Luan
Depois de um tempo na mesa dos meninos, peguei a Laura da minha mãe e ela me olhou desconfiada por causa da coxinha, mas apenas a tranquilizei dizendo que na verdade eu só queria ficar um pouquinho com ela, já que cheguei de viagem hoje e ela já vai dormir fora.
Me sento com ela em um dos puffs da parte descoberta do salão e deito ela nas minhas pernas. Ela se estica toda pra pegar minha barba e eu me curvo ajudando ela a chegar em seu objetivo.
-você é mais gostosa que sua mãe, queria te morder toda, essa bochechas essas perninhas gordas e esses bracinhos branquelos-falo com ela, como se ela pudesse me entender-coisa linda-cheiro seu pescoço e ela se encolhe toda provavelmente por causa da barba-papai ama esse neném-me afasto e fico brincando com ela
Nem sei quanto tempo passamos ali, só percebi que foi muito, quando minha filha se cansou e dormiu no meu colo. A observei por um tempo, mas ela começou a pesar e a música no salão está muito alta pra eu poder entrar lá, ainda mais que deixei o protetor de orelha dela na mesa.
Procuro meu celular e o encontro no chão. Me estico com todo cuidado do mundo e pego meu celular. Mando mensagem pra Marina e ela responde perguntando onde estou, a respondo e peço pra ela pegar o protetor da Laura.
Espero alguns minutos até ela finalmente vim toda rebolativa pro meu lado.
-vou mandar cortar o bolo, nossos pais estão loucos pra ir embora. Estou desconfiada que eles estão querendo se livrar da gente
-você está desconfiada? Eu tenho certeza-afirmo e ela ri
-deixa eu colocar isso nela-senta ao meu lado e sinto cheiro de bebida
-tá enchendo a cara né?-mais afirmo do que pergunto
-eu disse que eu faria, lembra?
-não-finjo que esqueci
-lembra sim, não se faz de besta-me dá um tapa no braço
-tudo anda muito violenta-aproximo meu rosto do seu e ela se vira sugando meu lábio inferior pra si-invés de ficar me chupando, por que não me beija?
-pra já
Ela segura em meu queixo e me beija controlando o ritmo, meu rosto e a intensidade do beijo.
-eu vou ficar muito bêbada e não vou conseguir controlar o meu corpo, por favor cuida de mim e não me deixa ficar de perna aberta, eu estou sem calcinha, então não tem como pagar calcinha, só pagar..-a interrompo
-eu entendi bebê, eu vou cuidar de você, eu prometo
-se controla, você é o motorista do nosso carro
-tô bebendo pouco e vou continuar assim-a tranquilizo
-obrigada por me deixar curtir o meu dia
-na verdade eu deixo você curtir, porque você merece, eu prometo parar de pegar no seu pé
-obrigada de novo-agradece-eu te amo, muito, eu vivo você, eu amo você, eu respiro você-agarra meu cabelo
-eu sou feliz e completo sempre que você respira, quando você pisca e quando seu coração bate, que no caso é sempre
-ás vezes eu te irrito-faz um biquinho
-e às vezes eu irrito você, então estamos quites-beijo sua bochecha
-casa comigo?-ela pede e eu solto uma gargalhada baixinho
-eu caso, dia 24 de Janeiro, eu caso, vou estar lá no altar, serei o cara de..-ela me interrompe
-eu não quero saber a cor do seu terno, quero que me surpreenda, eu não tem como surpreender com a cor, mas vou tentar surpreender com o resto
-você já vai me surpreender só de entrar lá e casar comigo-sou sincero
-acha que eu posso desistir?-pergunta curiosa
-vai que eu cago com um tudo no meio do caminho
-você só vai cagar com tudo se me trair ou me fazer infeliz, pretende cometer algum desses erros?-cruza os braços agora séria
-nem pensar, você é tudo o que eu quero, é mãe, é amiga, é namorada, é esposa, é noiva, é psicóloga, é produtora é parceira de copo e é amante, eu não preciso de mais nada, eu realmente tenho tudo em você. E fazer você feliz é a minha meta de vida, isso não é segredo pra ninguém.
