Marina
Como eu havia dito ao Luan, eu não consegui dormir, tirei um cochilo de uma hora no máximo e acordei assustada.
Mariana graças a Deus não deu febre e o Mario como prometido, ficou a noite toda com a Laura.
Depois de dar de mama novamente pra pequena Maricota, deixo ela pronta pra sair e entro no banheiro.
Faço minha higiene matinal, tomo meu banho por completo, lavo inclusive o cabelo pra que eu fique acordada por bastante tempo.
Depois de pronta, arrumo a minha bolsa e fico alguns minutos olhando o Luan dormir, acabo sorrindo me lembrando da nossa madrugada de conversa sobre tatuagem. Me recordo também que quando eu disse que ia precisar ir no estúdio ele simplesmente não disse nada, não foi contra, simplesmente foi maduro o suficiente pra entender que eu também tenho o meu trabalho.
-Marina-Mario sussurra da porta e eu me viro pra ele com um sorriso idiota nos lábios-vai no estúdio mesmo?-pergunta baixinho
-vou, a Laura já levantou?-me aproximo do berço e pego a Mariana no colo
-acordou sim, me dá ela-pede a minha filha e eu entrego, ele se derrete todo-ela vai?
-sim, as duas, Luan tá dormindo e aDai só vem mais tarde, então preciso ficar de olho-saío do quarto-Laura desceu?
-desceu, falou que ia tomar café
-manda ela subir pra se arrumar
Deixo o Mario descer com a Mariana e entro no quarto da Laura, arrumo uma roupa pra ela ir pro estúdio e deixo em cima da cama. Separo uma roupa pra troca e sigo pro quarto da Mariana, arrumo tudo o que é necessário e volto pro quarto da Laura.
-tentei me vestir sozinha, mas não consegui-ela diz com o short aberto e com a camiseta colocada só em metade do seu corpo, dou risada
-oh meu bebê, podia ter esperado a mamãe-me aproximo-vem cá que eu vou te ajudar-coloco ela de frente pra mim
Fecho o short e ajudo ela a vestir a camiseta por completo. Penteio seus cabelos e coloco um acessório. Olho os brincos que ela está e gosto deles, então os deixo.
-quer perfume?-pergunto já que ela diferentemente do Luan, não gosta tanto
-quero-concorda
Espirro um pouco de perfume nela e calço sua sandália em seu pé.
-pronto, está linda, mas ainda não me pediu bença
-bença mãe-ela diz sorrindo
-Deus abençoe-puxo ela pra mim e fungo em seu cangote-na sexta o papai vai viajar e ele quer levar você, quer ir?-pergunto
-só eu e ele?-me olha esperançosa
-sim, só você e ele, eu e a Mariana vamos ficar e no outro final de semana vamos nós quatro
-tô com saudade de quando era só nós três-ela solta tristonha
-poxa princesa, não fala isso, pensei que você gostasse da Maricota
-eu gosto um pouco, mas quando era só nós a atenção era toda minha, vocês tinham tempo pra mim, agora quando a gente tá fazendo as coisas, você sai correndo pra ver a Mari e me deixa sozinha, eu só queria mais tempo-ela desabafa e sinto minha voz falhar-desculpa falar isso, desculpa-ela parece perceber que falou de mais e me abraça, mas não adianta, seu desabafo entrou feito uma faca no meu peito
-eu que tenho que me desculpar por não ser uma boa mãe-é tudo o que consigo dizer sem chorar na sua frente
-você é boa mãe sim mamãe-ela alisa meus cabelos-eu te amo, desculpa eu não queria falar isso-ela faz carinho em meu rosto e eu sorrio pra ela
-tá tudo bem-puxo ela pra um abraço apertado
Ficamos alguns minutos assim até ela se afastar e beijar todo o meu rosto me fazendo sorrir de verdade. Olho pra aquele sorriso lindo e percebo uma coisa.
-Laura, vem cá-puxo ela pra perto
-que foi?-fecha a boca
-sorri pra mamãe-peço e assim ela faz
Aproximo minha mão de um de seus dentes e ao mexer nele vejo que está mole.
-meu Deus-fico surpresa
-que foi?
-seu primeiro dentinho vai cair-comemoro por ter percebido isso antes que aconteça
-eu te disse um dia que tava mole, lembra?-pergunta rindo de mim e a minha alegria passa um pouco ao perceber que ela havia me dito e eu não dei atenção
-tá muito mole filha, vamos ter que tirar-fujo de sua pergunta
-tirar como?-se afasta por completo de mim
-mamãe segura o dente e puxa, nem vai doer muito já está bem mole
-vai doer-faz biquinho
-você sabia que existe a fada do dente?-resolvo brincar com a sua imaginação
-não, o que ela faz?-se senta ao meu lado curiosa com a história
-a fada do dente gosta de dente-falo o óbvio-quando o dente cai, se você colocar em baixo do travesseiro, de madrugada a fada do dente vem buscar e em troca ela deixa dinheiro como troca pra você comprar o que quiser-falo em um clima de suspense e ela parece gostar da ideia
-isso é verdade?-pergunta surpresa
-claro que sim, a fada do dente existe-dou um sorriso
É verdade, a fada do dente existe, assim como o Papai Noel e o coelhinho da páscoa, eles existem e no caso sou eu.
-e se eu chorar?-faz um biquinho
-pode chorar, não tem problema, ai depois do almoço a gente toma sorvete, o que acha?
-eu quero sorvete
-então..-digo sugestiva
-vai doer mamãe
-pode apertar meu braço se doer-estico o braço pra ela
-tá bom-diz chorosa
-deixa eu ver se dá pra tirar na mão, se não vou pegar uma linha-tento colocar a mão em sua boca e ela fica se afastando-filha, deixa a mamãe ver
-vai doer-choraminga
-eu só vou ver-aliso seu rosto
Tento novamente e ela fica afastando sua cabeça por alguns segundos até ter confiança em mim. Coloco meus dedos em sua boca e sinto o dente mole, mole, puxo ele pra cima com um pouco mais de força e o dente sai no meu dedo.
-saiu-mostro pra Laura que ao sentir sangue na boca começa um barraco
Puxo ela pro banheiro e deixo o dente dentro de um potinho com algodão que tem ali. Ajudo a Laura lavar a boca e aos poucos o sangue para de sair.
-doeu?-pergunto olhando seu rosto um tanto inchado de tanto chorar
-doeu-me abraça e esconde seu rosto em minha barriga
-oh filha, agora já passou, quando for a noite eu vou deixar seu dente embaixo do travesseiro e a fada do dente vai vim
-promete que ela vem?
-prometo, é claro que ela vem
-tá bom-fica quietinha
-vamos descer pra tomar café?
-vamos-diz manhosa
-mamãe vai pro estúdio, quer ir comigo?
-quero
-então vamos comer e depois a gente vai-junto nossas mãos
Saímos do quarto e descemos as escadas, a mesa do café como sempre pronta e meu amigo já come do meu pão de queijo.
-isso é meu viu-dou uma mordida no pão de queijo na mão dele
Ajudo a Laura a sentar e ela fica quietinha, sirvo ela com tudo o que ela gosta e ela olha pro Mario sorrindo, como o dente que caiu é na frente ele percebe na hora.
-você engoliu o dente dormindo?-pergunta preocupado e a Laura morre de rir dele
-mamãe tirou, tava molinho
-o primeiro dentinho-ele finge estar emocionado
-minha outra filha dormindo como sempre?-pergunto já que de longe vejo ela no berço
-sim, senhora, tudo normal
Sigo pra cozinha e falo com a Malu rapidamente. Volto pra sala de jantar e me sento na mesa com minha filha e o meu amigo.
Conversamos durante todo o café, Laura falou da fada do dente o café todo e o Mario que já nem gosta, botou pilha.
Depois de dentes escovados seguimos caminho até o estúdio. Que saudade que eu estava. Yuri é o primeiro a me ver entrar no estúdio com a Mariana no colo. Ele se aproxima e me dá um abraço apertado, já tinha até me esquecido que ele ama abraçar.
-oi-tento chamar a atenção do Rô e da Pietra que estão concentrados no computador
-eles estão de fone lerda-Mario diz como se fosse óbvio
Ignoro ele e me aproximo da Pietra. Cutuco sua cintura e ela me olha surpresa.
-aaaah, você voltou-comemora e por causa da movimentação Roberto percebe nossa presença
-vim rapidinho, tenho uma reunião aqui, vocês vão participar também-Rô vem me cumprimentar e nos abraçamos
-gostei disso-Yuri chama a minha atenção animado
-o que estão fazendo?-pergunto olhando o computador em uma edição
-tô editando o novo EP da Mari e do Matheus-Pietra conta animada
-e eu o ep do Lucas e Felipe-Roberto contém um sorriso
-e você?-encaro o Yuri
-eu estava te mandando um e-mail-ele me chama pra perto do computador dele e vejo que realmente ele estava prestes a me enviar algo
-o que tem nesse e-mail?
-um CD completo, mandei pra você ver se aprova, se você aprovar mando pros meninos e pra Som Livre
-jura?-fico orgulhosa
-sim-se anima ao ver meu olhar pra ele
-então me manda o e-mail, não vou ter tempo de ver tudo agora, mas prometo que depois vou ver
-tá-ele volta a sentar onde estava antes
Passo minha manhã toda ali com eles, foi divertido estar de volta nem que seja por pouquinhas horas.
Antes da hora do almoço me despeço e seguimos pra casa, dessa vez sem o Mario que ficou pra trabalhar.
Chegando em casa encontro tudo em um perfeito silêncio, deixo a Mariana no berço da sala e sigo com a Laura pra cozinha.
-Malu?-chamo, mas ela não aparece
Acho um bilhete na geladeira avisando que ela foi fazer o mercado. Procuro meu celular e quando o encontro vejo que tem uma mensagem dela avisando que não poderá vir mais hoje, pois no caminho pro mercado aconteceu um imprevisto.
-o que você quer comer?-pergunto pra ela
-hamburguer
-se comer hambúrguer não toma sorvete
-quero tomate então-ela diz como quem não quer nada e eu dou risada
-vou fazer tomate e frango, tá bom?
-tá bom-concorda
-me ajuda?-resolvo ter o meu momento com ela
-ajudo-sorri toda linda
____________________________
Oiiiiiiii, tudo bem com vocês?
Tô bem também obrigada
Acho que vocês já estão cansadas dos meus ps sobres não revisar, mas não tá tendo como, a preguiça fala mais alto kkkkk
Mas eu amo vocês, desistem de mim não ❤️
sábado, 28 de abril de 2018
quarta-feira, 25 de abril de 2018
Capítulo 334 - Juntos
Luan
A festinha da Mariana foi incrível, mesmo ela dormindo durante a festa toda, ela não acordou nem para as fotos, o que nos causou boas risadas. Eu achava que a Laura dormia muito, mas depois que a Mariana apareceu, percebi que eu estava enganado.
-tamo indo viu, qualquer coisinha que seja, por favor, me liga-minha mãe diz ao se despedir de mim e da Marina
-pode deixar, não vou hesitar em ligar caso aconteça algo, mas acho que vai ficar tudo bem, Mario vai ficar com a Laura enquanto eu fico de olho na Mariana-Marina diz confiante
-tá bom, mas não esquece, qualquer coisa, qualquer mesmo, me liga e não se importe com a hora-minha mãe é sincera e amorosa, como sempre-deixei bombom na geladeira pra vocês-ela avisa e tanto eu quanto a Marina comemoramos
-meu Deus, eu amo a minha sogra-ela diz empolgada
-e eu amo a minha mãe-beijo sua bochecha novamente
Nos despedimos e ela e meu pai seguiram caminho. Percebi a Marina meio amoadinha no meio da festa, preferi não dizer nada, mas sei que é porque sua família novamente não conseguiu participar desse momento.
-quer comer bombom?-convido ela que sorri animada
-será que a Laura já dormiu? Combinamos de comer bolo, lembra?
-vai lá ver, te espero na cozinha
-tá ok
Ela sobe e eu me sento na mesa com o celular na mão. Falo com meu sogro, combinando deles virem pra cá ainda essa semana, pois a Marina queria fazer uma festinha com eles, a princípio ele disse não ter disponibilidade, mas sugeri do jatinho buscar e levar eles no mesmo dia e ele acabou topando vim depois de amanhã.
Marina desce as escadas já em um pijama e com a Laura no colo, apago as mensagens e finjo que nada aconteceu.
-chamei o Mario, mas ele não quis vim, então somos só nós três já que a Mariana não pode comer bolo e continua dormindo-Marina coloca a Laura sentada do meu lado e segue pra cozinha
-você já tava dormindo?
-não, eu tava conversando sobre o meu namorado com o Tio Mario-ela diz meio receosa
-namorado-falo baixo-sem beijo na boca né?-afirmo e ela concorda-tudo bem, traz esse menino aqui pra brincar um dia, quero conversar com ele-tento não passar medo pra ela, mas ela me olha assustada
-conversar o que?
-nada demais-dou de ombros
Marina volta e coloca toda a forma de bolo que sobrou sobre a mesa. Me entrega uma colher, dá outra pra Laura e pega outra pra ela. Ela se senta do outro lado da Laura e pega um pedaço de bolo.
-estavam falando de que?-pergunta curiosa
-do meu namorado, papai falou pra trazer ele aqui-Laura conta também comendo o bolo
-vai adiantar alguma coisa eu contrariar? É melhor ter eles diante dos meus olhos e eu quero ser amigo dela-dou de ombros e a Marina me olha sorrindo
-eu quero dar pra você agora-ela diz sem emitir som e eu que dou risada negando
-tá gostoso né?-como um pedaço de bolo e ela estica o braço por trás da Laura e faz carinho em minha nuca
-mãe, posso nadar amanhã?
-vamos ver, vou sair amanhã e ver se eu compro um protetor pro seu braço, só que você vai ter que ficar sentadinha
-tá bom-ela concorda
Passamos bastante tempo ali comendo e conversando. Eu via a Laura sorrir do nada olhando nós ali e eu fazia o mesmo. Gosto quando ela fica assim e percebe que nada vai nos separar ou nos afastar.
-agora chega, é escovar os dentes e dormir em-Marina diz guardando o bolo na geladeira
-amanhã nós come mais-Laura sussurra pra mim e eu concordo fazendo um toque de mãos com ela
Subimos os três juntos e paramos no quarto da Laura, esperamos ela escovar os dentes e depois de ver ela deitar ao lado do Mario que estava todo coberto demos tchauzinho e seguimos pro nosso quarto.
Entramos e a primeira coisa que a Marina faz é olhar a Mariana e medir a febre dela, depois de certificar que tudo tava bem ela senta ao meu lado na cama.
-acho que não vou conseguir dormir hoje-ela diz deitando a cabeça em meu ombro-você bem que podia me dar o que eu quero né?
-o que você quer?-pergunto inocente
-você, seu pau-ela me encara
-tá muito saidinha viu-resmungo
Ela se levanta e senta em meu colo com uma perna de cada lado do meu corpo. Ela sem se importar tira o vestido e joga ele no chão do quarto.
-Marina-não olho pra baixo, foco em seu rosto
-vamos tomar banho juntos-ela segura meu rosto entre suas mãos-deixa eu te satisfazer do nosso jeitinho, deixa-ela pede de uma maneira que me deixa arrepiado-me deixa tocar você, chupar você, deixa-pede roçando nossos lábios-lembra quando fizemos depois da Laura nascer? Foi bom, eu te disse que eu estava pronta e eu sabia que eu estava
-foi ótimo-concordo caindo na dela
-eu estou pronta de novo, me faz sua
-tem certeza?-pergunto preocupado, quero que seja no tempo dela
-certeza absoluta, vamos fazer do nosso jeitinho-sussurra pra mim
Desço meu olhar até seus seios cobertos pelo sutiã. Abro ele atrás e tiro do seu corpo, analiso eles que agora estão maiores novamente.
Volto a encarar seu rosto pra ver se realmente é isso que ela quer e seus olhos brilham me convencendo que posso ir mais longe com ela.
Toco um dos seus mamilos com a minha língua e faço movimentos circulares fazendo ela se contorcer.
-levanta rapidinho-peço e assim ela faz se livrando de sua calcinha
Me livro da minha bermuda e da minha camiseta e fico só de cueca. Bagunço a cama e deito a Marina ali, fico por cima dela e cubro nós dois com a colcha da cama.
-não precisa de preliminares-ela diz me encarando
-só curte amor, só curte-sussurro pra ela e volto a colocar minha língua em seus mamilos
Me delicio e lhe dou prazer, Marina segura os gemidos e arqueia o quadril contra mim, me implorando silenciosamente por mais.
Desço meus lábios pelo seu corpo até chegar entre suas pernas. Primeiro sugo seu clitóris pra mim e ela automaticamente estica o braço e agarra meu cabelo com força.
Passeio meus lábios por toda sua intimidade e paro em sua entrada, coloco a minha língua ali fazendo movimento de entra e sai e sinto seu sabor incrível. Subo novamente até seu clitóris e sugo o mesmo novamente fazendo pressão contra ele.
Encaro a Marina que arqueia o corpo e tampa o rosto com um travesseiro. Junto meus dedos com a minha língua e os coloco em sua entrada sentindo o quanto ela está úmida entre as pernas.
Senti-la tão entregue a mim, fez meu corpo pedir pra ir logo, meu pau lateja querendo estar dentro dela, mas quero a Marina no máximo do seu prazer, ela merece sentir prazer e não apenas oferecer a mim.
Faço cada vez mais pressão contra seu clitóris, a chupando no lugar certo. Marina continua com o travesseiro no rosto, até sentir que estava quase lá, ela mesmo afasta o travesseiro e me olha com os olhos transbordando luxúria.
-eu tô quase, eu juro, por favor, para-implora baixinho e eu solto seu clitóris
-parei-falo baixinho
Apoio os joelhos na cama e abaixo minha cueca deixando meu membro pronto de fora. Me toco pra ela que morde os lábios e se senta na cama.
Ela substitui minha mão pela sua e me masturba deliciosamente. Respiro fundo olhando a cena e me aproximo dela juntando nossos lábios em um beijo gostoso.
-eu não posso mais esperar-colo minha testa na sua
-não espera-sussurra baixinho
Afasto sua mão de mim e deito ela na cama, me curvo sobre ela e coloco meu membro em sua entrada. Seguro nele pela base e resolvo torturar um pouco mais a Marina.
Subo meu membro até seu clitóris e acaricio o mesmo com a cabeça do meu pau. Marina volta a morder os lábios de maneira erótica e aperta os olhos com força se contorcendo em baixo de mim.
Volto a descer até sua entrada e entro nela com todo carinho do mundo.
Suas mãos que permaneciam jogadas pela cama, me agarram fortemente e arranham a minha pele. Movimento o meu corpo devagar sentindo ela por completo, tendo tudo o que ela pode me dar e satisfazendo não só a mim, mas a ela também.
-te amo-sussurro em seu ouvido e mordisco levemente seu pescoço
Marina está tão entregue que não consegue nem responder, apenas segura meu rosto entre as mãos e me dá um beijo demonstrando que tudo o que sinto, ela também sente.
Não duramos muito tempo, eu a deixei no máximo e eu também estava no meu ápice. Chegamos ao nosso clímax juntos e não consegui nem me retirar de dentro dela pra gozar, Marina não achou ruim então apenas curti o meu orgasmo.
-eu disse que seria bom-Marina diz fazendo carinho no meu cabelo depois de se recuperar do nosso momento intenso
-você disse mesmo-fico com o rosto em seu pescoço sentindo seu cheiro
-vou tomar um banho, quer vir?-convida
-bora-me levanto e ajudo ela a levantar
Seguimos pro banheiro e tomamos um banho tranquilo, depois de nos arrumar pra deitar, sigo direto pra cama, já a Marina segue pro berço e pega a Mariana pra dar de mama.
-tá sem febre?-pergunto preocupado
-tá sim, graças a Deus-pega o celular no criado mudo e se senta na poltrona com a pequena-se quiser dormir pode dormir
-tô sem sono, vou ficar te olhando-deito de lado
-amanhã cedo vou precisar ir no estúdio então se você acordar e não me encontrar, já sabe
-vai levar as meninas?-pergunto
-sim, quero elas pertinho
-falei com o Testa, vamos viajar na sexta a noite e a Laura vai comigo, vamos também?
-viaja só vocês esse final de semana, vou deixar vocês terem momentos de pai e filha, no próximo eu e a Mariana vamos também
-ok-concordo
-te amo-ela joga beijo e eu sorrio
-tô querendo fazer outras tatuagens-mudo de assunto
-vai fazer o quê?
-os pezinhos da Laura e da Mariana
-vai doer muito-faz careta
-não me importo, só quero deixar elas gravadas na pele
-quero fazer umas também, mas agora vou ter que esperar
-faz mal?
-não sei, nunca procurei saber, mas vou esperar
-o que quer fazer?-pergunto
Ali entramos em um assunto interminável e que nos ocupou por boa parte da madrugada.
___________________________
Oiii pessoas, nada de revisão nesse capítulo, mas vim postar assim mesmo pra não ficar tanto tempo em falta com vocês ❤️
Me pediram indicação de fics atualizadas, eu só leio fanfic terminada, mas se alguém tiver indicação deixa aqui nos comentários ou me manda no whats que no próximo eu indico todas 😘
A festinha da Mariana foi incrível, mesmo ela dormindo durante a festa toda, ela não acordou nem para as fotos, o que nos causou boas risadas. Eu achava que a Laura dormia muito, mas depois que a Mariana apareceu, percebi que eu estava enganado.
-tamo indo viu, qualquer coisinha que seja, por favor, me liga-minha mãe diz ao se despedir de mim e da Marina
-pode deixar, não vou hesitar em ligar caso aconteça algo, mas acho que vai ficar tudo bem, Mario vai ficar com a Laura enquanto eu fico de olho na Mariana-Marina diz confiante
-tá bom, mas não esquece, qualquer coisa, qualquer mesmo, me liga e não se importe com a hora-minha mãe é sincera e amorosa, como sempre-deixei bombom na geladeira pra vocês-ela avisa e tanto eu quanto a Marina comemoramos
-meu Deus, eu amo a minha sogra-ela diz empolgada
-e eu amo a minha mãe-beijo sua bochecha novamente
Nos despedimos e ela e meu pai seguiram caminho. Percebi a Marina meio amoadinha no meio da festa, preferi não dizer nada, mas sei que é porque sua família novamente não conseguiu participar desse momento.
-quer comer bombom?-convido ela que sorri animada
-será que a Laura já dormiu? Combinamos de comer bolo, lembra?
-vai lá ver, te espero na cozinha
-tá ok
Ela sobe e eu me sento na mesa com o celular na mão. Falo com meu sogro, combinando deles virem pra cá ainda essa semana, pois a Marina queria fazer uma festinha com eles, a princípio ele disse não ter disponibilidade, mas sugeri do jatinho buscar e levar eles no mesmo dia e ele acabou topando vim depois de amanhã.
Marina desce as escadas já em um pijama e com a Laura no colo, apago as mensagens e finjo que nada aconteceu.
-chamei o Mario, mas ele não quis vim, então somos só nós três já que a Mariana não pode comer bolo e continua dormindo-Marina coloca a Laura sentada do meu lado e segue pra cozinha
-você já tava dormindo?
-não, eu tava conversando sobre o meu namorado com o Tio Mario-ela diz meio receosa
-namorado-falo baixo-sem beijo na boca né?-afirmo e ela concorda-tudo bem, traz esse menino aqui pra brincar um dia, quero conversar com ele-tento não passar medo pra ela, mas ela me olha assustada
-conversar o que?
-nada demais-dou de ombros
Marina volta e coloca toda a forma de bolo que sobrou sobre a mesa. Me entrega uma colher, dá outra pra Laura e pega outra pra ela. Ela se senta do outro lado da Laura e pega um pedaço de bolo.
-estavam falando de que?-pergunta curiosa
-do meu namorado, papai falou pra trazer ele aqui-Laura conta também comendo o bolo
-vai adiantar alguma coisa eu contrariar? É melhor ter eles diante dos meus olhos e eu quero ser amigo dela-dou de ombros e a Marina me olha sorrindo
-eu quero dar pra você agora-ela diz sem emitir som e eu que dou risada negando
-tá gostoso né?-como um pedaço de bolo e ela estica o braço por trás da Laura e faz carinho em minha nuca
-mãe, posso nadar amanhã?
