Luan
Chegamos no hospital e esperamos os meninos chegar. Olho a Laura no bebê conforto e ela está dormindo.
-ei-chamo o testa e ele se aproxima-pode ficar aqui com ela enquanto entro com a Marina?-peço
-claro, posso sim, claro que posso-ele se anima um pouco
-negão-olho ele e ele retribui o olhar
-eu vou com vocês
-ok-confirmo mesmo sem vontade
-pode ficar aqui tá?-Felipe entrega a chave pro Rober-se quiser ir em algum lugar, só cuidado com a minha princesa-aponta pra Laura e eu sorrio olhando a cena
-avisa o Mario pra mim-Marina finalmente fala e com o Rober
-vai tranquila, vou avisar
-obrigada
Saímos do carro e por enquanto não encontramos ninguém. Marina segue abraçada comigo e quietinha na dela.
Ao entrar naquela clínica algumas pessoas me olham, mas seguimos o Felipe muito rapidamente e logo estávamos em uma sala com a minha sogra, minha cunhada e algumas pessoas que não me recordo quem são, mas que devem ser da família.
-Mãe-Marina diz e solta um soluço chamando a atenção de todos ali
-oh minha princesa-ela se levanta e se aproxima, automaticamente me afasto pra deixa-las confortáveis
-como ele está? Cadê ele? Como foi isso?
-calma, fica calma-minha sogra diz tentando acalma-la-ele estava na clínica quando aconteceu, ele vinda sentindo umas dores fortes no peito, mas foi levando e disse que iria ao médico dele na próxima folga, que no caso é quarta. Hoje ele estava melhor, ainda não tinha sentido dos alguma e foi trabalhar, pelo que a Ane secretária dele disse ele estava se preparando pra alguma cirurgia quando reclamou de dor no peito e desacordou-conta aos poucos e eu que estava um pouco longe volto a abraçar a Marina lhe dando todo conforto-ele foi socorrido imediatamente, está sendo atendido pelos melhores cardiologistas e a pouco tempo ele estava estável e sem reagir aos medicamentos, mas agora está tudo bem, agora ele está bem-
-jura pra mim? Jura que ele está bem? Jura?-a baixinha ao meu lado pede agoniada
-juro, acabamos de receber a notícia
-posso ver ele?
-ainda não
-por favor, eu só quero ver-Marina funga baixinho
-vou ver o que posso fazer-Larissa se levanta e finalmente se aproxima-eu achei que a gente ia perder ele-ela diz emotiva e abraça a Marina
Me afasto novamente e vejo as duas chorar. Se a Larissa que mora aqui e vê ele sempre está acabada desse jeito, imagina a minha menina, que quase não o vê que não tem tanta oportunidade de dizer pessoalmente que o ama.
Marina é um menina mulher. Ela é mulher e se faz de forte, é dura na queda, mas ela é menina, pois sei que ela é frágil e sensível.
-eu achei que nunca mais eu iria poder dizer o quanto eu o amo-Marina diz já se afastando da irmã e se aproxima me agarrando novamente
-vou lá e já volto-ela sai levando consigo o marido
-cadê a Laura? Ele iria ficar feliz de acordar e ver ela aqui-dona Vera diz agora sorrindo
-ela tá no carro com o nosso amigo, será que é bom ter ela aqui?-Marina diz preocupada
-vamos fazer assim, você vai ver ele agora, depois esperamos, assim que ele acordar e for pro quarto normal você busca ela no carro e vai até lá, a Larissa trabalha aqui, o Felipe também, eles conseguem liberar ela por dois minutos, depois você vai pra casa e vocês vão descansar
-é seguro mesmo?-pergunto pra ter certeza e ela apenas concorda
-tudo bem-apenas assinto com a cabeça
-não vai falar com ninguém?-Vera pergunta pra Marina e ela se estica olhando pras pessoas ali
-vou, claro-se afasta um pouco e gruda na minha mão-vou te apresentar a todos-me olha sorrindo e eu apenas retribuo
As pessoas ali são tias, primas, tios e um avô, ela raramente fala dos seus avós paternos e por isso fiquei surpreso ao conhecer o seu avô.
Larissa volta com a confirmação de que podemos vê-lo e saímos com ela.
-sabe que eu assisto Grey's né?-Marina começa e escuto a Larissa rir
-sei sim
-então, eu sei que infarto significa que ele teve uma parada, ele teve que ser reanimado, eu queria saber se ele também teve que fazer uma cirurgia de última hora-fala toda cuidadosa e até parece médica
-não Mari, o caso do papai não foi preciso de cirurgia, sim ele foi reanimado e agora está tudo bem
-mas não vai precisar de cirurgia?
