quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Capítulo 93 - Oi

Marina

O meu jantar foi maravilhoso. Consegui fechar dois contratos e os dois incluem DVD's o que é bom pra mim e pro meu cantinho.

Depois de sair fico satisfeita da vida. Vou direito pra casa do Mario. Ele me esperava ansioso pra saber se consegui ou não.

Subi no elevador angustiada pra chegar logo e quando ele finalmente para, eu salto pra fora sem preocupação nenhuma.

Meu amigo havia deixado a porta aberta e assim que eu passo pela mesma ele salta do sofá e vem até mim.

-e ai?
-deu super certo, fechei logo dois contratos-conto animada e ele também se anima, ele sabe o quanto é importante pro estúdio fechar contratos
-vamos bebemorar-me puxa pra sala-ninguém conseguiu ver isso não né?-pergunta do meu pescoço todo marcado de chupadas do Luan
-não-sorrio sem graça por ele ter me lembrado
-quem vê até pensa que você é tímida senhorita Galvão
-eu só não sou exageradamente tímida, mas um tiquinho eu sou sim-reviro os olhos
-na hora de dar pro Luan você não é nada tímida-ele diz fazendo graça
-sinto muito, mas a minha vagina não é um objeto que eu dou pra alguém
-minha vagina-me imita-que coisa ridícula-da risada de mim-fala menos certinho, minha piriquita, minha pepeca, minha boceta
-não quero mais essa conversa
-tudo bem, vamos beber e falar de pintos-ele saí pra cozinha e me larga ali na sala

Me sento no tapete fofinho, tiro meu salto e levanto meu vestido na altura da cintura, deixando ele uma blusa.

Pego meu celular e não vejo mais nada do Luan. Penso em mandar mensagem, mas eu já dei o primeiro passo.

-e ele deu o segundo, agora é sua vez-Mario diz completando meu pensamento e eu olho pra ele abismada
-como sabe o que eu estou pensando?
-simples, você está com o celular na parte das mensagens e eu to vendo o nome Luan, fora que você digitou uma coisa-ele aponta pro aparelho

Leio o que eu havia escrito e era justamente os meus pensamentos.

-o mania de escrever o que estou pensando-apago a mensagem e jogo meu celular pra longe de mim
-manda mensagem logo-ele diz sério comigo
-quem sabe depois de ficar bêbada, senta logo e vem brincar de eu nunca comigo
-mas eu sei todos os seus podres e você sabe todos os meus, vamos ficar os dois bêbados-senta ao meu lado com uma garrafa de tequila, limão, sal e os copinhos de dose
-sorte a minha que amanhã é domingo e eu não marquei com ninguém, não vou trabalhar-me sirvo com a primeira dose e jogo pra dentro sem limão nem nada
-sabia que to fazendo um curso-ele me surpreende
-não, você não me disse nada-me viro pra ele
-pois estou, na verdade são dois, um é contabilidade financeira e o outro é de fotografia-da de ombros
-quero você trabalhando pra mim, eu não tenho um contador contratado, na verdade eu pago mensalmente um pra fazer a contabilidade do estúdio, mas eu confio em você e eu quero você trabalhando comigo
-topo muito-diz animado

Coloco uma dose pra mim e outra pra ele. Brindamos e bebemos de uma vez. Os dois fazendo careta.

......

A Bruna me chamou pra almoçar na casa dela no domingo e eu óbvio neguei, porém minha sogra me fez repensar e me convenceu que eu deveria estar lá. Eu que estou morta por ter bebido demais na noite de ontem tento convencer o viado do meu amigo a ir comigo.

-viado-digo brava puxo seu edredom e me surpreendo ao vê-lo pelado e duro-viado, por que nunca usou isso comigo?-pergunto olhando no carão
-porque eu gosto é de receber por trás e não usar isso
-mas quando eu estou carente, a gente bêbados..-começo a argumentar
-não vai rolar mesmo, tenho nojo de pepequinha-ele puxa o edredom de volta e eu volto a me concentrar na minha missão
-se não levantar pra ir comigo vou te pagar um boquete-falo tentando parecer séria
-estou levantando, agora saí do meu quarto sua tarada-me empurra da cama
-tem 10 minutos e nada mais-vou até ele e dou um selinho em sua boca ele limpa e faz cara de nojo como sempre

Saío do quarto e espero ele por cerca de quinze minutos, quase o matei pelo atraso. Assim que ele me vê fica todo sem graça.

-não precisa ficar sem graça né Mario, eu tava zoando contigo, preciso que vá comigo
-eu te odeio-dito isso ele coloca seu óculos e sai em direção a porta, aquilo me causou uma crise de risos
-te amo-digo assim quando alcanço ele-desculpa, mas não quero ir sozinha
-tudo bem, eu até gostei, não vou ter que fazer comida e nem gastar dinheiro com isso-ele ri e eu também

Descemos o elevador abraçados. O mesmo ainda parou em alguns andares a baixo e as pessoas nos olhava como se fôssemos estranhos.

