quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Capítulo 281 - Sem brigas?

Luan

Apesar da Marina ter dito que dormiria lá, antes que o sono começasse a me atingir, volto ao quarto de hóspedes. Marina e Luiza estão apenas de calcinha e sutiã e o Mario no meio delas apenas de cueca.

Isso não me preocupa, sei bem o que o Mario gosta, e nenhuma das duas tem isso.

Saio do quarto depois de cobri-los e ligar o ar. Passo no quarto da minha filha, ativo a babá de vídeo e a babá eletrônica, volto pro meu quarto e me jogo na cama.

Já basta dormir sem a Marina quando estou fora, agora quando estou em casa tudo o que eu quero é dormir de conchinha e acordar com seu braço na minha cara e suas pernas na minha barriga e eu não tenho, e a culpa nem minha é.

Me levanto e entro no banheiro, procuro no cesto de roupa suja uma camiseta dela e encontro uma, não está suja e sim cheirosa, não sei porque estava no cesto.

Visto o travesseiro da Marina com a camiseta e me agarro nele, ligo o ar, ativo o aplicativo que uso pra dormir e não demoro a cair no sono.

-Luan-escuto a Marina me chamando e vou despertando aos poucos, parece que acabei de adormecer-acorda rapidinho

Abro os olhos e encontro ela ainda vestida de sutiã e calcinha.

-oi?-pergunto sonolento
-larga meu travesseiro-pede baixinho

Olho pra baixo e percebo que ainda estou de conchinha com o travesseiro. Solto ele e volto a fechar os olhos. Não acredito que ela veio aqui só pra pegar o travesseiro.

Meu sono começa a pesar novamente, quando sinto o seu travesseiro em contato com a minha cabeça, logo senti o peso do seu corpo na cama. Abro os olhos e fico olhando ela deitar de costas pra mim. Marina procura minha mão e coloca em sua barriga nos envolvendo em uma conchinha, a conchinha que eu queria desde o começo.

-eu te amo-sussurro em seu ouvido e ela se aconchega mais

Fecho os olhos novamente e agora adormeço ainda mais profundamente e um pouco mais tranquilo.

Acordo novamente dessa vez sem ninguém na cama, abro um olho e encontro a Marina no sofá da cama dando mamadeira pra Laura, ela está vestida e com os cabelos molhados, o que deixa claro que ela havia acabado de tomar um banho.

-bom dia-falo com a voz rouca de sono
-boa tarde-ela está um pouco mais receptiva do que ontem
-tá bem? Tá de ressaca não?-pergunto ao me recordar da sua festinha que quase me pirou o cabeção
-tô não, eu bebi bastante, mas bebi a mesma bebida a noite toda e quando o Mario percebeu que eu estava começando a ficar bêbada demais, ele nos trouxe embora
-ele já foi? Queria agradecer por te trazer pra casa
-já sim, ele disse que ainda nem arrumou as malas e ele precisa fazer, já que mais tarde ele vai com a gente
-meus pais foram pra BH, eles vão amanhã com os seus pais
-ok, e a Bruna e o Breno?
-Breno tem show hoje, ela vai amanhã com ele, o jatinho vai voltar pra buscar eles, a Malu e a Daiane
-ah tá
-podemos conversar agora sobre a despedida de solteiro?
-deixa eu terminar de dar mama pra ela, ai ela dorme e a gente briga o tanto que precisar
-não quero brigar amor-me levanto e sento ao seu lado-quero conversar, você já está brigada comigo a semana inteira, chega de brigas
-ok, conversar-concorda um pouco irônica
-Luiza já acordou?
-não, ela vomitou tanto ontem que pensei que ela ia vomitar as tripas
-nossa, vocês beberam tanto assim?
-como eu falei, eu bebi bastante, mas não misturei nenhuma bebida, agora a Luiza bebeu muito e misturou tudo o que tinha lá, eu ainda comi qualquer coisa que me ofereceram, agora ela só ficou nas bebidas
-quando é que você não come qualquer coisa que te derem?-ela me encara me fuzilando com os olhos-vou escovar os dentes-me levanto de pressa pra não levar uns tapas

Entro no banheiro, faço minha higiene matinal, escovo os dentes e lavo o rosto. Volto pro quarto e não encontro a Marina ali. Me sento onde ela estava sentada e a espero, ela não demora muito a aparecer novamente.

-vai, qual é a desculpa?-diz tediosa
-não tem desculpa, eu te disse que não ia ter mulher, aquele dia depois que nos separamos, os meninos voltaram a falar da despedida e eu pedi pro Rober não contratar mulher, porque não é necessário, ele me pediu pra confiar nele que ele sabia o que fazer, e eu achei que ele sabia mesmo
-eu vi no seu celular que você visualizou as mensagens daquele grupo e nem disse que não era pra ter mulheres lá-ela começa a ficar irritada
-você me conhece melhor do que qualquer pessoa na vida sereia, você me conhece até melhor que meus pais, você sabe a preguiça que eu tenho de ficar lendo conversa aleatória em whatsapp, o grupo tinha mensagem que não acabava mais, abri a conversa e vi no máximo às dez primeiras mensagens e eram conversas idiotas, eu não quis ler mais e sai-tento ser convincente-eu te juro eu não li aquela conversa, eu não vi o que o Rober mandou e eu realmente não sabia que teriam mulheres lá, dessa vez eu sou inocente, eu realmente não sabia

Ela vira o seu rosto pra mim e me olha procurando algum sinal de mentira, porém parece não encontrar. Demora alguns minutos pra ela abrir a boca e eu claro respeitei todo o tempo que ela quis.

-jura pela Laura que você não leu essa conversa e que não sabia que teriam mulheres lá?
-eu juro amor, eu juro por ela
-tá bom-ela me parece aliviada e tá com cara de que acreditou no que eu disse
-e eu já falei com o Roberval, ele já descontratou as meninas e não vai ter mais mulheres, será só os homens como eu planejei desde o princípio
-promete pra mim?
-eu te prometo, sem mulheres-estico o dedinho pra ela
-pra que isso?
-quando se é criança você sempre promete as coisas de dedinho, é tudo tão inocente e verdadeiro, não tem promessa que se quebre quando é de dedinho
-gostei disso-ela estica o dedinho pra mim e enlaça nossos dedos
-prometido, sem mulheres-subo minha mão até seu ombro e afasto seu cabelo-agora posso beijar você?
-não é fácil assim, ainda estou puta, foi tudo o que eu implorei pra não ter
-a gente acabou de conversar bebê
-eu sei, mas quando eu lembro sinto meu corpo ferver de raiva-fecha as mãos-se a Luiza não tivesse descoberto iria ter mulher sim, iriam chegar às piranhuda tudo em um bolo e quando eu descobrisse eu iria te largar no altar pra você largar de ser trouxa
-ainda bem que ela descobriu então, preciso agradecer a ela por isso-tento sair e ela não deixa
-tudo bem, pode me beijar agora-fala como se aquilo fosse um sacrifício
-isso é um sacrifício pra você?-pergunto sério já pronto pra iniciar uma discussão
-lógico que não, mas tenho que manter a pose, ainda estou brava
-ok, entendi tudo-agarro seu cabelo
-então anda

Não perco tempo e início um beijo que é retribuído por ela. Desço uma de minhas mãos até sua cintura e puxo ela com força trazendo ela pro meu corpo.

Aos poucos com a ajuda do beijo, meu corpo começa a esquentar e eu a ajudo a se esfregar em mim.

-tô com saudade-sussurro entre o beijo
-vai continuar com saudade-ela se afasta um pouco
-por quê?
-ainda está de castigo
-por quê?-aperto sua cintura com certa força e elevo meu quadril pra que ela pudesse me sentir
-porque sim
-eu que deveria te colocar de castigo, ainda vamos conversar sobre o Izac e sobre essa festinha que você foi
-só conversa chata, quero não-levanta do meu colo-e você não pode reclamar da festa, você faz festinha com os seus amigos direto quando viaja pros shows e eu não fico no seu pé reclamando, às vezes nem avisada sou e eu não encho o seu saco, então não encha o meu-ela tem toda razão
-volta aqui-tento puxa-la, mas ela se esquiva
-não quero conversar sobre isso agora, voce me irritou, beijo-fala alto e sai do quarto fugindo da conversa

Já vi que nem com todo jeitinho ou chantagem, ela vai encerrar o contrato com o Izac, mas ela precisa saber que sair com os amigos tudo bem, mãe com a continuação desse contrato eu não concordo e isso não me agrada nem um pouco.





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Dando uma passadinha aqui rapidinho, só pra dar Oi

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Capítulo 280 - Dia "delas"

Marina

Dormi de calça jeans e blusa de frio a semana inteira. Mal olhava na cara do Luan e quando ele foi cumprir os seus últimos shows do mês eu agradeci mentalmente, ou eu iria mata-lo.

Hoje ele chega de viagem, mas a minha empolgação não é cem por cento. Só de pensar que a despedida dele é daqui quatro dias, o meu sangue já ferve.

-relaxa, vai ficar tudo bem-Luiza diz ao me ver quase furar o chão da cozinha
-você não tá entendendo-deixo o copo de água na pia-vou deixar ela aqui-faço bico e ela ri
-ele é um bom pai, vai cuidar dela
-tá ok

Saío da cozinha e ela me segue. Já se passa das sete da noite e resolvemos largar o Luan com a Laura enquanto vamos nos divertir, mas eu odeio deixar a minha filha, mesmo com o pai, eu odeio.

-vou ficar ligando pra ele de 5 em 5 minutos feito uma idiota
-não vai não-ela toma meu celular e guarda na própria bolsa

Escuto minha filha chorar e ando até o seu Moisés ali em baixo, pego ela no colo e sinto que ela está coco.

-vou trocar ela rapidinho, se ele chegar manda ele subir, é até mais fácil que eu desço e a gente sai correndo

Subo as escadas com a minha filha no colo e entro no quarto dela. Pego tudo o que é necessário e deito ela no trocador.

Tiro sua fralda sua depois de tirar sua calcinha e escuto um barulho lá em baixo, deve ser o Luan.

Troco a Laura muito lentamente e antes de colocar sua calcinha novamente escuto a porta abrir, viro meu rosto em direção a ela e encontro o Luan, com o cabelo solto, óculos escuros e vestido todo rasgado como sempre.

-oi amor-ele diz todo carinhoso
-oi-respondo sem expressar muito sentimento
-onde vamos?-sinto seu olhar passear da minha cabeça aos meus pés-vi seu carro estacionado na porta
-lugar nenhum

Termino de arrumar a minha filha e pego ela no colo. Beijo todo o seu rostinho e entrego pro Luan.

-vou sair, não sei se volto hoje-lhe dou um selinho rápido
-você acabou de dizer que não vamos a lugar nenhum, que história é essa de sair e não saber quando volta?
-você perguntou onde vamos, nós não vamos a lugar nenhum, eu vou e inclusive estou atrasada. Já fiz as mamadeiras pra ela, estão na geladeira é só deixar um minuto no micro-ondas, ela já tomou banho, e por favor me avisa quando ela dormir-saío do quarto dela e ando pelo corredor

Escuto o Luan me chamando enquanto tenta tirar a mochila e vim atrás. Luiza já está em pé com a porta aberta me esperando. Saío com ela sem dar chance pro Luan nos alcançar.

Entro no banco do motorista e a Luiza no passageiro.

-ei-Luan me grita, mas é tarde demais

Dirijo com o coração apertado, apesar do Luan ser um puto eu não gosto de sair assim.

-ela está bem, tá com o pai
-tá bom, vou focalizar, ela está bem, ele também, a janta tá feita, ela já jantou, deixei o mama dela pronto, ela já tomou banho, tá tudo certo
-viu, tá tudo bem

Seguimos até a casa do Mario, lá pegamos ele, passamos na Hellen e também pegamos ela.

-agora segue o baile-ela digita algo no GPS

Ela liga o som bem alto e todo mundo começa a cantar, acabo entrando na onda e relaxando um pouco.

Tive que ficar de olho no GPS, já que não dava pra escuta-lo por causa do som. Logo paramos em um prédio de luxo maravilhoso.

-é aqui mesmo?
-sim, as meninas estão esperando-Hellen desce do carro sem nem esperar eu estacionar direito-vou pedir pra elas abrirem o portão
-tá-fico esperando

Ela segue até o interfone e conversa rapidamente. O portão da garagem se abre e a Hellen corre até a gente.

Estaciono na vaga que ela disse ser da amiga dela. Descemos e eu arrumo a roupa com a mão. Pego meu celular e tem algumas mensagens e ligações do Luan, ignoro e ando em direção ao elevador com eles.

-vamos pra casa hoje-Mario sussurra pra mim
-promete?-sussurro de volta
-prometo
-obrigada-abraço ele fortemente e fico assim até o elevador se abrir-cobertura é coisa de rico-toco a campainha
-você não viu nada

A porta se abre e a Pâmela amiga dela que aparece.

-aleluia-ela se anima e eu também-vem

Todos a cumprimentamos e entramos no apartamento, que é tão luxuoso que provavelmente essa cobertura deve valer quase um milhão.

-sua casa é linda-elogio mesmo sabendo que é feio ficar reparando
-obrigada

Uma música alta vem dá parte de fora da casa, de longe vejo diversas pessoas.

-fiquem a vontade-ela diz depois de nos mostrar onde o bar está instalado
-eu dirijo-Mario se oferece
-não vai beber?-pergunto em seu ouvido, a música está alta e mal dá pra conversar
-não, você sabe que eu não preciso beber pra me divertir, mas você está muito tensa, precisa relaxar um pouquinho
-ok-concordo

Paramos no bar e eu pego uma caipirinha pra começar de leve, as meninas fazem o mesmo e seguimos pra um cantinho meio que vazio.