-vamos ver, vou sair amanhã e ver se eu compro um protetor pro seu braço, só que você vai ter que ficar sentadinha
-tá bom-ela concorda
Passamos bastante tempo ali comendo e conversando. Eu via a Laura sorrir do nada olhando nós ali e eu fazia o mesmo. Gosto quando ela fica assim e percebe que nada vai nos separar ou nos afastar.
-agora chega, é escovar os dentes e dormir em-Marina diz guardando o bolo na geladeira
-amanhã nós come mais-Laura sussurra pra mim e eu concordo fazendo um toque de mãos com ela
Subimos os três juntos e paramos no quarto da Laura, esperamos ela escovar os dentes e depois de ver ela deitar ao lado do Mario que estava todo coberto demos tchauzinho e seguimos pro nosso quarto.
Entramos e a primeira coisa que a Marina faz é olhar a Mariana e medir a febre dela, depois de certificar que tudo tava bem ela senta ao meu lado na cama.
-acho que não vou conseguir dormir hoje-ela diz deitando a cabeça em meu ombro-você bem que podia me dar o que eu quero né?
-o que você quer?-pergunto inocente
-você, seu pau-ela me encara
-tá muito saidinha viu-resmungo
Ela se levanta e senta em meu colo com uma perna de cada lado do meu corpo. Ela sem se importar tira o vestido e joga ele no chão do quarto.
-Marina-não olho pra baixo, foco em seu rosto
-vamos tomar banho juntos-ela segura meu rosto entre suas mãos-deixa eu te satisfazer do nosso jeitinho, deixa-ela pede de uma maneira que me deixa arrepiado-me deixa tocar você, chupar você, deixa-pede roçando nossos lábios-lembra quando fizemos depois da Laura nascer? Foi bom, eu te disse que eu estava pronta e eu sabia que eu estava
-foi ótimo-concordo caindo na dela
-eu estou pronta de novo, me faz sua
-tem certeza?-pergunto preocupado, quero que seja no tempo dela
-certeza absoluta, vamos fazer do nosso jeitinho-sussurra pra mim
Desço meu olhar até seus seios cobertos pelo sutiã. Abro ele atrás e tiro do seu corpo, analiso eles que agora estão maiores novamente.
Volto a encarar seu rosto pra ver se realmente é isso que ela quer e seus olhos brilham me convencendo que posso ir mais longe com ela.
Toco um dos seus mamilos com a minha língua e faço movimentos circulares fazendo ela se contorcer.
-levanta rapidinho-peço e assim ela faz se livrando de sua calcinha
Me livro da minha bermuda e da minha camiseta e fico só de cueca. Bagunço a cama e deito a Marina ali, fico por cima dela e cubro nós dois com a colcha da cama.
-não precisa de preliminares-ela diz me encarando
-só curte amor, só curte-sussurro pra ela e volto a colocar minha língua em seus mamilos
Me delicio e lhe dou prazer, Marina segura os gemidos e arqueia o quadril contra mim, me implorando silenciosamente por mais.
Desço meus lábios pelo seu corpo até chegar entre suas pernas. Primeiro sugo seu clitóris pra mim e ela automaticamente estica o braço e agarra meu cabelo com força.
Passeio meus lábios por toda sua intimidade e paro em sua entrada, coloco a minha língua ali fazendo movimento de entra e sai e sinto seu sabor incrível. Subo novamente até seu clitóris e sugo o mesmo novamente fazendo pressão contra ele.
Encaro a Marina que arqueia o corpo e tampa o rosto com um travesseiro. Junto meus dedos com a minha língua e os coloco em sua entrada sentindo o quanto ela está úmida entre as pernas.
Senti-la tão entregue a mim, fez meu corpo pedir pra ir logo, meu pau lateja querendo estar dentro dela, mas quero a Marina no máximo do seu prazer, ela merece sentir prazer e não apenas oferecer a mim.
Faço cada vez mais pressão contra seu clitóris, a chupando no lugar certo. Marina continua com o travesseiro no rosto, até sentir que estava quase lá, ela mesmo afasta o travesseiro e me olha com os olhos transbordando luxúria.
-eu tô quase, eu juro, por favor, para-implora baixinho e eu solto seu clitóris
-parei-falo baixinho
Apoio os joelhos na cama e abaixo minha cueca deixando meu membro pronto de fora. Me toco pra ela que morde os lábios e se senta na cama.
Ela substitui minha mão pela sua e me masturba deliciosamente. Respiro fundo olhando a cena e me aproximo dela juntando nossos lábios em um beijo gostoso.
-eu não posso mais esperar-colo minha testa na sua
-não espera-sussurra baixinho
Afasto sua mão de mim e deito ela na cama, me curvo sobre ela e coloco meu membro em sua entrada. Seguro nele pela base e resolvo torturar um pouco mais a Marina.
Subo meu membro até seu clitóris e acaricio o mesmo com a cabeça do meu pau. Marina volta a morder os lábios de maneira erótica e aperta os olhos com força se contorcendo em baixo de mim.
Volto a descer até sua entrada e entro nela com todo carinho do mundo.
Suas mãos que permaneciam jogadas pela cama, me agarram fortemente e arranham a minha pele. Movimento o meu corpo devagar sentindo ela por completo, tendo tudo o que ela pode me dar e satisfazendo não só a mim, mas a ela também.
-te amo-sussurro em seu ouvido e mordisco levemente seu pescoço
Marina está tão entregue que não consegue nem responder, apenas segura meu rosto entre as mãos e me dá um beijo demonstrando que tudo o que sinto, ela também sente.
Não duramos muito tempo, eu a deixei no máximo e eu também estava no meu ápice. Chegamos ao nosso clímax juntos e não consegui nem me retirar de dentro dela pra gozar, Marina não achou ruim então apenas curti o meu orgasmo.
-eu disse que seria bom-Marina diz fazendo carinho no meu cabelo depois de se recuperar do nosso momento intenso
-você disse mesmo-fico com o rosto em seu pescoço sentindo seu cheiro
-vou tomar um banho, quer vir?-convida
-bora-me levanto e ajudo ela a levantar
Seguimos pro banheiro e tomamos um banho tranquilo, depois de nos arrumar pra deitar, sigo direto pra cama, já a Marina segue pro berço e pega a Mariana pra dar de mama.
-tá sem febre?-pergunto preocupado
-tá sim, graças a Deus-pega o celular no criado mudo e se senta na poltrona com a pequena-se quiser dormir pode dormir
-tô sem sono, vou ficar te olhando-deito de lado
-amanhã cedo vou precisar ir no estúdio então se você acordar e não me encontrar, já sabe
-vai levar as meninas?-pergunto
-sim, quero elas pertinho
-falei com o Testa, vamos viajar na sexta a noite e a Laura vai comigo, vamos também?
-viaja só vocês esse final de semana, vou deixar vocês terem momentos de pai e filha, no próximo eu e a Mariana vamos também
-ok-concordo
-te amo-ela joga beijo e eu sorrio
-tô querendo fazer outras tatuagens-mudo de assunto
-vai fazer o quê?
-os pezinhos da Laura e da Mariana
-vai doer muito-faz careta
-não me importo, só quero deixar elas gravadas na pele
-quero fazer umas também, mas agora vou ter que esperar
-faz mal?
-não sei, nunca procurei saber, mas vou esperar
-o que quer fazer?-pergunto
Ali entramos em um assunto interminável e que nos ocupou por boa parte da madrugada.
___________________________
Oiii pessoas, nada de revisão nesse capítulo, mas vim postar assim mesmo pra não ficar tanto tempo em falta com vocês ❤️
Me pediram indicação de fics atualizadas, eu só leio fanfic terminada, mas se alguém tiver indicação deixa aqui nos comentários ou me manda no whats que no próximo eu indico todas 😘
domingo, 22 de abril de 2018
Capítulo 333 - Um mês
Marina
Vejo o Luan sentar na cama e ficar branco sem conseguir respondê-la. Engulo toda a minha vontade de rir da cara dele e a encaro.
-que conversa besta é essa Laura?-pergunto e ela me olha assustada pelo jeito percebendo que falou demais
-sabia que o Lucas ainda estuda comigo? Ele gosta de mim e eu gosto dele, ele falou que é meu namorado, então eu sou namorada dele-ela dá de ombros como se aquilo fosse comum
-Laura, Laura, você não tem idade pra isso não menina-a repreendo-como é que vocês namoram?
-a gente brinca junto, ele pega na minha mão, beija minha bochecha e ele dividi o lanche dele comigo-ela me parece tão segura de si
-Laura, você não tem idade pra namorar, mas já vou te avisando, não pode beijar na boca
-por que não? Vocês beijam-ela faz um biquinho
-a gente é casado e somos adultos, por isso a gente beija, você ainda é uma criança, não pode-deixo claro pra ela que concorda com a cabeça
-tá bom-faz um biquinho-papai-ela chama o Luan que nem olha pra ela-não fica bravo-ela se aproxima e faz carinho na nuca dele
-Luan, tá tudo bem?-pergunto com a voz um pouco risonha e ele me olha na hora-desculpa-coloco a mão na boca
-eu acabei de dar um rolê no inferno e você tá rindo Marina-ele diz e eu não controlo minha risada
-é namoro de criança, não é nada sério
-é sério sim, ela tem 6 anos, você acha certo ela estar namorando?
-Luan, por favor né?
-meu Deus do céu-ele cobre o rosto com as mãos e vejo o bico da Laura ficar ainda maior e uma lágrima escorrer dos seus olhos
-que foi filha?-pergunto pra ela
-papai tá bravo e o meu braço tá doendo-ela diz manhosa e automaticamente Luan se vira pra ela
-papai não tá bravo coisa nenhuma, vem cá-ele ajuda ela a se aproximar e coloca ela em seu colo-sem namoro tá? Só pode namorar com uns 50 anos, porque o papai não vai tá aqui e ai você pode de boa, beleza?-tenta negociar com ela
-ah papai, eu gosto do Lucas-ela diz ainda mais manhosa
-eu não gosto não-ele retruca como se fosse criança birrenta
-ai meu braço-ela faz uma careta e eu sei que isso é tudo fingimento
-tá bom Laura, tá bom, mas sem beijar na boca e ele só pode relar na sua mão, em nenhum outro lugar, se ele se quer tentar encostar em outro lugar, você me conta-Luan diz sério
-eeeeh-ela comemora animada
-pensei que seu braço tava doendo-ele diz desconfiado
-claro que tá-ela faz careta de dor e eu dou ainda mais risada
Luan nem se tocou que ela tava fingindo dor pra poder conseguir o que queria e isso foi o mais engraçado da situação.
-mãe vou lá com a minha vó-ela diz manhosa
-não rouba docinhos da festa-aviso e ela ri maléfica, como se fosse aprontar-nem coxinhas Laura
-pode deixar-ela beija a minha bochecha, a bochecha do Luan e sai rebolando
Me deito ao lado da Mariana que prestava atenção em tudo quietinha na dela e dou meu dedo indicador pra ela segurar.
-você é muito lerdo ou você se faz, porque num é possível-falo rindo dele e ele se vira lembrando que não está sozinho
Luan me olha e se deita do outro lado da Mariana, ele também dá o dedo indicador pra ela e ela agarra com sua pequena mãozinha.
-por que tá me chamando de lerdo?-faz um biquinho
-a Laura não tava com dor coisa nenhuma, tava explícito na cara dela que ela estava fingindo pra você não brigar com ela-conto e ele me olha surpreso
-é sério?-ele meio que senta e fica olhando pra pequena-ela pegou a chupeta-agora que ele percebeu
-é amor, você não tava fingindo, você é lerdo mesmo-dou risada e ele também sorri-que foi?
-você me chamou de amor-ele diz me deixando sem graça-quando eu cheguei, eu jurava que você iria cortar meus ovos e ia comer eles fritos-ele estica a mão livre por cima da pequena e alisa meu rosto
-você não merece ser culpado por algo que o destino mandou, eu não tenho culpa delas ficarem doente e nem você tem culpa, eu queria sim comer seus ovos-rimos-mas quando te vi ali na porta com os olhos cheios de lágrimas eu percebi que eu estava sendo injusta e egoísta
-que bom que meus ovos estão seguros e inteiros
-inteiros e prontos pra usar-pisco pra ele que nega
-faltam 15 dias
-falta nenhum dia não, já te dei 10 dias além do que eu imaginei, tá ótimo
-para de falar de sexo, a Mariana tá aqui
-você que começou falar dos seus ovos, não tenho culpa
-então chega desse assunto-ele foca seu olhar na nossa filha-a febre baixou?
-sim, graças a Deus, fiquei desesperada, eu tinha acabado de chegar em casa com a Laura e sua mãe tava aqui, estranhei, quando elas falaram até sentei na cama, hoje foi um dia difícil
-desculpa por não estar aqui e não te atender
-chega desse assunto, não tem que se desculpar
-arruma outra babá se precisar
-não precisa, a Dai tá me ajudando com as duas, eu aumentei o salário dela
-tá dando certo?
-sim, muito, mas como hoje a Laura quebrou o braço eu pedi pra ela não vim, sabia que a Laura ficaria manhosa e dormiria a manhã toda, mas quando cheguei aqui me fodi, percebi que eu precisava de alguém pra olhar a minha filha enquanto eu corria com a Mariana
-que bom que deu tudo certo-ele diz visivelmente chateado
-não fica assim-faço bico
-assim como?-ele me encara
-chateado, eu tô vendo nos seus olhos, são imprevistos que acontecem e não vai ser sempre que você vai estar aqui, vai ter dias que elas vão ficar doentes e você não vai poder nem dar uma passadinha pra saber como elas estão, não se culpa assim, não fique chateado consigo mesmo, não é justo com você
-tenho medo sereia
-medo de quê?
-de perder as fases delas, de perder o crescimento delas, não quero ser um pai que sempre está em falta, quero ser um pai presente, um pai que elas possam confiar e contar pra tudo
-e você é e sempre vai ser esse pai, você não está em falta e todos nós sabemos disso
-jura pra mim?
-juro, se algum dia eu ver que você está em falta, que você relaxou, eu vou ser a primeira a te falar, porque você sabe que eu sempre sou sincera com você em relação a tudo
-sincera até demais-faz um bico, pois teve um dia que eu disse que ele estava com o pênis menor do que o costume, mas era por causa do frio
-você nunca vai esquecer isso né?-dou risada e ele nega
-feriu meus sentimentos, jamais será esquecido-fica de bico
Volto a olhar a Mariana e percebo que ela adormeceu. Solto meu dedo que ela está segurando e saio do quarto deixando ela e o Luan ali.
Arrumo a roupa que a Mariana vai vestir hoje e deixo separadinho no quarto dela. Sigo pro quarto da Laura e faço o mesmo, apesar de que quem escolheu a roupa, foi a própria Laura, eu apenas deixei separado e escolhi os acessórios, sapato e calcinha.
Volto pro meu quarto e ao entrar me surpreendo ao ver o Luan dormindo junto com a Mariana. Discretamente sigo pro closet e separo roupa pra mim e pra ele.
Saío do quarto e desço as escadas, não encontro nem minha sogra, nem a Bruna, somente minha que filha está tomando café da tarde com o Mario.
-que horas você chegou?-me aproximo dele e me sento de lado no seu colo
-faz umas meia hora, pensei em subir, mas a sua sogrinha disse que você e o Luan estavam conversando
-sim, mas foi tudo tranquilo, eu quis culpa-ló por tudo o que aconteceu hoje, mas eu não posso fazer isso, ele não tem culpa
-lindíssima, falou tudo-ele diz fazendo graça-você está certa, não tem que brigar com ele por isso, ele não teve culpa nenhuma da Laura cair e machucar o braço e nem da garganta da Mariana inflamar e dar febre nela
-te amo tanto-deito minha cabeça em seu ombro e ele faz carinho em minhas costas
-vou dormir aqui hoje viu, vou te ajudar com a Laura, fico com ela a noite toda enquanto você foca sua atenção na Mariana-Mario me faz sorrir
-eu acabei de dizer que te amo né?-levanta meu rosto e encaro o dele
-sim, mas se quiser dizer de novo, estamos ai-dou risada
-te amo muito-beijo sua bochecha
-também amo você-ele me faz deitar a cabeça em seu ombro novamente
-Laura-chamo a atenção dela que come um pedaço de pudim
-oi?-nem me olha
-pensa que eu não percebi né? Mas eu percebi sim, você não tava com dor coisa nenhuma, você mentiu pro seu pai-falo séria e ela me olha
-eu não menti-faz cara de anjo
-mentiu e agora está mentindo pra mim dizendo isso-levanto minha cabeça pra encara-la melhor-o que conversamos sobre mentira?
-desculpa mãe, eu só não queria que o papai ficasse bravo comigo
-te desculpo dessa vez, mas nunca mais faça isso, mentir é feio, eu fico triste, papai fica triste e o papai do céu também fica triste
-desculpa mesmo-ela faz um bico
-já terminou de comer?-mudo de assunto
-tô terminando por quê?
-vou te dar banho e te deixar pronta, depois você vai sentar aqui na sala com o seu tablet e não vai mais levantar até dar a hora da festa, ok?
-ok-ela concorda e volta a comer
Fico ali quietinha só esperando ela terminar, quando isso acontece ela mesmo levanta e se aproxima de mim. Me levanto do colo do Mario, pego na mão boa dela e subimos juntas.
Dou um banho na Laura garantindo que ela não molhe o braço, depois do banho arrumo ela toda bonitinha, pego seu tablet e desço com ela, dessa vez não encontro nem o Mario.
-promete que não vai correr, que vai ficar quietinha por enquanto?-pergunto me abaixando em sua frente
-sim mamãe, prometo
-sabe que promessa é dívida né?-beijo sua bochecha
-sei sim
-tá tudo bem? Não tá com dor não?
-só um pouquinho-ela diz dessa vez com sinceridade
-vou subir pra arrumar a Mariana e tomar um banho, depois eu desço e te dou um remedinho tá?
-tá bom-ela concorda sem reclamar e sem esboçar reação
-quer dizer algo?-ela nega-quer alguma coisa?-ela nega-tá querendo carinho?-pergunto e um sorriso brota em seus lábios enquanto concorda
Olho as horas e ainda temos algum tempo. Me sento ao seu lado e deito sua cabeça em meu peito.
-joga comigo-ela diz manhosa colocando um joguinho em seu tablet
-jogo
Começamos a jogar e nos distraimos ali. Laura ganhou todas as partidas que disputamos.
-só mais uma vez-repito essa frase pela décima segunda vez
-tá-ela inicia outra partida
Estava quase ganhando pela primeira vez quando escuto a voz do Luan me chamando.
-Sereia, ajuda aqui-ele pede
Me viro pra ele e o encontro pronto e com a Mariana quase pronta em seu colo, só falta arrumar o cabelo e colocar seus acessórios.
-arruma esse cabelo aqui, eu não consigo colocar esse trem na cabeça dela
-você deu banho e trocou ela?
-sim-diz normalmente e realmente, isso é uma coisa normal quando se trata dele
-traz ela aqui-peço minha filha e ele me traz ela
Arrumo as presilhas na cabecinha dela e olho ela por inteiro. Dou um cheiro gostoso em seu cangote e solto um suspiro vendo a minha família completa.
-nem fala nada-Luan chama a minha atenção e eu olho pra ele vendo seus olhos cheios de lágrimas-me dá ela e vai tomar banho, você tá atrasada
-tô indo-me estico e beijo a bochecha da Laura, faço o mesmo com a Mariana e entrego ela pro Luan-te amo-sussurro lhe dando um selinho rápido
Subo correndo e ao chegar no meu quarto, pego meu celular no criado mudo e me sento na cama. Fico alguns segundos sorrindo feito boba me lembrando da cena lá de baixo. Me sinto inspirada e escrevo um texto de um mês da Mariana e posto no meu Instagram.
Depois de postar largo o celular na cama e sigo pro banheiro. Tomo meu banho não tão demorado quanto eu gostaria, mas o suficiente pra eu me sentir limpa por completo.
Me arrumo, coloco meus acessórios e ignoro a maquiagem, apenas passo um gloss rosinha na boca.
Desço as escadas e mal chego no fim e escuto a campainha tocar.
-prontos pra se divertir-chamo a atenção do Luan e dá Laura
-prontissimos-meu marido diz animado e se levanta com a Mariana no colo
Me aproximo e ajudo a Laura que sorri pra mim.
-quando todo mundo for embora a gente vai roubar bolo-sussurro em seu ouvido e ela se vira pra mim
-só nós quatro?
-sim-concordo
-eeh-ela dá pulinhos e em seguida se contêm
Sigo até a porta pra começar a recepcionar todos que a gente ama e convidamos pra participar desse momento importante.
___________________________
Demorei? Demorei! Mas é que essa semana foi agitada, ainda está sendo na verdade!
Estou no sítio no aniversário da minha vó e aqui só tem aérea na geladeira e raramente a internet pega 🤷
Maaaas fiz de tudo e tô aqui grudada nela pra postar pra vocês!
Agora vou me despedindo, pois se minha vó me ver com o celular na mão, ela vai me bater!
Beijoooos 😘
Vejo o Luan sentar na cama e ficar branco sem conseguir respondê-la. Engulo toda a minha vontade de rir da cara dele e a encaro.
-que conversa besta é essa Laura?-pergunto e ela me olha assustada pelo jeito percebendo que falou demais
-sabia que o Lucas ainda estuda comigo? Ele gosta de mim e eu gosto dele, ele falou que é meu namorado, então eu sou namorada dele-ela dá de ombros como se aquilo fosse comum
-Laura, Laura, você não tem idade pra isso não menina-a repreendo-como é que vocês namoram?
-a gente brinca junto, ele pega na minha mão, beija minha bochecha e ele dividi o lanche dele comigo-ela me parece tão segura de si
-Laura, você não tem idade pra namorar, mas já vou te avisando, não pode beijar na boca
-por que não? Vocês beijam-ela faz um biquinho
-a gente é casado e somos adultos, por isso a gente beija, você ainda é uma criança, não pode-deixo claro pra ela que concorda com a cabeça
-tá bom-faz um biquinho-papai-ela chama o Luan que nem olha pra ela-não fica bravo-ela se aproxima e faz carinho na nuca dele
-Luan, tá tudo bem?-pergunto com a voz um pouco risonha e ele me olha na hora-desculpa-coloco a mão na boca
-eu acabei de dar um rolê no inferno e você tá rindo Marina-ele diz e eu não controlo minha risada
-é namoro de criança, não é nada sério
-é sério sim, ela tem 6 anos, você acha certo ela estar namorando?
-Luan, por favor né?
-meu Deus do céu-ele cobre o rosto com as mãos e vejo o bico da Laura ficar ainda maior e uma lágrima escorrer dos seus olhos
-que foi filha?-pergunto pra ela
-papai tá bravo e o meu braço tá doendo-ela diz manhosa e automaticamente Luan se vira pra ela
-papai não tá bravo coisa nenhuma, vem cá-ele ajuda ela a se aproximar e coloca ela em seu colo-sem namoro tá? Só pode namorar com uns 50 anos, porque o papai não vai tá aqui e ai você pode de boa, beleza?-tenta negociar com ela
-ah papai, eu gosto do Lucas-ela diz ainda mais manhosa
-eu não gosto não-ele retruca como se fosse criança birrenta
-ai meu braço-ela faz uma careta e eu sei que isso é tudo fingimento
-tá bom Laura, tá bom, mas sem beijar na boca e ele só pode relar na sua mão, em nenhum outro lugar, se ele se quer tentar encostar em outro lugar, você me conta-Luan diz sério
-eeeeh-ela comemora animada
-pensei que seu braço tava doendo-ele diz desconfiado
-claro que tá-ela faz careta de dor e eu dou ainda mais risada
Luan nem se tocou que ela tava fingindo dor pra poder conseguir o que queria e isso foi o mais engraçado da situação.
-mãe vou lá com a minha vó-ela diz manhosa
-não rouba docinhos da festa-aviso e ela ri maléfica, como se fosse aprontar-nem coxinhas Laura
-pode deixar-ela beija a minha bochecha, a bochecha do Luan e sai rebolando
Me deito ao lado da Mariana que prestava atenção em tudo quietinha na dela e dou meu dedo indicador pra ela segurar.
