Capítulo 122 - Rastreando

Luan

Sentado no sofá da sala da casa dos gêmeos eu simplesmente não saío do celular. Saber que a Marina está com o tal Guilherme não me agrada e me deixa um pouco cego.

A dúvida sobre o nosso término ou não, ainda paíra pela minha mente. Relembro cada segundo do nosso pouco diálogo e fico me recordando de cada palavra que ela disse. Eu ainda não sabia se aquilo tinha sido um término mesmo ou não.

-ei-Rober chama minha atenção e eu olho pra ele apreensivo-tem snap-ele avisa rindo, aquilo não me parece bom

A cada snap que a Marina postava, Rober vinha me avisar. Seria engraçado se a situação não fosse tão apavorante pra mim.

Abro o aplicativo, recarrego o mesmo e o nome da Sereia aparece novamente. Abro sua história e me surpreendo ao ver o amiguinho dela e a Hellen em um clima romântico, eles me parecem um pouco apaixonados, ou cheios de desejo um pelo outro.

-será?-pergunto pra mim mesmo
-sobre o que está perguntando eu não sei, mas sei que nos convocou pra essa social e agora tá aí todo amoado no canto-escuto o Caio dizer e ele segui até a cozinha espero ele voltar e falo
-foi mal cara, mas a Marina está me perturbando, eu só queria ir atrás dela agorinha mesmo e sugerir que a gente esqueça os últimos acontecimentos
-e por que é que você não fez isso ainda?-ele retruca
-é complicado-encerro a conversa e ele não tenta aprofundar o assunto, agradeço silenciosamente

O mesmo volta pra fora e eu vou até o bar e encho o meu copo de uísque novamente. Volto a me sentar e fico ali, olhando meu celular de 5 em 5 segundos.

Um longo tempo depois o Rober aparece e meu coração dispara. Antes que ele fale eu recarrego o snap e nada da Marina aparece.

O baixinho segui até a cozinha e volta com duas cervejas, uma ele me dá, a outra ele abre, senta ao meu lado e começa beber.

-já pensou no que fazer?-ele pergunta preocupado comigo
-não, eu nem sei o que foi a nossa conversa, porém foi tudo culpa minha, se eu não tivesse ficado cego de ciúmes
-posso te falar uma coisa? De amigo pra amigo-ele pede autorização
-claro-me viro de lado pra ouvir suas hipóteses
-você vai perde-la se continuar com esse ciúmes idiota, não sei se você percebeu, mas está fazendo tudo que ela repudia. Você está sendo um babaca e agindo como o Jeferson fazia com ela quase no fim do relacionamento deles. Ela já te disse que ciúmes demais é espelho. Ela vai acabar se lembrando de como foi o último relacionamento e vai comparar vocês, e no fim você não vai poder nem reclamar de ser comparado. Pensa bem-ele se levanta e me deixa pensativo-ah, era pra ser uma social entre amigos, porém o Caio é biscateiro e resolveu trazer um monte de mulher, a Bruna e a Marina já sabem, se vocês podem se divertir, elas também podem. Abre a historia da Bruna no snap-dito isso ele sai

Isso é verdade, era pra ser um churrasquinho entre amigos, mas o Caio encheu a casa de amigos dele e de mulher vulgar e oferecida. Esse também é um dos motivos, que eu permaneci aqui nesse sofá durante todo o tempo que estou nessa casa.

Faço o que ele disse e abro a história da Bruna. Primeiro ela postou uma foto no espelho em casa, mostrando seu look periguete pra noite. Em seguida é uma foto dela com a Marina e o Mario com a legenda "Noite com as meninas".

Aquilo me faz rir, ela está certa, o Mario é uma menina.

O próximo snap é da Bruna com uma amiga dela. Em seguida um vídeo, um cara chama a Marina pra dançar e a Bruna incentiva, só escuto sua voz "eu não sei dançar sertanejo", é uma mentira, ela sabe sim e vive tentando me ensinar.

O próximo é ela grudada com o cara dançando, ela sorri sem graça e diz "não gruda muito, sou comprometida" a Bruna ri e pergunta "com quem?" Ela responde: "Você sabe, com a minha vida".

Sei que ela deu duplo sentido a vida, pra que todos pensassem que a 'vida' fosse eu, porém na verdade é a vida mesmo.

Ela postou snap cantando e em seguida veio um que eu não gostei nada. Em uma mureta um pouco alta, as meninas dançavam até o chão, entre elas Marina e Bruna, quem está gravando é o Mario eu reconheço sua voz. Ele para de filmar as meninas e aponta a câmera pra um monte de cara babando nelas.

Fecho a mão e aperto meu punho com força. Saío do snap e dígito uma mensagem pra Bruna.

"Apaga esses snaps agora. AGORA BRUNA! E me passa o endereço desse lugar"

Ela logo responde:

"Já apaguei e NÃO VOU PASSAR O ENDEREÇO"

"ENTÃO BOA SORTE PRA ARRUMAR OUTRO NAMORADO!!!"-ameaço

O Breno aparece na sala bufante, seu celular na mão, provavelmente ele viu o mesmo que eu.

-sabe o endereço de onde a Bruna está?-pergunta pra mim e eu nego

Meu celular apita uma mensagem dela com o endereço.

-agora eu sei-mostro pra ele que anota

Pego minhas coisas e saío sem me despedir de ninguém. Entro na Ferrari e sigo apressado pro endereço. Meu sangue está fervendo em minhas veias.

Ao chegar no endereço coloco uma touca e saío sem nada na mão, apenas com a chave no bolso. Forço o trinco da casa e a porta abre.