Depois de terminar meu primeiro copo de caipirinha, decidi não misturar e ficar nela durante todo o tempo que eu ficar aqui.

Luan logo me avisou que a Laura tinha dormido e aproveitou pra dizer que está chateado. Respondi dizendo que amanhã a gente conversava e desliguei meu celular, se algo acontecesse ele ligaria pro Mario, ou pra Hellen ou pra Luiza.

-vamos tirar uma foto antes que eu fique bêbada-paro em frente a um espelho maravilhoso, que dá acesso ao banheiro do lado de fora e pego o celular do Mario
-bora

Algumas meninas próximas da gente se envolveram na foto, bati algumas e no fim todas ficaram bem legais.

-posta essa-Mario escolhe uma

Abro o perfil dele mesmo e posto:

"Nosso dia ✌️😎"

Depois da foto vieram outros copos de caipirinha, muita conversa leve, muita música boa, e muita dança.

Me divertir e sem maldade de nenhuma das pessoas. Foi realmente uma social entre amigos, mesmo eu sendo amiga de apenas 3 e conhecendo apenas uns outros 4.

Madrugada chegou e com ela a minha falta de controle. Mario percebendo a minha língua estava começando a embolar pra falar, decidiu que estava na hora da gente ir embora.

Hellen decidiu ficar pra dormir na Pam, agora a Luiza deu trabalho pra ir embora. Ela misturou tanta coisa que acabou ficando muito ruim, mal conseguia andar.

-quer que eu ajude descer ela?-Hellen que também não está normal diz e eu solto uma risada
-amiga, você está tão bêbada que o primeiro passo que você der pra ajudar, você vai puxar todo mundo pro chão-zuo ela
-deixa que eu levo ela-Mario chama a responsabilidade pra si
-tá bom, vão com cuidado, eu amo vocês, a gente se encontra amanhã a noite no aeroporto
-vai perder a hora e eu te mato-ameaço e ela ri
-vou perder nada não, mas não custa nada ligar umas duas horas antes pra ter certeza que estou pronta-ela diz sugestiva e eu concordo
-tá bom

Nos despedimos e seguimos até o elevador. Luiza mal aguenta ficar em pé ao meu lado.

-amiga, você misturou muita coisa-falo sorrindo demais
-eu tinha que experimentar um pouquinho de cada-sua frase sai tão embolada que eu mal entendo

Quando o elevador volta a abri, Mario de surpresa pega ela no colo e anda em direção ao carro.

-eu acho que consigo fazer o quatro-paro no caminho e o Mario se vira pra mim
-faz, mas sem cair, não vou pegar ninguém no colo mais não
-tá-me concentro

Levanto a perna e coloco em frente a outra fazendo um possível quatro, porém antes que eu consiga ficar firme eu bambeio e caío pro lado.

-tô vendo que você consegue mesmo, tô vendo-Mario ri da minha cara

Ele vira as costas e continua seu caminho até chegar no carro. Continuo na tentativa firme de fazer o meu quatro, mas falho em todas as possibilidades.

-vem logo-Mario grita comigo
-não grita viado que eu não sou surda
-anda-ele grita de novo e seu grito sai tão fino que não só eu, como ele cai na gargalhada
-você é muito viado-me aproximo

Apoio a mão no carro e faço o quatro, dessa vez eu consigo.

-viu, eu disse que conseguia-comemoro
-aham-ele puxa minha mão apoiada e eu bambeio novamente e não consigo manter o número
-você é ruim, muito ruim
-eu sei

Dou a volta e sento no banco do passageiro, Mario me ajuda com o cinto e se ajeita no banco do motorista.

-seu marido vai te matar-ele diz já colocando o carro pra andar
-homens pelados-Luiza diz tudo embolado e eu dou risada
-cala a boca-Mario briga com ela
-não seja grosso com ela-lhe dou um tapa de leve e ele dá risada
-de grosso eu não tenho nem a voz-ele é irônico

Ligo o rádio do carro e canto a música que está tocando, assim como todas as outras que vem em seguida.

O caminho de volta foi bem mais curto do que o caminho pra vim. Mario estaciona meu carro em uma das vagas da garagem e subimos pra casa, ele levando a Luiza no colo.

-leva ela pro quarto de hóspede, tô indo também-tiro o sapato e deixo perto da escada-vai ficar né?
-eu posso pedir um carro
-carro o caralho, vai ficar-encerro o assunto

Sigo pra cozinha e pego um copo de água. Bebo tudo em um gole só é encho novamente. Antes de colocar o copo na boca, sinto uma mão na minha cintura e acabo derrubando o copo no chão.

-porra-me viro e encontro o Luan-que susto, precisava chegar assim?-saío com todo o cuidado pra não pisar em um caco de vidro
-não queria te assustar-fala baixo

Pego o rodo, um pano e volto pra cozinha. Limpo toda a sujeira que fiz e saío dali sem olhar pra trás.

-onde você tava?-Luan me segue
-me divertindo-dou de ombros, ele se aproxima e me puxa pra ele, segura em meu rosto e cheira minha boca
-você tava bebendo Marina
-tava mesmo, qual o problema?
-pelo amor de Deus sereia, vamos conversar, a gente casa daqui uns dias
-eu bebi, se a gente for conversar agora, eu vou te mandar pastar, como eu te disse na mensagem, amanhã a gente conversa-lhe dou um selinho rápido

Subo as escadas segurando no batente e escuto seus passos perto de mim. Ando em direção ao quarto da minha filha, observo ela dormindo profundamente e sigo pros quartos de hóspede, entro em um e apenas escuto a Luiza vomitando.

-quem tá vomitando ai?-Luan pergunta
-Luiza-dou risada-vou cuidar dela essa noite
-vai dormir aqui?-pergunta tristonho
-sim, amanhã quando eu acordar eu vou pro nosso quarto
-tá bom Marina-ele sai

Aproveito e tiro minha calça, o blazer e a blusa, ficando apenas de calcinha e sutiã. Entro no banheiro e o Mario está sentado ao lado dela, me sento ali com eles e fico esperando até ela ter vomitado tudo.

-não quer vomitar mais?-pergunto e ela nega
-bebe mais desgraçada-Mario ajuda ela a levantar

Entrego o Listerine pra ela, que faz um gargarejo rápido. Mario leva ela pra cama, ajudo a mesma a tirar a roupa e ficar só de calcinha e sutiã também. Deitamos ela na cama e ela apagou.

Me deito do outro lado e o Mario fica em pé nos olhando.

-fica pelado e vem dormir
-Luan não vai gostar disso-ele fica sem jeito
-você é viado Mario, vem logo
-tá bom

Ele tira a calça e a camiseta, se joga entre nós duas. Adormeci primeiro que ele, depois de ligar meu celular e colocar pra despertar.






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Oiiiiiiiiii 💕
PS: Não ando revisando os capítulos kkkkk

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Capítulo 279 - Consequências

Luan

Passei a tarde toda na VIP com o Dudu, ele precisava me mostrar tudo que ele acertou com a Marina e eu precisava gravar as músicas pra juntar a voz com o arranjo.

Já pela noite recebi uma ligação do Roberto, estranhei a princípio, mas logo atendi. Ao saber que meu rival estava no estúdio da Marina, o meu sangue ferveu e não foi pouco.

Já nem consegui me concentrar no que eu estava fazendo antes, implorei pro Beto ver o que estava acontecendo e antes mesmo dele dizer alguma coisa, escutei a voz daquele desgraçado. Sua voz tinha súplica, ele estava usando todas as formas pra conquistar a minha menina e aquilo me arrepiou inteiro de ódio. A Marina não é nem louca de continuar com o contrato com esse cara. Ela não vai fazer isso, mas não vai mesmo.

Encerro a chamada antes mesmo de escutar a resposta da Marina, que eu tenho certeza que será negativa pra ele e deixo o celular de lado.

Tento gravar a música algumas vezes, mas não rola, não consigo me concentrar em gravar. Só consigo pensar naquele cara lá com a minha mulher.

-não vou mais conseguir, deixamos essa pra gravar depois, preciso ir

Saío olhando meu celular e mal me despeço do Dudu.

Dirijo apressado até o estúdio e assim que chego lá não encontro ninguém, apenas o segurança do lugar.

-ela foi faz um tempo já, lá só esperou o senhor Izac sair pra sair atrás
-ela saiu com ele?
-não, ele saiu primeiro, cantando pneu, ela esperou um pouquinho e saiu em seguida
-ok, obrigada-agradeço

Dou meia volta e dirijo em direção a minha casa, dessa vez com menos pressa. Preciso de um tempo pra pensar como fazer com que ela desista de trabalhar com esse cara.

Quando finalmente chego em casa, abro o portão da garagem e guardo meu carro em uma das vagas. Subo as poucas escadas e entro em casa, de longe vejo a Marina e a Luiza sentadas no sofá, minha filha está no berço. Me aproximo delas e paro de frente com o sofá, olhando a Marina de cara feia, ela tem que saber que estou puto com toda essa situação. Ela retribui o meu olhar ainda mais furiosa, ela me causa medo, ela me assusta, mas não recuo.

-vamos ter que conversar-cruzo os braços na altura do peito e ela me fuzila com o olhar
-você é um idiota-solta com toda raiva presa em seu ser e eu não consigo entender o motivo
-quê?
-vai se foder-ela taca uma das almofadas do sofá em mim com toda força do mundo e se levanto

Fico ali parado com a maior cara de otário do mundo sem entender porra nenhuma, ela vira as costas pra mim e sobe as escadas de pressa.

-o que foi isso?-pergunto a Luiza e ela revira os olhos pra mim
-vocês homens são tudo uns idiotas, mas vai ter troco-ela também levanta e sai
-que porra foi essa?-falo sozinho, pois ainda não consigo entender

Eu jurava que ela iria vim toda carinhosa pra me convencer de não brigar com ela por causa disso, mas percebi que tudo aconteceu ao contrário.

-mas que caralho, o puto aqui sou eu e não ela, eu sim tenho motivos-falo sozinho e um pouco alto, escuto um resmungo vindo do berço e me viro

Laura faz menção pra chorar, me aproximo dela e balanço o berço levemente até ver ela voltar a dormir.

Subo as escadas atrás da Marina e assim que entro no nosso quarto, escuto o barulho do chuveiro ligado. Me sento na cama esperando ela sair, coisa que demora um pouco, mas acontece.

-sai da minha frente-ela diz assim que me vê
-não adianta fazer esse show pra fugir de mim não, vamos conversar sobre o que aconteceu no seu estúdio, quero aquele cara longe de você
-cala a boca que você não tem moral pra falar nada de ninguém-ela está brava de verdade-e eu já mandei sai da minha frente, meu dia foi tão bom, ai veio aquele bosta é estragou o começo da minha noite e você estragou o resto todo

Me levanto e me aproximo dela, que me olha furiosa.

-que merda eu fiz?
-não faz essa cara de santo não seu idiota
-para de me xingar, tá louca?
-tô, tô louca de raiva-começa a me estapear com força
-ai Marina, tá doendo-tento me esquivar de alguns tapas, mas ela me acerta com todos eles-para Marina-grudo em seus pulsos e ela se remexe tentando se soltar-você tá errada aqui, então para de me atacar
-vai atrás das mulheres que vão estar com você daqui uns dias
-que mulheres?-não consigo entender sobre o que é que ela está falando
-me solta Luan-seus olhos ficam vermelhos
-não, eu vim planejando na minha mente como fazer você desistir desse contrato com o Izac sem te deixar chateada, e sem brigas, ai eu chego aqui e você já está puta e irritada comigo sem eu nem saber o que tá acontecendo e estamos fazendo tudo o que eu não queria, estamos brigando

Ela volta a se remexer e eu deito ela na cama ficando por cima e a cobrindo com meu corpo.

-é sério, eu te quero longe de mim hoje
-por que Marina? Diga algo que eu entenda
-você tá tentando me fazer desistir do casamento? Por que se tá é só dizer e eu cancelo tudo
-o quê?-pergunto dessa vez assustado-lógico que não, tudo o que eu mais quero na vida é casar com você
-então sai de perto de mim
-me diz o que eu fiz?

Sinto suas mãos batendo em meus bolsos provavelmente atrás do meu celular. Me levanto de cima dela e lhe entrego meu celular.

Ela mexe no meu celular soluçando e com algumas lágrimas escorrendo dos seus olhos. Fico ali esperando o que ela quer me mostrar.

Demora um pouco pra ela finalmente achar o que ela quer. Me sento ao seu lado pra não cansar de esperar e ela levanta indo pra longe de mim.

Fico ali tranquilo, até sentir meu celular bater no meu braço com força.

-tá ai-aponta pro celular

Marina limpa as lágrimas, revira os olhos pra mim e sai em direção ao closet.

Pego meu celular na mão pra ver o que é que eu fiz e vejo que é no whatsapp, no grupo da minha despedida de solteiro. Leio uma conversa que começa com o Rober dizendo que tem uma novidade boa pra contar, leio cada uma, até chegar no meu problema.

"Tá contratado, fechei com 3 muié que faz esse tipo de festa!"

Não há respostas minha, já que eu não leio muito o grupo que tem mensagens que não acabam mais, eu apenas abro a conversa e saío.

-puta merda-minha vontade agora é de matar o Testa com as minhas próprias mãos

Me jogo na cama sem ter o que falar, ela deve ter achado que eu nem me importei de ter mulheres, já que eu não disse nada negando a presença delas.