-você é muito lerdo ou você se faz, porque num é possível-falo rindo dele e ele se vira lembrando que não está sozinho
Luan me olha e se deita do outro lado da Mariana, ele também dá o dedo indicador pra ela e ela agarra com sua pequena mãozinha.
-por que tá me chamando de lerdo?-faz um biquinho
-a Laura não tava com dor coisa nenhuma, tava explícito na cara dela que ela estava fingindo pra você não brigar com ela-conto e ele me olha surpreso
-é sério?-ele meio que senta e fica olhando pra pequena-ela pegou a chupeta-agora que ele percebeu
-é amor, você não tava fingindo, você é lerdo mesmo-dou risada e ele também sorri-que foi?
-você me chamou de amor-ele diz me deixando sem graça-quando eu cheguei, eu jurava que você iria cortar meus ovos e ia comer eles fritos-ele estica a mão livre por cima da pequena e alisa meu rosto
-você não merece ser culpado por algo que o destino mandou, eu não tenho culpa delas ficarem doente e nem você tem culpa, eu queria sim comer seus ovos-rimos-mas quando te vi ali na porta com os olhos cheios de lágrimas eu percebi que eu estava sendo injusta e egoísta
-que bom que meus ovos estão seguros e inteiros
-inteiros e prontos pra usar-pisco pra ele que nega
-faltam 15 dias
-falta nenhum dia não, já te dei 10 dias além do que eu imaginei, tá ótimo
-para de falar de sexo, a Mariana tá aqui
-você que começou falar dos seus ovos, não tenho culpa
-então chega desse assunto-ele foca seu olhar na nossa filha-a febre baixou?
-sim, graças a Deus, fiquei desesperada, eu tinha acabado de chegar em casa com a Laura e sua mãe tava aqui, estranhei, quando elas falaram até sentei na cama, hoje foi um dia difícil
-desculpa por não estar aqui e não te atender
-chega desse assunto, não tem que se desculpar
-arruma outra babá se precisar
-não precisa, a Dai tá me ajudando com as duas, eu aumentei o salário dela
-tá dando certo?
-sim, muito, mas como hoje a Laura quebrou o braço eu pedi pra ela não vim, sabia que a Laura ficaria manhosa e dormiria a manhã toda, mas quando cheguei aqui me fodi, percebi que eu precisava de alguém pra olhar a minha filha enquanto eu corria com a Mariana
-que bom que deu tudo certo-ele diz visivelmente chateado
-não fica assim-faço bico
-assim como?-ele me encara
-chateado, eu tô vendo nos seus olhos, são imprevistos que acontecem e não vai ser sempre que você vai estar aqui, vai ter dias que elas vão ficar doentes e você não vai poder nem dar uma passadinha pra saber como elas estão, não se culpa assim, não fique chateado consigo mesmo, não é justo com você
-tenho medo sereia
-medo de quê?
-de perder as fases delas, de perder o crescimento delas, não quero ser um pai que sempre está em falta, quero ser um pai presente, um pai que elas possam confiar e contar pra tudo
-e você é e sempre vai ser esse pai, você não está em falta e todos nós sabemos disso
-jura pra mim?
-juro, se algum dia eu ver que você está em falta, que você relaxou, eu vou ser a primeira a te falar, porque você sabe que eu sempre sou sincera com você em relação a tudo
-sincera até demais-faz um bico, pois teve um dia que eu disse que ele estava com o pênis menor do que o costume, mas era por causa do frio
-você nunca vai esquecer isso né?-dou risada e ele nega
-feriu meus sentimentos, jamais será esquecido-fica de bico
Volto a olhar a Mariana e percebo que ela adormeceu. Solto meu dedo que ela está segurando e saio do quarto deixando ela e o Luan ali.
Arrumo a roupa que a Mariana vai vestir hoje e deixo separadinho no quarto dela. Sigo pro quarto da Laura e faço o mesmo, apesar de que quem escolheu a roupa, foi a própria Laura, eu apenas deixei separado e escolhi os acessórios, sapato e calcinha.
Volto pro meu quarto e ao entrar me surpreendo ao ver o Luan dormindo junto com a Mariana. Discretamente sigo pro closet e separo roupa pra mim e pra ele.
Saío do quarto e desço as escadas, não encontro nem minha sogra, nem a Bruna, somente minha que filha está tomando café da tarde com o Mario.
-que horas você chegou?-me aproximo dele e me sento de lado no seu colo
-faz umas meia hora, pensei em subir, mas a sua sogrinha disse que você e o Luan estavam conversando
-sim, mas foi tudo tranquilo, eu quis culpa-ló por tudo o que aconteceu hoje, mas eu não posso fazer isso, ele não tem culpa
-lindíssima, falou tudo-ele diz fazendo graça-você está certa, não tem que brigar com ele por isso, ele não teve culpa nenhuma da Laura cair e machucar o braço e nem da garganta da Mariana inflamar e dar febre nela
-te amo tanto-deito minha cabeça em seu ombro e ele faz carinho em minhas costas
-vou dormir aqui hoje viu, vou te ajudar com a Laura, fico com ela a noite toda enquanto você foca sua atenção na Mariana-Mario me faz sorrir
-eu acabei de dizer que te amo né?-levanta meu rosto e encaro o dele
-sim, mas se quiser dizer de novo, estamos ai-dou risada
-te amo muito-beijo sua bochecha
-também amo você-ele me faz deitar a cabeça em seu ombro novamente
-Laura-chamo a atenção dela que come um pedaço de pudim
-oi?-nem me olha
-pensa que eu não percebi né? Mas eu percebi sim, você não tava com dor coisa nenhuma, você mentiu pro seu pai-falo séria e ela me olha
-eu não menti-faz cara de anjo
-mentiu e agora está mentindo pra mim dizendo isso-levanto minha cabeça pra encara-la melhor-o que conversamos sobre mentira?
-desculpa mãe, eu só não queria que o papai ficasse bravo comigo
-te desculpo dessa vez, mas nunca mais faça isso, mentir é feio, eu fico triste, papai fica triste e o papai do céu também fica triste
-desculpa mesmo-ela faz um bico
-já terminou de comer?-mudo de assunto
-tô terminando por quê?
-vou te dar banho e te deixar pronta, depois você vai sentar aqui na sala com o seu tablet e não vai mais levantar até dar a hora da festa, ok?
-ok-ela concorda e volta a comer
Fico ali quietinha só esperando ela terminar, quando isso acontece ela mesmo levanta e se aproxima de mim. Me levanto do colo do Mario, pego na mão boa dela e subimos juntas.
Dou um banho na Laura garantindo que ela não molhe o braço, depois do banho arrumo ela toda bonitinha, pego seu tablet e desço com ela, dessa vez não encontro nem o Mario.
-promete que não vai correr, que vai ficar quietinha por enquanto?-pergunto me abaixando em sua frente
-sim mamãe, prometo
-sabe que promessa é dívida né?-beijo sua bochecha
-sei sim
-tá tudo bem? Não tá com dor não?
-só um pouquinho-ela diz dessa vez com sinceridade
-vou subir pra arrumar a Mariana e tomar um banho, depois eu desço e te dou um remedinho tá?
-tá bom-ela concorda sem reclamar e sem esboçar reação
-quer dizer algo?-ela nega-quer alguma coisa?-ela nega-tá querendo carinho?-pergunto e um sorriso brota em seus lábios enquanto concorda
Olho as horas e ainda temos algum tempo. Me sento ao seu lado e deito sua cabeça em meu peito.
-joga comigo-ela diz manhosa colocando um joguinho em seu tablet
-jogo
Começamos a jogar e nos distraimos ali. Laura ganhou todas as partidas que disputamos.
-só mais uma vez-repito essa frase pela décima segunda vez
-tá-ela inicia outra partida
Estava quase ganhando pela primeira vez quando escuto a voz do Luan me chamando.
-Sereia, ajuda aqui-ele pede
Me viro pra ele e o encontro pronto e com a Mariana quase pronta em seu colo, só falta arrumar o cabelo e colocar seus acessórios.
-arruma esse cabelo aqui, eu não consigo colocar esse trem na cabeça dela
-você deu banho e trocou ela?
-sim-diz normalmente e realmente, isso é uma coisa normal quando se trata dele
-traz ela aqui-peço minha filha e ele me traz ela
Arrumo as presilhas na cabecinha dela e olho ela por inteiro. Dou um cheiro gostoso em seu cangote e solto um suspiro vendo a minha família completa.
-nem fala nada-Luan chama a minha atenção e eu olho pra ele vendo seus olhos cheios de lágrimas-me dá ela e vai tomar banho, você tá atrasada
-tô indo-me estico e beijo a bochecha da Laura, faço o mesmo com a Mariana e entrego ela pro Luan-te amo-sussurro lhe dando um selinho rápido
Subo correndo e ao chegar no meu quarto, pego meu celular no criado mudo e me sento na cama. Fico alguns segundos sorrindo feito boba me lembrando da cena lá de baixo. Me sinto inspirada e escrevo um texto de um mês da Mariana e posto no meu Instagram.
"Há exatamente um mês atrás você me fez sofrer as dores mais prazerosas da vida, as dores do parto. Doeu, doeu bastante, mas tudo compensou quando ouvi você chorar e quando vi seu pai cortar o que nos ligava, seu cordão umbilical! Te segurar foi uma sensação única e ver o seu rostinho pela primeira vez fez a emoção transbordar pelos meus olhos através de lágrimas. Desde quando eu descobri a sua existência eu imaginava como você seria, qual cor seria os seus olhos, o seu cabelo, como seria o seu sorriso, se teria covinhas nas bochechas e exatamente tudo o que eu pensei foi superado, você é ainda mais linda do que na minha imaginação.
Às vezes eu me sinto fraca e tenho medo de não ser uma boa mãe pra você e pra Laura, sinto que às vezes eu dou mais atenção a uma do que a outra e isso me intristece, mas quando te vejo sorrir ou escuto um Eu te amo da Laura me traz paz e força pra ser cada vez mais forte e melhor pra vocês.
Um mês que eu te amo, um mês que eu não durmo direito com medo de não ouvir seu choro baixo, um mês que você me faz sorrir e chorar do nada, um mês de você, um mês, porém será uma vida toda de gratidão, pois um mês é pouco pra agradecer tudo que Deus me deu!
Primeiro mês da nossa Mariana! ❤️"
Depois de postar largo o celular na cama e sigo pro banheiro. Tomo meu banho não tão demorado quanto eu gostaria, mas o suficiente pra eu me sentir limpa por completo.
Me arrumo, coloco meus acessórios e ignoro a maquiagem, apenas passo um gloss rosinha na boca.
Desço as escadas e mal chego no fim e escuto a campainha tocar.
-prontos pra se divertir-chamo a atenção do Luan e dá Laura
-prontissimos-meu marido diz animado e se levanta com a Mariana no colo
Me aproximo e ajudo a Laura que sorri pra mim.
-quando todo mundo for embora a gente vai roubar bolo-sussurro em seu ouvido e ela se vira pra mim
-só nós quatro?
-sim-concordo
-eeh-ela dá pulinhos e em seguida se contêm
Sigo até a porta pra começar a recepcionar todos que a gente ama e convidamos pra participar desse momento importante.
___________________________
Demorei? Demorei! Mas é que essa semana foi agitada, ainda está sendo na verdade!
Estou no sítio no aniversário da minha vó e aqui só tem aérea na geladeira e raramente a internet pega 🤷
Maaaas fiz de tudo e tô aqui grudada nela pra postar pra vocês!
Agora vou me despedindo, pois se minha vó me ver com o celular na mão, ela vai me bater!
Beijoooos 😘
terça-feira, 17 de abril de 2018
Capítulo 332 - Por que é tão difícil?
Luan
Acordo assustado com o testa batendo na minha porta, arrumo tudo rapidamente e me arrumo tão rápido quanto o The flash, seguimos pro aeroporto e logo estávamos no jatinho, converso animado com os meninos quando vejo meu celular descarregado, o meu carregador ficou na mala e nenhum dos bocós que se dizem meus amigos tinham um pra me emprestar.
Resolvo dormir durante a viagem e assim eu faço, sei que lá em casa eu não vou conseguir dormir tanto, já que odeio deixar tudo pra Marina, eu sou o pai das meninas e tenho que ajudar com tudo.
Acordo sendo balançado pelo Well, abro os olhos em direção a ele e ele avisa que chegamos.
Abro a janelinha e vejo que realmente já pousamos e estamos no aeroporto. Levanto e coloco o óculos de sol, desço bocejando e encontro o Rober ali com cara de preocupado.
-que foi?-pergunto me aproximando
-você precisa de um carregador-ele diz sério-vou ver se acho algum aqui pra comprar-ele sai e me deixa falando sozinho
-que foi?-Cirilo pergunta provavelmente pela minha cara de confuso
-o Testa, tá estranho, saiu correndo pra comprar um carregador pra mim
-o Testa não tá estranho, ele é-ele diz me fazendo rir
-você tá certo-concordo
A van nos espera ali na pista de pouso, Well e o Léo mesmo levam as malas pra van e em seguida seguimos pra lá.
Ficamos esperando o Testa voltar e isso demora um pouco, mas quando ele finalmente entra na van, ele pede o meu celular e coloca pra carregar.
A van segue até a saída, mas como tem algumas pessoas ali, paramos pra atender. Elas chamam meu nome insistentemente e oferecem seus celulares pra que eu bata uma foto.
-o que aconteceu com a Laura? Tá tudo bem?-escuto uma delas perguntar e isso me preocupa
-tá tudo bem sim-respondo mesmo sem ter certeza do que estou falando
Encerro o atendimento e me sento no lugar que eu estava, me viro de lado e fico de frente pro Testa.
-fala logo o que que tá acontecendo-minha voz soa mais irritada do que deveria
-eu só vi umas fotos-ele pega o celular sem ter como escapar
-que fotos Rober?
-essas aqui-ele me entrega seu celular
São algumas fotos da Marina saindo de um hospital com a Laura, e a pequena com o braço imobilizado.
-que porra aconteceu?-pergunto agora preocupado de verdade e devolvo seu celular
-eu não sei, tentei falar com a Marina, mas ela não responde, só visualiza
-droga-procuro meu celular-carregou alguma coisa?
-5% espera mais um pouco
-me empresta seu celular, vou ligar pra ela-peço e ele me entrega seu aparelho novamente
Disco os números da Marina, mas ela não atende, tento mais duas vezes e nada, na quarta vez ela finalmente atende e eu suspiro aliviado.
Ligação on 📲
-fala Rober
-Marina, o que aconteceu com a Laura?-pergunto e no segundo seguinte percebo que ela desligou
Ligação off 📲
-que foi?-Testa pergunta ao ver minha cara
-quando ela percebeu que era eu, ela desligou na minha cara
-eita-ele se recusa a dizer mais que isso
Devolvo o celular dele e me sento direito no banco. Fecho os olhos um tanto irritado e me sentindo incapaz. Algo aconteceu e eu nem sei o que foi.
Espero alguns minutos, até o Testa me cutucar.
-que foi?
-toma seu celular, carregou 15%, não é muito, mas já dá pra tentar falar com a Marina
-obrigada-pego o aparelho e coloco pra ligar
Volto a fechar os olhos enquanto espero. Meu celular liga e começa a vibrar sem parar, deixo que ele fique assim e quando para eu o pego na mão.
Olho as mensagens e vejo que a Marina tentou me ligar diversas vezes e que deixou dois recados.
Ligo pra minha caixa postal e escuto o primeiro recado.
"Oi amor, acabei de sair de casa, estou indo pro Samaritano, ligaram do colégio da Laura e disseram que ela machucou o braço jogando bola na educação física, ainda não sei se foi só uma torção ou se realmente quebrou, mas assim que eu souber eu te aviso, beijo e até mais tarde!"
-Laura machucou o braço-falo alto pros meninos que ficam visivelmente preocupados
Coloco o outro recado pra eu escutar e fico ainda mais preocupado.
"Que porra Luan, acorda. Acabei de chegar com a Laura do hospital e ela quebrou o braço, agora estou indo pra pediatra da Mariana, ela está com febre e eu não sei o que ela tem. Quando decidir acordar, não me liga de volta, eu não vou atender, tchau!"
Além da preocupação estar maior porque as minhas duas filhas estão doentes, ainda fico preocupado com a Marina, que pelo jeito está puta comigo e com razão, já que enquanto ela se desdobra com as meninas, eu durmo tranquilo.
-Laura quebrou o braço no colégio, Mariana está com febre e também foi pro hospital e a Marina está puta comigo-comento com eles
Tento falar com a Marina, mas ela ignora as minhas chamadas, continuo em silêncio e os meninos não dizem nada ao me ver bolado.
Assim que a van para na porta de casa, me levanto sem nem esperar nada e o Well abre a porta pra mim.
-deixa as minhas malas na sala e depois podem ir-aviso antes de descer levando só meu celular
Ao chegar na porta, forço o trinco e percebo que está aberta, entro em casa e encontro minha mãe sentada no sofá assistindo TV.
-cadê a Marina?
-lá em cima com a Mariana, não estressa ela não-minha mãe pede e eu apenas concordo
Subo as escadas de dois em dois degraus pra chegar logo e quando me aproximo do nosso quarto escuto a voz da Laura e da Marina. Me aproximo um pouco mais e olho dentro do quarto.
Marina me vê na hora, pois está de frente com a porta, Laura está do outro lado da cama, de costas pra mim e nem percebe minha presença. Entre as duas vejo a Mariana com os pezinhos pra cima.
Sorrio entre lágrimas ao ver as três razões da minha vida ali, aparentemente bem. Volto a me esconder e sento no corredor.
Elas mexem comigo de uma maneira que não sei explicar, elas conseguem arrancar tudo de mim, lágrimas, sorrisos, dor, tudo.
-ei-escuto a voz da Marina na porta e olho pra ela-eu que deveria estar chorando-ela diz um tanto magoada
-eu fiquei sem bateria, desculpa-abaixo a cabeça
Marina se aproxima e senta do meu lado, deita a cabeça no meu ombro e sinto que essa é a deixa pra mim. Coloco meu braço em volta do seu corpo e puxo ela com força contra mim.
-por que ser uma boa mãe é tão difícil?-ela diz e solta um suspiro
-por que ser um bom pai é tão difícil?-pergunto de volta e também suspiro
-Mariana está com a garganta inflamada e a Laura com o braço quebrado e eu não sei pra quem dar atenção primeiro, eu não sei como ser mãe das duas doentes, eu tô ficando louca-ela choraminga-desculpa por não te atender, droga, você não tem culpa do que aconteceu com elas, mas eu queria um culpado, desculpa-ela me olha
-você tem razão, eu deveria dormir menos e estar sempre pronto pra vocês
-me desculpa?-pede de novo
-me desculpa?-peço também
-ainda temos uma festinha aqui e eu não estou no clima-ela murmura
-nem eu, mas já combinamos-dou de ombros
-queria poder encher a cara-ela me olha com um bico grande
-deixa que eu faço isso por nós dois
-vai beber nada, vai me acompanhar no suco
-poxa-é a minha vez de fazer bico
-eu te amo muito, me ajuda com elas?-ela praticamente implora
-prometo que vou fazer o possível e o impossível, temos cinco dias juntos pra que eu te ajude, depois se você quiser eu posso levar a Laura pra viajar comigo já que ela não vai poder ir estudar mesmo
-depois vemos isso, agora vamos lá pra você ver ela, depois que ela acordou ficou te chamando e já vou te preparando, ela tá manhosa que só viu-Marina se desvencilha de mim e se levanta
Faço o mesmo e limpo minhas lágrimas. Junto nossos dedos e entramos no quarto. Laura arregala os olhos quando me vê.
-papai-ela toda desengonçada fica em pé na cama e eu a abraço apertado pegando ela no colo
-papai tava com saudade-beijo todo seu rostinho-e que estripulia foi essa em?-coloco ela na cama de novo e olho seu braço com uma tipóia
-foi sem querer, eu pisei na bola e cai em cima do braço
-fez de propósito pra não ir pro colégio né?-resolvo brincar com ela
-não, eu gosto do colégio
-fala a verdade-faço cócegas nela e ela se esquiva do jeito que dá
-eu gosto de ir pro colégio
-gosta é? Por quê?-pergunto e ela dá de ombros
-porque eu vejo meu namorado-diz como se fosse a coisa mais comum do mundo e eu me sento pra não cair
____________________________
Às vezes eu fico dedicada e venho todos os dias 🤷
Mas aí tem dias que eu bebo cachaça e não venho todos os dias 😂
Ai tem dias que preciso comparecer com o boy e também não venho 💁😏
Mas a gente tenta kkkkkk
Boooooom, acho que alguém vai ter um infarto depois dessa revelação kkkkkk
Um beijo suas lindas 😘
Aaaaah, antes de ir tenho um PS
PS: Prometem que quando a fic acabar vocês vão deixar um comentário bem bonitinho pra mim, sem me esculachar por dever tantos capítulos? Hahahaha ❤️
Acordo assustado com o testa batendo na minha porta, arrumo tudo rapidamente e me arrumo tão rápido quanto o The flash, seguimos pro aeroporto e logo estávamos no jatinho, converso animado com os meninos quando vejo meu celular descarregado, o meu carregador ficou na mala e nenhum dos bocós que se dizem meus amigos tinham um pra me emprestar.
Resolvo dormir durante a viagem e assim eu faço, sei que lá em casa eu não vou conseguir dormir tanto, já que odeio deixar tudo pra Marina, eu sou o pai das meninas e tenho que ajudar com tudo.
Acordo sendo balançado pelo Well, abro os olhos em direção a ele e ele avisa que chegamos.
Abro a janelinha e vejo que realmente já pousamos e estamos no aeroporto. Levanto e coloco o óculos de sol, desço bocejando e encontro o Rober ali com cara de preocupado.
-que foi?-pergunto me aproximando
-você precisa de um carregador-ele diz sério-vou ver se acho algum aqui pra comprar-ele sai e me deixa falando sozinho
-que foi?-Cirilo pergunta provavelmente pela minha cara de confuso
-o Testa, tá estranho, saiu correndo pra comprar um carregador pra mim
-o Testa não tá estranho, ele é-ele diz me fazendo rir
-você tá certo-concordo
A van nos espera ali na pista de pouso, Well e o Léo mesmo levam as malas pra van e em seguida seguimos pra lá.
Ficamos esperando o Testa voltar e isso demora um pouco, mas quando ele finalmente entra na van, ele pede o meu celular e coloca pra carregar.
A van segue até a saída, mas como tem algumas pessoas ali, paramos pra atender. Elas chamam meu nome insistentemente e oferecem seus celulares pra que eu bata uma foto.
-o que aconteceu com a Laura? Tá tudo bem?-escuto uma delas perguntar e isso me preocupa
-tá tudo bem sim-respondo mesmo sem ter certeza do que estou falando
Encerro o atendimento e me sento no lugar que eu estava, me viro de lado e fico de frente pro Testa.
-fala logo o que que tá acontecendo-minha voz soa mais irritada do que deveria
-eu só vi umas fotos-ele pega o celular sem ter como escapar
-que fotos Rober?
-essas aqui-ele me entrega seu celular
São algumas fotos da Marina saindo de um hospital com a Laura, e a pequena com o braço imobilizado.
-que porra aconteceu?-pergunto agora preocupado de verdade e devolvo seu celular
-eu não sei, tentei falar com a Marina, mas ela não responde, só visualiza
-droga-procuro meu celular-carregou alguma coisa?
-5% espera mais um pouco
-me empresta seu celular, vou ligar pra ela-peço e ele me entrega seu aparelho novamente
Disco os números da Marina, mas ela não atende, tento mais duas vezes e nada, na quarta vez ela finalmente atende e eu suspiro aliviado.
Ligação on 📲
-fala Rober
-Marina, o que aconteceu com a Laura?-pergunto e no segundo seguinte percebo que ela desligou
Ligação off 📲
-que foi?-Testa pergunta ao ver minha cara
-quando ela percebeu que era eu, ela desligou na minha cara
-eita-ele se recusa a dizer mais que isso
Devolvo o celular dele e me sento direito no banco. Fecho os olhos um tanto irritado e me sentindo incapaz. Algo aconteceu e eu nem sei o que foi.
Espero alguns minutos, até o Testa me cutucar.
-que foi?
