mãos até sua cintura e aperto com certa força.

O fôlego some, e eu me afasto um pouco tentando recuperar o ar dos meus pulmões. Marina desce sua boca até meu pescoço e começa a me provocar. Não sou de ferro. Deslizo minhas mãos até sua bunda e aperto com força.

-estão nos esperando-ela sussurra em meu ouvido e mordisca o lóbulo da minha orelha levando todo o arrepio do meu corpo até o meu membro
-então para de me provocar-sussurro de volta
-vamos descer-ela diz sem se afastar
-vamos

Seguro sua cabeça entre minhas mãos e inicio outro beijo. Sugo sua língua pra mim e ela retribui. Sinto ela rebolar em meu colo e levanto meu quadril de encontro a ela.

-você está animado-ela sorri se afastando do beijo
-estou-volto a erguer meu quadril de encontro a ela

No momento que iríamos iniciar outro beijo, o celular dela toca e aparece uma foto dela com a Bruna.

-e agora?-pergunto tirando ela do meu colo e a colocando no banco do lado
-pensa na quarta, em como fui grossa contigo e se desanima, se a gente não descer agora ferrou, a Bruna vai vim matar eu e você-revira os olhos e eu faço careta

Volto a me lembrar de quarta e aos poucos me desanimou.

-Não fica bravo de novo-ela pede afinando a voz e eu dou risada
-Não vou ficar, hoje é um dia feliz, acho que já deu de briga-olho ela que sorri concordando com a cabeça

Me estico e abro a porta pra ela, que desce arrumando o vestido. Desço arrumando minha roupa, principalmente minha calça.

-vem-estico a mão pra ela e entramos por trás

Ninguém esperava nos ver ali chegando por trás, e as caras de surpresos nos fez rir.

Saímos cumprimentando todo mundo, mesa por mesa. Não foram convivados muitas pessoas. Basicamente foram os mais próximos. Pessoas da minha equipe, os amigos da Marina e só.

Segui até a parte de dentro e encontramos a Bruna andando pra lá e pra cá na sala, o Mario sentado no sofá com o pé pendurado e sem nada nos braços.

-você agora é só metade múmia-zoei e ele me olhou, Bruna nos olhou e veio até a gente
-onde vocês estavam seus irresponsáveis-Bruna me dá um tapa no braço já que não pode fazer isso com a Marina
-calma, estávamos nos acertando, ou queria que viessemos saber o sexo do nosso neném brigados?-Marina se explica e a Bruna amolece
-tá bom, e você está linda-ela faz a minha namorada dar uma voltinha
-e eu não sou uma múmia-Mario joga uma almofada em mim e eu desvio
-não mesmo, você agora é metade de uma múmia-volto a zoa-lo e ele revira os olhos fazendo todo mundo rir
-para de zoar ele-Marina briga comigo e eu faço bico
-cadê minha mãe?-pergunto pra Bruna
-NOSSA mãe está na cozinha-dá ênfase na primeira palavra me fazendo rir
-ela é só minha, você caiu do caminhão do lixo na frente de casa-falo e saío puxando a Marina pra cozinha

Encontro Xumba e meu pai se beijando na cozinha, mas não é qualquer beijo, é um beijo igual ao que eu estava dando na Marina minutos atrás.

-chegou uma criança, podem parar-chamo atenção dos dois que se afastam e nos olham
-cadê a criança?-meu pai pergunta, já que a Xumba está vermelha
-aqui-passo a mão na barriga da Marina e ela ri
-tudo bem?-Xumba se aproxima e a abraça apertado em seguida acaricia a barriga dela-meu Deus, tem uma saliência mesmo-ela diz surpresa-pensei que estava esticando-seus olhinhos brilham
-eu que fiz Xumba-dou de ombros e ela ri

Aproveito e vejo que ali tem salgadinhos. Pego um pratinho e encho ele e começo a comer.

-ei, vamos lá pra fora-Bruna chama

Marina sai na frente e eu atrás dela. Uma mesa já está separada pra gente. Em uma mesa tem diversos pacotes de fralda.

-e essas fraldas?-pergunto pra Bruna
-eles que trouxeram, era só pra vim, mas eles trouxeram, deixei aquela mesa separada pra isso-dá de ombros
-entendi
-quero atacar a mesa de docinhos e o bolo-Marina diz lambendo os lábios
-quando for lá revelar, você aproveita e rouba-dou ideia
-nem pensar-Bruna briga
-tá bom, depois se esse neném nascer com cara de docinho e bolo a culpada é você-cruza os braços fazendo bico

Comi bastante e bebi bastante. Fico abraçado com a Marina e quando ela ia dar atenção aos convidados eu vou junto com ela.

A decoração ficou a coisa mais linda e simples, Marina também se encantou toda com tudo.

Mario e o pé quebrado dele veio nos avisar que está na hora de saber o sexo.

-chama meus pais no facetime e grava?-Marina pede pro amigo que já disca e rapidamente eles atendem-ei, o Mario vai gravar tudo pra vocês tá?-Marina fala ao ver a mãe, o pai, a irmã e o cunhado tudo junto
-vai revelar já?-dona Vera, minha sogrinha pergunta
-sim-joga beijo e me dá a mão

Seguimos até o balão preto com vários pontos de interrogação. Eu pensei que descobririamos cortando o bolo, mas foi diferente e eu claro, estou amando tudo.

Marina roubou alguns docinhos e comeu, enquanto a Bruna tentava chamar a atenção de todos com aquela voz de criança.

-ei gente-Mario deu um grito com a voz grossa e todo mundo olhou-vamos revelar aqui-ele avisa e eu inicio uma crise de riso, onde foi que ele aprendeu a falar igual homem?
-toma-Bruna me deu um espeto desses de espetinho e outro pra Marina-quando eu falar três em-ela avisa e se afasta
-no um a gente fura-sussurro pra Marina
-você nem gosta de implicar com a sua irmã né?-fala rindo e eu beijo sua boca
-eu adoro-pisco pra ela

Começou uma bagunça sem tamanho, cada um gritava o que achava que era nos fazendo rir, alguns chocalhos ajudavam na bagunça e surgiram bexigas e plaquinhas.

-de onde saiu isso tudo?-pergunto curioso
-sua irmã amor-beija minha bochecha

Ficamos cada um de um lado do grande balão preto. Seguro meu espeto e a Marina o dela.

-vou fazer uma contagem e no três eles estouram o balão-Bruna anuncia-vamos lá-ela diz animada me fazendo rir

Olho pra Marina e ela pisca pra mim, retribuo a piscadela e me preparado.

-Um-Bruna começa e instantaneamente eu e a Marina levamos nossos espetos até o balão fazendo com que ele explodisse

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