-foi tudo o que eu te pedi pra não ter-Marina aparece ao lado da cama e diz agora recentida

Me sento e observo ela, que está de calça jeans e blusa de manga, ela dá meia volta e sai das minhas vistas.

-oh Roberval, não fode com a minha vida não, testudo filho da puta

Se ela vestiu isso é porque sua intenção é fazer greve comigo, justo agora que ela acabou de sair da TPM e eu nem tive tempo de aproveitar.

-Deus, tenha piedade de mim-me joga na cama novamente





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Olá'
Acho que Marina está bem putinha
Acho que vai ter troco
Acho que alguém vai se dar mal
Mas eu só acho mesmo 🙈🙊

domingo, 24 de setembro de 2017

Capítulo 278 - Arrependimento

Marina

Respiro fundo pra não socar a sua cara naquele momento e pelo jeito o Roberto está da mesma forma.

-primeiro se afasta de mim-espalmo minhas mãos em seu peito e o empurro com força, o que o faz se afastar-segundo que eu nunca te dei essa liberdade, desde o primeiro momento que eu te dei atenção foi na intenção de conversar e conhecer pessoas novas, mas não nesse sentido. Eu escolhi muito bem o homem da minha vida e eu não me arrependo nem quando estamos brigados. Eu jamais desistiria de casar com ele pra ficar com você, um homem que não sabe respeitar os limites estabelecidos-ele pensa em dizer algo, mas eu o corto-não venha me dizer que eu não estabeleci limites, pois você sabe que sim. Sorrir feliz pra você não significa que eu esteja afim de você, te cumprimentar e te abraçar também não. Eu sinto muito se algum dia eu deixei transparecer que podia acontecer algo, porque isso jamais passou pela minha cabeça, nem por um mísero instante-busco fôlego pra continuar e o Roberto se aproxima de mim
-tá tudo bem?
-tá sim-concordo e volto minha atenção ao Izac que tá com uma cara de arrependido-se fez o convite pra investir no estúdio com essa intenção, eu sinto muito, mas preciso dizer que você fez a pior decisão da sua vida. Se eu aceitei, foi porque pensei que você era um ótimo profissional, que toda essa parceria serviria para render frutos pra você e pra mim
-me desculpa-Izac diz e eu consigo perceber que se ele pudesse, ele voltaria no tempo e jamais diria o que disse pra mim
-eu acho melhor a gente encerrar a sociedade-desisto de assinar o contrato com a dupla
-não-ele dá um passo pra frente e o Roberto faz o mesmo ficando próximo dele-o estúdio está me rendendo bons frutos e creio que pra você também-ele tenta se explicar
-mas isso-aponto pra mim e em seguida pra ele-não vai dar certo, eu não quero ver sua cara
-ok, eu não apareço mais aqui, esquece tudo o que eu falei. Quando precisar falar com você, eu falo com o Roberto ou a Pietra e eles vão intermediando. Se precisar assinar contratos mando outra pessoa trazer, eu não venho mais-ele se afasta
-não vai dar certo-volto a afirmar

Luan tinha toda razão desde o começo, ele queria o que era dele, sempre foi essa razão dele querer investir aqui.

-por favor, nunca mais eu volto
-nunca mais?-pergunto pra ter certeza
-nunca mais
-ok, vamos tentar, mas se descumprir qualquer regra aqui, eu desfaço a sociedade
-tudo bem

Pego a caneta da mesa ainda tremendo um pouco com a situação, assino onde ele disse que eu deveria assinar, pego a minha cópia e deixo separada, a cópia dele eu coloco em sua pasta aberta ao meu lado, fecho a mesma e estico pra ele.

-obrigado-segura a pasta-me desculpa-vira as costas e sai

Solto todo o ar que tem no meu pulmão e respiro profundamente.

-o que foi isso?-me pergunto tentando colocar os pensamentos em ordem
-eu me segurei pra não socar a cara dele-Roberto aperta o celular com força contra a mão-e tem um problema-olho pra ele preocupada
-qual?-pergunto desanimada
-Luan estava no telefone comigo, ele escutou quase toda a discussão
-que bosta-fico puta, pois sei que isso vai me gerar uma discussão com ele e tenho certeza que ele só vai encerrar quando ele ganhar
-vou pegar água, pera ai-ele sai

Puxo uma das cadeiras, me sento e respiro fundo novamente. Luan vai ficar muito puto.

-desculpa por ele ter escutado-me dá a água e eu bebo aos poucos-ele me pediu pra ficar de olho quando o Izac viesse aqui, e eu liguei pra avisá-lo, ele me pediu pra vim olhar o que tava acontecendo e quando eu vi ele se aproximando de você eu até me esqueci do Luan
-não tem problema, você viu que não aconteceu nada demais e que eu não dei bola nenhuma pra ele
-eu vi sim, vou dizer a ele o que eu vi
-obrigada

Me acalmo um pouco e depois de fechar as portas, desço com o Roberto. Ainda bem que ele ficou comigo, não sei o que teria acontecido se eu estivesse sozinha.

Nos despedimos depois dele ter quase certeza absoluta que eu estava bem pra dirigir. Segui pra casa já imaginando a briga que terei com o Luan, ele nunca vai aceitar que eu continue com o contrato com a empresa do Izac.

Chegando em casa, abro o portão e entro na garagem. O carro do Luan não está ali, o que me confirma que ele ainda está na VIP. Ando tediosa até a porta e entro em casa.

Laura está dormindo no colo da Luiza. Não veio sinais da Daiane ou da Malu.

-oi periguete-me aproximo e me jogo ao seu lado no sofá-eu ia te recepcionar se não fosse uma confusão lá no estúdio
-o que aconteceu?
-coloca ela no berço e vamos lá fora
-tá bom

Ela se levanta e deixa a Laura no berço, minha filha resmunga um pouco, mas não acorda.

Tiro o sapato e deixo perto da porta. Ando até a cozinha e a Luiza vem atrás.

-agora me conta o que aconteceu-ela senta em um dos banquinhos do balcão

Tiro algumas coisas da geladeira pra que eu pudesse fazer a nossa janta e enquanto isso conto exatamente tudo pra ela. Luiza faz uma cara de surpresa em alguns momentos e eu queria ter a mesma expressão, porém eu percebi que eu esperava que isso fosse acontecer algum dia.

-pra ferrar com a minha noite o Roberto ligou pro Luan pra falar sobre minha visita e no fim ele escutou quase toda a minha conversa com o Izac
-já vi que vai ter briga, se quiser posso ir pra casa da Hellen ou do Mario se você quiser
-não precisa e nem tem como,  Mario vai jantar com o Rô e a Hellen está trancada na loja, conferindo umas mercadorias que chegaram
-posso ver com o Rober se posso ir pra lá-ela fecha a cara-se bem que nem quero, prefiro ficar e ver a briga
-ué, vocês estão firmes num estão?
-estamos, mas ele é um idiota, alias precisamos conversar sobre isso, mas deixa pra amanhã, já basta uma briga por hoje
-o que aconteceu?-paro de cortar o frango e me viro pra ela
-termina aí e a gente conversa
-tá bom-concordo-mas me fala, fiquei sabendo que na folga da semana passada o Rober foi te ver e falar com seus pais
-você sabe que eu moro sozinha né? Então meus pais não sabiam de nada, mas ele quis fazer tudo certinho, falar com meus pais e tal. Ai ele foi pra casa e combinei de ir jantar na casa dos meus pais e eu levei ele comigo
-quero detalhes-digo sem desfocar meu olhar da nossa janta

Luiza contou todos os detalhes do encontro do Rober com os pais dela e como os pais reagiram ao saber sobre o namorado.

Além disso, conversamos sobre mais algumas coisas, incluindo o meu casamento que parece cada vez mais perto.

Termino de fazer a nossa janta e voltamos a sala. Nos sentamos no sofá relaxadas e ela me olha.

-vai ter mulher na despedida de solteiro do Luan-ela solta de uma vez
-como?-automaticamente viro meu rosto pra ela
-Rober que foi me buscar no aeroporto, eu vim mexendo no celular dele e vi uma conversa no grupo sobre a despedida de solteiro que ele contratou 3 strippers
-Luan tá nesse grupo?-meu sangue ferve, isso foi tudo o que eu barrei nessa festa
-sim, e ele pareceu não se importar
-eu vou arrancar o pau dele fora, eu juro que vou

Procuro meu celular pra ligar pra ele, mas antes que eu pudesse achar escuto o barulho do portão da garagem e volto a me sentar, de pernas cruzadas e balançando os pés.

-se ele vim me atacar por causa do Izac eu vou mandar ele se foder-aviso pra Luiza que fica desconfortável

Demora um pouco, mas ele logo aparece na sala e me olha de cara feia. Retribuo o olhar ainda mais furiosa.

-vamos ter que conversar-cruza os braços na altura do peito
-você é um idiota-não consigo controlar minha raiva
-quê?-ele parece não entender o porquê do ataque
-vai se foder-taco uma das minhas almofadas nele com toda força do mundo e me levanto

Deixo ele ali com aquela cara de tacho e subo as escadas. Tudo o que eu preciso é um banho e dormir, pra que esse dia termine logo.





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Olaaa, mais treta porque eu gosto um pouco kkkkk

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Capítulo 277 - Vamos tentar

Marina

Os dias pareciam voar cada vez mais rápido e apesar do casamento estar cada vez mais próximo, apenas duas semanas me separa do grande dia, me mantenho calma e tento não deixar o nervoso me tomar por inteira.

-uma semana e você será definitivamente de outro homem-meu pai diz todo manhoso enquanto nós falávamos ao telefone
-vou ser casada com um outro homem, mas  isso não significa que serei definitivamente dele, vou ser sempre sua, a sua conta, a sua princesinha, a sua loirinha-o respondo com toda a minha admiração por aquele ser
-espero que seja mesmo
-eu já casei uma vez e nem por isso deixei de ser sua neném-faço voz de criança e escuto ele suspirar
-você cresceu muito rápido, largou as bonecas por um bebê de verdade, eu devia ter te aproveitado mais
-eu cresci rápido mesmo, mas não me arrependo, porque foi aí que percebi que você era o meu exemplo e que eu precisava ser pelo menos um terço do que você é
-não sou exemplo pra ninguém meu amor, você que é, tenho orgulho do que você se tornou
-eu te amo pai
-eu que amo você pequena

Ele perguntou sobre a Laura e eu avisei que eu não estava em casa, mas que ela está bem. Conversamos por mais um tempo, até finalmente desligar.

-Israel vem vindo ai-Pietra avisa com um sorriso besta nos lábios, ele dá bola pra ela e ela cai nas graças dele, mas ele não quer nada, já que tem uma namorada e muito linda por sinal
-ele tem namorada-aviso, mas ela nem se importa
-vai demorar muito com o Israel?-Roberto chama minha atenção pra ele
-não muito, só vamos dar uma olhada em algumas letras, ver alguns arranjos e só, ele vai viajar daqui, vai ficar no máximo uma hora, por quê?
-Izac quer vim aqui-ele me encara fazendo careta

Por ter se tornado boy do Mario, ele acabou criando um laço de amizade com o Luan e o Gui, e óbvio que Luan mandou ele ficar de olho no Izac e despejou todas as desconfianças dele no meu 'cunhado'.

-o que ele quer?-pergunto tediosa
-trazer o contrato da dupla Mariana e Matheus
-pra que ele tem que trazer?-cruzo os braços-podia muito bem mandar alguém trazer essa bosta
-não chama de bosta, é dinheiro-me faz rir
-besta, manda ele vim ué e você só vai embora quando eu for
-tá bom-concorda mesmo sem muita vontade, hoje ele vai jantar com o Mario-quero hora extra-olho pra ele indignada e ele que ri-tô brincando

Volto minha atenção ao computador. Estou pensando em fazer um workshop aqui, mas diferente, não quero que seja pessoas que já são íntimos da música. Quero que seja um workshop com iniciantes e com fãs minhas e do Luan. É sempre bom descobrir novos talentos, e quem sabe eu não encontro um entre essas tantas fãs.

Respondo o e-mail da Carol que comanda o twitter da central do Luan. Ela vai me ajudar com a elaboração da promoção e com as escolhas. Ainda bem que consegui combinar tudo com ela e não precisei da Juliana pra isso, pois ela foi esperta, conversou com o meu sogro antes e ele aprovou a ideia na mesma hora.

-Pi, se quiser ir pode ir-aviso e ela me olha como se eu tivesse acabado de dizer um absurdo
-só saío daqui com o Israel
-te cuida menina
-tô me cuidando-dá um sorriso sem graça com a situação

Coloco a música nova do Thiago pra tocar e todo mundo canta. Ninguém consegue não cantar as músicas dele.

Me concentro toda na conversa com a Carol, até que sinto uma mão no meu calcanhar. Solto um grito e levanto correndo, fazendo a cadeira cair.

Quando me viro com a mão no coração encontro o filho da mãe do Israel junto com a namorando rindo feito um idiota.

-eu odeio você-me aproximo e dou uns tapas nele
-odeia nada-segura meus braços, me impedindo de bater nele e me abraça-tudo bem?
-depois de um susto desse você vem me perguntar se eu tô bem?
-tem que tá uai, foi só um sustinho
-uai-falo irônica e me afasto

Cumprimento a Mari e em seguida me viro procurando a Pietra que está com uma cara nada boa.