-toma seu celular, carregou 15%, não é muito, mas já dá pra tentar falar com a Marina
-obrigada-pego o aparelho e coloco pra ligar
Volto a fechar os olhos enquanto espero. Meu celular liga e começa a vibrar sem parar, deixo que ele fique assim e quando para eu o pego na mão.
Olho as mensagens e vejo que a Marina tentou me ligar diversas vezes e que deixou dois recados.
Ligo pra minha caixa postal e escuto o primeiro recado.
"Oi amor, acabei de sair de casa, estou indo pro Samaritano, ligaram do colégio da Laura e disseram que ela machucou o braço jogando bola na educação física, ainda não sei se foi só uma torção ou se realmente quebrou, mas assim que eu souber eu te aviso, beijo e até mais tarde!"
-Laura machucou o braço-falo alto pros meninos que ficam visivelmente preocupados
Coloco o outro recado pra eu escutar e fico ainda mais preocupado.
"Que porra Luan, acorda. Acabei de chegar com a Laura do hospital e ela quebrou o braço, agora estou indo pra pediatra da Mariana, ela está com febre e eu não sei o que ela tem. Quando decidir acordar, não me liga de volta, eu não vou atender, tchau!"
Além da preocupação estar maior porque as minhas duas filhas estão doentes, ainda fico preocupado com a Marina, que pelo jeito está puta comigo e com razão, já que enquanto ela se desdobra com as meninas, eu durmo tranquilo.
-Laura quebrou o braço no colégio, Mariana está com febre e também foi pro hospital e a Marina está puta comigo-comento com eles
Tento falar com a Marina, mas ela ignora as minhas chamadas, continuo em silêncio e os meninos não dizem nada ao me ver bolado.
Assim que a van para na porta de casa, me levanto sem nem esperar nada e o Well abre a porta pra mim.
-deixa as minhas malas na sala e depois podem ir-aviso antes de descer levando só meu celular
Ao chegar na porta, forço o trinco e percebo que está aberta, entro em casa e encontro minha mãe sentada no sofá assistindo TV.
-cadê a Marina?
-lá em cima com a Mariana, não estressa ela não-minha mãe pede e eu apenas concordo
Subo as escadas de dois em dois degraus pra chegar logo e quando me aproximo do nosso quarto escuto a voz da Laura e da Marina. Me aproximo um pouco mais e olho dentro do quarto.
Marina me vê na hora, pois está de frente com a porta, Laura está do outro lado da cama, de costas pra mim e nem percebe minha presença. Entre as duas vejo a Mariana com os pezinhos pra cima.
Sorrio entre lágrimas ao ver as três razões da minha vida ali, aparentemente bem. Volto a me esconder e sento no corredor.
Elas mexem comigo de uma maneira que não sei explicar, elas conseguem arrancar tudo de mim, lágrimas, sorrisos, dor, tudo.
-ei-escuto a voz da Marina na porta e olho pra ela-eu que deveria estar chorando-ela diz um tanto magoada
-eu fiquei sem bateria, desculpa-abaixo a cabeça
Marina se aproxima e senta do meu lado, deita a cabeça no meu ombro e sinto que essa é a deixa pra mim. Coloco meu braço em volta do seu corpo e puxo ela com força contra mim.
-por que ser uma boa mãe é tão difícil?-ela diz e solta um suspiro
-por que ser um bom pai é tão difícil?-pergunto de volta e também suspiro
-Mariana está com a garganta inflamada e a Laura com o braço quebrado e eu não sei pra quem dar atenção primeiro, eu não sei como ser mãe das duas doentes, eu tô ficando louca-ela choraminga-desculpa por não te atender, droga, você não tem culpa do que aconteceu com elas, mas eu queria um culpado, desculpa-ela me olha
-você tem razão, eu deveria dormir menos e estar sempre pronto pra vocês
-me desculpa?-pede de novo
-me desculpa?-peço também
-ainda temos uma festinha aqui e eu não estou no clima-ela murmura
-nem eu, mas já combinamos-dou de ombros
-queria poder encher a cara-ela me olha com um bico grande
-deixa que eu faço isso por nós dois
-vai beber nada, vai me acompanhar no suco
-poxa-é a minha vez de fazer bico
-eu te amo muito, me ajuda com elas?-ela praticamente implora
-prometo que vou fazer o possível e o impossível, temos cinco dias juntos pra que eu te ajude, depois se você quiser eu posso levar a Laura pra viajar comigo já que ela não vai poder ir estudar mesmo
-depois vemos isso, agora vamos lá pra você ver ela, depois que ela acordou ficou te chamando e já vou te preparando, ela tá manhosa que só viu-Marina se desvencilha de mim e se levanta
Faço o mesmo e limpo minhas lágrimas. Junto nossos dedos e entramos no quarto. Laura arregala os olhos quando me vê.
-papai-ela toda desengonçada fica em pé na cama e eu a abraço apertado pegando ela no colo
-papai tava com saudade-beijo todo seu rostinho-e que estripulia foi essa em?-coloco ela na cama de novo e olho seu braço com uma tipóia
-foi sem querer, eu pisei na bola e cai em cima do braço
-fez de propósito pra não ir pro colégio né?-resolvo brincar com ela
-não, eu gosto do colégio
-fala a verdade-faço cócegas nela e ela se esquiva do jeito que dá
-eu gosto de ir pro colégio
-gosta é? Por quê?-pergunto e ela dá de ombros
-porque eu vejo meu namorado-diz como se fosse a coisa mais comum do mundo e eu me sento pra não cair
____________________________
Às vezes eu fico dedicada e venho todos os dias 🤷
Mas aí tem dias que eu bebo cachaça e não venho todos os dias 😂
Ai tem dias que preciso comparecer com o boy e também não venho 💁😏
Mas a gente tenta kkkkkk
Boooooom, acho que alguém vai ter um infarto depois dessa revelação kkkkkk
Um beijo suas lindas 😘
Aaaaah, antes de ir tenho um PS
PS: Prometem que quando a fic acabar vocês vão deixar um comentário bem bonitinho pra mim, sem me esculachar por dever tantos capítulos? Hahahaha ❤️
segunda-feira, 16 de abril de 2018
Capítulo 331 - Sozinha
Marina
Minha pequena estava fazendo um mês, Luan que havia voltado a poucos dias a fazer show ainda não tinha chegado pro mêsversario da Mariana que será mais tarde, mas sei que dessa vez ele não perderá, quando foi o primeiro mêsversario da Laura ele perdeu e se culpou muito, sei que isso não se repetiria.
Laura já voltou pro colégio e com isso me deu mais tempo pra me desdobrar em duas, tento fazer a Mariana ficar acordada comigo pela manhã, assim ela dorme um bom tempo da parte da tarde e eu consigo dar atenção a Laura quando ela chega do colégio.
Estava eu tranquilamente na piscina de casa trabalhando pelo computador, quando o telefone toca. Segundos depois a Malu aparece com uma cara de preocupada.
-o que aconteceu?-pergunto já sentindo meu coração acelerar
-parece que a Laura quebrou o braço-ela estica o telefone pra mim
Ligação on 📲
-alô-falo já saindo da piscina
-senhora Marina?-a pessoa pergunta e eu concordo com a cabeça mesmo a pessoa não vendo
-sim, sou eu, o que aconteceu com a minha filha
-olá, aqui é a professora da Laura, estávamos na Educação Física, brincando de futebol, ela pisou na bola sem querer e caiu de mal jeito sobre o braço direito, ela não consegue mexer e disse que o braço está doendo muito, não posso dizer com clareza, mas acho que ocorreu uma lesão, já estamos levando ela pro hospital
-levem ela pro Hospital Samaritano, encontro vocês lá
-ok então senhora, traga os documentos dela
-ok, obrigada por avisar-tento parecer calma e desligo na cara dela
Ligação off 📲
-como ela tá? O que aconteceu?-Malu me segue apressada
-será que você pode largar o almoço, largae a casa ai e ficar com a Mariana pra mim?-pergunto preocupada com a minha filha, não quero levá-la pro hospital
-claro que sim, vai tranquila, tirou leite hoje?-pergunta subindo as escadas atrás de mim
-sim, tá na bolsa térmica, ainda deve estar quente, eu ia acordar a Mariana daqui alguns minutos, estava só terminando uma coisinha do trabalho, mas não faça isso, deixa ela dormir, se eu demorar muito, quando for umas onze horas você acorda ela e dá mamadeira, se eu chegar antes eu mesmo dou-entro no meu closet e pego a primeira roupa confortável que acho e sigo pro banheiro
-tá bom, quer que eu ligue pra alguém?
-pra Dai, avisa ela que a Laura sofreu uma lesão no braço e que se eu precisar dela, eu ligo, mas é pra ela tirar o dia de folga
-ok-ela sai e me deixa sozinha
Jogo apenas uma água no corpo já que eu estava na piscina, me troco rapidamente, escovo os cabelos e deixo eles molhados mesmo. Pego meus documento, os documentos da Laura e desço as escadas.
-Malu, estou indo-aviso da sala e escuto ela gritar um tá bom
Saío com meu carro e dirijo pelo caminho que eu conheço bem. Sempre que a Laura ficou doente, foi pro Samaritano que eu a levei, ou eles vinham até a minha casa. Eles são ótimos e deixa a criança tranquila com tudo.
Conecto meu celular no carro e ligo pro Luan. Chama, chama e cai na caixa postal, tento mais três vezes e nada, resolvo deixar um recado, pois sei que se eu não contar agora, ele vai ficar puto comigo, ele se preocupa muito com as meninas.
"Oi amor, acabei de sair de casa, estou indo pro Samaritano, ligaram do colégio da Laura e disseram que ela machucou o braço jogando bola na educação física, ainda não sei se foi só uma torção ou se realmente quebrou, mas assim que eu souber eu te aviso, beijo e até mais tarde!"
Encerro o recado e ligo pra minha cunhada que atende no terceiro toque.
Ligação on 📲
-oi piranhuda-ela diz e consegue me arrancar um sorriso
-que horas está marcado pra decoradora ir lá montar a mesinha do mêsversario da Mariana?
-tá marcado pras 10, por quê?-pergunta e eu solto um suspiro sabendo que provavelmente não estarei lá a essa hora, já que já são 09:30
-Laura está indo pro hospital, provavelmente quebrou o braço, estou indo pra lá também, mas não sei se as coisas vão ser tão rápidas-respiro fundo-tem como você ir lá pra casa receber a decoradora?
-meu Deus, como foi isso?-pergunta preocupada-e claro que tem como eu ir, vou me arrumar e tô indo já
-ah não sei direito, a professora que ligou disse que eles estavam jogando futebol, sem querer a Laura pisou na bola e caiu desajeitada em cima do braço
-ai meu Deus, desastrada igual aos pais-ela faz gracinha e eu dou risada-não vai ter sido nada demais, tenho certeza, mas pelo amor de Deus, me dá notícias quando chegar lá e diz que eu mandei um beijo e vou estar esperando ela na sua casa com um presente
-lá vem você mimar a minha filha
-tenho certeza que você vai mimar o meu moleque quando ele nascer, agora tchau e dirija com cuidado, não precisamos de mais ninguém machucado-ela diz com a voz ainda mais fina e eu apenas dou risada
-obrigada por tudo, beijos-encerro a chamada
Ligação off 📲
Chego no hospital depois de uns vinte minutos ou mais. Estaciono em uma vaga ali na frente e desço com a minha bolsa e o celular na mão.
Já na entrada dou de cara com a professora da Laura que anda pra lá e pra cá.
-cadê a Laura?-pergunto tentando parecer calma
-ela está com a diretora lá dentro, fiquei pra esperar você chegar, primeiro você precisa fazer a ficha dela aqui e depois eu te levo-ela aponta pra recepção
Sigo até lá e a atendente já me conhece, entrego a ela o cartão do plano de saúde da Laura, ela passa o cartão e em seguida me dá uma pulseira pra colocar na Laura e algumas etiquetas de acompanhante.
-obrigada-sorrio pra ela
Entrego uma das etiquetas a professora e seguimos hospital a dentro. Ela me guia pelo hospital até a parte de ortopedia e encontro a Laura sentada em uma cadeira chorando com uma tala no braço segurando pelo pescoço. Me aproximo depressa dela e me agacho na sua frente.
-o que aconteceu princesa?-pergunto preocupada e ela me abraça com a mão esquerda que não é a mão que machucou
-eu pisei na bola sem querer e cai em cima do braço-ela diz entre soluços-tá doendo-resmunga
-não chamaram ainda?-pergunto pra diretora e lhe entrego a outra etiqueta
-ela acabou de fazer raio-x do braço, o médico foi buscar e já está vindo-ela explica
-tá tudo bem agora-me sento ao lado da Laura e acaricio seus cabelos enquanto ela chora de dor, odeio quando ela se machuca e fica assim frágil-podem ir se quiserem, eu vou levar a Laura pra casa depois
-por ter machucado o braço direito que é o que ela usa pra fazer as coisas, provavelmente ela terá que ficar em casa por um tempinho, mas você me avisa e eu vou mandando todas as atividades pra você por e-mail e você pode ir ajudando ela
-claro-concordo
-as coisas dela estão aqui-a diretora me mostra a bolsa da pequena em uma das cadeiras ao seu lado-vou esperar o médico dizer se realmente quebrou e ai iremos
-ok-apenas concordo sem ter o que falar
O médico aparece com os raio-x na mão e nos chama pra sala, levo a Laura ainda abraça em mim e sento ela em uma das cadeiras. O médico coloca os exames em uma máquina e nos mostra o raio-x do braço, que não tá nada normal.
-houve uma ruptura aqui no punho oh-ele me mostra com o dedo-você é a mãe da pequena?-pergunta e eu concordo-teve mesmo uma fratura, mas não é tão grave, vou apenas mexer no braço e imobilizar, ok?-ele avisa
-ok-concordo sabendo que esse mexer no braço, vai doer nela e em mim que não aguento ver ela chorar
-mamãe o que vai acontecer?-pergunta chorosa
-ele vai colocar seu punho no lugar e vai imobilizar seu braço, vai colocar um gesso pro seu braço ficar parado
-vai doer?-faz um biquinho e eu olho pro doutor que se aproxima dela
-olha, eu não vou mentir pra você não, vai doer um pouquinho, mas eu vou te dar um remedinho pra não doer tanto tá bom assim?-ele pergunta simpático e ela concorda com a cabeça-você confia em mim?-pergunta pra ela e ela concorda novamente
-então tá, vamos ajeitar isso então
Ele para atrás da mesa, pega o telefone e fala baixinho com alguém, em seguida desliga.
-acho que só a mãe aqui é melhor pra ela-o médico fala com a diretora e a professora
-ah, tudo bem, já estamos de saída-Márcia a diretora é a primeira a levantar-Marina, eu sinto muito mesmo por tudo o que aconteceu com a Laura e tenho certeza que ela vai se recuperar rápido, qualquer coisa que vocês precisarem é só me ligar vou-ela diz simpática como sempre
-obrigada Márcia, mas foi uma fatalidade, ninguém teve culpa, não se preocupe-sorrio pra ela
-tchau Laurinha-ela beija a testa da minha filha
-tchau tia Márcia-ela diz se despedindo
-tchau Laura, fica bem tá-Jucilene, a professora dela se abaixa e fica do tamanho da minha filha-qualquer dia vou lá na sua casa fazer uma visita pra você tá?-ela faz a minha filha sorrir e só por isso eu já sou grata
-tá bom prô, beijo-ela se estica e beija a bochecha da professora
-tchau-dou um tchau coletivo e as duas saem nos deixando sozinhas
-já volto, uma enfermeira vai vim aqui dar um remedinho pra Laura, ela é alérgica á algum tipo de remédio?-pergunta anotando algo
-não, nenhum
-ok então-ele sai nos deixando sozinhas
-sua professora é legal?-pergunto, pois como ela já está em outro ano, mudou a professora e eu ainda não tive tempo de formar uma opinião sobre essa professora
-sim, ela me ajuda muito
-que bom-beijo sua testa
Sinto meu celular vibrar e pego ele na bolsa, Bruna acabará de me mandar uma mensagem.
"E aí Marina? Como está a Laura? Vai demorar aí?"-Bruna
Automaticamente sinto meu coração se apertar e respondo.
"Ela está parcialmente bem e não sei se vamos demorar, acho que não, por quê? Aconteceu alguma coisa?"
Demora um pouco, mas logo chega uma mensagem sua.
"Eu só queria saber mesmo, não se preocupa!!"-Bruna
Ela respondeu a mensagem, mas correu da minha pergunta, será que aconteceu algo?
A enfermeira entra na sala e eu deixo meu celular de lado. Ela toda simpática conversa com a Laura e aplica uma injeção no braço dela.
-prontinho linda-ela passa um álcool onde aplicou e em seguida sai
Volto a conversar com a Laura e ela toda manhosa vai respondendo. O médico volta a sala e chama a Laura até a maca que tem ali, ajudo ela a ficar sentada e seguro sua mão esquerda.
O médico tira a tala que estava no braço dela e pede pra ela esticar. Me sento ao lado da Laura mesmo sem permissão e deito a cabeça dela em meu ombro.
Nem eu olho, nem a Laura, só escuto um barulho, um tec, não tão alto. Olho pro médico e leio seu nome no jaleco, Antônio.
-pronto?-pergunto e ele concorda
-doeu muito Laura?-ele pergunta preocupado com a pequena e ela nega com a cabeça
-só um pouquinho-resmunga e ele ri da manha dela
A enfermeira volta trazendo tudo o que o médico precisa pra imobilizar o braço da Laura. Continuo ali sentada do lado dela enquanto oberso eles passarem o gesso.
-vamos colocar uma tipóia aqui viu mãe-ele fala comigo
-ok, vai ter que esperar um pouco?
-só alguns minutos o gesso já está secando e ai a gente coloca e vocês podem ir, vou fazer uma receita aqui com alguns remédios que ela vai tomar e também já vou fazer o requerimento pra um raio-x daqui algumas semanas e pro retorno aqui, tudo bem?
-tá ok, faz um atestado pra Laura levar no colégio
-faço sim
Esperamos ali juntinhas e o choro da Laura cessou aos poucos. Depois de colocar a tipóia nela, converso com o médico que me explica os horários dos remédios e a quantidade de tudo. Saío dali agradecendo por ele ter sido tão atencioso com a minha pequena.
Na saída do hospital passo pela recepção, marco tudo o que o médico pediu pra marcar e sigo com ela, na saída sinto alguns flashes na gente, mas ignoro. Guio a Laura até o carro e abro a porta de trás pra ela.
-tá doendo ainda?-pergunto ao me ajeitar no banco
-não, eu só tô com soninho
-então deita e dorme
-e o cinto?-pergunta manhosa
-vou com cuidado, não tem problema-me estico e tiro o cinto dela
Ajudo ela a deitar de um lado confortável e sigo o caminho. Antes de chegar em casa paro na farmácia ali perto e compro os remédios que o médico passou, volto pro quarto e continuo o nosso caminho.
Ao chegar em casa estaciono o carro na garagem, pego minhas coisas e as coisas da Laura, abro a porta de trás e aliso seu cabelo.
-acorda amor-falo baixinho pra ela que abre os olhos e boceja-chegamos, vem, você deita na sua cama e dorme mais um pouco
-tá bom-ela se senta e se arrasta até mim
Ajudo ela a descer e entramos em casa. Não encontro ninguém ali em baixo. Subimos juntas e escuto vozes no meu quarto.
Levo a Laura até o quarto dela, tiro o tênis do seu pé e ajudo ela a deitar. Cubro o corpo dela e depois de um beijo em sua testa, largo sua bolsa na poltrona e sigo pro meu quarto.
Ao entrar me assusto ao ver minha sogra com a Mariana no colo, a Malu perto do berço e a Bruna em pé ao lado da Marizete.
-oi gente, aconteceu alguma coisa?-pergunto preocupada
-a Mariana tá com febre e não quer passar, vamos ter que levar ela no hospital-minha sogra diz séria e eu me sento na cama cansada
-deu remédio?-pergunto e ela concorda-ok então
Me levanto e pego os documentos da Mariana e arrumo a bolsa dela.
-quer que eu leve? Eu posso ir-Marizete diz ao ver minha cara
-não, eu vou-sorrio de lado e ela apenas concorda com a cabeça-só deu febre?
-sim
-se tem febre, tem infecção, agora basta descobrir onde-suspiro
Pego meu celular e volto pro closet, tento falar com o Luan, mas novamente ele não atende. Resolvo deixar uma nova mensagem de voz e assim eu faço.
"Que porra Luan, acorda. Acabei de chegar com a Laura do hospital e ela quebrou o braço, agora estou indo pra pediatra da Mariana, ela está com febre e eu não sei o que ela tem. Quando decidir acordar, não me liga de volta, eu não vou atender, tchau!"
Respiro fundo antes de sair do closet e pego a Mariana. Descemos todas juntas e antes de seguir pra garagem eu paro no meio da sala.
-vocês podem olhar a Laura pra mim? Ela tá dormindo lá no quarto dela
-olho sim, fica tranquila-Mari responde pelas duas
-dá uma olhada lá na montagem das coisas-Bruna fala com a mãe dela que concorda-vamos?-me olha e eu nego
-não precisa-continuo negando e ela apenas revira os olhos
-não perguntei se precisa ou se me quer junto, eu disse vamos-ela é uma ridícula que me faz rir
-ridícula, te odeio-saío na frente e ela vem atrás
Abro o porta-malas e pego a cadeirinha da Mariana. Bruna me pede a chave e eu entrego pra ela. Ajeito a minha filha na cadeira e prendo com o cinto.
Penso em ir dirigindo, mas antes de entrar observo a Bruna ali sentada no banco do motorista, já de cinto e pronta pra dirigir.
-ei-chamo sua atenção
-você está nervosa, eu tô vendo, então eu dirijo, agora senta lá
-Bruna-tento começar uma discussão, mas ela apenas sorri pra mim e sei que não vai dar em nada, ela não vai desistir-ok-me sento ao lado dela
Pego meu telefone e ligo pra pediatra que avisa estar indo pro consultório nesse exato momento e que nos encontraremos lá. Fecho os olhos e deito minha cabeça no banco, se pelo menos o Luan me atendesse e dissesse que já está vindo eu ficaria mais calma, mas não, estou aqui "sozinha".
-calma, vai ficar tudo bem-Bruna diz e alisa minha perna
Apenas fico em silêncio sentindo algumas lágrimas escorrerem dos meus olhos.
_______________________________
Capítulo grande? Temos 😏
Luan dorminhoco? Temos 🙄
Marina se virando nos 30? Temos 💁
Eu não revisando o capítulo? Temos 🤷😂
Minha pequena estava fazendo um mês, Luan que havia voltado a poucos dias a fazer show ainda não tinha chegado pro mêsversario da Mariana que será mais tarde, mas sei que dessa vez ele não perderá, quando foi o primeiro mêsversario da Laura ele perdeu e se culpou muito, sei que isso não se repetiria.
Laura já voltou pro colégio e com isso me deu mais tempo pra me desdobrar em duas, tento fazer a Mariana ficar acordada comigo pela manhã, assim ela dorme um bom tempo da parte da tarde e eu consigo dar atenção a Laura quando ela chega do colégio.
Estava eu tranquilamente na piscina de casa trabalhando pelo computador, quando o telefone toca. Segundos depois a Malu aparece com uma cara de preocupada.
-o que aconteceu?-pergunto já sentindo meu coração acelerar
-parece que a Laura quebrou o braço-ela estica o telefone pra mim
Ligação on 📲
-alô-falo já saindo da piscina
-senhora Marina?-a pessoa pergunta e eu concordo com a cabeça mesmo a pessoa não vendo
-sim, sou eu, o que aconteceu com a minha filha
-olá, aqui é a professora da Laura, estávamos na Educação Física, brincando de futebol, ela pisou na bola sem querer e caiu de mal jeito sobre o braço direito, ela não consegue mexer e disse que o braço está doendo muito, não posso dizer com clareza, mas acho que ocorreu uma lesão, já estamos levando ela pro hospital
-levem ela pro Hospital Samaritano, encontro vocês lá
-ok então senhora, traga os documentos dela
-ok, obrigada por avisar-tento parecer calma e desligo na cara dela
Ligação off 📲
-como ela tá? O que aconteceu?-Malu me segue apressada
-será que você pode largar o almoço, largae a casa ai e ficar com a Mariana pra mim?-pergunto preocupada com a minha filha, não quero levá-la pro hospital
-claro que sim, vai tranquila, tirou leite hoje?-pergunta subindo as escadas atrás de mim
-sim, tá na bolsa térmica, ainda deve estar quente, eu ia acordar a Mariana daqui alguns minutos, estava só terminando uma coisinha do trabalho, mas não faça isso, deixa ela dormir, se eu demorar muito, quando for umas onze horas você acorda ela e dá mamadeira, se eu chegar antes eu mesmo dou-entro no meu closet e pego a primeira roupa confortável que acho e sigo pro banheiro
-tá bom, quer que eu ligue pra alguém?