Entro quietinho e ninguém percebe que sou um intruso, talvez porque tem vários aqui. Me aproximo da parte de fora e procuro a Marina com os olhos, algumas pessoas me reconhecem, mas não tem tempo de se aproximar, pois me esquivo de todas.

Encontro a Marina ainda naquela mureta, dançando até o chão. O local rodeado de homens olhando ela, minha irmã e as outras que também estão ali.

Me aproximo dela pisando firme e paro na frente da Marina.

-desce daí, vamos embora-falo firme e ela ri junto com a Bruna-só não te levo Bruna, porque o Breno vai vim te buscar. Agora vem Marina-estico a mão e ela ignora
-não vou com você, estou te dando o tempo que você quer
-desce daí, você tá dando motivo pro povo falar de você-me irrito
-é isso que eu quero-dá risada
-é? Pois então tá

Me aproximo dela e coloco ela no meu ombro. As pessoas a nossa volta nos olha e até vejo alguns celulares em nossa direção.

Saío rapidamente dali e quando chego na parte de fora dou de cara com o Breno.

-ela tá lá na parte de fora, entra aí que a porta tá aperta e segue reto-aviso e ele vai

Abro meu carro e coloco a Marina sentada ali.

-me solta-ela tenta se soltar e eu me agacho na frente dela
-Marina, pelo amor de Deus, me deixa te levar pra casa, você está bêbada-falo me acalmando e tento encostar nela
-não encosta em mim, volta pras puta que você tava na casa dos gêmeos-me dá uns tapas
-não tava com nenhuma puta não, são amigas do Caio, eu fiquei afastado de todos olhando a porra do teu snap, me deixa te levar?-me estresso
-tá-ela concorda sem me olhar

Coloco o cinto nela e fecho sua porta. Entro do lado do motorista e coloco o carro pra andar.

Marina foi o caminho todo quieta, na dela, eu não disse nada, não queria brigar e não queria invadir o espaço dela.

Ao chegar em seu apartamento estaciono em uma das vagas dela e fico quieto esperando ela falar algo e nada acontece.

-me desculpa Marina, por favor, eu fui um escroto eu sei, mas eu nunca me senti tão inseguro até esse cara aparecer, ele me parece importante pra você, tenho medo da importância dele ser maior que a minha. Eu amo você, não quero tempo, quero ficar contigo-falo tudo de cabeça quente e ela não fala nada-Sereia, por favor-chamo sua atenção e ela continua em silêncio-Marina-volto a chama-lá e tiro seu cabelo do rosto, ela dorme tranquila e eu acabo rindo por ter falado sozinho

Desço do carro sozinho e abro sua porta com cuidado. Tiro seu cinto e a pego no colo.

Depois de trancar o carro e pegar as coisas dela sigo pro elevador e subimos quietinhos.

Ao chegar em seu apartamento. Abro a porta todo torto e entro com ela.

Sigo direto pro seu quarto e deito ela na cama. Tiro seu salto e seus acessórios, ela nem se move.

Na hora de tirar seu vestido não consigo passar pelos braços e cabeça.

-Marina-mexo ela delicadamente e ela acorda tossindo-levanta um pouco pra que eu possa tirar seu vestido-peço e a ajudo a levantar-isso

Tiro o pano do seu corpo e faço de tudo pra não olha-la, mas sou homem.

-vou te dar um banho-aviso e ela não consegue permanecer com os olhos abertos
-gelado?-sussurra
-sim, você está bêbada
-não quero-resmunga brava e eu rio de seu jeito
-é pra você melhorar-aliso seus cabelos
-vai tomar comigo?-pergunta e me olha
-vou
-tá-ela sorri

Tiro minha roupa, ficando só de cueca e levo ela pro banheiro. Regulo a temperatura da ducha e coloco ela de baixo. Me junto a ela no banho e enrolo bastante. Ela me abraça com frio enquanto eu aliso seu cabelo, seu que isso a fará bem.

Muito minutos depois eu resolvi tira-la dali. Pego uma toalha e enrolo em seu corpo, meio sem jeito enrolo outra em seu cabelo. Pego uma e enrolo em minha cintura.

-vem-levo ela de volta pra cama e coloco ela sentada ali

Vou até o closet dela, pego um pijama confortável e o seu secador.

Volto pro quarto e ligo o aparelho. Tiro a toalha da sua cabeça e do seu corpo. Pego uma escova e aliso seus cabelos. Seco os mesmos e deixo em cima da penteadeira.

Volto pra perto dela e tento tirar sua lingerie, mas ela segura meus braços ao lado do corpo e beija minha barriga, subindo até beijar minha boca.

-Marina-depois de segundos de beijo eu me afasto dela
-por favor-sussurra contra minha boca
-amanhã quando você estiver boa a gente se fala e aí eu te dou tudo o que quiser
-tá-ela recua e se senta na cama

Tiro as peças do seu corpo e visto o pijama nela. Deito ela direito na cama e saío atrás de um remédio. Ao lado da caixinha de primeiro socorros tem vários remédios e encontro um pra ressaca.

-Marina-me aproximo e ela já está quase adormecendo novamente

Dou o remédio e ela toma sem reclamar. Se vira de lado e fecha os olhos. Tiro a toalha da minha cintura e visto minha roupa, mesmo estando com a cueca molhada.

Espero até ter certeza que a Marina dormia tranquilamente. Pego minhas chaves e vou pra casa. É melhor que ela acorde e não me veja.





_________________________

Voltei 😊
Viram que eu pago o que devo né?
Desculpem mesmo por ontem 😘
E ai? Será que essa treta dura? 😒