-oi-ela cumprimenta os dois de longe-posso ir?-pergunta pra mim e eu finjo não ter dito isso ainda
-pode sim
-então até amanhã-me dá um abraço rápido e sai
-ela tá bem?-Mari pergunta e eu olho discretamente pro Israel que faz careta
-tá sim, é TPM, não liga

Roberto que também riu com meu susto libera a mesa pra gente e sai em direção a cozinha.

-quer alguma coisa?-pergunto pra eles
-aceito uma água-Mari responde
-pera ai que eu vou pegar-afasto a cadeira pra levanta
-eu posso ir lá tomar, sem problema
-então vai lá, sabe onde é né?
-sim-ela concorda e sai

Foco nas letras que combinamos de ver e escolhemos duas pra gravar. Fizemos algumas modificações que estavam autorizadas a serem feitas e depois de ver alguns arranjos, eles se despediram e foram embora.

-tô cansada de esperar o Izac-reviro os olhos
-cheguei-a voz dele me faz assustar
-graças a Deus, tô com saudade da minha filha e ainda preciso recepcionar uma das minhas madrinhas
-mas o casamento é só daqui a duas semanas
-eu sei, mas ela é minha amiga, vai me ajudar com algumas coisas
-hum-resmunga
-cadê o contrato?-vou direto ao ponto
-tá aqui-ele anda pelo estúdio e para na mesa

Ele abre a pasta dele e tira alguns papéis dali. Roberto fica nos olhando por um tempo e levanta.

-depois vamos embora né?-ele pergunta e eu concordo-vou fechar tudo então-ele sai

Procuro uma caneta e puxo os papéis pra mim.

-onde assino?-pergunto
-aqui-ele para atrás de mim e eu automaticamente me afasto
-não se aproxima assim-falo séria com ele
-por que não?-me viro pra olhar seu rosto
-eu amo o meu marido..-ele me interrompe
-você ainda não casou
-eu já moro com ele a algum tempo, já fizemos nossos votos em baixo do pé de manga que tem na minha casa, temos uma filha incrível, ele é o marido. Eu amo ele e nada, nem ninguém vai fazer isso mudar, o que temos é profissional e isso não vai mudar, se insistir em tentar algo eu vou encerrar o nosso contrato
-eu preciso falar uma coisa-toca meu rosto com a mão, mas me afasto
-fala Izac
-você é linda, é um desperdício estar com um cara que mal para em casa, que mal dá atenção, eu sempre tentei respeitar o que você tem, mas agora você vai casar e é a minha última chance de dizer-respira fundo e eu sinto a presença do Roberto ali-eu quis você desde quando te conheci no evento da Sawary, eu posso te dar tudo o que ele dá e ainda mais em dobro, eu posso satisfazer você muito melhor que ele, eu quero muito você Marina, desiste de casar e vamos tentar ficar junto-se aproxima mais e me deixa prensada entre ele e a mesa







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Izac, Izac, tá mexendo onde não deveria 🤔

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Capítulo 276 - Sem mulheres

Luan

Depois de comer tanto bolo, olho pra Marina tedioso e encosto minha cabeça em seu ombro.

-vou ser mais maleável com a menina-falo baixo
-que menina?-ela não entende
-a babá
-ah tá-ela tenta esconder um sorriso de satisfação, mas não consegue
-tá afim dela não né?-pergunta como quem não quer nada e eu levanto meu rosto encarando o seu
-tá ficando doida Marina?-não acredito que ela realmente me perguntou aquilo
-fica de birrinha desnecessária com a garota desde que ela foi a escolhida pra ser a babá da Laura e desde que você a conheceu. Sua birra deveria ser só comigo e não com ela
-olha ai, eu tento ficar de boa e você não colabora-cruzo os braços
-mas amor, eu não fiz nada, só tô perguntando, porque vai que você ficou atraído por ela, achou ela bonita demais, se for por isso eu já fico esperta na minha
-cala a boca Marina-ela começa a me irritar
-é sério bebê
-não quero mais falar contigo, é sério-me levanto
-ficou nervoso por quê?-dá risada
-ás vezes você fala coisas muito desnecessária, eu não tenho paciência, hoje você tirou o dia pra me atazanar só pode
-tá de TPM?
-tô-falo baixo
-relaxa amor, eu tô brincando contigo
-ela é parecida com você em alguma coisa? Tanto física como em personalidade?
-lógico que não
-então obviamente ela não me interessa em nada-encerro o assunto e saío de perto dela

Marina havia pedido pra levar os que mais gostamos pros Padrinhos experimentarem, e é exatamente isso que estamos esperando, as benditas marmitinhas.

-amor eu tava brincando contigo-ela para do meu lado
-toda brincadeira tem um fundo de verdade
-vai querer brigar mesmo?-ela cruza os braços toda pequeninha, como faz pra continuar chateado?
-bem que falaram que quando tá chegando o casamento as brigas aumentam-faço careta
-a gente nem briga-revira os olhos pra mim
-aham, não brigamos não
-você que briga comigo-faz um bico fofo e eu tento segurar um sorriso, mas não consigo

Puxo ela pra perto e seguro seu rosto entre minhas mãos. Aproximo minha boca da sua, mas escuto passos que nos interrompe.

-droga-ela sussurra e se afasta

Depois de pegar sua sacola com tudo o que pediu a chefe, saímos e encontramos a van parada ali na frente. Marina olha pra todos os lados e me puxa rapidamente pra van, que abre a porta.

-vocês nem vão acreditar no que eu trouxe pra vocês pra vocês-ela mostra a sacola
-bolo?-Joane pergunta animada
-sim-responde satisfeita com a satisfação da minha assessora-viu, só você que não gosta de comer bolo-é irônica comigo
-se eles comessem bolo quase todo dia eu aposto que eles estariam igual a mim
-hum-resmunga

Dentro da grande sacola, há duas sacolas separadas, uma ela entrega pra Joane com diversos sabores de bolo, pra ela dividir com os meninos.

-e esses?-pergunto como quem não quer nada
-Mario quer experimentar também, e a Hellen também, e a Bruna também, então vou levar pra eles-sorri
-volto daqui quatro dias-mudo de assunto e ela faz um biquinho
-vou morrer de saudade
-vamos ter bastante tempo pra brigar pelo celular-sugiro e ela ri
-se comporte, não vem com essa história de que é solteiro porque ainda não é casado, eu tô ligada bebê, não faz eu te capar não, eu agradeço
-gosto muito do meu querido instrumento, então sem problemas, me comportarei e voltarei pra casa sem motivos pra você dormir de calça jeans
-bom mesmo-gruda seus lábios no meu

Grudo em sua cintura e aproximo nós dois ainda mais. Retribuo o beijo bem mais intenso do que deveria e por falta de fôlego, Marina se afasta e deixa nossas testas coladas.

-juízo e eu te amo, e por favor volte mais maleável com a nossa babá
-juízo eu tenho de sobra, e você vê se tenha juízo nessa viagem com a Marília, ela é cachaceira e você também, é capaz de ficar as duas bêbadas e esquecerem até o próprio nome-reviro os olhos-é sério, sem muita cachaça em
-ok
-eu te amo-selo nossos lábios novamente-e eu prometo voltar maleável com a nossa babá
-ok-sorri feliz
-bora Luan, ainda temos que ver umas coisas da despedida de solteiro-Rober chama a nossa atenção e a Marina apenas vira a cabeça pra ele
-sem mulheres-avisa brava
-a despedida é nossa, a gente que decide, agora vem logo Luan-ela se vira pra mim
-sem mulher, se eu souber que vai ter mulher vou encher o meu chá de cozinha de homens pelados-avisa
-eles tão organizando tudo, mas vou falar pra eles pra não ter mulher
-que ótimo-sorri satisfeita e beija minha boca novamente, porém dessa vez rápido
-tchau-tento solta-lá, mas é difícil
-vai-ela faz o que eu não tive coragem e se afasta

Ela me observa me acomodar na poltrona, dá tchau pra todo mundo e sai dali. Acompanho ela pelas janelas escuras e logo perco, pois provavelmente ela entrou no carro.

-comeu os bolos tudo?-Testa pergunta
-pior que comi, mas com tudo isso de hoje, graças a Deus escolhemos um, não vou precisar comer mais bolo
-não tem mais degustação não?-pergunta curioso, provavelmente ele iria se oferecer pra ir também
-não, já decidimos o bar e os drinks, décimos os frios, o jantar, o bolo, os docinhos, os acompanhamentos, tudo de comer já foi decidido
-falando nesse casamento-Joane chama atenção pra ela-você tem a penúltima prova da sua roupa
-como sabe disso?
-sua mãe mandou avisar
-ah, então tá, organiza tudo aí com o Testa pra mim não perder nem esquecer, minha mãe me mata se eu não for
-tá anotado aqui, vou te mandar Rober-ela avisa e ele faz apenas joinha

Fomos parte do caminho revisando minha agenda e demoramos um pouco pra chegar no aeroporto por causa do horário de pico.

Algumas fãs me esperavam no aero e atendi todas muito rapidamente e em grupo, mas com carinho.

Logo estávamos no jatinho e entre as nuvens. Enquanto come os bolos junto com o resto do pessoal, Testa conversa animado com o Cirilo sobre a minha despedida de solteiro e eu me lembro sobre a única coisa que a Marina me pediu pra não ter, que são as mulheres.

-ei Testa-dou um tapa em seu ombro
-fala
-faz o que a sereia pediu
-o que?-se vira pra mim
-sem mulheres
-aham-ele responde irônico e desvia o olhar do meu
-tô falando sério Testa, quero essas tretas antes do meu casamento não, quero apenas casar e ficar de boa com a Sereia, não contrata essas mulheres não, serião, eu que tô pedindo
-isso mesmo, seja um exemplo de noivo-Joane diz parecendo estar agradada com meu comportamento
-relaxa, eu que tô organizando, deixa comigo que eu resolvo tudo-ele muda de assunto-deixa comigo-encerra a conversa e eu não sei se ele vai fazer o que eu pedi ou não





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Hi people 😚✌️

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Capítulo 275 - Degustação

Marina

O meu Natal foi ótimo, mas o meu ano novo foi melhor ainda. Como o Luan teria show de fim de ano, nos revesamos entre Salvador e Fortaleza. Só cidade com praia. Apesar de não poder sair do quarto direito, foi incrível.

Viramos o ano pedindo paz, amor e muita saúde pra gente viver muito juntinhos.

Meu coração já estava quase saindo pela boca. Janeiro chegou e com ele o mês do meu casamento. O meu vestido estava quase pronto, porém estou me dedicando a dieta e malhação para ficar ainda melhor pro meu dia especial.

Luan já não aguenta mais experimentar comidas, doces, bolos e etc. A única coisa que ele gosta é quando vamos em alguns lugares experimentar drinks e bebidas diferentes para o nosso casamento.

-bebê, tô sem vontade nenhuma de ir comer bolo hoje-ele se joga na cama
-então fica e eu vou sozinha ou chamo o Mario pra ir comigo-sou compreensiva
-você vai se casar comigo, então eu que tenho que ir-ele diz como se fosse óbvio e eu dou risada
-amor, você tá pior que eu quando tava grávida, mais indeciso impossível-me sento ao seu lado na cama e acaricio seus cabelos
-não podemos ir mais tarde?-resmunga quase adormecendo
-não, mais tarde eu vou pra Goiânia com a Marília
-e eu já disse não gosto disso
-e eu já disse que não ligo
-você é má sereia
-eu sei, e você gosta-afirmo e ele ri
-cadê a Laura?
-tá com a babá-tivemos que contratar uma já que voltei totalmente pro estúdio
-e eu já disse que também não gosto disso-resmunga, Luan não concorda com a babá, mas eu não posso fazer tudo sozinha e não vou ficar jogando as coisas pra minha sogra
-é necessário amor, ainda mais agora com o casamento chegando, ai depois vamos sair de lua de mel, preciso deixar tudo no jeito lá no estúdio, eu confio muito em todos lá, mas não é todo mundo que quer ser produzido pelos meus ajudantes
-eu sei-boceja-e você ainda tem o meu projeto
-exatamente, ainda tenho o seu projeto, Dudu já já fica louco comigo, eu só vou lá de manhã, ele nem acordou ainda, nem nada e eu já tô lá no vip esperando ele
-vocês são bons no que fazem, vocês dão conta, não se preocupe
-tá, chega de conversa, tem certeza que não quer que eu vá com o Mario? É a última prova, se tiver algum melhor do que aquele que escolhemos, eu trago um pedaço pra você provar e decidimos
-não, eu vou-abre os olhos-linda-me elogia-cabelo preso e sem maquiagem é covardia-me puxa e me deita ao seu lado
-vai cortar essa juba?-agarro seu cabelo
-talvez-diz sugestivo, mas não quis iniciar outra discussão por causa disso
-eu vou sentir saudades dessa juba-puxo pra trás e ele sorri malicioso-não vamos transar bebê, precisamos ir mesmo
-mas você vai pra Goiânia logo depois e eu vou pro Rio-faz bico
-eu sei, mas não dá tempo, levanta e vamos
-tá bom-se afasta de mim

Me levanto e ajeito o macacão no corpo. Luan também levanta e calça apenas o tênis.

-vai descer suas malas agora ou depois?-pergunto ao Luan
-vou descer, não vou voltar aqui, o negão vai passar e pegar minhas coisas e depois vai me pegar lá buffet
-tá bom então-pego a minha pequena mala e uma das malas do Luan

Desço do jeito que dá e deixo minha mala separada da mala do Luan. A mala dele eu deixo ao lado da porta. Sigo pra cozinha atrás da Malu e a encontro ainda de bico.