-pra Dai, avisa ela que a Laura sofreu uma lesão no braço e que se eu precisar dela, eu ligo, mas é pra ela tirar o dia de folga
-ok-ela sai e me deixa sozinha
Jogo apenas uma água no corpo já que eu estava na piscina, me troco rapidamente, escovo os cabelos e deixo eles molhados mesmo. Pego meus documento, os documentos da Laura e desço as escadas.
-Malu, estou indo-aviso da sala e escuto ela gritar um tá bom
Saío com meu carro e dirijo pelo caminho que eu conheço bem. Sempre que a Laura ficou doente, foi pro Samaritano que eu a levei, ou eles vinham até a minha casa. Eles são ótimos e deixa a criança tranquila com tudo.
Conecto meu celular no carro e ligo pro Luan. Chama, chama e cai na caixa postal, tento mais três vezes e nada, resolvo deixar um recado, pois sei que se eu não contar agora, ele vai ficar puto comigo, ele se preocupa muito com as meninas.
"Oi amor, acabei de sair de casa, estou indo pro Samaritano, ligaram do colégio da Laura e disseram que ela machucou o braço jogando bola na educação física, ainda não sei se foi só uma torção ou se realmente quebrou, mas assim que eu souber eu te aviso, beijo e até mais tarde!"
Encerro o recado e ligo pra minha cunhada que atende no terceiro toque.
Ligação on 📲
-oi piranhuda-ela diz e consegue me arrancar um sorriso
-que horas está marcado pra decoradora ir lá montar a mesinha do mêsversario da Mariana?
-tá marcado pras 10, por quê?-pergunta e eu solto um suspiro sabendo que provavelmente não estarei lá a essa hora, já que já são 09:30
-Laura está indo pro hospital, provavelmente quebrou o braço, estou indo pra lá também, mas não sei se as coisas vão ser tão rápidas-respiro fundo-tem como você ir lá pra casa receber a decoradora?
-meu Deus, como foi isso?-pergunta preocupada-e claro que tem como eu ir, vou me arrumar e tô indo já
-ah não sei direito, a professora que ligou disse que eles estavam jogando futebol, sem querer a Laura pisou na bola e caiu desajeitada em cima do braço
-ai meu Deus, desastrada igual aos pais-ela faz gracinha e eu dou risada-não vai ter sido nada demais, tenho certeza, mas pelo amor de Deus, me dá notícias quando chegar lá e diz que eu mandei um beijo e vou estar esperando ela na sua casa com um presente
-lá vem você mimar a minha filha
-tenho certeza que você vai mimar o meu moleque quando ele nascer, agora tchau e dirija com cuidado, não precisamos de mais ninguém machucado-ela diz com a voz ainda mais fina e eu apenas dou risada
-obrigada por tudo, beijos-encerro a chamada
Ligação off 📲
Chego no hospital depois de uns vinte minutos ou mais. Estaciono em uma vaga ali na frente e desço com a minha bolsa e o celular na mão.
Já na entrada dou de cara com a professora da Laura que anda pra lá e pra cá.
-cadê a Laura?-pergunto tentando parecer calma
-ela está com a diretora lá dentro, fiquei pra esperar você chegar, primeiro você precisa fazer a ficha dela aqui e depois eu te levo-ela aponta pra recepção
Sigo até lá e a atendente já me conhece, entrego a ela o cartão do plano de saúde da Laura, ela passa o cartão e em seguida me dá uma pulseira pra colocar na Laura e algumas etiquetas de acompanhante.
-obrigada-sorrio pra ela
Entrego uma das etiquetas a professora e seguimos hospital a dentro. Ela me guia pelo hospital até a parte de ortopedia e encontro a Laura sentada em uma cadeira chorando com uma tala no braço segurando pelo pescoço. Me aproximo depressa dela e me agacho na sua frente.
-o que aconteceu princesa?-pergunto preocupada e ela me abraça com a mão esquerda que não é a mão que machucou
-eu pisei na bola sem querer e cai em cima do braço-ela diz entre soluços-tá doendo-resmunga
-não chamaram ainda?-pergunto pra diretora e lhe entrego a outra etiqueta
-ela acabou de fazer raio-x do braço, o médico foi buscar e já está vindo-ela explica
-tá tudo bem agora-me sento ao lado da Laura e acaricio seus cabelos enquanto ela chora de dor, odeio quando ela se machuca e fica assim frágil-podem ir se quiserem, eu vou levar a Laura pra casa depois
-por ter machucado o braço direito que é o que ela usa pra fazer as coisas, provavelmente ela terá que ficar em casa por um tempinho, mas você me avisa e eu vou mandando todas as atividades pra você por e-mail e você pode ir ajudando ela
-claro-concordo
-as coisas dela estão aqui-a diretora me mostra a bolsa da pequena em uma das cadeiras ao seu lado-vou esperar o médico dizer se realmente quebrou e ai iremos
-ok-apenas concordo sem ter o que falar
O médico aparece com os raio-x na mão e nos chama pra sala, levo a Laura ainda abraça em mim e sento ela em uma das cadeiras. O médico coloca os exames em uma máquina e nos mostra o raio-x do braço, que não tá nada normal.
-houve uma ruptura aqui no punho oh-ele me mostra com o dedo-você é a mãe da pequena?-pergunta e eu concordo-teve mesmo uma fratura, mas não é tão grave, vou apenas mexer no braço e imobilizar, ok?-ele avisa
-ok-concordo sabendo que esse mexer no braço, vai doer nela e em mim que não aguento ver ela chorar
-mamãe o que vai acontecer?-pergunta chorosa
-ele vai colocar seu punho no lugar e vai imobilizar seu braço, vai colocar um gesso pro seu braço ficar parado
-vai doer?-faz um biquinho e eu olho pro doutor que se aproxima dela
-olha, eu não vou mentir pra você não, vai doer um pouquinho, mas eu vou te dar um remedinho pra não doer tanto tá bom assim?-ele pergunta simpático e ela concorda com a cabeça-você confia em mim?-pergunta pra ela e ela concorda novamente
-então tá, vamos ajeitar isso então
Ele para atrás da mesa, pega o telefone e fala baixinho com alguém, em seguida desliga.
-acho que só a mãe aqui é melhor pra ela-o médico fala com a diretora e a professora
-ah, tudo bem, já estamos de saída-Márcia a diretora é a primeira a levantar-Marina, eu sinto muito mesmo por tudo o que aconteceu com a Laura e tenho certeza que ela vai se recuperar rápido, qualquer coisa que vocês precisarem é só me ligar vou-ela diz simpática como sempre
-obrigada Márcia, mas foi uma fatalidade, ninguém teve culpa, não se preocupe-sorrio pra ela
-tchau Laurinha-ela beija a testa da minha filha
-tchau tia Márcia-ela diz se despedindo
-tchau Laura, fica bem tá-Jucilene, a professora dela se abaixa e fica do tamanho da minha filha-qualquer dia vou lá na sua casa fazer uma visita pra você tá?-ela faz a minha filha sorrir e só por isso eu já sou grata
-tá bom prô, beijo-ela se estica e beija a bochecha da professora
-tchau-dou um tchau coletivo e as duas saem nos deixando sozinhas
-já volto, uma enfermeira vai vim aqui dar um remedinho pra Laura, ela é alérgica á algum tipo de remédio?-pergunta anotando algo
-não, nenhum
-ok então-ele sai nos deixando sozinhas
-sua professora é legal?-pergunto, pois como ela já está em outro ano, mudou a professora e eu ainda não tive tempo de formar uma opinião sobre essa professora
-sim, ela me ajuda muito
-que bom-beijo sua testa
Sinto meu celular vibrar e pego ele na bolsa, Bruna acabará de me mandar uma mensagem.
"E aí Marina? Como está a Laura? Vai demorar aí?"-Bruna
Automaticamente sinto meu coração se apertar e respondo.
"Ela está parcialmente bem e não sei se vamos demorar, acho que não, por quê? Aconteceu alguma coisa?"
Demora um pouco, mas logo chega uma mensagem sua.
"Eu só queria saber mesmo, não se preocupa!!"-Bruna
Ela respondeu a mensagem, mas correu da minha pergunta, será que aconteceu algo?
A enfermeira entra na sala e eu deixo meu celular de lado. Ela toda simpática conversa com a Laura e aplica uma injeção no braço dela.
-prontinho linda-ela passa um álcool onde aplicou e em seguida sai
Volto a conversar com a Laura e ela toda manhosa vai respondendo. O médico volta a sala e chama a Laura até a maca que tem ali, ajudo ela a ficar sentada e seguro sua mão esquerda.
O médico tira a tala que estava no braço dela e pede pra ela esticar. Me sento ao lado da Laura mesmo sem permissão e deito a cabeça dela em meu ombro.
Nem eu olho, nem a Laura, só escuto um barulho, um tec, não tão alto. Olho pro médico e leio seu nome no jaleco, Antônio.
-pronto?-pergunto e ele concorda
-doeu muito Laura?-ele pergunta preocupado com a pequena e ela nega com a cabeça
-só um pouquinho-resmunga e ele ri da manha dela
A enfermeira volta trazendo tudo o que o médico precisa pra imobilizar o braço da Laura. Continuo ali sentada do lado dela enquanto oberso eles passarem o gesso.
-vamos colocar uma tipóia aqui viu mãe-ele fala comigo
-ok, vai ter que esperar um pouco?
-só alguns minutos o gesso já está secando e ai a gente coloca e vocês podem ir, vou fazer uma receita aqui com alguns remédios que ela vai tomar e também já vou fazer o requerimento pra um raio-x daqui algumas semanas e pro retorno aqui, tudo bem?
-tá ok, faz um atestado pra Laura levar no colégio
-faço sim
Esperamos ali juntinhas e o choro da Laura cessou aos poucos. Depois de colocar a tipóia nela, converso com o médico que me explica os horários dos remédios e a quantidade de tudo. Saío dali agradecendo por ele ter sido tão atencioso com a minha pequena.
Na saída do hospital passo pela recepção, marco tudo o que o médico pediu pra marcar e sigo com ela, na saída sinto alguns flashes na gente, mas ignoro. Guio a Laura até o carro e abro a porta de trás pra ela.
-tá doendo ainda?-pergunto ao me ajeitar no banco
-não, eu só tô com soninho
-então deita e dorme
-e o cinto?-pergunta manhosa
-vou com cuidado, não tem problema-me estico e tiro o cinto dela
Ajudo ela a deitar de um lado confortável e sigo o caminho. Antes de chegar em casa paro na farmácia ali perto e compro os remédios que o médico passou, volto pro quarto e continuo o nosso caminho.
Ao chegar em casa estaciono o carro na garagem, pego minhas coisas e as coisas da Laura, abro a porta de trás e aliso seu cabelo.
-acorda amor-falo baixinho pra ela que abre os olhos e boceja-chegamos, vem, você deita na sua cama e dorme mais um pouco
-tá bom-ela se senta e se arrasta até mim
Ajudo ela a descer e entramos em casa. Não encontro ninguém ali em baixo. Subimos juntas e escuto vozes no meu quarto.
Levo a Laura até o quarto dela, tiro o tênis do seu pé e ajudo ela a deitar. Cubro o corpo dela e depois de um beijo em sua testa, largo sua bolsa na poltrona e sigo pro meu quarto.
Ao entrar me assusto ao ver minha sogra com a Mariana no colo, a Malu perto do berço e a Bruna em pé ao lado da Marizete.
-oi gente, aconteceu alguma coisa?-pergunto preocupada
-a Mariana tá com febre e não quer passar, vamos ter que levar ela no hospital-minha sogra diz séria e eu me sento na cama cansada
-deu remédio?-pergunto e ela concorda-ok então
Me levanto e pego os documentos da Mariana e arrumo a bolsa dela.
-quer que eu leve? Eu posso ir-Marizete diz ao ver minha cara
-não, eu vou-sorrio de lado e ela apenas concorda com a cabeça-só deu febre?
-sim
-se tem febre, tem infecção, agora basta descobrir onde-suspiro
Pego meu celular e volto pro closet, tento falar com o Luan, mas novamente ele não atende. Resolvo deixar uma nova mensagem de voz e assim eu faço.
"Que porra Luan, acorda. Acabei de chegar com a Laura do hospital e ela quebrou o braço, agora estou indo pra pediatra da Mariana, ela está com febre e eu não sei o que ela tem. Quando decidir acordar, não me liga de volta, eu não vou atender, tchau!"
Respiro fundo antes de sair do closet e pego a Mariana. Descemos todas juntas e antes de seguir pra garagem eu paro no meio da sala.
-vocês podem olhar a Laura pra mim? Ela tá dormindo lá no quarto dela
-olho sim, fica tranquila-Mari responde pelas duas
-dá uma olhada lá na montagem das coisas-Bruna fala com a mãe dela que concorda-vamos?-me olha e eu nego
-não precisa-continuo negando e ela apenas revira os olhos
-não perguntei se precisa ou se me quer junto, eu disse vamos-ela é uma ridícula que me faz rir
-ridícula, te odeio-saío na frente e ela vem atrás
Abro o porta-malas e pego a cadeirinha da Mariana. Bruna me pede a chave e eu entrego pra ela. Ajeito a minha filha na cadeira e prendo com o cinto.
Penso em ir dirigindo, mas antes de entrar observo a Bruna ali sentada no banco do motorista, já de cinto e pronta pra dirigir.
-ei-chamo sua atenção
-você está nervosa, eu tô vendo, então eu dirijo, agora senta lá
-Bruna-tento começar uma discussão, mas ela apenas sorri pra mim e sei que não vai dar em nada, ela não vai desistir-ok-me sento ao lado dela
Pego meu telefone e ligo pra pediatra que avisa estar indo pro consultório nesse exato momento e que nos encontraremos lá. Fecho os olhos e deito minha cabeça no banco, se pelo menos o Luan me atendesse e dissesse que já está vindo eu ficaria mais calma, mas não, estou aqui "sozinha".
-calma, vai ficar tudo bem-Bruna diz e alisa minha perna
Apenas fico em silêncio sentindo algumas lágrimas escorrerem dos meus olhos.
_______________________________
Capítulo grande? Temos 😏
Luan dorminhoco? Temos 🙄
Marina se virando nos 30? Temos 💁
Eu não revisando o capítulo? Temos 🤷😂
domingo, 15 de abril de 2018
Capítulo 330 - Meu orgulho
Marina
A primeira semana da Mariana foi bem tranquila, Laura estava feliz, eu estava feliz, o Luan estava feliz e nossas famílias também. Sem dúvidas foi incrível estar ali rodeada de pessoas que só querem nos dar carinho e nos ver felizes.
Mariana se deixar dorme a noite toda, eu que levanto de madrugada para alimenta-la e ter certeza que ela está respirando, se não fosse isso eu poderia dormir tranquilamente que ela não acordaria.
-onde vai?-Luan pergunta ao me ver despertar no meio da noite
-dar mama pra pequena, pode dormir-aviso me levantando, pego apenas o meu celular
Sigo até o berço que colocamos no nosso quarto e minha filha continua dormindo tranquila. Pego ela com cuidado, tiro a alça da camisola na frente e abro o sutiã, coloco meu mamilo em sua boca e ela suga com vontade ainda de olhinhos fechados.
Enquanto dou de mama pra ela, abro o meu whats que está lotado de mensagem do meu amigo, que saiu com o Beto pra uma festa e encheu o cú de pinga. Na conversa tem alguns áudios, abaixo o volume de mídia do meu celular, dou play e coloco no ouvido pra escutar.
Dou risada silenciosamente de tudo o que escuto, ele está muito bêbado e bolado porque pelo jeito o Beto também está bêbado e não vai conseguir "comer o cu dele".
Tiro uma foto minha com a minha filha e mando pra ele que passa a me encher de elogios e dizer o quanto somos maravilhosas. Apesar de querer falar mais com ele, saío do whats e entro no meu twitter.
Faz tempo que não entro nessa rede social, mas também quando dei Oi recebi enchorada de resposta, todo mundo querendo saber como estou, como o Luan é como pai, como está a pequena Mari entre outras coisas.
Respondo diversos tweets e fico por um tempo ali, até a minha filha largar o meu seio. Deixo ela em pezinha e a coloco pra arrotar, quando ela finalmente faz, olho suas fraldas e estão secas. Coloco ela no berço novamente e volto pra cama. Luan me agarra com tanta força, que eu que pensei em ficar mais um pouco no twitter, largo o celular no criado e me aninho mais ao meu marido.
-dorme, já já amanhece e a Maricota acorda-ele sussurra no meu ouvido e eu nem ouso em contraria-lo
-dorme também-sussurro colocando minha mão por cima da sua
Fecho os olhos e rapidamente adormeço. Acordo depois de algumas horas com o chorinho da minha filha, abro os olhos a tempo de ver o Luan se aproximar do berço e pegar a pequena no colo. Pego o meu celular no criado e olho as horas, 07:17 da manhã.
-bom dia-sussurro e o Luan me olha
-bom dia, ela fez coco-ele diz se aproximando da cama e eu me sento nela
-quer que eu troque?
-não, deixa que eu faço-ele deita ela na cama e eu fico olhando
Luan pega uma fralda de pano e coloca em baixo dela, pois geralmente o coco dela é muito mole e escorre, pega tudo o que precisa pra limpar a pequena e se aproxima novamente.
Luan faz tudo certinho e depois de vestir ela novamente ele me entrega a pequena e vai jogar o que sujou no lixo do banheiro.
Tiro a alça da minha camisola, abro o sutiã e dou mama novamente pra Mariana. Luan volta coçando os olhos e se deita ao meu lado.
-pode dormir, vou descer pra tirar leite e ler uns e-mails
-não amor, dorme mais também
-não vou conseguir, você sabe-acaricio seu cabelo-dorme-continuo a carícia ali, ele fecha os olhos e faz um biquinho-não posso abaixar
-queria fazer amor com você-ele diz do nada ainda de olhos fechados
-logo faremos-arranho seu pescoço
-ainda temos 38 dias de dieta-diz e eu acabo rindo ao ver que ele está contando os dias
-talvez daqui uns 10 já tô bem-falo baixo e ele nega com a cabeça
-38
-só porque eu tava pensando seriamente em te liberar um certo buraquinho-resolvo provocar e ele arregala os olhos
-não me provoca, não vou cair-ele diz um tanto furioso
-ok, não tá mais aqui quem falou, sem buraquinho
-com buraquinho, mas só daqui 38 dias
-acabei de retirar minha oferta, então 10 dias e sem buraquinho-dou de ombros
-sereia?
-nem vem, não aceitou quando eu propus porque não quis, agora retirei a oferta, vai ter minha preciosa e olhe lá-pisco pra ele que muda sua expressão e vira de costas pra mim-vish que neném manhoso
Continuo meu carinho em seu cabelo, ele se deita de barriga pra baixo e vira o rosto pra mim.
-te amo-ele resmunga de olhos fechados
-eu também amo você-digo e vejo ele sorrir
Luan não abre mais os olhos e a minha filha também adormece. Coloco ela pra arrotar e quando escuto seu arroto um tanto alto, deito ela na cama ao lado do Luan e coloco alguns travesseiros do outro lado.
Sigo pro banheiro arrumando minha roupa e escovo os dentes, saío do quarto e vou até o quarto da Laura que dorme tranquilamente. Me deito na cama com ela e abraço ela apertado. Laura resmunga, mas não acorda.
Fico alguns minutos ali com ela e quando ela começa a se remexer querendo se soltar eu me afasto e me levanto.
Desço as escadas e sigo pra cozinha pra ajeitar o café, era ter dado férias a Malu, mas ela não quis porque quer me ajudar com as minhas pequenas.
A pia está limpinha, não tem nem sinal de louça, provavelmente o Luan lavou antes de ir dormir.
Começo a preparar o café da manhã pra gente e vou colocando as coisas na mesa. Faço um café, esquento o leite e quando estava terminando de fazer um suco, minha mãe entra na cozinha.
-eu ia fazer café pra você-ela diz me olhando
-a Maricota acordou já, desci pra fazer café, tirar leite e trabalhar um pouco
-então já que já fez tudo, toma café comigo e vai tirar o leite
-deixa eu terminar aqui-pego a água na geladeira e termino o suco
Sigo com ela pra sala de jantar e nos sentamos uma de frente pra outra. Como coisas saudáveis, como queijo branco e frutas. Bebo um copo do suco de laranja que fiz e fico conversando com a minha mãe por um tempo.
-pensaram sobre o meu pedido?-pergunto a encarando
-sim, vamos ficar mais uma semana-ela diz animada e eu comemoro batendo palminhas
-jura?
-juro, seu pai não quer ir embora e o Felipe também não, então já que estamos todos de férias, ficaremos
-meu carro tá ai pra vocês, quero que saíam e se divirtam, sério, a Mari dorme quase o dia inteiro, eu não me importo de vocês saírem
-combinamos um passeio amanhã com os pais do Luan
-que bom-sorrio sincera pra ela
-tô tão feliz de ver você assim, feliz, construindo sua família
-eu também tô feliz mãe, mas sério, não sei se estou sendo o suficiente
-como assim?-me encara preocupada
-com a Laura, eu sinto que não tô dando a atenção que ela merece
-claro que tá Marina-ela me olha séria
-não tô mãe, eu sei, eu sinto, mãe sente as coisas e eu sinto isso, às vezes eu tô nos meus momentos com a Laura e a Mariana acorda ou chora e eu deixo a Laura e corro, quando percebo já foi
-filha, isso é normal, você também era assim com a Laura, ela não podia chorar que você corria atrás, é normal, a Laura não disse nada, sinal que ela não tá chateada
-ela tá chateada, eu sei, ela não quer falar porque tem medo, ela aprendeu a segurar a língua, não sei como, mas aprendeu e agora tudo o que eu queria era ouvir ela falar se estou em falta ou não
-Marina-ela tenta me acalmar, mas não tem como
-eu vou conseguir-sorrio tentando mostrar confiança
-vai sim, eu sei que vai, fica tranquila você é uma ótima mãe-ela agarra minha mão e aperta
-bom, terminei, vou tirar leite e trabalhar um pouco, já já a Laura acorda e eu quero ficar com ela um pouco
-vai lá que eu vou terminar aqui-ela diz pegando um pão de queijo
Me levanto da mesa e levo tudo o que sujei pra cozinha, eu ia começar a lavar, mas minha mãe me grita pedindo pra deixar que ela vai lavar.
Pego a bombinha e sigo pra sala, me sento no sofá com o meu not que havia ficado ali e abro meu e-mail. Olho um por um, alguns eu respondo e outros eu ignoro, estava fuçando quando acho um e-mail recente com pedido de orçamento pra produzir uma dupla bastante famosa.
Leio o e-mail com atenção e quando leio o nome da dupla meu coração chega a parar.
Largo a bombinha de leite no sofá e subo quase correndo até o meu quarto. Entro sem fazer barulho e me aproximo da cama e vou pro lado do Luan. Cutuco ele e ele vira a cara, cutuco mais uma vez e ele apenas resmunga algo, dou um beliscão na sua bunda e ele acorda pronto pra me xingar, mas tampo a boca dele.