-não, por enquanto não, ele tem alguns exames pra sair daqui a duas horas e aí saberemos se vai ser necessário ou não
-não vai ser, eu sei, mas ele vai precisar tomar remédio controlado e isso vai irrita-lo muito
-e como-Lari a responde e as duas dão risada
-vocês são malucas-falo rindo delas e elas concordam
-nós sabemos
Chegamos ao quarto e o pai dela está todo ligado a aparelhos, Marina aperta minha mão e mesmo doendo por sentir suas unhas cravadas em mim, permaneço de mãos dadas e lhe dando todo o apoio necessário.
-ele vai demorar a acordar?-pergunto curioso
-não, ele está assim porque foi sedado, mas pode acordar a qualquer momento-minha cunhadinha responde-eu estou grávida-conta e vejo a Marina se assustar
-como é?
-eu estou grávida, foi por acaso, esquecemos a camisinha uma única vez e eu descobri ontem que estou grávida-ela diz apavorada-meu Deus, eu vou ter um bebê-coloca a mão na barriga e permanece ainda mais assustada
-meu Deus, você vai ter um bebê, você vai ter um bebê-Marina se anima e abraça a irmã fortemente-eu tô chocada, você disse que decidiria o momento certo, mas você é igual a mim, você vai ter um bebê não planejado e isso é bom
-parabéns cunhadinha, um bebê é sem dúvidas um presente de Deus, e que só tem a contribuir pra sua vida-parabenizo e ela me abraça como sinal de agradecimento
As duas voltam a se abraçar e eu me viro olhando meu sogro que abre os olhos um pouco desconfortável e busca entender onde está.
-acho que esse momento feliz foi bom
-por que diz isso?-Marina me olha
-porque pelo que eu vejo o pai de vocês acaba de acordar-aponto com dedo pra dentro da sala atrás do vidro que nos separa
-oh meu Deus, ele acordou-a baixinha ao meu lado comemora
Confesso que quando a Larissa ligou eu fiquei apavorado por dentro, ele é meu sogro, é gente boa, eu não quero seu mal, nunca. E eu realmente faria qualquer coisa pra que ele ficasse bom novamente.
Não podemos entrar na sala, ele estava na UTI é apenas médicos e minha sogra estava autorizada a entrar no quarto.
Ficamos o olhando pelo vidro, vimos os médicos conversarem com ele, algumas enfermeiras também estavam ali provavelmente pra ajudar.
Quando os médicos finalmente vem falar com a gente, nossos corações se aliviam. Marina segura o choro na frente deles e apenas agradece.
-vou dar as notícias a todos-Larissa sai animada
Encosto a Marina na parede e fico a olhando, esperando que ela diga algo, mas depois de alguns segundos o seu choro ecoa pelo corredor.
-o que foi sereia?-a abraço apertado e ela retribui
-e..eu..e-eu-ela gagueja
-respira-me afasto e volto a olhar o seu rosto
-eu já perdi ela, eu perdi a minha vó e eu não posso perder mais ninguém agora-sua voz tem medo-quando me disse eu achei que eu já tinha o perdido e isso me doeu, isso me doeu muito, eu não o vejo a meses e faz todo esse tempo que eu não digo que eu o amo olhando nos olhos e demonstrando todo o meu sentimento-respira fundo-a vida é frágil, pode terminar a qualquer momento, queremos sempre as coisas perfeitas, os momentos perfeitos, deixamos sempre as coisas pra depois pra que seja planejado e perfeito, mas se há felicidade já temos tudo. Sim, eu estou em choque, ele poderia ter morrido sem saber mais uma vez sobre os meus sentimentos-limpa as lágrimas e me olha-eu te amo, e eu não estou dizendo isso porque acho que vou perder você, eu tô dizendo, porque eu não quero mais deixar as coisas pra depois, não vamos deixar pra depois o que podemos fazer hoje tá?-segura meu rosto entre suas mãos
Que ideia maluca que acaba de se passar na minha cabeça, mas ela tem razão, não podemos deixar as coisas pra depois, nunca sabemos o dia de amanhã, a perfeição está nas coisas mais simples e nós dois gostamos de coisas simples.
-é isso-penso alto e ela me olha confusa
-o que?-pergunta sem jeito
-eu te amo-mudo de assunto e beijo sua boca
É isso!
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Oii miguinhas 😘
Eles vão se casar logo logooooooo..
ResponderExcluirQuero casamento, quero mais 5 filhos
Obg dnd
Adeeeeus
Não sei pq mas acho q o luan vai adiantar o casamento...
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