-Maluzinha não fica brava comigo-me aproximo e abraço ela, mesmo sem ela querer

Malu ficou brava por eu ter contratado uma babá, diz ela que dá conta da casa e de cuidar da Laura, mas eu sei que isso não é verdade e eu jamais poderia deixar tanta responsabilidade com ela.

-preciso terminar de lavar essas panelas-ela se afasta e diz como se realmente fosse por causa daquilo que ela estava se afastando de mim
-Malu, você tem seu boy, você tem sua casa, você tem sua vida e ainda da nossa, você já vai cuidar do Fred, não posso te pedir pra cuidar de uma bebê de quase oito meses e que não para quieta no lugar-tombo a cabeça
-eu amo ela e ela me ama, a gente ia se cuidar com muito carinho
-oh muié turrona, pior que minha mãe e a minha sogra juntas-reviro os olhos
-ainda tá de bico?-Luan chega na cozinha e pega uma banana na fruteira
-nem pensar-tomo dele e coloco de volta no lugar-e sim, ela ainda está bicuda com a gente
-com a gente nada-ele tira o dele da reta-eu não queria babá nenhuma, isso tudo é história sua-ele diz baixinho
-dona Marina-Daiane se aproxima com a Laura

Daiane tem seus 22 anos, acabou de se formar em Pedagogia e como não arrumou nada no ramo, trabalha como babá e foi super indicada por uma amiga da Marizete. Apesar da pouca idade e de ser muito bonita não tenho medo em relação ao Luan, ele sabe que se me trair dessa vez eu não vou sair chorando, vou capa-lo e jogar seu pênis para os peixes de algum rio.

-sem o dona-sorrio me aproximando e pego minha filha do seu colo
-ok, sem o dona-ela é simpática

Apesar de fazer mais de uma semana que ela está trabalhando aqui, não para de me chamar de dona ou senhora. Coisa que eu mais odeio na vida, mas logo ela aprende. Luan ao vê-lá fecha a cara, assim como a Malu e a menina fica toda sem graça.

Saío andando com a Laura e chamo Daiane discretamente com o olhar, o que faz ela me seguir.

-não liga pra esses dois, Luan tá bravo porque você é o ótimo motivo que me fez voltar ao estúdio e ele não queria, e a Malu é só ciúmes, mas logo passa
-eu espero, ela mal fala comigo, fico até sem jeito de interagir
-quando ela ficar com essa cara, finge que não viu, pega a Laura e vai brincar no quarto dela ou no parquinho ali fora, só cuidado
-pode deixar, nada de brinquedos perigos e nem brincar com pecinhas pequenas
-você é um anjo, obrigada mesmo-agradeço
-eu que agradeço-sorri agradecida
-eu não duvido nada que a minha sogra venha aqui e queira levar a Laura, se ela por acaso fazer isso, pode deixar ela levar e vai pra casa, amanhã você vem no horário normal
-tá ok
-eu ainda vou passar aqui pra pegar minha mala, mas vai ser muito rápido, então já tô avisando tudo-despejo e ela ri do meu desespero-telefones de contato?-pergunto pra ver se ela está ligada
-na porta da geladeira-responde rápido
-confio em você, por favor não a machuque-imploro
-não tem como machucar ela-olha pra minha filha sorrindo toda amorosa

Pra fingir tão bem só sendo ótima atriz, coisa que eu espero que não seja o caso, espero que o meu coração, que diz que ela é uma pessoa boa, acerte.

-LUAN-grito e a carinha de assustada da minha filha foi impagável-oi coisa linda, desculpa-beijo todo seu rosto e ela faz um bico pra chorar
-para de assustar minha filha-Luan faz graça e para ao meu lado pra pegar a Laura
-avisou a Malu sobre suas malas?
-sim-concorda se despedindo da nossa filha
-podemos ir?
-sim-diz, mas não move um músculo pra sair dali
-vamos logo Luan-falo em tom de repreensão

Ele estica a Laura pra Daiane que pega um pouco receosa pela cara dele.

-fiquem bem-dou um último beijo na minha filha e o Luan faz o mesmo

Seguimos até a garagem e entro no banco do motorista no corvo. Apesar de não gostar da situação, Luan não abre a boca pra reclamar.

-seja mais simpático com a Daiane, ela é a babá da sua filha, desse jeito você só tá conseguindo afasta -lá
-tô conseguindo mesmo?-pergunta com um sorriso
-como você é ridículo, ela não vai embora só porque você quer e se ela for eu vou arrumar outra babá, e se a outra babá for eu vou arrumar outra, você querendo ou não-me irrito
-nem parece que eu sou o pai da Laura
-não parece mesmo, porque pai cuida e proteja, só quer o bem pra filha, se você acha que o bem pra ela é ficar comigo no estúdio todas as horas que estou lá, então me desculpa, não parece mesmo

Ele fica quieto na dele e eu dirijo também em silêncio.

Assim que chegamos no buffet, ele desce primeiro com uma cara de bunda inexplicável. Fecho o carro e ando até ele que agarra minha mão possessivamente.

-nunca mais diga o que você disse-ele está chateado e talvez eu tenha exagerado um pouco, porém ele exagera demais
-e você nunca mais diga o que disse-tento soltar minha mão, mas ele não deixa
-não tenta se soltar, se não vamos fazer um barraco aqui mesmo-me olha de lado
-hum-resmungo como se aquilo não tivesse a mínima importância pra mim

Mal entramos no lugar e olho uma mesa grande cheia de bolos, sorrio animada pra experimentar cada um, já o Luan finge que gostou, mas sei que ele tá cansado disso.

-eu te disse pra ficar
-e eu te disse que não ficaria, ponto final-me olha com deboche-eu não aguento mais bolo-confesso olhando a mesa
-deixa que eu como pela gente-pisco pra ele que apenas solta um sorriso de desaprovação
-dieta-ele diz e eu finjo ter um estalo
-aé-ele dá risada de mim encerrando o nosso pequeno atrito






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Fala galeraaaaa!

sábado, 16 de setembro de 2017

Capítulo 274 - Família reunida

Luan

Fred graças a Deus irá sair da clínica veterinária depois de mais de 15 dias. Apesar do tratamento ser diário e dele ter tido algumas recaídas com a doença, agora ele está bem melhor e estamos indo buscá-lo. Marina foi o caminho todo quietinha com medo de chegar lá e a veterinária adiar a volta do Fred.

-preparada?-pergunto depois de estacionar
-talvez sim, talvez não-ela diz toda confusa
-se ela ligou pra vim busca-lo é porque ele vai ficar mais com a gente bebê, fica tranquila
-ok, agora tô preparada-enche o peito de ar
-então vamos

Desço na frente e fico esperando ela que demora um pouquinho, mas logo desce tentando demonstrar confiança.

-tá tudo bem?-pergunto antes de entrar
-sim

Abro a porta e ela entra na frente, vou logo atrás e demos de cara com a veterinária que dizia algo pra atendente.

-não mudou de ideia né?-Marina pergunta antes mesmo de dizer oi e ela acaba rindo
-não mudei, ele está muito bem e já pode ir pra casa, mas é aquilo que combinamos, tratamento constante e qualquer coisa, qualquer sintoma da doença corre de volta com ele
-podemos já ir?-pergunto apressado e ela sorri concordando
-vou busca-lo

Nem nos sentamos, ficamos esperando e logo ela volta com o Fred com os pelos tosados e com uma gravatinha no pescoço. Assim que ele nos vê começa a latir e se debater no colo da Doutora. Marina nem espera ela chegar perto e se aproxima já pegando o Frederico no colo.

-eita filho, isso tudo é saudade de casa?-ela pergunta enquanto ele lambe todo seu rosto
-e companheiro, nada de dar mais trabalho em-aliso seus pelos-você faz falta-cheiro ele que está cheirosinho
-esses são os remédios-Bárbara estica uma sacola e eu pego-cada um está marcado com as doses e horários que vocês devem seguir
-obrigada-agradeço

Depois de acertar tudo na clínica seguimos pro carro. Fred está mais animado que o normal e nem parece que está doente.

-coisa linda da mamãe-o sorriso da Marina é impagável
-que bom que tá aqui com a gente de novo campeão-aliso seus pelos

Entramos no carro e e diferente das outras vezes, dessa vez seguimos pra casa felizes, agora sim a família estará completa.

(...)

Antes do Natal chegar, ficamos em um grande dilema. Agora somos 3 e não podemos passar o Natal separados como o ano passado. Em uma discussão sobre isso, eu não cedi, mas a Marina sim, mesmo triste por ter que ficar longe da família em uma data tão especial, ela cedeu.

Passei dias tentando recompensa-la por isso, mas ela não abriu guarda. Fingia estar tudo bem, mas em todas as minhas tentativas de toca-la, ela se esquivava.

Hoje, véspera de Natal, apesar de passar o dia todo juntos na casa dos meus pais, eu mal viu a Marina e a minha filha. Elas ficaram trancadas no quarto da Bruna o tempo todo, só saíram pra almoçar e tomar café da tarde.

Já se passa das oito da noite quando Marina desce dentro de um vestido salmão, seu cabelo solto nos ombros, um salto alto preto e uma maquiagem um pouco mais pesada do que ela costuma usar, mas como sempre linda. Laura em seu colo também está em um vestido salmão, uma tiara com florzinha da mesma cor no cabelo e uma sandália também preta nos pequenos pezinhos.


-como estão lindas-me aproximo e a Marina sorri pra mim
-você também está-me entrega a Laura
-tenho uma surpresa pra você-me aproximo um pouco mais e ela se afasta
-o que é?
-verá daqui a pouco
-hum-resmunga e sai
-sua mãe tá merecendo levar uns tapas-falo com a Laura que resmunga algo que obviamente eu não entendo

Procuro ela com o olhar e a encontro colocando nome em nossos presentes na árvore de Natal.

Um barulho de buzina lá fora chama minha atenção e eu me viro pra Marina.

-é a sua surpresa-aponto pra porta e ando em direção a porta que dá acesso a piscina
-o que é?-pergunta curiosa antes que eu suma
-vai abrir a porta uai-deixo ela ali e continuo meu caminho

Me sento em uma das espreguiçadeiras e coloco a Laura em minhas pernas.

Várias vozes vindo da casa me fazem sorrir, acho que agora Marina vai desamarrar aquela cara.

-acho que agora a mamãe tá feliz com o papai-brinco com ela que sorri babona-isso é um dente querendo nascer-olho sua gengiva branquinha

Passo o dedo e sinto algo querendo sair dali. Então é por isso que ela anda enjoadinha nos últimos dias.

-será que sua mãe viu isso? Acho que não, acho que fui o primeiro-comemoro animado
-LUAN-escuto a voz dela me gritando
-oi-falo alto pra chamar sua atenção

Espero um pouco até ver ela passar pela porta e andar muito rapidamente até mim.

-seu idiota, por que não me contou?-primeiramente me dá um tapa em seguida senta na minha perna livre e me dá um beijo rápido
-você estava chateada comigo e eu não queria passar o Natal assim, então resolvi convidá-los e eles aceitaram mudar um pouco nesse ano
-maluco-beija todo meu rosto
-me desculpa por não ceder
-desculpo-sorri-e me desculpa por ter sido incompreensível com você
-desculpo-repito-ano que vem prometo que nós vamos voar pra lá
-tudo bem-volta a me beijar-obrigada por isso

Escuto a voz dos meus sogros se aproximando e me afasto da Marina.

-a cara dela realmente foi impagável-meu sogro zoa ela que se levanta fazendo bico
-como essa princesa da tia está linda-Larissa se aproxima e pega ela no colo
-e essa princesa?-aliso sua barriga
-está bem, agora ela aprendeu a chutar e só Deus na causa, mas tá bem
-que bom

A campainha volta a tocar e chamo todos pra irmos até a sala. Meus pais ainda estavam se arrumando, mas já já desceriam.

Assim que que chegamos na sala dou de cara com a minha família. Eles estavam em um hotel, as únicas pessoas que estavam na casa dos meus pais, são a Jéssica e a Camila, o Marquinhos e o Matheus. O resto preferiu o hotel.

-oi-falo animado

A minha família nunca viu a Laura pessoalmente, só o Marquinhos que não desgruda de mim, o resto ninguém.

-meu Deus, como ela é linda-uma de minhas tias se aproxima da Laura e pega ela no colo

Laura nunca foi de estranhar ninguém e não seria agora que ela iria o fazer. Como sempre ela foi todo sorrisos pra todo mundo e eu achei lindo que ela não estranhou minha família.

Minha mãe saiu levando as mulheres pra cozinha, e meu pai os homens pro bar, mas eu permaneci com a Marina.