-a Mariana tá dormindo com você, se falar alto ela vai acordar-aviso e ele afasta sua boca da minha mão
-que caralho você quer pra me acordar desse jeito?-ele pergunta irritado
-eu preciso dividir uma coisa com você
-então dividi logo-ele diz dessa vez mais calmo
-estava eu olhando meus e-mails e me deparo com uma proposta pra produzir uma dupla sertaneja, advinha qual-sorrio sem me conter
-não faço ideia, qual dupla?-ele deita a cabeça no travesseiro e fica me olhando
-Jorge e Mateus
-O QUE?-ele dá um grito e se senta rapidamente na cama
-a Mariana Luan-o repreendo e ele encara ela que nem se mexeu
-é sério?-ele pergunta com um puta sorriso
-sim, eu tô surtando por dentro
-caraca amor-ele me puxa do chão e me coloca sentada em seu colo-caraca, isso é muito bom, isso é..surreal, caraca, parabéns amor, parabéns-ele diz sincero e vejo orgulho em seus olhos-você sabe o quanto sinto orgulho de você, do que você é, do que você faz, caraca-ele diz me fazendo sorrir ainda mais-Jorge e Mateus-ele sussurra me olhando-caraca sereia-ele alisa o meu rosto
-para de falar caraca-dou risada dele
-é que eu tô muito feliz por você, muito mesmo, não sei nem o que falar
-não precisa falar nada, seus olhos já dizem-lhe dou um selinho demorado
-que vocês brilhem muito juntos, que conquistem muitas coisas boas e que essa parceria seja incrível pra vocês tanto como é pra mim quando você participa dos meus projetos
-te amo
-te amo, você é meu orgulho
-e você é o meu-colo as nossas testas
[...]
___________________________
Olaaaaaaaa, sumi por quantos dias? 3? Acho que foi, maaas foi porque eu não estava conseguindo terminar o capítulo, agora "consegui" e vim postar, não vou sumir por mais tanto tempo 🙏
Espero que vocês estejam gostando desse momento de paz 😬😂😘
PS: Não revisei 😬
A primeira semana da Mariana foi bem tranquila, Laura estava feliz, eu estava feliz, o Luan estava feliz e nossas famílias também. Sem dúvidas foi incrível estar ali rodeada de pessoas que só querem nos dar carinho e nos ver felizes.
Mariana se deixar dorme a noite toda, eu que levanto de madrugada para alimenta-la e ter certeza que ela está respirando, se não fosse isso eu poderia dormir tranquilamente que ela não acordaria.
-onde vai?-Luan pergunta ao me ver despertar no meio da noite
-dar mama pra pequena, pode dormir-aviso me levantando, pego apenas o meu celular
Sigo até o berço que colocamos no nosso quarto e minha filha continua dormindo tranquila. Pego ela com cuidado, tiro a alça da camisola na frente e abro o sutiã, coloco meu mamilo em sua boca e ela suga com vontade ainda de olhinhos fechados.
Enquanto dou de mama pra ela, abro o meu whats que está lotado de mensagem do meu amigo, que saiu com o Beto pra uma festa e encheu o cú de pinga. Na conversa tem alguns áudios, abaixo o volume de mídia do meu celular, dou play e coloco no ouvido pra escutar.
Dou risada silenciosamente de tudo o que escuto, ele está muito bêbado e bolado porque pelo jeito o Beto também está bêbado e não vai conseguir "comer o cu dele".
Tiro uma foto minha com a minha filha e mando pra ele que passa a me encher de elogios e dizer o quanto somos maravilhosas. Apesar de querer falar mais com ele, saío do whats e entro no meu twitter.
Faz tempo que não entro nessa rede social, mas também quando dei Oi recebi enchorada de resposta, todo mundo querendo saber como estou, como o Luan é como pai, como está a pequena Mari entre outras coisas.
Respondo diversos tweets e fico por um tempo ali, até a minha filha largar o meu seio. Deixo ela em pezinha e a coloco pra arrotar, quando ela finalmente faz, olho suas fraldas e estão secas. Coloco ela no berço novamente e volto pra cama. Luan me agarra com tanta força, que eu que pensei em ficar mais um pouco no twitter, largo o celular no criado e me aninho mais ao meu marido.
-dorme, já já amanhece e a Maricota acorda-ele sussurra no meu ouvido e eu nem ouso em contraria-lo
-dorme também-sussurro colocando minha mão por cima da sua
Fecho os olhos e rapidamente adormeço. Acordo depois de algumas horas com o chorinho da minha filha, abro os olhos a tempo de ver o Luan se aproximar do berço e pegar a pequena no colo. Pego o meu celular no criado e olho as horas, 07:17 da manhã.
-bom dia-sussurro e o Luan me olha
-bom dia, ela fez coco-ele diz se aproximando da cama e eu me sento nela
-quer que eu troque?
-não, deixa que eu faço-ele deita ela na cama e eu fico olhando
Luan pega uma fralda de pano e coloca em baixo dela, pois geralmente o coco dela é muito mole e escorre, pega tudo o que precisa pra limpar a pequena e se aproxima novamente.
Luan faz tudo certinho e depois de vestir ela novamente ele me entrega a pequena e vai jogar o que sujou no lixo do banheiro.
Tiro a alça da minha camisola, abro o sutiã e dou mama novamente pra Mariana. Luan volta coçando os olhos e se deita ao meu lado.
-pode dormir, vou descer pra tirar leite e ler uns e-mails
-não amor, dorme mais também
-não vou conseguir, você sabe-acaricio seu cabelo-dorme-continuo a carícia ali, ele fecha os olhos e faz um biquinho-não posso abaixar
-queria fazer amor com você-ele diz do nada ainda de olhos fechados
-logo faremos-arranho seu pescoço
-ainda temos 38 dias de dieta-diz e eu acabo rindo ao ver que ele está contando os dias
-talvez daqui uns 10 já tô bem-falo baixo e ele nega com a cabeça
-38
-só porque eu tava pensando seriamente em te liberar um certo buraquinho-resolvo provocar e ele arregala os olhos
-não me provoca, não vou cair-ele diz um tanto furioso
-ok, não tá mais aqui quem falou, sem buraquinho
-com buraquinho, mas só daqui 38 dias
-acabei de retirar minha oferta, então 10 dias e sem buraquinho-dou de ombros
-sereia?
-nem vem, não aceitou quando eu propus porque não quis, agora retirei a oferta, vai ter minha preciosa e olhe lá-pisco pra ele que muda sua expressão e vira de costas pra mim-vish que neném manhoso
Continuo meu carinho em seu cabelo, ele se deita de barriga pra baixo e vira o rosto pra mim.
-te amo-ele resmunga de olhos fechados
-eu também amo você-digo e vejo ele sorrir
Luan não abre mais os olhos e a minha filha também adormece. Coloco ela pra arrotar e quando escuto seu arroto um tanto alto, deito ela na cama ao lado do Luan e coloco alguns travesseiros do outro lado.
Sigo pro banheiro arrumando minha roupa e escovo os dentes, saío do quarto e vou até o quarto da Laura que dorme tranquilamente. Me deito na cama com ela e abraço ela apertado. Laura resmunga, mas não acorda.
Fico alguns minutos ali com ela e quando ela começa a se remexer querendo se soltar eu me afasto e me levanto.
Desço as escadas e sigo pra cozinha pra ajeitar o café, era ter dado férias a Malu, mas ela não quis porque quer me ajudar com as minhas pequenas.
A pia está limpinha, não tem nem sinal de louça, provavelmente o Luan lavou antes de ir dormir.
Começo a preparar o café da manhã pra gente e vou colocando as coisas na mesa. Faço um café, esquento o leite e quando estava terminando de fazer um suco, minha mãe entra na cozinha.
-eu ia fazer café pra você-ela diz me olhando
-a Maricota acordou já, desci pra fazer café, tirar leite e trabalhar um pouco
-então já que já fez tudo, toma café comigo e vai tirar o leite
-deixa eu terminar aqui-pego a água na geladeira e termino o suco
Sigo com ela pra sala de jantar e nos sentamos uma de frente pra outra. Como coisas saudáveis, como queijo branco e frutas. Bebo um copo do suco de laranja que fiz e fico conversando com a minha mãe por um tempo.
-pensaram sobre o meu pedido?-pergunto a encarando
-sim, vamos ficar mais uma semana-ela diz animada e eu comemoro batendo palminhas
-jura?
-juro, seu pai não quer ir embora e o Felipe também não, então já que estamos todos de férias, ficaremos
-meu carro tá ai pra vocês, quero que saíam e se divirtam, sério, a Mari dorme quase o dia inteiro, eu não me importo de vocês saírem
-combinamos um passeio amanhã com os pais do Luan
-que bom-sorrio sincera pra ela
-tô tão feliz de ver você assim, feliz, construindo sua família
-eu também tô feliz mãe, mas sério, não sei se estou sendo o suficiente
-como assim?-me encara preocupada
-com a Laura, eu sinto que não tô dando a atenção que ela merece
-claro que tá Marina-ela me olha séria
-não tô mãe, eu sei, eu sinto, mãe sente as coisas e eu sinto isso, às vezes eu tô nos meus momentos com a Laura e a Mariana acorda ou chora e eu deixo a Laura e corro, quando percebo já foi
-filha, isso é normal, você também era assim com a Laura, ela não podia chorar que você corria atrás, é normal, a Laura não disse nada, sinal que ela não tá chateada
-ela tá chateada, eu sei, ela não quer falar porque tem medo, ela aprendeu a segurar a língua, não sei como, mas aprendeu e agora tudo o que eu queria era ouvir ela falar se estou em falta ou não
-Marina-ela tenta me acalmar, mas não tem como
-eu vou conseguir-sorrio tentando mostrar confiança
-vai sim, eu sei que vai, fica tranquila você é uma ótima mãe-ela agarra minha mão e aperta
-bom, terminei, vou tirar leite e trabalhar um pouco, já já a Laura acorda e eu quero ficar com ela um pouco
-vai lá que eu vou terminar aqui-ela diz pegando um pão de queijo
Me levanto da mesa e levo tudo o que sujei pra cozinha, eu ia começar a lavar, mas minha mãe me grita pedindo pra deixar que ela vai lavar.
Pego a bombinha e sigo pra sala, me sento no sofá com o meu not que havia ficado ali e abro meu e-mail. Olho um por um, alguns eu respondo e outros eu ignoro, estava fuçando quando acho um e-mail recente com pedido de orçamento pra produzir uma dupla bastante famosa.
Leio o e-mail com atenção e quando leio o nome da dupla meu coração chega a parar.
Largo a bombinha de leite no sofá e subo quase correndo até o meu quarto. Entro sem fazer barulho e me aproximo da cama e vou pro lado do Luan. Cutuco ele e ele vira a cara, cutuco mais uma vez e ele apenas resmunga algo, dou um beliscão na sua bunda e ele acorda pronto pra me xingar, mas tampo a boca dele.
-a Mariana tá dormindo com você, se falar alto ela vai acordar-aviso e ele afasta sua boca da minha mão
-que caralho você quer pra me acordar desse jeito?-ele pergunta irritado
-eu preciso dividir uma coisa com você
-então dividi logo-ele diz dessa vez mais calmo
-estava eu olhando meus e-mails e me deparo com uma proposta pra produzir uma dupla sertaneja, advinha qual-sorrio sem me conter
-não faço ideia, qual dupla?-ele deita a cabeça no travesseiro e fica me olhando
-Jorge e Mateus
-O QUE?-ele dá um grito e se senta rapidamente na cama
-a Mariana Luan-o repreendo e ele encara ela que nem se mexeu
-é sério?-ele pergunta com um puta sorriso
-sim, eu tô surtando por dentro
-caraca amor-ele me puxa do chão e me coloca sentada em seu colo-caraca, isso é muito bom, isso é..surreal, caraca, parabéns amor, parabéns-ele diz sincero e vejo orgulho em seus olhos-você sabe o quanto sinto orgulho de você, do que você é, do que você faz, caraca-ele diz me fazendo sorrir ainda mais-Jorge e Mateus-ele sussurra me olhando-caraca sereia-ele alisa o meu rosto
-para de falar caraca-dou risada dele
-é que eu tô muito feliz por você, muito mesmo, não sei nem o que falar
-não precisa falar nada, seus olhos já dizem-lhe dou um selinho demorado
-que vocês brilhem muito juntos, que conquistem muitas coisas boas e que essa parceria seja incrível pra vocês tanto como é pra mim quando você participa dos meus projetos
-te amo
-te amo, você é meu orgulho
-e você é o meu-colo as nossas testas
[...]
___________________________
Olaaaaaaaa, sumi por quantos dias? 3? Acho que foi, maaas foi porque eu não estava conseguindo terminar o capítulo, agora "consegui" e vim postar, não vou sumir por mais tanto tempo 🙏
Espero que vocês estejam gostando desse momento de paz 😬😂😘
PS: Não revisei 😬
quarta-feira, 11 de abril de 2018
Capítulo 329 - Visitas
Boa leitura 📖
Luan
Depois de me certificar que a Marina estava bem e a Mariana também, resolvo fazer o que a minha mulher tanto pediu, deixo elas ali e saío do quarto pra ir pra casa. Well espera ali do lado de fora e olha pro nada super pensativo.
-por que não entrou?-pergunto sério e ele apenas sorri
-que louco, vi ela nascer, eu assisti o parto lá do quartinho de novo-ele diz pensativo-imagina quando for o meu filho ou filha-ele ignora o que eu acabei de falar-foi muito rápido, quando vi a Mariana já tava nascendo, você cortou o cordão, caraca-ele passa a falar e não parece ser comigo-o médico-ele finalmente me olha-quero que ele faça o parto da Van
-Cirilo, escutou o que eu disse?
-ham?-pergunta confuso e eu dou risada
-por que não entrou pra ver a Mariana de pertinho?
-tinha bastante gente, não quis incomodar, mais tarde eu volto com a Vanessa pra ver ela, preciso comprar um presente pra pequena
-não é preciso presente, é só dar amor pra ela e tá tudo certo-aviso e ele sorri concordando
-vai pra casa?-pergunta ao me ver parado
-sim, tô cansadão, quando a porta de casa abriu a Marina tava escorrada falando que ia nascer, meu Deus, foi muito louco
-isso foi ela?-ele levanta e aponta pro meu pescoço
-peguei ela no colo pra levar pro carro e ela deitou a cabeça no meu pescoço, as contrações voltaram e ela me mordeu com toda força do mundo, quase arrancou um pedaço
-tá feio em-ele faz careta olhando
-sem problemas, o importante é que tudo ocorreu bem
-verdade, mas bora, vou te levar
-não precisa negar, já tô mais calmo
-eu vim de táxi, eu te levo em casa e depois a Vanessa me pega lá de carro
-tá ok então, bora
Saímos de pressa sem parar pra falar com ninguém. Vejo alguns repórteres ali do lado de fora e assim que eles me vêem já começa uma enchorada de flashes.
Graças ao Well chego no carro sem ser incomodado e rapidamente saímos dali. Enquanto conversamos, sigo olhando os comentários na minha última foto postada e gosto de tudo que leio. Curto os comentários e respondo alguns, em seguida abro meu whats que está lotado de mensagens de parabéns pela princesa.
Ao chegar em casa, Well estaciona na frente de casa mesmo, já que apenas vou tomar um banho e comer comida de verdade. Entramos em casa juntos, pra ele poder esperar a Vanessa e a Malu, assim como a Dai aparece do nada.
-como foi?-Malu pergunta preocupada
-foi incrível e bem rápido, a Mariana já chegou praticamente nascendo, o Ricardo nem fez toque na Marina, porque quando abriu as pernas já dava pra ver a cabeça da minha filha
-e você?-ela me olha
-eu? Eu quase morri, eu tentei passar calma pra Marina, mas por dentro eu estava um turbilhão de emoções, é inexplicável
-parabéns-ela se aproxima e me abraça apertado
-obrigada Malu
-parabéns-Dai também se aproxima e me abraça apertado, porém rápido, ela não é muito de demonstrar sentimentos quando se trata de mim
-obrigada Dai-sorrio pra elas-onde você tava quando eu cheguei?-pergunto pra Malu, já que a Marina estava sozinha
-Marina me pediu pra ir comprar morango e chocolate, porque ela acabou com tudo e tava com vontade, eu acabei de sair e depois de uns vinte minutos recebi uma mensagem dela falando que tava indo pro hospital
-ela não disse nada que tava sentindo dor?
-não, não disse nada, eu percebi que a barriga dela tava bem baixa, falei que estava perto, mas ela disse que por enquanto não, porque os bebês nunca nascem com 36 semanas
-ai óh, nasceu, oh Marina teimosa-balanço a cabeça e ela ri-vocês vão lá?-pergunto pra saber
-ah, não sei-Dai é a primeira a responder
-vou só tomar um banho e comer alguma coisa, já já vou voltar pra lá, se quiserem ir comigo
-eu topo-Malu diz animada e eu sorrio cansado-vai tomar um banho tranquilo que vou colocar a mesa pra vocês
-pra mim não precisa, eu já tô indo embora, tô só esperando a Vanessa-Well responde ao perceber que ela o incluía no almoço/janta
-tem certeza?-pergunta séria
-sim, não se preocupa comigo-ele sorri pra ela que apenas concorda
Escutamos uma buzina e nos despedimos por enquanto já que ele também vai no hospital depois.
-senta aqui-chamo as meninas, Malu é a primeira a vim e senta ao meu lado, Dai senta ao seu lado
Entrego meu celular pra elas já na galeria e deixo com elas.
-se alguém ligar, atende e fala que tô no banho, depois retorno-falo da escada e escuto um "Tá bom"
Subo pensativo e quando chego na porta do nosso quarto não consigo entrar, apenas desvio e ando até a porta do quarto da Mariana. Me sento na poltrona ali e olho cada detalhe pensado com tanto amor e carinho pra ela.
Sinto meus olhos marejados de felicidade e sorrio feito bobo. Não preciso de mais nada nessa vida, tenho tudo o que eu quero e preciso aqui mesmo, ou no caso agora no hospital.
Fecho os meus olhos agradecido e oro á Deus por tudo o que Ele fez e faz por mim. Sou grato a Ele e isso nunca vai mudar, pois sei que até nos momentos difíceis Ele está comigo.
-obrigada-encerro a minha oração de gratidão e enxugo minhas lágrimas que escorrem
Volto no corredor e entro no nosso quarto. Pego uma roupa no closet sem bagunçar muito e entro no banheiro.
Meu banho é bastante demorado, tentando tirar todo o cansaço do meu corpo. Depois de um tempo ali, saío e me arrumo, desço as escadas e não encontro ninguém, apenas meu celular em cima do sofá.
Pego ele na mão e o Testa havia me ligado a dois minutos atrás. Mando uma mensagem e logo recebo uma nova chamada dele. Atendo e falo com ele por alguns minutos, peço pra ele vir buscar meu carro pra levar pra lavar, já que a bolsa da Marina estourou no carro e todo o chão estava "sujo". Escuto a Malu me chamar e encerro a chamada com o testudo.
Me aproximo da sala de jantar e toda a mesa já está servida.
-Malu, come comigo-falo alto e escuto ela gargalhar
-já comi faz é tempo
-cadê a Dai?-pergunto
-foi pro hospital, Marina pediu pra ela ir lá
-por quê?-pergunto agora preocupado
-nada demais, é que o Mario foi buscar a Laura e ela disse que queria esperar a Dai, já que eu avisei que iríamos com você
-só a Laura mesmo-dou risada e me sento pra comer
Como sozinho e devagar, sei que se eu chegar no hospital muito rápido a Marina vai ficar brava e por mais que ela não esteja mais grávida, eu não quero estressa-la.
Termino de comer e me lembro da Laura, em como ela foi madura, pegou a Mariana no colo e tudo, fez carinho na pequena e em nenhum momento demonstrou ciúmes e ódio por ela, me deixou muito orgulhoso e pensativo.
-terminou?-Malu me tira dos meus pensamentos
-sim, tá pronta?-pergunto pra me certificar
-vou só tirar a mesa-ela se aproxima já tirando o meu prato
-vou escovar os dentes e já desço-aviso e saío do seu campo de visão
Subo as escadas sem pressa, escovo os dentes e desço. Antes de sair pergunto a Marina se ela quer que eu leve algo e ela pede apenas o carregador de celular que eu já havia pegado, sigo com a Malu pra garagem e pego o carro da Marina, já que o meu o Testa vem buscar pra levar pra lavar.
Seguimos conversando sobre como a minha pequena é linda e se parece com a Laura, a única diferença das duas é o cabelo.
Estaciono na garagem do hospital e graças a um segurança ali, entramos por um lugar que eu não sabia que existia. Subimos até a maternidade sem ser incomodado por ninguém e nem bato na porta, apenas entro no quarto que sei que elas estão.
A família da Marina continua ali e Hellen está de volta, dessa vez com o Gui. Marina ao ver a Malu, chama ela com a mão e a Malu se aproxima da cama, onde Mariana está agarrada ao seio da Marina.
-Laura foi de boa?-pergunto pro meu sogro pra deixar a Marina a vontade pra conversar com a Malu
-sim, depois que ela conversou com a Daiane, o Mario falou algo pra ela e eles foram
-Dai já foi também?
-sim, logo depois da Laura
-e vocês? Preferem ficar em casa ou no apartamento?
-vamos ficar uma semana-ele diz um tanto preocupado-estamos todos de férias e decidimos ficar um pouco aqui com as nossas meninas, então temos que ver o que é melhor pra vocês também
-ah, então fiquem em casa, acabei de entrar de férias também, ontem foi meu último show do mês, assim vocês podem ficar próximos da gente, lá já tem tudo o que precisam e tenho certeza que a Marina vai adorar ter vocês lá pra tomar café, almoçar, jantar, churrasquear
-tem certeza? Não acha que vamos incomodar?
-claro que não, de jeito nenhum-sou sincero
-então tá-ele chama a Vera e diz pra ela o que eu acabei de dizer a ele
-não vai incomodar vocês?-ela pergunta preocupada
-lógico que não, vai ser muito bom ter vocês lá, é bom que a Laura vai ter com quem brincar, Marina vai ter com quem conversar e eu também-dou de ombros
-então tá, topamos
-cadê as coisas de vocês?
-tá no carro do Rober, ele buscou a gente no aeroporto, ele disse que traria quando viesse visitar
-ah então ele deve estar vindo já, ele ia só levar o meu carro pra lavar porque a bolsa da Marina estourou no carro, vocês querem ir pra lá agora?
-sim, amanhã a gente volta, Marina está cansada e sei que ainda tem algumas pessoas pra vim aqui
-então toma, essa é a chave de casa e essa do carro, no carro tem o controle do portão da garagem, fiquem a vontade pra ir e pra usar, eu vou dormir aqui com elas então só vou precisar do carro amanhã, mas qualquer coisa eu aviso-entrego as chaves ao meu sogro
-tem medo de dormir aí não?-ele pergunta olhando a Marina que agora nos encara
-tenho não, eu sei trocar fralda, sei ninar, sei fazer dormir, sei fazer arrotar, entre outras coisas, pra tudo o que a Marina precisar eu estarei aqui
-que bom saber disso, você nunca decepciona-ele estica a mão e eu aperto-que bom que entreguei a Marina pra você, o cara certo
-fico feliz de ouvir isso-sorrio realmente feliz
-tô com ciúmes desse chamego em-Felipe chama a nossa atenção nos fazendo rir
-fica não, eu amo você também-meu sogro diz sincero e todo mundo sorri
Me aproximo da Marina que já entregou a Mariana pra Malu fazer arrotar e beijo sua testa.
-já tomou banho?-pergunto e ela faz careta
-ainda não, toda hora chega alguém diferente aqui
-vai tomar, tenho certeza que o Gui, a Hellen e a Malu não vão se importar
-tô tão fedida assim?-pergunta fazendo bico
-tá nada, mas tô vendo o quanto está cansada, um banho quente vai te fazer bem
-tudo bem-ela concorda-pega minha bolsa
-vem-ajudo ela a levantar
Pego a bolsa e grudo em sua mão. Entramos juntos no banheiro e eu a ajudo a ficar nua.
-vai ficar me olhando?-pergunta ligando o registro do chuveiro
-vou, eu gosto de te olhar-tiro a saboneteira da bolsa dela e lhe entrego
Separo uma calcinha cós alto pra ela, um sutiã com abertura nos seios e uma camisola que sai a alça tornando mais fácil a amamentação. Deixo tudo em cima da toalha e me sento na tampa do vaso.