-eles me acham uma aberração-o Mario sussurra no meu ouvido
-ontem eu peguei a Monica-falo o primeiro nome que me veio a cabeça, todo mundo olhou pra trás e me olhou-gostosa ela em, que peitos são aqueles, do jeito que eu gosto-falo um pouco alto e começam os cochichos, o Mario se segura pra não rir-quando ela ficou nua na minha frente, não me controlei, foi dedada e linguada a noite toda-falo um pouco mais baixo, porém o suficiente pra todos escutarem

A porta do elevador abriu e todo mundo saiu como se fôssemos duas aberrações. O Mario me puxa até o meu carro e eu vou morrendo de rir. Havia uma mulher no elevador com uma bíblia na mão. Provavelmente ela está pensando que irei queimar no fogo do inferno.

-por que fez isso?-o Mario pergunta depois de entrar no carro
-não queria que todos vissem você como uma aberração que você não é, eu posso ser mais-dou de ombros
-obrigada minha deusa
-como uma deusa..-começo a cantar e ele me pede carinhosamente pra não fazer isso-canto mesmo e se reclamar canto em inglês-pisco pra ele que ri

Seguimos pra casa do Luan em um clima descontraído. Na minha bolsa está a carta que eu escrevi pra ele tentando me expressar o melhor possível. Só não sei se terei coragem de entregar.

Chegamos na casa dos Santana's e estaciono na garagem. A Bruna havia aberto pra mim e me dado a liberdade de fazer.

Ainda fico alguns minutos no carro e o Mario apenas me olha passando coragem.

-até parece que é a primeira vez que vem aqui-ele segura minha mão
-é a nossa primeira briga séria, é a primeira vez que venho aqui brigada com ele
-tudo vai dar certo, confia em mim-aperta mais a minha mão
-confio-falo baixo

Depois de pegar minha bolsa no banco de trás, trancar o carro eu desço do mesmo e abraçada com o Mario eu vou até a porta da frente que se abre antes que eu possa tocar campainha ou algo do tipo.

-pensei que ia ter que buscar vocês dois-Bruna diz
-ela estava criando coragem pra entrar-Mario me entrega
-ele ainda está dormindo-ela anuncia
-que bom

Entramos e logo encontro o Fred comendo ao lado do puff. Ele me vê e vem todo atrapalhado pra cima de mim.

-oi garotão-me sento no chão e aliso seu pelo e distribuo beijos nele-fiquei com saudade-ele late em resposta

O puff vem até mim tentando me morder e o Fred me protege latindo pra ele. Eles pareciam conversar. Começo a rir dos meus pensamentos insanos.

-oi-escuto a voz da Marizete e me levanto
-oi Mari-vou até ela e cumprimento, meu amigo faz o mesmo
-e o jantar como foi?
-fechei dois contratos maravilhosos pro estúdio, tô feliz demais, não consigo nem expressar
-o que é isso?-pergunta olhando meu pescoço. PUTA QUE PARIU, O MEU PESCOÇO
-isso? É..foi ..eu..-tento de todas as formas inventar uma desculpa, mas não consigo
-foi o Luan mãe, ontem você não viu porque ela lembrou de maquiar o pescoço-a Bruna acusa
-nossa, meu filho é violento assim?-tira meu cabelo da frente e vê meu pescoço todo marcado
-não, a gente tava transando quando ele fez isso-digo totalmente sem graça por estar tendo aquela conversa com a minha sogra
-ah, claro-ela arruma meu cabelo na frente pra tampar-faz um favorzinho pra mim?-ela pergunta com as bochechas coradas e eu devia estar pior
-o que?
-vai chamar o Luan, ele não vai acordar nem tão cedo, mas eu quero que ele venha comer com a gente, pois mais tarde ele viaja
-a Bruna vai, né Bruna?-me viro e ela nega
-to ajudando minha mãe-dá de ombros
-com o que?-cruzo os braços
-com os cachorros, ela tá cuidando deles, vai lá, aproveita e passa no quarto da Bruna e passa alguma coisa nesse pescoço todo marcado
-ta bom, já entendi, estou indo

Passo pela Bruna e pelo Mario que dão risada de mim. Fuzilo eles com o olhos e subo as escadas. Chego naquele corredor largo e cheio de curvas. Ando até chegar na porta do Luan. Paro ali e busco coragem pra entrar.

'Ele não me quer aqui.' É o que se passa em minha mente. Mesmo com pensamentos negativos entro no quarto. Tudo está escuro. Vejo ele com metade do corpo coberto e metade não. Olho seu corpo branco feito papel, ele vesti uma box azul e nada mais.

Fecho a porta atrás de mim e sigo até o seu banheiro. Me olho no espelho e vejo que meu pescoço está ainda mais marcado do que eu esperava

Respiro fundo e volto pro quarto. Vou até a porta da sacada e abro a mesmo juntamente com a cortina. A luz invade o quarto, mas o Luan nem se move no lugar. Sigo até a cama e me deito ao lado dele ficando com o rosto próximo.

Observo cada detalhe do seu rosto palido. Seus lábios finos avermelhados me imploram por um beijo. Fios do seu cabelo estão caídos na lateral do seu rosto.

-Luan-chamo baixinho e ele passa a mão pela minha cintura por instinto, mas não acorda-Luan-tento novamente, seu rosto está muito perto do meu-acorda-levanto uma das minhas mãos e aliso seu rosto-ursinho-digo um pouco mais alto e ele sorri lindamente abrindo os olhos
-oi-ele sussurra e eu simplesmente não sei como agir



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Comentários respondidos 😊
Capítulo do busão 😊
Esses dois não vivem um sem o outro, espero que não briguem!
Beijinhooos com cheiro de manhã 💋

9 comentários: