Luan
Fred graças a Deus irá sair da clínica veterinária depois de mais de 15 dias. Apesar do tratamento ser diário e dele ter tido algumas recaídas com a doença, agora ele está bem melhor e estamos indo buscá-lo. Marina foi o caminho todo quietinha com medo de chegar lá e a veterinária adiar a volta do Fred.
-preparada?-pergunto depois de estacionar
-talvez sim, talvez não-ela diz toda confusa
-se ela ligou pra vim busca-lo é porque ele vai ficar mais com a gente bebê, fica tranquila
-ok, agora tô preparada-enche o peito de ar
-então vamos
Desço na frente e fico esperando ela que demora um pouquinho, mas logo desce tentando demonstrar confiança.
-tá tudo bem?-pergunto antes de entrar
-sim
Abro a porta e ela entra na frente, vou logo atrás e demos de cara com a veterinária que dizia algo pra atendente.
-não mudou de ideia né?-Marina pergunta antes mesmo de dizer oi e ela acaba rindo
-não mudei, ele está muito bem e já pode ir pra casa, mas é aquilo que combinamos, tratamento constante e qualquer coisa, qualquer sintoma da doença corre de volta com ele
-podemos já ir?-pergunto apressado e ela sorri concordando
-vou busca-lo
Nem nos sentamos, ficamos esperando e logo ela volta com o Fred com os pelos tosados e com uma gravatinha no pescoço. Assim que ele nos vê começa a latir e se debater no colo da Doutora. Marina nem espera ela chegar perto e se aproxima já pegando o Frederico no colo.
-eita filho, isso tudo é saudade de casa?-ela pergunta enquanto ele lambe todo seu rosto
-e companheiro, nada de dar mais trabalho em-aliso seus pelos-você faz falta-cheiro ele que está cheirosinho
-esses são os remédios-Bárbara estica uma sacola e eu pego-cada um está marcado com as doses e horários que vocês devem seguir
-obrigada-agradeço
Depois de acertar tudo na clínica seguimos pro carro. Fred está mais animado que o normal e nem parece que está doente.
-coisa linda da mamãe-o sorriso da Marina é impagável
-que bom que tá aqui com a gente de novo campeão-aliso seus pelos
Entramos no carro e e diferente das outras vezes, dessa vez seguimos pra casa felizes, agora sim a família estará completa.
(...)
Antes do Natal chegar, ficamos em um grande dilema. Agora somos 3 e não podemos passar o Natal separados como o ano passado. Em uma discussão sobre isso, eu não cedi, mas a Marina sim, mesmo triste por ter que ficar longe da família em uma data tão especial, ela cedeu.
Passei dias tentando recompensa-la por isso, mas ela não abriu guarda. Fingia estar tudo bem, mas em todas as minhas tentativas de toca-la, ela se esquivava.
Hoje, véspera de Natal, apesar de passar o dia todo juntos na casa dos meus pais, eu mal viu a Marina e a minha filha. Elas ficaram trancadas no quarto da Bruna o tempo todo, só saíram pra almoçar e tomar café da tarde.
Já se passa das oito da noite quando Marina desce dentro de um vestido salmão, seu cabelo solto nos ombros, um salto alto preto e uma maquiagem um pouco mais pesada do que ela costuma usar, mas como sempre linda. Laura em seu colo também está em um vestido salmão, uma tiara com florzinha da mesma cor no cabelo e uma sandália também preta nos pequenos pezinhos.
-como estão lindas-me aproximo e a Marina sorri pra mim
-você também está-me entrega a Laura
-tenho uma surpresa pra você-me aproximo um pouco mais e ela se afasta
-o que é?
-verá daqui a pouco
-hum-resmunga e sai
-sua mãe tá merecendo levar uns tapas-falo com a Laura que resmunga algo que obviamente eu não entendo
Procuro ela com o olhar e a encontro colocando nome em nossos presentes na árvore de Natal.
Um barulho de buzina lá fora chama minha atenção e eu me viro pra Marina.