-então vamos casar, ficar bêbados e transar muito
-vamos transar muito-repito só o fim da frase e ela ri
Marina pega a Laura no colo e ela resmunga um pouco, mas não acorda. Me levanto e arrumo o protetor de ouvido da Laura.
Entramos na parte coberta do salão e seguimos até a mesa dos meus pais e dos meus sogros.
-ela dormiu-minha mãe pega o bebê conforto do chão e coloca na cadeira ao lado da cadeira ela
Marina com todo cuidado coloca a Laura ali e ela permanece dormindo quietinha no canto.
-vamos pra casa, ela já até dormiu-minha mãe alisa do cabelo dela
-vou mandar cortar o bolo, ai vocês comem, pegam alguns pedaços e leva pra casa, pra comer amanhã-Marina volta a levantar
-então vou mandar você fazer uns pratinhos de salgadinhos, de hot dog, de pizza, de churros, de doce, torta de tudo-minha mãe diz e eu olho pra ela surpresa-que foi? Não posso levar coisa pra comer em casa?
-pode, não disse nada-finjo ser um anjo e ela me olha como se pudesse dizer: Eu te conheço
Me levanto também e sigo atrás da Marina. Encontro ela falando com um dos garçons que estavam servindo as mesas. Ele sorri pra ela se um jeito que não me agrada, mas paro no lugar e finjo não ter visto a cena.
Marina agradece algo e se vira, dá de cara comigo.
-que foi?-olha meu rosto
-nada-controlo meu ciúmes-é só um ciúmes de leve, mas não se preocupa. Você que vai cortar o bolo?
-vou só cortar o primeiro pedaço, depois a moça dos garçons vai trazer o bolo aqui pra dentro, ela vai cortar e eles vão servir
-ah tá
-por quê?
-por nada-sou rápido
-o seu ciúmes é daquele garçom?-ela percebeu
-talvez
-não seja besta, eu mal o olhei
-mas ele olhou e bastante-solto sem querer e ela ri-vai lá cortar o bolo-empurro ela de leve
-não vai comigo?
-vou-concordo
Seguimos até a mesa de bolo, e como em todas as outras coisas, rolaram mais fotos da gente na mesa, da Marina super animada pra cortar o bolo e claro foto da Marina cortando ele.
-pra quem vai o primeiro pedaço?-perguntaram
-bom, o primeiro pedaço eu queria dar pra tantas pessoas, meus pais, que são e sempre foram a melhor coisa da minha vida, minha irmã e a princesa Vitória que está na barriga, Mario, Hellen, Luiza e a Bruna que são os melhores amigos que eu poderia ter, aos meus sogros que eu simplesmente não tenho o que reclamar, eles são como os meus pais e têm a mesma importância que eles e a todos vocês que estão aqui hoje pra curtir comigo, pra rebolar o popô, pra encher a cara e pra se divertir-ela começa seu discursinho-mas esse primeiro pedaço vai pra pessoa mais especial dessa festa-começo a me achar-que no caso, sou eu mesma-todo mundo ri e eu fico com cara de tacho-brincadeira, esse primeiro pedaço vai pras pessoas que são a família que estou construindo, que são o meu porto seguro, é por essas pessoas que eu vivo, sem dúvida alguma eu vivo eles, que são a Laura e o Luan, porém como a Laura está dormindo e não pode comer, Luan comerá por ela-estica o pratinho pra mim e eu pego
O fotógrafo entra em ação e bate diversas fotos desde a minha reação até o agradecimento que fiz a ela por ser sua escolha.
Como o pedaço de bolo junto com a Marina, mas ela logo some pra pegar tudo o que minha mãe pediu.