-Laura não queria ir, só foi porque a Vitória foi junto-ela começa a contar
-ela gostou da Mariana-pontuo
-ela amou a Mariana, ela acordou chamando a pequena, quis pegar de novo e quando voltei a dar mama, ela ficou do meu lado fazendo carinho na cabeça da Mari, você num tem noção como tá o meu coração
-eu tenho noção, meu coração tá do mesmo jeito-dou de ombros e ela sorri me olhando
-nunca pensei que a Laura reagiria tão bem, eu esperava tudo, menos a maneira como ela realmente se comportou
-eu também não esperava, mas quando ouvi ela dizer que ela parecia uma bonequinha eu já sabia que ela não iria surtar, não iria chorar
-não por enquanto, eu sei que em algum momento ela vai ter ciúmes, mas eu estou feliz por tudo ter acontecido tão bem assim
-eu também-confesso
Ela se ensaboa e eu não consigo controlar o meu olhar.
-45 dias né?-falo sem jeito e ela dá risada
-não precisa de tudo isso
-não vou burlar sua dieta de novo-falo confiante
-vai sim, eu conheço o meu corpo melhor que qualquer pessoa, sei quando estou pronta e se eu te disser que estou pronta antes, então faremos
-não-retruco
-minha vontade é abrir as pernas e me tocar com você aí me olhando só pra te deixar de pau duro atoa, mas não vou fazer agora porque minha virilha está doendo
-não faça isso-sinto um nó na minha garganta só de ouvir ela falar desse jeito-vamos deixar acontecer
-tudo bem, vamos esperar-ela concorda
Espero até o banho dela terminar e estico a toalha. Marina se enxuga e se aproxima de mim, abre o bolsinho da bolsa e pega um absorvente.
-tá menstruada?-pergunto vendo ela colocar na calcinha e se vestir
-não, mas acabei de ter um bebê, é normal sangrar
-hum-fico a encarando
-para de me olhar-ela se veste rapidamente
Pego a escova de cabelo na bolsa e fico em pé. Viro ela de costas pra mim e penteio seus cabelos loiros, ela me pede pra fazer uma trança e eu faço, em seguida prendo e viro ela pra mim novamente.
-obrigada-ela diz baixinho e passa a mão levemente onde ela mordeu-desculpa por isso-encosta seu nariz no meu e roça de olhos fechados
-desculpo se me der um beijo-sussurro e ela nem pensa em negar, apenas inicia um beijo
Suas mãos me abraçam pela cintura e eu seguro seu rosto entre as mãos. Comando o beijo pra ir devagar, com todo carinho do mundo e a Marina apenas retribui sem tentar acelerar nada.
O beijo dura até que o fôlego começa a nos faltar. Nos afastamos e enquanto ela se olha no espelho, arrumo as coisas dela na bolsa e deixo a toalha estendida no box pra poder secar.
Saímos juntos e meu sogro está parado perto da porta de braços cruzados.
-o que estavam fazendo?-pergunta curioso e a Marina apenas segue pra cama rindo dele
-ela foi tomar banho e eu fui olhar, só isso, nada demais-dou de ombros assustado
-45 dias-ele reafirma e eu apenas concordo
-pode parar Pai, depois ele não vai querer burlar a dieta
-não vou mesmo-confirmo e me aproximo da Malu que está com a Mariana-minha cara né?-afirmo
-sinto muito..-ela começa
-quero nem ouvir o resto-me afasto dela que ri
-bom, a conversa está maravilhosa, mas o Rober avisou que está lá fora com as nossas coisas e estamos indo-meu sogro se despede do seu jeito
-quer que eu vá junto?-pergunto
-não precisa, eu não sou famoso e sei chegar onde ele está, agora tchau
-quando o Mario trouxer a Vitória amanhã você me liga avisando que venho pegar ela tá?-Larissa fala com a Marina que concorda
-relaxa, o Mario é doido, mas virou um pai depois da Laura-ela responde
-isso eu tenho que concordar-Hellen diz rindo
-tá ok então-Lari se acalma
Os quatro se despedem da gente e saem. Me aproximo da Marina e ela me dá um cantinho na cama, eu não hesito em deitar ao seu lado.
Começo a conversar com o Gui e a Hellen e nossa conversa só se encerra quando o pessoal da minha equipe passa pela porta cheios de presente.
-viemos fazer uma baguncinha, podemos?-Juliana diz sem graça e eu fico surpreso ao perceber ela ali
-claro que podem-Marina diz animada e eu apenas beijo sua testa feliz por sua atitude, que não foi nada a mais do que eu realmente imaginei
[...]
_____________________________
Oii meus amorzinhos mais lindo de todo o universo, tudo bem com vocês?
Fiquei tão feliz com tudo o que eu li no capítulo passado, por todo o carinho de vocês com a fic, sério, vocês são fodas demais, não tenho palavras pra agradecer tudo isso! ❤️❤️❤️❤️❤️
Hoje o capítulo tá meio sem graça, mas logo teremos mais emoções, porque gostamos muito disso!
Conexão Santana que texto lindo esse que você comentou, é muito a Laura e a Mariana mesmo (quem puder volte ao capítulo anterior e leia o comentário dela).
Vou-me indo, mas volto logo viu, beijo no coração de cada uma de vocês 😘😘😘
PS: Como de costume, capítulo não foi revisado 😂🤷
Luan
Depois de me certificar que a Marina estava bem e a Mariana também, resolvo fazer o que a minha mulher tanto pediu, deixo elas ali e saío do quarto pra ir pra casa. Well espera ali do lado de fora e olha pro nada super pensativo.
-por que não entrou?-pergunto sério e ele apenas sorri
-que louco, vi ela nascer, eu assisti o parto lá do quartinho de novo-ele diz pensativo-imagina quando for o meu filho ou filha-ele ignora o que eu acabei de falar-foi muito rápido, quando vi a Mariana já tava nascendo, você cortou o cordão, caraca-ele passa a falar e não parece ser comigo-o médico-ele finalmente me olha-quero que ele faça o parto da Van
-Cirilo, escutou o que eu disse?
-ham?-pergunta confuso e eu dou risada
-por que não entrou pra ver a Mariana de pertinho?
-tinha bastante gente, não quis incomodar, mais tarde eu volto com a Vanessa pra ver ela, preciso comprar um presente pra pequena
-não é preciso presente, é só dar amor pra ela e tá tudo certo-aviso e ele sorri concordando
-vai pra casa?-pergunta ao me ver parado
-sim, tô cansadão, quando a porta de casa abriu a Marina tava escorrada falando que ia nascer, meu Deus, foi muito louco
-isso foi ela?-ele levanta e aponta pro meu pescoço
-peguei ela no colo pra levar pro carro e ela deitou a cabeça no meu pescoço, as contrações voltaram e ela me mordeu com toda força do mundo, quase arrancou um pedaço
-tá feio em-ele faz careta olhando
-sem problemas, o importante é que tudo ocorreu bem
-verdade, mas bora, vou te levar
-não precisa negar, já tô mais calmo
-eu vim de táxi, eu te levo em casa e depois a Vanessa me pega lá de carro
-tá ok então, bora
Saímos de pressa sem parar pra falar com ninguém. Vejo alguns repórteres ali do lado de fora e assim que eles me vêem já começa uma enchorada de flashes.
Graças ao Well chego no carro sem ser incomodado e rapidamente saímos dali. Enquanto conversamos, sigo olhando os comentários na minha última foto postada e gosto de tudo que leio. Curto os comentários e respondo alguns, em seguida abro meu whats que está lotado de mensagens de parabéns pela princesa.
Ao chegar em casa, Well estaciona na frente de casa mesmo, já que apenas vou tomar um banho e comer comida de verdade. Entramos em casa juntos, pra ele poder esperar a Vanessa e a Malu, assim como a Dai aparece do nada.
-como foi?-Malu pergunta preocupada
-foi incrível e bem rápido, a Mariana já chegou praticamente nascendo, o Ricardo nem fez toque na Marina, porque quando abriu as pernas já dava pra ver a cabeça da minha filha
-e você?-ela me olha
-eu? Eu quase morri, eu tentei passar calma pra Marina, mas por dentro eu estava um turbilhão de emoções, é inexplicável
-parabéns-ela se aproxima e me abraça apertado
-obrigada Malu
-parabéns-Dai também se aproxima e me abraça apertado, porém rápido, ela não é muito de demonstrar sentimentos quando se trata de mim
-obrigada Dai-sorrio pra elas-onde você tava quando eu cheguei?-pergunto pra Malu, já que a Marina estava sozinha
-Marina me pediu pra ir comprar morango e chocolate, porque ela acabou com tudo e tava com vontade, eu acabei de sair e depois de uns vinte minutos recebi uma mensagem dela falando que tava indo pro hospital
-ela não disse nada que tava sentindo dor?
-não, não disse nada, eu percebi que a barriga dela tava bem baixa, falei que estava perto, mas ela disse que por enquanto não, porque os bebês nunca nascem com 36 semanas
-ai óh, nasceu, oh Marina teimosa-balanço a cabeça e ela ri-vocês vão lá?-pergunto pra saber
-ah, não sei-Dai é a primeira a responder
-vou só tomar um banho e comer alguma coisa, já já vou voltar pra lá, se quiserem ir comigo
-eu topo-Malu diz animada e eu sorrio cansado-vai tomar um banho tranquilo que vou colocar a mesa pra vocês
-pra mim não precisa, eu já tô indo embora, tô só esperando a Vanessa-Well responde ao perceber que ela o incluía no almoço/janta
-tem certeza?-pergunta séria
-sim, não se preocupa comigo-ele sorri pra ela que apenas concorda
Escutamos uma buzina e nos despedimos por enquanto já que ele também vai no hospital depois.
-senta aqui-chamo as meninas, Malu é a primeira a vim e senta ao meu lado, Dai senta ao seu lado
Entrego meu celular pra elas já na galeria e deixo com elas.
-se alguém ligar, atende e fala que tô no banho, depois retorno-falo da escada e escuto um "Tá bom"
Subo pensativo e quando chego na porta do nosso quarto não consigo entrar, apenas desvio e ando até a porta do quarto da Mariana. Me sento na poltrona ali e olho cada detalhe pensado com tanto amor e carinho pra ela.
Sinto meus olhos marejados de felicidade e sorrio feito bobo. Não preciso de mais nada nessa vida, tenho tudo o que eu quero e preciso aqui mesmo, ou no caso agora no hospital.
Fecho os meus olhos agradecido e oro á Deus por tudo o que Ele fez e faz por mim. Sou grato a Ele e isso nunca vai mudar, pois sei que até nos momentos difíceis Ele está comigo.
-obrigada-encerro a minha oração de gratidão e enxugo minhas lágrimas que escorrem
Volto no corredor e entro no nosso quarto. Pego uma roupa no closet sem bagunçar muito e entro no banheiro.
Meu banho é bastante demorado, tentando tirar todo o cansaço do meu corpo. Depois de um tempo ali, saío e me arrumo, desço as escadas e não encontro ninguém, apenas meu celular em cima do sofá.
Pego ele na mão e o Testa havia me ligado a dois minutos atrás. Mando uma mensagem e logo recebo uma nova chamada dele. Atendo e falo com ele por alguns minutos, peço pra ele vir buscar meu carro pra levar pra lavar, já que a bolsa da Marina estourou no carro e todo o chão estava "sujo". Escuto a Malu me chamar e encerro a chamada com o testudo.
Me aproximo da sala de jantar e toda a mesa já está servida.
-Malu, come comigo-falo alto e escuto ela gargalhar
-já comi faz é tempo
-cadê a Dai?-pergunto
-foi pro hospital, Marina pediu pra ela ir lá
-por quê?-pergunto agora preocupado
-nada demais, é que o Mario foi buscar a Laura e ela disse que queria esperar a Dai, já que eu avisei que iríamos com você
-só a Laura mesmo-dou risada e me sento pra comer
Como sozinho e devagar, sei que se eu chegar no hospital muito rápido a Marina vai ficar brava e por mais que ela não esteja mais grávida, eu não quero estressa-la.
Termino de comer e me lembro da Laura, em como ela foi madura, pegou a Mariana no colo e tudo, fez carinho na pequena e em nenhum momento demonstrou ciúmes e ódio por ela, me deixou muito orgulhoso e pensativo.
-terminou?-Malu me tira dos meus pensamentos
-sim, tá pronta?-pergunto pra me certificar
-vou só tirar a mesa-ela se aproxima já tirando o meu prato
-vou escovar os dentes e já desço-aviso e saío do seu campo de visão
Subo as escadas sem pressa, escovo os dentes e desço. Antes de sair pergunto a Marina se ela quer que eu leve algo e ela pede apenas o carregador de celular que eu já havia pegado, sigo com a Malu pra garagem e pego o carro da Marina, já que o meu o Testa vem buscar pra levar pra lavar.
Seguimos conversando sobre como a minha pequena é linda e se parece com a Laura, a única diferença das duas é o cabelo.
Estaciono na garagem do hospital e graças a um segurança ali, entramos por um lugar que eu não sabia que existia. Subimos até a maternidade sem ser incomodado por ninguém e nem bato na porta, apenas entro no quarto que sei que elas estão.
A família da Marina continua ali e Hellen está de volta, dessa vez com o Gui. Marina ao ver a Malu, chama ela com a mão e a Malu se aproxima da cama, onde Mariana está agarrada ao seio da Marina.
-Laura foi de boa?-pergunto pro meu sogro pra deixar a Marina a vontade pra conversar com a Malu
-sim, depois que ela conversou com a Daiane, o Mario falou algo pra ela e eles foram
-Dai já foi também?
-sim, logo depois da Laura
-e vocês? Preferem ficar em casa ou no apartamento?
-vamos ficar uma semana-ele diz um tanto preocupado-estamos todos de férias e decidimos ficar um pouco aqui com as nossas meninas, então temos que ver o que é melhor pra vocês também
-ah, então fiquem em casa, acabei de entrar de férias também, ontem foi meu último show do mês, assim vocês podem ficar próximos da gente, lá já tem tudo o que precisam e tenho certeza que a Marina vai adorar ter vocês lá pra tomar café, almoçar, jantar, churrasquear
-tem certeza? Não acha que vamos incomodar?
-claro que não, de jeito nenhum-sou sincero
-então tá-ele chama a Vera e diz pra ela o que eu acabei de dizer a ele
-não vai incomodar vocês?-ela pergunta preocupada
-lógico que não, vai ser muito bom ter vocês lá, é bom que a Laura vai ter com quem brincar, Marina vai ter com quem conversar e eu também-dou de ombros
-então tá, topamos
-cadê as coisas de vocês?
-tá no carro do Rober, ele buscou a gente no aeroporto, ele disse que traria quando viesse visitar
-ah então ele deve estar vindo já, ele ia só levar o meu carro pra lavar porque a bolsa da Marina estourou no carro, vocês querem ir pra lá agora?
-sim, amanhã a gente volta, Marina está cansada e sei que ainda tem algumas pessoas pra vim aqui
-então toma, essa é a chave de casa e essa do carro, no carro tem o controle do portão da garagem, fiquem a vontade pra ir e pra usar, eu vou dormir aqui com elas então só vou precisar do carro amanhã, mas qualquer coisa eu aviso-entrego as chaves ao meu sogro
-tem medo de dormir aí não?-ele pergunta olhando a Marina que agora nos encara
-tenho não, eu sei trocar fralda, sei ninar, sei fazer dormir, sei fazer arrotar, entre outras coisas, pra tudo o que a Marina precisar eu estarei aqui
-que bom saber disso, você nunca decepciona-ele estica a mão e eu aperto-que bom que entreguei a Marina pra você, o cara certo
-fico feliz de ouvir isso-sorrio realmente feliz
-tô com ciúmes desse chamego em-Felipe chama a nossa atenção nos fazendo rir
-fica não, eu amo você também-meu sogro diz sincero e todo mundo sorri
Me aproximo da Marina que já entregou a Mariana pra Malu fazer arrotar e beijo sua testa.
-já tomou banho?-pergunto e ela faz careta
-ainda não, toda hora chega alguém diferente aqui
-vai tomar, tenho certeza que o Gui, a Hellen e a Malu não vão se importar
-tô tão fedida assim?-pergunta fazendo bico
-tá nada, mas tô vendo o quanto está cansada, um banho quente vai te fazer bem
-tudo bem-ela concorda-pega minha bolsa
-vem-ajudo ela a levantar
Pego a bolsa e grudo em sua mão. Entramos juntos no banheiro e eu a ajudo a ficar nua.
-vai ficar me olhando?-pergunta ligando o registro do chuveiro
-vou, eu gosto de te olhar-tiro a saboneteira da bolsa dela e lhe entrego
Separo uma calcinha cós alto pra ela, um sutiã com abertura nos seios e uma camisola que sai a alça tornando mais fácil a amamentação. Deixo tudo em cima da toalha e me sento na tampa do vaso.
-Laura não queria ir, só foi porque a Vitória foi junto-ela começa a contar
-ela gostou da Mariana-pontuo
-ela amou a Mariana, ela acordou chamando a pequena, quis pegar de novo e quando voltei a dar mama, ela ficou do meu lado fazendo carinho na cabeça da Mari, você num tem noção como tá o meu coração
-eu tenho noção, meu coração tá do mesmo jeito-dou de ombros e ela sorri me olhando
-nunca pensei que a Laura reagiria tão bem, eu esperava tudo, menos a maneira como ela realmente se comportou
-eu também não esperava, mas quando ouvi ela dizer que ela parecia uma bonequinha eu já sabia que ela não iria surtar, não iria chorar
-não por enquanto, eu sei que em algum momento ela vai ter ciúmes, mas eu estou feliz por tudo ter acontecido tão bem assim
-eu também-confesso
Ela se ensaboa e eu não consigo controlar o meu olhar.
-45 dias né?-falo sem jeito e ela dá risada
-não precisa de tudo isso
-não vou burlar sua dieta de novo-falo confiante
-vai sim, eu conheço o meu corpo melhor que qualquer pessoa, sei quando estou pronta e se eu te disser que estou pronta antes, então faremos
-não-retruco
-minha vontade é abrir as pernas e me tocar com você aí me olhando só pra te deixar de pau duro atoa, mas não vou fazer agora porque minha virilha está doendo
-não faça isso-sinto um nó na minha garganta só de ouvir ela falar desse jeito-vamos deixar acontecer
-tudo bem, vamos esperar-ela concorda
Espero até o banho dela terminar e estico a toalha. Marina se enxuga e se aproxima de mim, abre o bolsinho da bolsa e pega um absorvente.
-tá menstruada?-pergunto vendo ela colocar na calcinha e se vestir
-não, mas acabei de ter um bebê, é normal sangrar
-hum-fico a encarando
-para de me olhar-ela se veste rapidamente
Pego a escova de cabelo na bolsa e fico em pé. Viro ela de costas pra mim e penteio seus cabelos loiros, ela me pede pra fazer uma trança e eu faço, em seguida prendo e viro ela pra mim novamente.
-obrigada-ela diz baixinho e passa a mão levemente onde ela mordeu-desculpa por isso-encosta seu nariz no meu e roça de olhos fechados
-desculpo se me der um beijo-sussurro e ela nem pensa em negar, apenas inicia um beijo
Suas mãos me abraçam pela cintura e eu seguro seu rosto entre as mãos. Comando o beijo pra ir devagar, com todo carinho do mundo e a Marina apenas retribui sem tentar acelerar nada.
O beijo dura até que o fôlego começa a nos faltar. Nos afastamos e enquanto ela se olha no espelho, arrumo as coisas dela na bolsa e deixo a toalha estendida no box pra poder secar.
Saímos juntos e meu sogro está parado perto da porta de braços cruzados.
-o que estavam fazendo?-pergunta curioso e a Marina apenas segue pra cama rindo dele
-ela foi tomar banho e eu fui olhar, só isso, nada demais-dou de ombros assustado
-45 dias-ele reafirma e eu apenas concordo
-pode parar Pai, depois ele não vai querer burlar a dieta
-não vou mesmo-confirmo e me aproximo da Malu que está com a Mariana-minha cara né?-afirmo
-sinto muito..-ela começa
-quero nem ouvir o resto-me afasto dela que ri
-bom, a conversa está maravilhosa, mas o Rober avisou que está lá fora com as nossas coisas e estamos indo-meu sogro se despede do seu jeito
-quer que eu vá junto?-pergunto
-não precisa, eu não sou famoso e sei chegar onde ele está, agora tchau
-quando o Mario trouxer a Vitória amanhã você me liga avisando que venho pegar ela tá?-Larissa fala com a Marina que concorda
-relaxa, o Mario é doido, mas virou um pai depois da Laura-ela responde
-isso eu tenho que concordar-Hellen diz rindo
-tá ok então-Lari se acalma
Os quatro se despedem da gente e saem. Me aproximo da Marina e ela me dá um cantinho na cama, eu não hesito em deitar ao seu lado.
Começo a conversar com o Gui e a Hellen e nossa conversa só se encerra quando o pessoal da minha equipe passa pela porta cheios de presente.
-viemos fazer uma baguncinha, podemos?-Juliana diz sem graça e eu fico surpreso ao perceber ela ali
-claro que podem-Marina diz animada e eu apenas beijo sua testa feliz por sua atitude, que não foi nada a mais do que eu realmente imaginei
[...]
_____________________________
Oii meus amorzinhos mais lindo de todo o universo, tudo bem com vocês?
Fiquei tão feliz com tudo o que eu li no capítulo passado, por todo o carinho de vocês com a fic, sério, vocês são fodas demais, não tenho palavras pra agradecer tudo isso! ❤️❤️❤️❤️❤️
Hoje o capítulo tá meio sem graça, mas logo teremos mais emoções, porque gostamos muito disso!
Conexão Santana que texto lindo esse que você comentou, é muito a Laura e a Mariana mesmo (quem puder volte ao capítulo anterior e leia o comentário dela).
Vou-me indo, mas volto logo viu, beijo no coração de cada uma de vocês 😘😘😘
PS: Como de costume, capítulo não foi revisado 😂🤷
segunda-feira, 9 de abril de 2018
Capítulo 328 - Nossa Mariana
Marina
Meu corpo está cansado, mas a minha alma de mãe não. Mariana veio pra movimentar a minha vida e fazer dela ainda mais feliz.
Olho pro Luan sentado no sofá com a pequena no colo e sorrio, pra tudo ficar completo agora, só falta a Laura aparecer.
E como se alguém pudesse ler a minha mente, vejo a porta abrir e minha filha entrar em silêncio no quarto, pisando levemente pra não fazer barulho. Sorrio pra ela e chamo ela com as mãos. Ela esquece o silêncio e corre até mim, ajudo ela subir na cama e ela me abraça apertado.
-aquela é a Mariana?-ela pergunta olhando a irmã
-sim
-ela parece uma bonequinha, posso pegar?-ela me surpreende
-você quer pegar ela?-pergunto pra confirmar
-eu quero-confirma olhando a pequena no colo do Luan
Meus sogros entram em silêncio no quarto, assim como Bruna, Mario e Hellen. Ignoro todos e chamo o Luan que se levanta com todo cuidado e se próxima da gente.
Coloco a Laura sentada no meu colo, com as costas coladas em minha barriga e ensino a Laura como pegar.
Peço ao Luan pra dar a Mariana pra ela e assim, ele faz com todo cuidado. Coloco minhas mãos por baixo das mãos da Laura e a ajudo a pegar a irmã direitinho.
-ela tá se mexendo-Laura diz impressionada-o cabelo dela é preto-ela fica olhando os cabelos lisos da Mariana, que dessa vez não tem os cabelos loiros iguais aos meus, e sim castanhos puxando ao do Luan
-é liso igual ao seu-beijo o rosto dela
-será que o olho dela é igual o meu?-ela pergunta realmente curiosa
-ainda não sei, tô esperando ela acordar e abrir os olhos pra gente saber
-eu posso ficar aqui com vocês?-levanta a cabeça pra me olhar
-por enquanto pode, mas mais tarde você vai dormir na vovó de novo tá bom?
-deixa eu dormir no Dindo-ela pedi e eu concordo surpresa
-deixo-beijo sua tempora
Ela fica ali encantada com a pequena Mariana, mas seus bracinhos começam a pesar, Marizete pede pra pegar a bebê um pouco e ela deixa.
Abraço a Laura ainda mais forte e digo pra ela o quanto eu a amo. Se ela ficou com ciúmes quando a Mariana estava na minha barriga, imagina como ela não ficará agora que a Mariana nasceu e todas as atenções estarão nela.