-eu amei a surpresa-ela me abraça pelo pescoço
-que bom, será que agora eu posso tocar você?-desço minha mão pela sua lombar, até chegar em sua bunda
-estou naqueles dias-faz cara de deboche
-mentira, você estava a duas semanas atrás-sou esperto
-ok, nessa você me pegou
-não tá querendo que eu toque você? É isso mesmo Marina?-afasto só o meu rosto e ela dá risada
-na verdade eu tô querendo muito, puta merda é difícil fazer greve quando o namorado é você
-noivo-a corrijo-e eu gostei de saber disso
-acho que criei teias de aranha-sussurra pra mim
-eu vou tira-lás com muito prazer-beijo sua boca, mas escuto a voz do meu sogro me chamando e me afasto-depois daquela ameaça no dia do Jeferson eu faço as coisas pra ele correndo, melhor não correr o risco né?-dou de ombros
-vai correndo bebê que eu vou tirar aquelas meninas do quarto-me dá um selinho rápido e segue em direção as escadas
-gostosa-grito e apenas escuto sua risada






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Oiiiiii 😘😄

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Capítulo 273 - Notícias

Marina

-tenho notícias ruins e boas, vou começar com uma ruim, o Frederico está com Cinomose, é uma das doenças que mais matas os cães, essa doença é passada de cachorro pra cachorro então isso pode ter vindo do contato tanto dele com outro cachorro, ou de vocês, pois o vírus gruda na roupa e quando você entra em contato com outro cachorro o vírus passa pra ele-ela tenta nos explicar da melhor forma possível, e meu coração se aperta com medo
-vamos a boa por favor-Luan pede apressado
-vocês o trouxeram a tempo, essa doença quando em um estado avançado, não se pode fazer muita coisa, pra essa doença não há medicamentos específicos, o que acaba á tornando mais difícil de ser tratada, mas o Fred está medicado, está tomando soro e está um pouco melhor, vou deixá-lo aqui internado, até ter certeza que está realmente tudo bem, porém o tratamento vai ser continuo
-jura que tá tudo bem?-me aproximo dela e olho em seus olhos pra ter certeza
-por enquanto está sim, vou deixá-lo aqui pra ter certeza mesmo que ele estará bem pra ir pra casa, essa doença é muito destruidora, e conforme ela avança, ela vai acabando cada dia mais com os cãezinhos, sei o quanto amam o Frederico e por isso quero ver sua evolução pra melhora de pertinho
-ok, não vamos poder ficar mesmo né?-resmungo
-não, por enquanto tá tudo bem, se algo acontecer eu te ligo, é sério-ela segura em minha mão-eu vou cuidar dele pra vocês, vou fazer tudo o que estiver em meu alcance
-obrigada-apesar de estar com o coração apertado, me estico e abraço ela que retribui
-vocês vão ter que limpar as coisinhas dele, deixar tudo limpo, passar um álcool e se tiver algum cachorro que ele tem contato direto, pedir pro dono levar ao veterinário que eles podem ter se contaminado com o vírus
-ok, obrigada novamente

Conferimos os nossos números que tem ali e depois de deixar tudo combinado com ela sobre vim ver o Fred amanhã, saímos da clínica.

-meu coração tá apertado-me viro pro Luan
-o meu também, mas fizemos tudo o que podíamos fazer por enquanto
-eu sei-escondo meu rosto em seu pescoço
-vai ficar tudo bem-acaricia meu cabelo

Antes de entrar no carro encontramos um papel de multa, Luan apenas passa o olho e guarda no bolso do short. Entramos no carro e seguimos pra casa em silêncio. Apesar da veterinária ter dito que irá cuidar dele e que ele vai estar melhorar logo, o meu coração não está com uma sensação muito boa.

-você precisa pedir pra Bruna trazer o Puff pra ver se ele tem essa doença ou não
-chegar lá eu ligo pra ela, não se preocupa-alisa minha coxa

Chegamos em casa e desço sem muito ânimo. Luan me acompanha e volta a me abraçar.

-precisamos confiar que ele ficará bem-ele chama minha atenção
-mas por que meu coração está dizendo o contrário?-minha voz falha no meio da pergunta e as lágrimas escorrem

Luan não sabe o que responder, por isso me abraça ainda mais apertado. Retribuo o aperto e deixo meu corpo pesar em seus braços. Choro sem preocupação que alguém ache exagero ou drama.

-ele sempre foi meu companheiro, desde quando você me deu, era só eu e ele, eu pensei que estaria sozinha no meu novo apartamento e quando ele chegou, eu percebi que não estava, ele dormia comigo e quando eu acordava ele estava ali ao lado da cama me olhando, quando eu chorava de tristeza ele latia desesperado tentando me fazer esquecer o problema e lembrar que ele estava ali-sussurro pro Luan-e se ele morrer?-me afasto e olho seu rosto molhado

Luan é mais forte que eu, mas é tão apegado ao Fred quanto eu. Assim como dói em mim, dói nele. Ele é nosso filho.

-ele vai ficar bem-cola sua testa na minha

Ficamos alguns minutos ali até que conseguimos nos recuperar de todo o nosso choro.

Entramos em casa e quase todos estão concentrados na televisão, menos o meu pai que brinca de "Serra" com a minha filha.

Sorrio olhando a cena e o Luan também.

-preciso de um banho tranquilo, você fica com eles um pouco?-pergunto e ele concorda
-não demora-sela nossos lábios muito rapidamente

Subo as escadas sem falar com ninguém e entro no meu quarto. Encontro alguns brinquedinhos da Laura e alguns do Fred do nosso dia de ontem. Respiro fundo e tomo um banho rápido. Depois de me vestir, desço as escadas e agora a Laura está com o Luan.

Minha mãe abre os braços e me sento ao seu lado já me enfiando ali naquele abraço.

Apesar de estar sendo consolada, não choro mais. Minha filha parece perceber que algo está errado e me olha com os olhinhos arregalados.

-cadê a Lari?-pergunto pra minha mãe
-ela ficou lá no apartamento dormindo
-eu conheço essa sensação-dou risada
-acho que é mal dessa família, não pode ficar grávida que o sono quadruplica-meu pai diz chamando minha atenção pra ele
-eu já nem gosto de dormir né?-acompanho a todos nas gargalhadas-a Laura já dorme tanto, imagina quando ela ficar grávida-Luan me olha feio
-que conversa essa?
-nem começa com esse seu ciúmes

Me afasto da minha mãe e pego a Laura no colo. Ela fica me olhando curiosa e eu saío dali em direção a cozinha.

-até esqueci que eu tava com fome-converso com ela

Abro a geladeira e tem tanta coisa da festa. Pego uma das pizzas de cone e coloco no microondas. Espero até ele apitar avisando que está no ponto.

-acho que você também tá com fome né?

Procuro leite do meu peito ali, e ainda encontro uma de suas mamadeiras, cheia.

Coloco no microondas também e espero. Luan aparece e pega minha pizza.

-ei-reclamo e ele me encara fingindo não entender nada-eu esquentei pra mim-faço manha
-ah, agora eu já comi-dá de ombros sem se importar-vamos jantar fora, distrair um pouco essa cabecinha-beija minha testa
-eles querem ir?-pergunto curiosa
-vim sugerir primeiro pra você, assim se não quiser ir, eles nem estão sabendo de nada
-vamos sim-concordo

Microondas apita novamente e tiro a mamadeira da Laura dali. Me sento na mesa de jantar e dou o leite pra ela.

-vou avisa-los, tudo bem?
-tudo sim

Ele sai em direção a sala e eu fico quietinha curtindo a minha filha. Ela mamou a mamadeira inteira e me fez perceber que ela estava com fome.

-princesa linda da mamãe-fungo em seu cangote e ela tenta se esquivar enquanto ri-desculpa por ter deixado você todo esse tempo com a vovó só porque eu queria encher a cara-início um papo e ela como sempre fica esperta me olhando-mas foi só dessa vez, agora só quando você já estiver largado as tetas da mamãe, combinado?-faço um combinado e ela ri-combinado-afirmo por mim e por ela e acabo rindo da minha loucura

Volto pra sala e todos estão ali, menos o Luan.

-cadê o Luan?
-subiu pra colocar uma roupa decente-minha sogra chama minha atenção com a sua voz divertida
-vou subir pra fazer o mesmo e já venho-aviso

Subo de pressa atrás do Luan e quando chego no quarto o encontro deitado na cama com o braço nos olhos e respira muito profundamente.

-ursinho-me sento ao seu lado na cama-pensei que tinha vindo trocar de roupa-aliso sua barriga discretamente

Ele tira o braço do rosto e seus olhos vermelhos denunciam que ele estava chorando.

-escolhe uma roupa lá-se senta e enxuga os olhos
-é por causa do nosso filho?-pergunto pra ter certeza e ele concorda com a cabeça

Não quero voltar a chorar, dou a Laurinha pra ele e entro no closet com o coração apertado.

Coloco um body maravilhoso aperto dos lados e um short jeans, jogo um coletinho jeans e calço um tênis branco.

Pego uma camiseta vermelha pro Luan e uma calça jeans, o sapato com certeza será as botinhas de sempre.

-tá linda-ele elogia assim que volto ao quarto
-obrigada-sorrio pra ele-cuida dela

Lhe entrego a roupa e ele deixa a Laura deitada na cama. Saío do nosso quarto e entro no da minha filha. Pego uma roupinha parecida com a minha. O calor em São Paulo está infernal e ela merece estar confortável.

Volto pro meu quarto e visto ela. Luan que já estava pronto fica olhando nós duas igual um idiota.

-o que foi?
-vocês duas comem paz?-faz uma pergunta nada a ver e eu dou risada
-o que? Por quê?
-comem?-reforça a pergunta
-não, por quê?
-é que vocês me passam tanta tranquilidade, que parece que vocês comem paz
-a gente te ama-sorrio pra ele
-eu também amo vocês-se aproxima e beija a testa da Laura e a minha boca
-vamos? Tô com fome
-estranho seria você não estar-faz graça e eu dou risada

(...)






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Oiii

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Capítulo 272 - Preocupação

Luan

Mal entro no banheiro pra tomar o meu banho quando escuto a Marina me chamar. Jogo uma água rápida no corpo, me enrolo com a toalha e saío. Ela volta a me gritar, e só agora consigo perceber que seu grito não é um grito normal, é de desespero.

Entro no closet, visto uma cueca e uma bermuda qualquer. Desço de pressa e encontro ela perto do jardim com o Fred deitado em seu colo.

-o que foi?-pergunto olhando o bichinho que não me parece animado e nem acordado
-eu não sei, eu chamei ele, mas ele não veio, ele mal tá respirando-ela chora de desespero
-tem o número da veterinária dele no seu celular?
-tem sim, tá escrito Bárbara Veterinária, pede pra ela vim agora, ou a gente leva, mas ela tem que fazer alguma coisa, porque ele tá morrendo e eu não sei o que tá acontecendo-seu desespero me atinge também-ele tava bem ontem, ele tava bem-escuto ela dizer antes de entrar em casa

Procuro seu celular ali em baixo e não encontro, subo as escadas novamente e encontro no criado mudo ao lado de onde estava o meu. Digito sua senha e procuro em seus contatos o que ela disse. Coloco o telefone pra chamar e desço as escadas escutando o "tu" mais horrível da vida.

A chamada cai na caixa postal, tento de novo e novamente ela não atende. Volto pra perto da Marina que tenta fazer o Fred se animar, mas nada.

-Marina, ela não tá atendendo, acho melhor a gente levar ele na clínica dela, chegar lá se ela não tiver, mas a clínica tiver aberta, alguém pode fazer algo por ele
-então sobe e vesti uma camiseta, pega minha carteira e a gente vai-se levanta com ele ainda no colo
-oh filho reage, o que aconteceu com você meu garoto?-aliso seus pelos, mas não há mais brilho em seus olhos

Corro pra dentro novamente e subo as escadas, visto uma camiseta qualquer, pego a carteira da Marina e a minha. Desço as escadas e antes de sair escuto a campainha tocando.

-deve ser minha mãe-aviso a Marina que me ignora

Ando em direção a porta e abro a mesma, realmente são os meus pais, porém os meus sogros estão juntos.

-o que foi?-minha mãe pergunta preocupada provavelmente por causa da minha cara de assustada
-podem ficar com ela só mais um pouco?
-por quê?-minha sogra também se preocupada
-o Fred está morrendo-Marina para ao meu lado chorando e assim como meus pais, os seus também se sensibilizam com a dor dela
-vai lá cuidar dele, cuidaremos da Laura pra vocês-minha mãe é a primeira a dizer
-obrigada-agradeço

Arrasto a Marina até a garagem e logo saímos dali. Fred não me parece vivo, mas segundo a Marina ele ainda respira, fraco, mas respira.

Chegando na clínica, estaciono de qualquer jeito em um lugar proibido mesmo. Desço com as nossas coisas e a Marina com o Fred.

Uma moça na recepção fica surpresa ao me ver, mas não é pra isso que estou aqui.

-meu Deus, não tô acreditando no que tô vendo-ela diz e a Marina bufa frustrada
-dá pra deixar a tietação pra depois, eu tenho um cachorro morrendo aqui, a Doutora Bárbara está?
-me desculpa-ela finalmente percebe o estado do Fred-ela está-pega o telefone e coloca na orelha

Rapidamente ela fala com a Doutora e eu não consigo me concentrar na conversa.

-ele tava bem ontem Luan-Marina me parece inconformada-você não o viu, porque chegou em cima da hora, mas ele tava bem, a gente brincou a tarde inteira, eu, ele e a Laura. Ele só ficou sem mim quando fui arrumar o cabelo, ele brincou, rolou, pulou, tava tudo bem-funga
-vem, vou leva-los até a Bárbara-a moça chama a nossa atenção

Seguimos ela por um corredor e logo estávamos na sala da tal Doutora.

-o que aconteceu com ele?-ela se aproxima
-eu não sei-Marina desabafa-eu acordei agora a tarde e fui brincar com ele como sempre faço e o chamei, mas ele não veio até mim, eu fiquei preocupada, chamei de novo e nada, me abaixei pra olhar dentro da casinha e ele estava assim, paralisado-ela pega ele no colo
-ele estava bem ontem?
-tava, a gente brincou, a única coisa de diferente que eu notei é que ele está espirrando muito, ele nunca foi assim, mas também não me preocupei tanto, porque daqui dois dias ele tem o banho semanal e eu já ia pedir pra você olhar
-daquela vez ele ficou apático né?-ela afirma
-sim, ele ficou apático e teve algumas crises de vômito-Marina explica
-eu espero que não seja o que estou pensando-ela diz alto nos deixando preocupados
-o que está pensando?-sou rápido
-não posso afirmar sem ter certeza, vocês podem ir pra casa ou esperar lá fora enquanto faço todos os exames necessários, mas vai demorar um pouquinho
-vamos esperar-Marina responde e gruda na minha mão

Saímos da sala e voltamos até a recepção. A menina mal volta a me olhar, mas vejo ela discretamente tirando foto minha com seu celular. Resolvo esquecê-la e abraço a Marina de lado.