Não tivemos outra opção, então nossos pais levaram a nossa filha que não acordou mais, ela já está em seu soninho dá noite e provavelmente dormirá até as três da manhã, que é quando ela acorda com fome e com a fralda carregada de xixi.
Depois que eles se foram, demorou um pouco, mas logo a Marina estava na pista, bebendo e dançando com as pessoas.
-vem dançar comigo-Marina me abraça por trás enquanto espero meu drink
-vou já, tô esperando minha bebida-me viro pra ela-e você está ficando bêbada-olho seu rosto e está explícito que ela está bebendo
-o que combinamos?-dá risada
-eu sei, eu sei, não estou reclamando, apenas avisando
-tá bom
Minha bebida fica pronta e eu sou arrastado pela Marina até a pista de dança pra dançar funk.
-eu sou duro bebê-falo em seu ouvido
-eu sei disso-ela dá duplo sentido a frase e eu dou risada do seu jeito
-estou falando pra dançar-aliso sua cintura
-eu sei disso também meu amor-rebola até o chão e sobe fazendo carinha sensual
-isso é sacanagem viu, você está ficando bêbada e não vamos mais transar hoje, ai você faz essas dancinhas e quem fica na mão sou eu
-é bom que você acumula tesão pra usar comigo amanhã-ela diz toda safadinha
-beleza-não consigo negar
Tento dançar com ela, mas eu realmente sou um desastre em pessoa. Marina se vira de costas pra mim e começa a dançar uma música da Anitta. Ela desce sobe, rebola e puta que pariu.
-vou no banheiro-aviso pra ela
-nada de se masturbar no banheiro-me olha brava e eu dou risada concordando
Sigo em direção ao banheiro, mas não entro nele, se eu entrasse eu faria exatamente o que eu acabei de dizer a Marina que eu não faria.
Respiro fundo, termino meu drink e pego outro. Observo a minha linda menina mulher dançando e pareço um idiota babando por ela.
Marquinhos passa por mim e fala umas coisas nada a ver. Provavelmente já está bêbado, mando ele ir pro banheiro e volto a procurar a Marina com o olhar. A encontro ainda dançando, mas dessa vez acompanhada do Gui.
Eu sei que eles são só amigos, mas puta merda, eu tenho ciúmes. Me aproximo novamente como quem não quer nada e abraço ela por trás.
-pronto?-olha meu rosto
-sim, fui só mijar e pegar outro drink
-tá bom-continua dançando
As horas foram se passando e as pessoas foram ficando muito bêbadas, porém parecia que as bebidas alcoólicas nunca acabavam.
-amor-Marina me grita, mesmo eu estando ao seu lado
-fala-coloco seu cabelo pra trás
-eu tô bêbada-solta uma gargalhada e eu acompanho
-eu sei, eu tô vendo
-mas eu tô comportada-levanta as mãos pra cima e bambeia pra trás
-acho que tá na hora de encerrar essa festa
-NÃO-ela grita de verdade, chamando a atenção de algumas pessoas pra gente
-bebê, não grita-seguro ela pela cintura
-tá com vergonha de mim-fala tudo embolado e cruza os braços, mas bambeia novamente e se eu não estivesse segurando ela, provavelmente teria caído
-lógico que não, só tô dizendo que não precisa gritar, eu tô te escutando
-ta bom-me olha bicuda
-quer dançar mais?-pergunto e ela concorda-então vai lá, vou pegar alguns docinhos pra você comer, qualquer coisa me chama
-tá bom-se estica e me dá um selinho rápido
Espero ela se firmar em pé sozinha e deixo ela ir até a Hellen, Mario, Luiza, Bruna e o Testa que estão em uma rodinha dançando até o chão.