-é a sua surpresa-aponto pra porta e ando em direção a porta que dá acesso a piscina
-o que é?-pergunta curiosa antes que eu suma
-vai abrir a porta uai-deixo ela ali e continuo meu caminho
Me sento em uma das espreguiçadeiras e coloco a Laura em minhas pernas.
Várias vozes vindo da casa me fazem sorrir, acho que agora Marina vai desamarrar aquela cara.
-acho que agora a mamãe tá feliz com o papai-brinco com ela que sorri babona-isso é um dente querendo nascer-olho sua gengiva branquinha
Passo o dedo e sinto algo querendo sair dali. Então é por isso que ela anda enjoadinha nos últimos dias.
-será que sua mãe viu isso? Acho que não, acho que fui o primeiro-comemoro animado
-LUAN-escuto a voz dela me gritando
-oi-falo alto pra chamar sua atenção
Espero um pouco até ver ela passar pela porta e andar muito rapidamente até mim.
-seu idiota, por que não me contou?-primeiramente me dá um tapa em seguida senta na minha perna livre e me dá um beijo rápido
-você estava chateada comigo e eu não queria passar o Natal assim, então resolvi convidá-los e eles aceitaram mudar um pouco nesse ano
-maluco-beija todo meu rosto
-me desculpa por não ceder
-desculpo-sorri-e me desculpa por ter sido incompreensível com você
-desculpo-repito-ano que vem prometo que nós vamos voar pra lá
-tudo bem-volta a me beijar-obrigada por isso
Escuto a voz dos meus sogros se aproximando e me afasto da Marina.
-a cara dela realmente foi impagável-meu sogro zoa ela que se levanta fazendo bico
-como essa princesa da tia está linda-Larissa se aproxima e pega ela no colo
-e essa princesa?-aliso sua barriga
-está bem, agora ela aprendeu a chutar e só Deus na causa, mas tá bem
-que bom
A campainha volta a tocar e chamo todos pra irmos até a sala. Meus pais ainda estavam se arrumando, mas já já desceriam.
Assim que que chegamos na sala dou de cara com a minha família. Eles estavam em um hotel, as únicas pessoas que estavam na casa dos meus pais, são a Jéssica e a Camila, o Marquinhos e o Matheus. O resto preferiu o hotel.
-oi-falo animado
A minha família nunca viu a Laura pessoalmente, só o Marquinhos que não desgruda de mim, o resto ninguém.
-meu Deus, como ela é linda-uma de minhas tias se aproxima da Laura e pega ela no colo
Laura nunca foi de estranhar ninguém e não seria agora que ela iria o fazer. Como sempre ela foi todo sorrisos pra todo mundo e eu achei lindo que ela não estranhou minha família.
Minha mãe saiu levando as mulheres pra cozinha, e meu pai os homens pro bar, mas eu permaneci com a Marina.
-eu amei a surpresa-ela me abraça pelo pescoço
-que bom, será que agora eu posso tocar você?-desço minha mão pela sua lombar, até chegar em sua bunda
-estou naqueles dias-faz cara de deboche
-mentira, você estava a duas semanas atrás-sou esperto
-ok, nessa você me pegou
-não tá querendo que eu toque você? É isso mesmo Marina?-afasto só o meu rosto e ela dá risada
-na verdade eu tô querendo muito, puta merda é difícil fazer greve quando o namorado é você
-noivo-a corrijo-e eu gostei de saber disso
-acho que criei teias de aranha-sussurra pra mim
-eu vou tira-lás com muito prazer-beijo sua boca, mas escuto a voz do meu sogro me chamando e me afasto-depois daquela ameaça no dia do Jeferson eu faço as coisas pra ele correndo, melhor não correr o risco né?-dou de ombros
-vai correndo bebê que eu vou tirar aquelas meninas do quarto-me dá um selinho rápido e segue em direção as escadas
-gostosa-grito e apenas escuto sua risada
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Oiiiiii 😘😄
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