-você sabe que ele é nosso bebê, não podemos perde-lo-ela me encara
-essa Doutora é boa mesmo?
-sim, a melhor de São Paulo, o Puff se trata aqui, vim por indicação da Bruna
-ah, então ela é boa mesmo-concordo

Abraço ela de lado e ficamos quietinhos esperando a Veterinária aparecer pra dizer algo.

Recebo uma mensagem da minha mãe que está preocupada com o que está acontecendo, todos querem saber o que ele tem, mas nem nós sabemos.

Esperamos cerca de uma hora e alguns minutos mais. Marina depois do nosso pequeno diálogo sobre a Barbara ser boa, não disse mais nada e nem se mexeu. Se pra mim está doendo, se eu estou com medo, imagina pra ela.

-Marina-escuto a moça da recepção chama-la e ela levanta rápido-a Veterinária tá vindo falar com vocês ok?
-ok, obrigada-ela agradece

Me levanto também e a abraço de lado. A doutora aparece com um leve sorriso e eu sinto meu coração se aliviar um pouco, porém não sei se é bom.






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Vai namorar comigo siiiiim🎶
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terça-feira, 12 de setembro de 2017

Capítulo 271 - Fantasia de amor

Marina

Acordo sentindo algo em minha bunda. Uma dor de cabeça leve, porém o corpo pesado. Permaneço de olhos fechados me lembrando da noite passada, a festa foi maravilhosa, tirando a parte final na qual fiquei muito bêbada, vomitei e apaguei. Nunca fui uma bêbada muito esquecida, então apesar de esquecer algumas coisas me lembro de quase tudo.

Depois das lembranças da festa me veio lembranças quando eu finalmente já estava em casa e do Luan. Lembranças de como ele foi cuidadoso, me deu banho, me deu remédio, fez um miojo pra mim, porque fiquei enchendo o seu saco, de como eu o provoquei até dormir e mesmo assim ele se manteve firme e não transou comigo bêbada.

Sinto novamente algo em minha bunda e levanto a cobertor, é o Luan dormindo pelado, ele está ereto, provavelmente deve ter tido sonhos absurdos, juntando sua ereção matinal, dá nisso. Me afasto dele e no criado mudo tem um remédio. Bebo sem nem saber o que é e vou pro banheiro. Também estou nua, mas sei que não aconteceu nada entre a gente.

Escovo os dentes e jogo uma água no rosto, a porta está aberta e posso ver o Luan de onde estou, ele se mexe todo e fica descoberto. Me lembro ter o deixado na mão e tenho uma ideia.

Tomo um banho rápido e entro no meu closet atrás da fantasia que comprei e que mesmo fazendo tantos planos, nunca tive a oportunidade de usar.

Me visto ela toda com calma. Em seguida saío do closet e paro na porta do banheiro. Escorrando no batente e tentando ser sexy.

-Luan-chamo um pouco baixo, mas ele nem se mexe-Luan-falo alto e vejo ele se mexer e procurar meu corpo com o braço-amor-chamo sua atenção pra mim
-já acordou? Pulou da cama?-fala baixo ainda sem me olhar
-só acordei disposta-dou uma risadinha baixa por causa da minha leve dor de cabeça
-cadê você?-ele se mexe e senta na cama, esfrega os olhos e me encara, mas parece não acreditar no que vê-eita porra-volta a esfregar os olhos e me olha de cima a baixo
-gostou?-dou uma voltinha e alguns passos pra frente ficando perto da cama


-ta mesmo me perguntando se eu gostei?-ele coça o queixo com um semblante safado e fica de joelhos na cama

Olho seu corpo nu que agora está destampado e bato palmas. Ele está de parabéns, Luan sorri e retribui o aplauso.

-essa é a fantasia?-se levanta e se aproxima de mim
-sim
-pensei que ia acordar com muita ressaca
-você cuidou de mim-toco seu peito-e resistiu bravamente a mim, merece uma recompensa
-já que está dizendo, eu quero essa recompensa-sorri travesso
-ótimo, então lhe darei

Beijo seu queixo e em seguida sua boca, Luan retribui sem tocar em mim por um tempo, mas logo ele não resisti e agarra minha bunda fortemente com as suas mãos. O provoco com o beijo e ele se arrepia todo da cabeça aos pés.

-sua vez de ficar arrepiadinho-solto um sorriso entre o beijo e ele repete meu ato

Empurro ele pelo peito e faço ele se sentar na cama. Engatinho sobre seu corpo até ele ficar deitado. O mesmo segura em minha cintura e se ajeita na cama, ficando deitado direito. Me afasto dele e me ajoelho na cama, me apoio em seu peito e me levanto. Luan faz menção de se levantar e eu piso em seu peitoral com o meu salto no pé.

-você está sem calcinha-ele olha entre minhas pernas e sorri animado
-estou-me estico mais e sua mão sobe pela minha perna até chegar em minha coxa

Ele se estica pra tocar minha vagina e eu o empurro pra baixo com o meu salto.

-você é sádica?
-talvez-falo sugestiva e ele morde o cantinho dos lábios-você está preso-seguro seu braço pelo pulso e ele me olha preocupado
-vai dominar de novo não-tenta soltar sua mão e eu continuo segurando

Pego a algema na minha cintura, prendo em seu pulso e o outro lado eu prendo na cabeceira da cama.

-ah não-ele diz alto-por favor, não-implora e eu dou risada
-se quiser eu te solto e tiro a fantasia-me sento em sua barriga
-não-ele é rápido na resposta-faz o que quiser

Me estico e beijo sua boca novamente. Com a mão livre ele tira o quepe da minha cabeça e agarra meu cabelo com força, dando ritmo ao beijo.

Me livro de sua mão e desço beijando sua bochecha e seu pescoço.

-vai me chupar?-ele sussurra

Continuo a descer beijando seu peitoral e por último sua barriga. Luan não precisa ser chupado, ele está tão duro que não vejo necessidade, mas pra provoca-lo, eu fico cara a cara com seu pênis.

-vai meu amor, chupa que ele é todo seu-incentiva

Me curvo mais um pouco e passo apenas a língua em sua glande humida. Luan se mexe e aproxima sua mão da minha cabeça, mas me esquivo e me levanto.

-o que tá fazendo?-ele se curva pra levantar, mas sua mão presa não deixa e puxa ele de volta

Entro no meu closet e pego um vibrador que eu ganhei do Mario a muito tempo. Escondo ele atrás de mim pro Luan não ver e me deito na cama ao seu lado.

-o que tá fazendo sereia?-pergunta preocupado
-só fui buscar um brinquedo-mostro o vibrador pra ele que olha surpreso
-pra que isso?

Levanto meu vestido na altura da minha cintura e abro o zíper deixando meus seios de fora.

Ligo o vibracal e rodeio em meus mamilos. Eu amo essa sensação.

-sereia, isso é sacanagem-ele me encara-não faz essa cara-briga comigo por me ver excitada

Desço o vibrador pelo meu corpo até chegar em minha virilha. Abro os olhos e encaro o rosto do Luan, ele me parece gostar da cena que vê, porém está mais apressado pra chegar nos finalmente.

Toco meu clitóris com o vibrador e automaticamente elevo meu corpo de encontro ao brinquedo e fecho os olhos curtindo o meu momento.

Meu coração acelera tão rapidamente, meu corpo se treme todo. Abro os olhos e encontro o Luan me encarando enquanto se masturba com a mão livre.

Introduzo o vibrador em mim e fecho as pernas com o tesão causado por aquele aparelho.

-oh meu Deus-falo pausadamente
-senta em mim bebê, por favor, senta em mim-Luan implora

Tiro ele de mim e deixo na cama. Engatinho até o Luan e resolvo recompensa-lo por ter sido tão bom comigo. Abocanho seu membro de verdade e o seguro com uma mão, com a mão livre eu toco meu clitóris e continuo a me acariciar.

-eu já me estimulei demais, se continuar eu vou gozar na sua boca e não na sua buceta, agora senta aqui no meu pau, vem-ele tira minha cabeça de seu membro pelo cabelo

Faço o que ele pediu e coloco minhas pernas aos lados de seu corpo. Me posiciono em cima dele e sento com vontade.

Sua mão agarra o zíper da roupa e abre por completo. Tiro os braços da roupa e jogo longe.

-agora sim-ele alisa a minha meia toda delicada e agarra minha cintura

Me apoio em seu peito novamente e subo em seu membro, quando ele está quase fora, eu volto a sentar. Repito o meu ato por diversas vezes, Luan se move um pouco pra frente e abocanha um dos meus seios. Seguro em seu cabelo o ajudando a não larga-lo.

Continuo a me mover enquanto sussurro chamando seu nome. Tento me controlar pra não gozar tão rápido, mas o meu corpo não me obedece e começa a dar espamos de que está quase lá. Retardo meus movimentos e afasto a boca do Luan dos meus mamilos. Beijo seus lábios sentindo seus dedos apertarem minha coxa.

Seu membro começa a pulsionar dentro de mim e eu pressiono minha vagina contra ele.

-eu tô quase lá-ele sussurra e passa a mover seu corpo pra cima me ajudando a acelerar o ritmo novamente

Lhe abraço muito forte e aumento o meu ritmo até finalmente nós dois chegarmos lá.

-porra-Luan se treme todo ainda ejaculando dentro de mim

Me jogo pra trás de olhos fechados e elevo meu corpo fazendo ele sair de mim.

-bom dia nenenzinho-sussurro fechando os olhos pra curtir o meu momento sensível
-vai dormir de novo?-pergunta
-só cinco minutos-minto
-primeiro me tira daqui-pede sobre a algema
-tá bom-concordo, mas fico em silêncio. Finjo dormir
-sereia-fala baixo-não faz isso não-me cutuca com o pé-Marina, é sério, acorda-dessa vez ele fala alto-filha da puta-ele está bravo e eu não aguento, solto uma risada
-vou contar pra minha mãe viu-me sento na cama

Tiro a chave que estava na meia e abro a algema, ele se solta e pega o vibrador na mão.

-pelo amor de Deus, que tortura da porra-joga ele no chão
-ei, não quebra, ele é bem útil quando você não está aqui
-sério?-ele me olha surpreso
-lógico que não, eu nunca havia usado ele assim, geralmente eu uso só os dedos
-não sei se acredito-me deita na cama e fica por cima de mim, mas seu celular toca
-deve ser sua mãe

Ele se estica e pega o seu celular no criado mudo.

-acertou miserável-faz graça com um vídeo idiota que ele pode ver mil vezes e nas mil ele vai rir

Observo ele atender e falar com a mãe. Resolvo deixá-lo a vontade e me arrasto até o banheiro e tomo um banho rápido, saío e ele continua no telefone. Visto um macacão jeans e saío do closet, ele acaba de afastar o celular da orelha.

-minha mãe tá chegando ai-ele finalmente sai do celular
-vai tomar banho, que eu vou comer as coisas que eu trouxe da festa, que horas são?
-cinco e meia
-eita porra-me aproximo e olho a tela do seu celular, realmente é esse horário-vai tomar banho bebê-dou um selinho rápido em seus lábios e me afasto

Desço as escadas e não encontro ninguém. Antes de entrar na cozinha pra pegar algo pra comer, sigo até a casinha do Fred e o chamo, mas diferentemente de sempre, ele não sai. Continuo o chamando, mas nada, isso me preocupada

-Fred, filho, não me assusta assim-peço séria, mas ele não sai

Me agacho ali na frente e olho dentro da sua casinha, Fred está deitado, mal respira e me parece sofrer.

-não, não, não-puxo ele pra mim e o abraço em meu colo-LUAN-grito




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Oiiii gente

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Capítulo 270 - Primeiro pedaço

Luan

Depois de um tempo na mesa dos meninos, peguei a Laura da minha mãe e ela me olhou desconfiada por causa da coxinha, mas apenas a tranquilizei dizendo que na verdade eu só queria ficar um pouquinho com ela, já que cheguei de viagem hoje e ela já vai dormir fora.

Me sento com ela em um dos puffs da parte descoberta do salão e deito ela nas minhas pernas. Ela se estica toda pra pegar minha barba e eu me curvo ajudando ela a chegar em seu objetivo.

-você é mais gostosa que sua mãe, queria te morder toda, essa bochechas essas perninhas gordas e esses bracinhos branquelos-falo com ela, como se ela pudesse me entender-coisa linda-cheiro seu pescoço e ela se encolhe toda provavelmente por causa da barba-papai ama esse neném-me afasto e fico brincando com ela

Nem sei quanto tempo passamos ali, só percebi que foi muito, quando minha filha se cansou e dormiu no meu colo. A observei por um tempo, mas ela começou a pesar e a música no salão está muito alta pra eu poder entrar lá, ainda mais que deixei o protetor de orelha dela na mesa.

Procuro meu celular e o encontro no chão. Me estico com todo cuidado do mundo e pego meu celular. Mando mensagem pra Marina e ela responde perguntando onde estou, a respondo e peço pra ela pegar o protetor da Laura.

Espero alguns minutos até ela finalmente vim toda rebolativa pro meu lado.