-você é o único que não está bêbado aqui-Juliana diz no meu ouvido depois de me encontrar procurando doce
-eu e a Marina fizemos um combinado, eu cumpro combinados-respondo e ela sorri concordando
-eu vim roubar uns docinhos pra levar pra casa-ela se acusa
-eu vim pegar uns pra Marina, doce é açúcar, dá uma melhorada na cachaça, se bem que melhorar não é o que ela quer, mas vou levar mesmo assim
Acho a mesa do bolo e dos docinhos na cozinha e separo alguns pra levar pra Marina. Ju faz uma marmitinha de docinhos e obrigo ela a levar um pedaço de bolo. Saío com ela que se despede de mim e pede pra que eu faça isso com a Marina.
Antes que eu possa ir até a Sereia, observo parado ela se aproximar de mim, porém no meio do caminho, ela escorrega em algo e cai no chão. Corro até ela que não para de rir.
-eu tô bêbada de verdade-ela diz como se aquilo fosse uma coisa comum
-é, eu sei-fecho suas pernas e ajudo ela a sentar comportadinha
-me leva no banheiro-pede
Procuro uma mesa perto e deixo os doces ali. Volto a me aproximar dela e ajudo ela a levantar. Seu rostinho está cansado, seus olhos mal abrem, ando abraçado com ela até o banheiro das mulheres e antes de entrar bato na porta, mas ninguém responde.
Entro com ela e a primeira cabine livre eu entro e a ajudo a sentar com o vestido pra cima.
-eu tô ruim-ela diz sonolenta
-tá mesmo, você bebeu demais, me deixa te levar pra casa
-não-seu não sai como um sussurro
Ela termina o xixi e antes que eu pudesse ajudá-la a levantar, ela abre a boca e vomita no chão. Graças a Deus eu estava ao seu lado e não na sua frente.
Tudo o que ela comeu e bebeu vai pra fora através da sua boca. Seguro seu cabelo mesmo querendo correr dali e daquele cheiro forte.
Eu pensei que ela não iria parar de vomitar, mas parou e foi ficando gelada e mole.
-você tá bem?-ajudo ela a levantar, dou descarga e faço uma manobra com ela pra que ela não pise no próprio vômito
-tá tudo girando-ela ri
Jogo uma água em seu rosto e pescoço. Faço ela fazer um gargarejo e quando ela joga pra fora seu corpo se joga pra trás, ela desmaiou.
-graças a Deus, agora vamos embora-falo sozinho
Pego ela no colo e saío muito rapidamente pro carro. Coloco ela no banco do carona e deito o mesmo. Ela volta de repente e fica me olhando estranho.
-dorme, já já estamos indo pra casa-acaricio seu cabelo e ela apenas concorda com a cabeça
Seus olhos voltam a se fechar e eu espero ter certeza que ela está dormindo. Quando isso acontece, fecho sua porta se volto pro salão, pego as caixas com seus presentes e levo pro carro, volto e pego tudo de comida que ela separou pra levar, inclusive bolo e muitos docinhos. Também levo pro carro e volto pro salão, procuro a Bruna com o olhar e a encontro em um canto do salão quase se comendo com o Breno.
-ei-dou um tapa na cabeça do meu amigo e ele se afasta-termina essa festa ai, tô levando a Marina pra casa
-ela tá bem?
-só vomitou e desmaiou, mas agora tá bem, eu tô indo, juízo-alerto ela que solta uma gargalhada-por que mulher bêbada gosta tanto de rir?-pergunto, mas sua resposta é em risada-tchau
Pego a bolsa da Marina na mesa que estávamos, encontro os nossos celulares nos bolsos da minha calça e saio aliviado. Marina permanece dormindo e eu agradeço por isso. Ajeito o cinto nela, me arrumo e dirijo em direção a nossa casa. O sol já está subindo e isso demonstra que chegaremos cedo em casa, literalmente.
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Oiiiiiii, volteiiii!!!
Olha ela tá aprendendo a postar o capítulo inteiro e não só a metade kkkkk
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