-vou mandar cortar o bolo, nossos pais estão loucos pra ir embora. Estou desconfiada que eles estão querendo se livrar da gente
-você está desconfiada? Eu tenho certeza-afirmo e ela ri
-deixa eu colocar isso nela-senta ao meu lado e sinto cheiro de bebida
-tá enchendo a cara né?-mais afirmo do que pergunto
-eu disse que eu faria, lembra?
-não-finjo que esqueci
-lembra sim, não se faz de besta-me dá um tapa no braço
-tudo anda muito violenta-aproximo meu rosto do seu e ela se vira sugando meu lábio inferior pra si-invés de ficar me chupando, por que não me beija?
-pra já

Ela segura em meu queixo e me beija controlando o ritmo, meu rosto e a intensidade do beijo.

-eu vou ficar muito bêbada e não vou conseguir controlar o meu corpo, por favor cuida de mim e não me deixa ficar de perna aberta, eu estou sem calcinha, então não tem como pagar calcinha, só pagar..-a interrompo
-eu entendi bebê, eu vou cuidar de você, eu prometo
-se controla, você é o motorista do nosso carro
-tô bebendo pouco e vou continuar assim-a tranquilizo
-obrigada por me deixar curtir o meu dia
-na verdade eu deixo você curtir, porque você merece, eu prometo parar de pegar no seu pé
-obrigada de novo-agradece-eu te amo, muito, eu vivo você, eu amo você, eu respiro você-agarra meu cabelo
-eu sou feliz e completo sempre que você respira, quando você pisca e quando seu coração bate, que no caso é sempre
-ás vezes eu te irrito-faz um biquinho
-e às vezes eu irrito você, então estamos quites-beijo sua bochecha
-casa comigo?-ela pede e eu solto uma gargalhada baixinho
-eu caso, dia 24 de Janeiro, eu caso, vou estar lá no altar, serei o cara de..-ela me interrompe
-eu não quero saber a cor do seu terno, quero que me surpreenda, eu não tem como surpreender com a cor, mas vou tentar surpreender com o resto
-você já vai me surpreender só de entrar lá e casar comigo-sou sincero
-acha que eu posso desistir?-pergunta curiosa
-vai que eu cago com um tudo no meio do caminho
-você só vai cagar com tudo se me trair ou me fazer infeliz, pretende cometer algum desses erros?-cruza os braços agora séria
-nem pensar, você é tudo o que eu quero, é mãe, é amiga, é namorada, é esposa, é noiva, é psicóloga, é produtora é parceira de copo e é amante, eu não preciso de mais nada, eu realmente tenho tudo em você. E fazer você feliz é a minha meta de vida, isso não é segredo pra ninguém.
-então vamos casar, ficar bêbados e transar muito
-vamos transar muito-repito só o fim da frase e ela ri

Marina pega a Laura no colo e ela resmunga um pouco, mas não acorda. Me levanto e arrumo o protetor de ouvido da Laura.

Entramos na parte coberta do salão e seguimos até a mesa dos meus pais e dos meus sogros.

-ela dormiu-minha mãe pega o bebê conforto do chão e coloca na cadeira ao lado da cadeira ela

Marina com todo cuidado coloca a Laura ali e ela permanece dormindo quietinha no canto.

-vamos pra casa, ela já até dormiu-minha mãe alisa do cabelo dela
-vou mandar cortar o bolo, ai vocês comem, pegam alguns pedaços e leva pra casa, pra comer amanhã-Marina volta a levantar
-então vou mandar você fazer uns pratinhos de salgadinhos, de hot dog, de pizza, de churros, de doce, torta de tudo-minha mãe diz e eu olho pra ela surpresa-que foi? Não posso levar coisa pra comer em casa?
-pode, não disse nada-finjo ser um anjo e ela me olha como se pudesse dizer: Eu te conheço

Me levanto também e sigo atrás da Marina. Encontro ela falando com um dos garçons que estavam servindo as mesas. Ele sorri pra ela se um jeito que não me agrada, mas paro no lugar e finjo não ter visto a cena.

Marina agradece algo e se vira, dá de cara comigo.

-que foi?-olha meu rosto
-nada-controlo meu ciúmes-é só um ciúmes de leve, mas não se preocupa. Você que vai cortar o bolo?
-vou só cortar o primeiro pedaço, depois a moça dos garçons vai trazer o bolo aqui pra dentro, ela vai cortar e eles vão servir
-ah tá
-por quê?
-por nada-sou rápido
-o seu ciúmes é daquele garçom?-ela percebeu
-talvez
-não seja besta, eu mal o olhei
-mas ele olhou e bastante-solto sem querer e ela ri-vai lá cortar o bolo-empurro ela de leve
-não vai comigo?
-vou-concordo

Seguimos até a mesa de bolo, e como em todas as outras coisas, rolaram mais fotos da gente na mesa, da Marina super animada pra cortar o bolo e claro foto da Marina cortando ele.

-pra quem vai o primeiro pedaço?-perguntaram
-bom, o primeiro pedaço eu queria dar pra tantas pessoas, meus pais, que são e sempre foram a melhor coisa da minha vida, minha irmã e a princesa Vitória que está na barriga, Mario, Hellen, Luiza e a Bruna que são os melhores amigos que eu poderia ter, aos meus sogros que eu simplesmente não tenho o que reclamar, eles são como os meus pais e têm a mesma importância que eles e a todos vocês que estão aqui hoje pra curtir comigo, pra rebolar o popô, pra encher a cara e pra se divertir-ela começa seu discursinho-mas esse primeiro pedaço vai pra pessoa mais especial dessa festa-começo a me achar-que no caso, sou eu mesma-todo mundo ri e eu fico com cara de tacho-brincadeira, esse primeiro pedaço vai pras pessoas que são a família que estou construindo, que são o meu porto seguro, é por essas pessoas que eu vivo, sem dúvida alguma eu vivo eles, que são a Laura e o Luan, porém como a Laura está dormindo e não pode comer, Luan comerá por ela-estica o pratinho pra mim e eu pego

O fotógrafo entra em ação e bate diversas fotos desde a minha reação até o agradecimento que fiz a ela por ser sua escolha.

Como o pedaço de bolo junto com a Marina, mas ela logo some pra pegar tudo o que minha mãe pediu.

Não tivemos outra opção, então nossos pais levaram a nossa filha que não acordou mais, ela já está em seu soninho dá noite e provavelmente dormirá até as três da manhã, que é quando ela acorda com fome e com a fralda carregada de xixi.

Depois que eles se foram, demorou um pouco, mas logo a Marina estava na pista, bebendo e dançando com as pessoas.

-vem dançar comigo-Marina me abraça por trás enquanto espero meu drink
-vou já, tô esperando minha bebida-me viro pra ela-e você está ficando bêbada-olho seu rosto e está explícito que ela está bebendo
-o que combinamos?-dá risada
-eu sei, eu sei, não estou reclamando, apenas avisando
-tá bom

Minha bebida fica pronta e eu sou arrastado pela Marina até a pista de dança pra dançar funk.

-eu sou duro bebê-falo em seu ouvido
-eu sei disso-ela dá duplo sentido a frase e eu dou risada do seu jeito
-estou falando pra dançar-aliso sua cintura
-eu sei disso também meu amor-rebola até o chão e sobe fazendo carinha sensual
-isso é sacanagem viu, você está ficando bêbada e não vamos mais transar hoje, ai você faz essas dancinhas e quem fica na mão sou eu
-é bom que você acumula tesão pra usar comigo amanhã-ela diz toda safadinha
-beleza-não consigo negar

Tento dançar com ela, mas eu realmente sou um desastre em pessoa. Marina se vira de costas pra mim e começa a dançar uma música da Anitta. Ela desce sobe, rebola e puta que pariu.

-vou no banheiro-aviso pra ela
-nada de se masturbar no banheiro-me olha brava e eu dou risada concordando

Sigo em direção ao banheiro, mas não entro nele, se eu entrasse eu faria exatamente o que eu acabei de dizer a Marina que eu não faria.

Respiro fundo, termino meu drink e pego outro. Observo a minha linda menina mulher dançando e pareço um idiota babando por ela.

Marquinhos passa por mim e fala umas coisas nada a ver. Provavelmente já está bêbado, mando ele ir pro banheiro e volto a procurar a Marina com o olhar. A encontro ainda dançando, mas dessa vez acompanhada do Gui.

Eu sei que eles são só amigos, mas puta merda, eu tenho ciúmes. Me aproximo novamente como quem não quer nada e abraço ela por trás.

-pronto?-olha meu rosto
-sim, fui só mijar e pegar outro drink
-tá bom-continua dançando

As horas foram se passando e as pessoas foram ficando muito bêbadas, porém parecia que as bebidas alcoólicas nunca acabavam.

-amor-Marina me grita, mesmo eu estando ao seu lado
-fala-coloco seu cabelo pra trás
-eu tô bêbada-solta uma gargalhada e eu acompanho
-eu sei, eu tô vendo
-mas eu tô comportada-levanta as mãos pra cima e bambeia pra trás
-acho que tá na hora de encerrar essa festa
-NÃO-ela grita de verdade, chamando a atenção de algumas pessoas pra gente
-bebê, não grita-seguro ela pela cintura
-tá com vergonha de mim-fala tudo embolado e cruza os braços, mas bambeia novamente e se eu não estivesse segurando ela, provavelmente teria caído
-lógico que não, só tô dizendo que não precisa gritar, eu tô te escutando
-ta bom-me olha bicuda
-quer dançar mais?-pergunto e ela concorda-então vai lá, vou pegar alguns docinhos pra você comer, qualquer coisa me chama
-tá bom-se estica e me dá um selinho rápido

Espero ela se firmar em pé sozinha e deixo ela ir até a Hellen, Mario, Luiza, Bruna e o Testa que estão em uma rodinha dançando até o chão.

-você é o único que não está bêbado aqui-Juliana diz no meu ouvido depois de me encontrar procurando doce
-eu e a Marina fizemos um combinado, eu cumpro combinados-respondo e ela sorri concordando
-eu vim roubar uns docinhos pra levar pra casa-ela se acusa
-eu vim pegar uns pra Marina, doce é açúcar, dá uma melhorada na cachaça, se bem que melhorar não é o que ela quer, mas vou levar mesmo assim

Acho a mesa do bolo e dos docinhos na cozinha e separo alguns pra levar pra Marina. Ju faz uma marmitinha de docinhos e obrigo ela a levar um pedaço de bolo. Saío com ela que se despede de mim e pede pra que eu faça isso com a Marina.

Antes que eu possa ir até a Sereia, observo parado ela se aproximar de mim, porém no meio do caminho, ela escorrega em algo e cai no chão. Corro até ela que não para de rir.

-eu tô bêbada de verdade-ela diz como se aquilo fosse uma coisa comum
-é, eu sei-fecho suas pernas e ajudo ela a sentar comportadinha
-me leva no banheiro-pede

Procuro uma mesa perto e deixo os doces ali. Volto a me aproximar dela e ajudo ela a levantar. Seu rostinho está cansado, seus olhos mal abrem, ando abraçado com ela até o banheiro das mulheres e antes de entrar bato na porta, mas ninguém responde.

Entro com ela e a primeira cabine livre eu entro e a ajudo a sentar com o vestido pra cima.

-eu tô ruim-ela diz sonolenta
-tá mesmo, você bebeu demais, me deixa te levar pra casa
-não-seu não sai como um sussurro

Ela termina o xixi e antes que eu pudesse ajudá-la a levantar, ela abre a boca e vomita no chão. Graças a Deus eu estava ao seu lado e não na sua frente.

Tudo o que ela comeu e bebeu vai pra fora através da sua boca. Seguro seu cabelo mesmo querendo correr dali e daquele cheiro forte.

Eu pensei que ela não iria parar de vomitar, mas parou e foi ficando gelada e mole.

-você tá bem?-ajudo ela a levantar, dou descarga e faço uma manobra com ela pra que ela não pise no próprio vômito
-tá tudo girando-ela ri

Jogo uma água em seu rosto e pescoço. Faço ela fazer um gargarejo e quando ela joga pra fora seu corpo se joga pra trás, ela desmaiou.

-graças a Deus, agora vamos embora-falo sozinho

Pego ela no colo e saío muito rapidamente pro carro. Coloco ela no banco do carona e deito o mesmo. Ela volta de repente e fica me olhando estranho.

-dorme, já já estamos indo pra casa-acaricio seu cabelo e ela apenas concorda com a cabeça

Seus olhos voltam a se fechar e eu espero ter certeza que ela está dormindo. Quando isso acontece, fecho sua porta se volto pro salão, pego as caixas com seus presentes e levo pro carro, volto e pego tudo de comida que ela separou pra levar, inclusive bolo e muitos docinhos. Também levo pro carro e volto pro salão, procuro a Bruna com o olhar e a encontro em um canto do salão quase se comendo com o Breno.

-ei-dou um tapa na cabeça do meu amigo e ele se afasta-termina essa festa ai, tô levando a Marina pra casa
-ela tá bem?
-só vomitou e desmaiou, mas agora tá bem, eu tô indo, juízo-alerto ela que solta uma gargalhada-por que mulher bêbada gosta tanto de rir?-pergunto, mas sua resposta é em risada-tchau

Pego a bolsa da Marina na mesa que estávamos, encontro os nossos celulares nos bolsos da minha calça e saio aliviado. Marina permanece dormindo e eu agradeço por isso. Ajeito o cinto nela, me arrumo e dirijo em direção a nossa casa. O sol já está subindo e isso demonstra que chegaremos cedo em casa, literalmente.





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Oiiiiiii, volteiiii!!!