-mãe-Laura chama a minha atenção e toca meu rosto com sua mãozinha pequena
-oi amor
-você não vai me esquecer né? Você não vai me trocar né?-ela pergunta e vejo medo em seu rosto
-nunca, você é um presente que Deus me deu, assim como a Mariana, eu te amo de todo o meu coração e eu sou incapaz de te trocar e te esquecer-sorrio pra ela que retribui-eu vou precisar de você
-pra quê?-me encara agora séria
-eu preciso da sua ajuda pra cuidar da Mariana, você pode fazer isso? Pode me ajudar a olhar e a cuidar dela da melhor maneira?
-posso-ela volta a sorrir enquanto concorda
-eu te amo muito minha pequena, nunca dúvida disso, meu amor por você não tem tamanho de tão gigante que é-sussurro só pra ela ouvir e ela faz carinho em meu rosto
-eu te amo mamãe-ela sussurra manhosa e me dá um selinho sem maldade
Ficamos grudadas enquanto eu via minha outra pequena passar de braço em braço. Assim que a Hellen pega ela, ela começa a chorar e minha amiga se aproxima bicuda.
-ela foi tranquila com todo mundo, ai chega na dinda e ela chora-Hellen diz fazendo todo mundo rir
-é fome, me dá ela, depois eu te dou de novo-me desvencilho da Laura e sento na cama
Hellen me entrega a Mari e eu ajeito ela em meu colo, abaixo alça da camisola e abro o sutiã colocando meu seio em sua boca. Ela suga meu mamilo, com toda vontade do mundo me arrancando uma careta de dor.
Automaticamente ela para de chorar e se concentra em se alimentar. Apesar de doer, essa é uma sensação que eu jamais perderia. Antes o cordão umbilical nos conectava, agora a amamentação é o nosso laço.
-óia, ela abriu o olho-Laura diz olhando pra minha filha que tem os olhinhos abertos e ergue a mãozinha pra cima-é igual o meu-ela coloca as mãos na boca surpresa-é igual o nosso olho mamãe-ela me olha e eu apenas concordo com a cabeça já que não consigo falar por causa da dor
Laura aproxima sua mão da mãozinha levantada da Mariana e a pequena recém nascida agarra o dedo mindinho da Laura.
Luan não contém seu sorriso, assim como todos ali que se surpreende em o quão "madura" Laura está sendo, pelo menos por enquanto.
Passamos horas ali, todos juntos. Graças a decoração e a um buffet que trouxeram várias coisinhas gostosas todos ficaram confortáveis.
Apesar de querer ficar mais, todos se foram prometendo voltar amanhã, sendo assim ficamos apenas eu, Laura e o Luan. Apesar da minha filha querer dormir no Mario, ela não quis ir embora agora e o meu amigo resolveu deixá-la mais, depois voltaria pra pegá-la.
-vai pra casa-falo com o Luan depois de ver ele bocejar pela quinta vez seguida
Laura dormia abraçada a mim e a Mariana dormia no bercinho ao lado da cama.
-vou agora não, vou esperar seus pais chegarem primeiro-ele solta outro bocejo
-tá bom-concordo sabendo que ele não mudaria de ideia
-postei uma foto pra avisar a todos
-deixa eu ver-peço e ele se levanta, se aproxima e me entrega seu celular já na foto
-obrigada-digo com a voz embargada pelo choro
-obrigado por me dar tudo isso, minha vida é vocês, só tenho que agradecer por ser e me dar motivos pra viver e querer ser melhor sempre-ele diz sorrindo e aproxima sua boca da minha
-te amo ursinho-passo minha mão livre pela sua nuca e aproximo sua boca ainda mais da minha
-te amo Sereia-ele finalmente me beija
Entrego todo o meu ser, todo o meu amor no beijo e ele faz um breve carinho no meu rosto.
-45 dias longe dela viu-escuto a voz do meu pai e tanto eu quanto o Luan, rimos durante o beijo
Ele se afasta e olho meu pai ali, emocionado, assim como minha mãe, logo atrás deles entram Larissa, Felipe e Vitória.
Meu pai é o primeiro a se aproximar do berço e quando ele olha a Mariana desembesta a chorar enquanto sorri a olhando. Chamo ele com a mão e ele se aproxima da cama, beija a minha testa e fica me olhando por alguns segundos. Seu olhar vaga até a minha filha agarrada em mim e em seguida volta aos meus olhos.
-obrigada por toda essa alegria-ele agradece me fazendo sorrir emocionada-amo vocês-ele me abraça do jeito que dá
__________________________
Oi, oi, oi, oi, oi, oi🎶
Genteeee eu amo quando vocês me falam ou comentam o que estão achando da fic, eu adoro, sério, me dá pique pra escrever o próximo e o próximo e o próximo, é inexplicável!
❤️❤️❤️
Já estão ansiosos pro fim da fanfic? 🤔
Meu corpo está cansado, mas a minha alma de mãe não. Mariana veio pra movimentar a minha vida e fazer dela ainda mais feliz.
Olho pro Luan sentado no sofá com a pequena no colo e sorrio, pra tudo ficar completo agora, só falta a Laura aparecer.
E como se alguém pudesse ler a minha mente, vejo a porta abrir e minha filha entrar em silêncio no quarto, pisando levemente pra não fazer barulho. Sorrio pra ela e chamo ela com as mãos. Ela esquece o silêncio e corre até mim, ajudo ela subir na cama e ela me abraça apertado.
-aquela é a Mariana?-ela pergunta olhando a irmã
-sim
-ela parece uma bonequinha, posso pegar?-ela me surpreende
-você quer pegar ela?-pergunto pra confirmar
-eu quero-confirma olhando a pequena no colo do Luan
Meus sogros entram em silêncio no quarto, assim como Bruna, Mario e Hellen. Ignoro todos e chamo o Luan que se levanta com todo cuidado e se próxima da gente.
Coloco a Laura sentada no meu colo, com as costas coladas em minha barriga e ensino a Laura como pegar.
Peço ao Luan pra dar a Mariana pra ela e assim, ele faz com todo cuidado. Coloco minhas mãos por baixo das mãos da Laura e a ajudo a pegar a irmã direitinho.
-ela tá se mexendo-Laura diz impressionada-o cabelo dela é preto-ela fica olhando os cabelos lisos da Mariana, que dessa vez não tem os cabelos loiros iguais aos meus, e sim castanhos puxando ao do Luan
-é liso igual ao seu-beijo o rosto dela
-será que o olho dela é igual o meu?-ela pergunta realmente curiosa
-ainda não sei, tô esperando ela acordar e abrir os olhos pra gente saber
-eu posso ficar aqui com vocês?-levanta a cabeça pra me olhar
-por enquanto pode, mas mais tarde você vai dormir na vovó de novo tá bom?
-deixa eu dormir no Dindo-ela pedi e eu concordo surpresa
-deixo-beijo sua tempora
Ela fica ali encantada com a pequena Mariana, mas seus bracinhos começam a pesar, Marizete pede pra pegar a bebê um pouco e ela deixa.
Abraço a Laura ainda mais forte e digo pra ela o quanto eu a amo. Se ela ficou com ciúmes quando a Mariana estava na minha barriga, imagina como ela não ficará agora que a Mariana nasceu e todas as atenções estarão nela.
-mãe-Laura chama a minha atenção e toca meu rosto com sua mãozinha pequena
-oi amor
-você não vai me esquecer né? Você não vai me trocar né?-ela pergunta e vejo medo em seu rosto
-nunca, você é um presente que Deus me deu, assim como a Mariana, eu te amo de todo o meu coração e eu sou incapaz de te trocar e te esquecer-sorrio pra ela que retribui-eu vou precisar de você
-pra quê?-me encara agora séria
-eu preciso da sua ajuda pra cuidar da Mariana, você pode fazer isso? Pode me ajudar a olhar e a cuidar dela da melhor maneira?
-posso-ela volta a sorrir enquanto concorda
-eu te amo muito minha pequena, nunca dúvida disso, meu amor por você não tem tamanho de tão gigante que é-sussurro só pra ela ouvir e ela faz carinho em meu rosto
-eu te amo mamãe-ela sussurra manhosa e me dá um selinho sem maldade
Ficamos grudadas enquanto eu via minha outra pequena passar de braço em braço. Assim que a Hellen pega ela, ela começa a chorar e minha amiga se aproxima bicuda.
-ela foi tranquila com todo mundo, ai chega na dinda e ela chora-Hellen diz fazendo todo mundo rir
-é fome, me dá ela, depois eu te dou de novo-me desvencilho da Laura e sento na cama
Hellen me entrega a Mari e eu ajeito ela em meu colo, abaixo alça da camisola e abro o sutiã colocando meu seio em sua boca. Ela suga meu mamilo, com toda vontade do mundo me arrancando uma careta de dor.
Automaticamente ela para de chorar e se concentra em se alimentar. Apesar de doer, essa é uma sensação que eu jamais perderia. Antes o cordão umbilical nos conectava, agora a amamentação é o nosso laço.
-óia, ela abriu o olho-Laura diz olhando pra minha filha que tem os olhinhos abertos e ergue a mãozinha pra cima-é igual o meu-ela coloca as mãos na boca surpresa-é igual o nosso olho mamãe-ela me olha e eu apenas concordo com a cabeça já que não consigo falar por causa da dor
Laura aproxima sua mão da mãozinha levantada da Mariana e a pequena recém nascida agarra o dedo mindinho da Laura.
Luan não contém seu sorriso, assim como todos ali que se surpreende em o quão "madura" Laura está sendo, pelo menos por enquanto.
Passamos horas ali, todos juntos. Graças a decoração e a um buffet que trouxeram várias coisinhas gostosas todos ficaram confortáveis.
Apesar de querer ficar mais, todos se foram prometendo voltar amanhã, sendo assim ficamos apenas eu, Laura e o Luan. Apesar da minha filha querer dormir no Mario, ela não quis ir embora agora e o meu amigo resolveu deixá-la mais, depois voltaria pra pegá-la.
-vai pra casa-falo com o Luan depois de ver ele bocejar pela quinta vez seguida
Laura dormia abraçada a mim e a Mariana dormia no bercinho ao lado da cama.
-vou agora não, vou esperar seus pais chegarem primeiro-ele solta outro bocejo
-tá bom-concordo sabendo que ele não mudaria de ideia
-postei uma foto pra avisar a todos
-deixa eu ver-peço e ele se levanta, se aproxima e me entrega seu celular já na foto
"Hoje, 21 de Janeiro de 2024, às 11:43 da manhã, com 49cm e 3,560kg veio ao mundo a nossa Mariana. Com seus cabelos castanhos feito os meus, mas assim como a Laura, com os olhos verdes como os da Marina.
Eu disse quando a Laura nasceu que eu sempre me imaginei planejando os filhos que iria ter e que os teria no momento certo e olha só, Deus me surpreendeu e não foi só uma vez, mas duas.
Novamente tivemos uma gravidez não planejada, uma gravidez que por mais incrível e estranho que pareça, eu descobri primeiro que a Marina e tive que conta-la que seríamos pais de novo, uma gravidez que sem dúvidas foi amada e abençoada por Deus, assim como a da nossa primogênita.
Eu amei esse pequeno serzinho desde quando descobri da sua existência, o amor que senti foi e ainda é inexplicável, é tão incrível o poder que essas meninas tem sobre mim que às vezes me sinto fraco.
Hoje eu sou ainda mais feliz, e não quero pedir mais nada a Deus além de saúde, eu só quero agradecer, agradecer por tudo ter ocorrido bem no parto, agradecer por conseguir dar atenção e amor a Laura e ajudar a Marina com a Mariana e o principal, agradecer a Ele por ter me dado uma esposa tão dedicada, tão maravilhosa, tão mãe, tão mulher, tão incrível, tão minha, sem dúvidas sem ela nada disso faria sentido e sem ela eu não seria nada.
Hoje eu posso dizer novamente que não me falta nada, hoje eu sei que sou completo
❤️👨👩👧👧"
-obrigada-digo com a voz embargada pelo choro
-obrigado por me dar tudo isso, minha vida é vocês, só tenho que agradecer por ser e me dar motivos pra viver e querer ser melhor sempre-ele diz sorrindo e aproxima sua boca da minha
-te amo ursinho-passo minha mão livre pela sua nuca e aproximo sua boca ainda mais da minha
-te amo Sereia-ele finalmente me beija
Entrego todo o meu ser, todo o meu amor no beijo e ele faz um breve carinho no meu rosto.
-45 dias longe dela viu-escuto a voz do meu pai e tanto eu quanto o Luan, rimos durante o beijo
Ele se afasta e olho meu pai ali, emocionado, assim como minha mãe, logo atrás deles entram Larissa, Felipe e Vitória.
Meu pai é o primeiro a se aproximar do berço e quando ele olha a Mariana desembesta a chorar enquanto sorri a olhando. Chamo ele com a mão e ele se aproxima da cama, beija a minha testa e fica me olhando por alguns segundos. Seu olhar vaga até a minha filha agarrada em mim e em seguida volta aos meus olhos.
-obrigada por toda essa alegria-ele agradece me fazendo sorrir emocionada-amo vocês-ele me abraça do jeito que dá
__________________________
Oi, oi, oi, oi, oi, oi🎶
Genteeee eu amo quando vocês me falam ou comentam o que estão achando da fic, eu adoro, sério, me dá pique pra escrever o próximo e o próximo e o próximo, é inexplicável!
❤️❤️❤️
Já estão ansiosos pro fim da fanfic? 🤔
domingo, 8 de abril de 2018
Capítulo 327 - Nossa Mariana
Luan
Marina acabou de completar 36 semanas de gravidez, mas tudo ainda estava normal.
Fiz o meu último show do mês na noite passada e agora só volto no carnaval, vou tirar as minhas férias pra curtir com a minha família.
Apesar de odiar acordar cedo, levanto da cama um pouco sonolento e arrumo todas as minhas coisas, todo um banho e saío enrolado na toalha e pego a roupa que separei pra viagem. Menos de cinco minutos depois de estar pronto, escuto a campainha do quarto tocar e me levanto da cama pra atender.
-eh macaco, já se arrumou?-Testa pergunta surpreso
-como você pode ver, sim, já arrumei minhas coisas também, bora?
-bora-ele responde enquanto me olha estranho
Volto pro quarto e pego minhas malas, coloco a mochila nas costas e saío do quarto carregando minha chave, Cirilo agora está ao lado do Rober e também me olha estranho.
-que foi caralho?-pergunto irritado e tranco o quarto
-você acordou cedo, você arrumou suas malas, você está pronto sem ninguém mandar nada-Testa começa a falar-tá doente?-aproxima sua mão da minha testa e eu lhe dou um tapa
-só tô com saudade da minha muié e da minha filha seus trouxas, toma-estico minhas malas pro Well que pega rindo
-vou nem discutir-ele dá de ombros
Descemos pelo elevador de serviço até a garagem subterrânea, uma van já nos espera na porta do elevador, as malas dos meninos já estão ali, assim como Joane e suas malas.
Well guarda minhas duas malas e senta na frente com o motorista. Me sento atrás e perto da Joane, não quero dormir na Van, quero dormir no jatinho, por isso seguimos conversando.
No hotel não havia fãs, mas em compensação no aeroporto tinham várias me esperando. Mesmo com sono, coloco um sorriso no rosto e me aproximo da porta que se abre lentamente.
Atendo todo mundo que consigo e o Well avisa que precisamos ir. Me despeço de todo mundo e seguimos caminho até perto do hangar onde o jatinho estava.
Cumprimento o Chico e o Léo, ajudo o negão com as malas e logo estávamos voando.
Durmo todo o caminho de Fortaleza a São Paulo e só acordo com a turbulência para pousar.
Mal piso o pé na van e recebo uma mensagem da Marina.
"ONDE VOXW ESTÁ? VSI DDMORAR?"
Dou risada dos seus erros, ultimamente ela não tem saco nem pro corretor.
Me sento nos primeiros bancos da van e digito uma resposta pra ela.
"Desembarquei agora, já já eu chego, por quê? Aconteceu alguma coisa?"
Sua resposta não demora nada e dessa vez parece mais "calma".
"Tô em casa te esperando, beijo! 😘"
Depois dela responder encerrando o assunto, guardo o celular e me afundo no primeiro banco voltando a dormir.
Não sei quanto tempo passou, mas sou acordado pelo Testa me dando um tapa na testa.
-que foi?-dou um soco em sua barriga
-chegou jacú
-eita, nem vi nada-esfrego os olhos e olho pra fora, dou de cara com a minha casa
Me levanto e me estico beijando a bochecha da Joane que dorme no banco logo atrás do meu.
Desço carregando minha mochila nas costas e minhas malas já estão ali me esperando, assim como Well.
-pode deixar que eu levo-puxo as duas malas uma com cada mão
-tem certeza?-ele pergunta me analisando
-sim, de boa, podem ir-dou tchau e eles voltam pra van
Sigo pelo caminho até a porta, forço o trinco, está trancada e por preguiça de procurar minha chave na bolsa, toco a campainha.
Escuto o barulho da van se afastando e espero até que depois de alguns minutos a porta se abre e a Marina aparece segurando a barriga e com cara de dor.
-vai nascer-ela diz num sussurro-a Mariana quer vir ao mundo, vai nascer
-meu Deus-paraliso ali mesmo e não sei o que fazer
-dá pra não paralisar e me levar pro hospital?
-cadê a Laura?-e novamente eu não sei o que fazer
-nos seus pais, pelo amor de Deus Luan, me ajuda-ela mordisca os lábios
-ajudo, ajudo-solto minhas malas e me aproximo dela-mas eu não sei o que fazer
-primeiro fica calmo, lembra do curso que fizemos na gravidez da Laura?
-lembro, ok, respira fundo, já ligou pro Ricardo?
-já, ele e a equipe estão indo pro hospital
-tá bom, primeiro vem-pego ela no colo do jeito que consigo e deixo ela sentada no sofá, volto pra porta e coloco minhas malas pra dentro-vou pegar as bolsas pra maternidade e seus documentos-tento parecer calmo-pede pro Rober pedir pro jatinho buscar seus pais-dou meu celular pra ela-avisa meus pais-falo e ela ri concordando-avisa seus pais
-tá bom caralho, vai-ela tenta não gritar-PORRA TINHA ESQUECIDO QUE DÓI-grita enquanto eu deixo ela ali e subo as escadas
Entro no quarto que preparamos pra Mariana e pego a bolsa dela e a da Marina que também estava ali.
Sigo pro nosso quarto, largo minha mochila na cama e procuro a carteira da Marina. Escuto ela me gritar lá em baixo e me desespero.
-meu Deus, por que eu tô sozinho agora?-pergunto enquanto caço sua carteira
Acho a bolsa que ela geralmente vai trabalhar e abro, ali está sua carteira. Pego e desço correndo.
-pronto, tô aqui-paro na frente dela e vejo ela chorando-chora não amor
-não é sua buceta que tá ficando larga né?-diz raivosa e eu me afasto
Pego a chave do carro e corro pra lá. Tiro o mesmo da garagem e paro na porta de casa, volto correndo e encontro Marina fazendo força.
-ainda não amor, se você fazer força vai vim antes-pego ela no colo
-tá doendo-esconde o rosto na curva do meu pescoço enquanto chora
-é por um bom motivo-fecho a porta do jeito que dá e ando de pressa até o carro
Antes de chegar no carro as contrações da Marina voltam e ela morde meu pescoço com força.
-CARALHO MARINA-solto um grito sem resistir e ela solta a minha pele
-desculpa-choraminga e me sinto culpado
-desculpa eu
Coloco ela no carro e entro ao seu lado respirando fundo.
-fica calmo-Marina chama a minha atenção e eu olho pra ela
-ficar calmo, ok, ficar calmo-falo pra mim mesmo e ligo o carro-respira fundo, respira e inspira-falo pra ela que concorda mordendo o lábio-odeio te ver chorar-falo realmente preocupado
-então dirigi logo pro caralho do hospital e logo eu paro de chorar de dor
-tá bom, tá bom-me rendo
Saío dali e no caminho as contrações da Marina vinham aumentando o tempo que permanecia e diminuindo o tempo de uma pra outra.
Ela chorava baixinho ao meu lado, apertava o banco com força e às vezes dava socos na porta. Dirigi acariciando sua coxa lhe oferecendo um certo apoio. Apesar de assustado, nervoso e preocupado com ela, eu tento parecer que consegui mesmo me acalmar.
Ao chegar no hospital, alguns enfermeiros já esperavam a Marina ali fora com uma cadeira de rodas.
-a minha bolsa estourou, a minha bolsa estourou-Marina diz repetidas vezes e começa a fazer força
Abro a porta do passageiro, já que suas mãozinhas estão grudadas do banco e me estico pegando as coisas das duas.
Desço do carro pra ajudar tirar a Marina e quando conseguimos tirá-la, não posso ir com ela ainda, preciso estacionar.
-ei-escuto a voz do Well atrás de mim-me dá a chave, eu estaciono-ele diz sério e eu entrego
-como soube?
-Marina me pediu pra vir, disse que você estava nervoso e mal conseguia dirigir
-valeu-dou um suspiro vendo o enfermeiro levá-la-faz a ficha dela pra mim-entrego a carteira da Marina pra ele
-fica calmo, já deu tudo certo, agora vai-me dá um tapinha nas costas e eu apenas sorrio em retribuição
Corro atrás da Marina e quando me aproximo pego em sua mão e ela aperta com força.
-olá Marina, oi Luan-doutor Ricardo diz assim que entramos na sala de pré-parto
-oi-aperto a mão dele
-essa mocinha já quer sair é?-ele pega uma luva-vou verificar sua dilatação ok?
-tá-ela diz mordendo os lábios
Ele tira a calcinha da Marina e ela apoia os pés na maca abrindo as pernas.
-eita, vou nem fazer-ele diz surpreso
-por quê?-pergunto preocupado
-ela tá vindo, já tá quase aqui, sobe, sobe-ele pede aos enfermeiros
-o quê?-pergunto sem entender
-ela já tá saindo, vai assistir?-pergunta rapidamente
-sim
-então vem
Ele me puxa e não consigo nem dar um até logo pra Marina, seguimos até uma sala e coloco aquelas roupinhas verdes, o doutor Ricardo também.
Entramos em uma sala e já encontro a Marina ali deitada na maca e fazendo força. Ao fundo a música que gravamos juntos para a Mariana.
-tô aqui-me aproximo da Marina e seguro em sua mão
-nossa música-ela sussurra e eu concordo beijando sua testa
-bora lá Marina, a Mariana já tá quase aqui, já tá coroando, faça força
-força sereia, força-sussurro em seu ouvido e ela se eleva um pouco fazendo força
Enquanto a música rola e ela se esforça, resolvo cantar junto e a Marina aperta ainda mais a minha mão, penso em parar, mas ela me pede pra não parar eu continuo.
-Promete que não vai crescer distante
Promete que vai ser pra sempre assim
Promete esse sorriso radiante
Todas as vezes que você pensar em mim
Promete cuidar bem dos seus cachinhos
E sempre me abraçar quando eu chegar
Promete sorrir sempre com os olhinhos
E cantar cantigas na sala de estar
Que eu prometo ser pra sempre o seu
Porto seguro
Eu prometo dar-te eternamente o meu amor
Promete aproveitar cada segundo
Desse tempo que já passa tão veloz
Me lembro quando você chegou nesse mundo
Sorrindo aos poucos quando ouvia a minha voz
E hoje corre pela sala
Brinca de existir
Giz de cera, pega-pega
Eu só sei sorrir
Ao imaginar você crescer
Para um pouco com a bagunça
Deixa eu te olhar
Que o tempo voa e olha só
Você sabe falar
E diz tudo que eu preciso escutar
Laialaiá
Promete ser pra sempre a minha menina
Me deixar cantar pra te fazer dormir
Que eu prometo que vou te cuidar pra sempre
Eu te amo infinito
Minha filha
Acaricio seu cabelo enquanto escuto ela gemer de dor e fazer força. A incentivo, lhe dando as minhas forças, ela faz o que consegue e cai na maca quando a força acaba.
-eu não aguento mais-ela sussurra
-você consegue, você já fez isso uma vez, lembra?-sussurro pra ela-você consegue, a gente consegue
-só mais um pouco Marina, já estou com a cabeça dela nas mãos, preciso de toda sua força, vamos trazê-la ao mundo-Ricardo também a incentiva
-vamos lá amor-encosto minha testa na sua e nossas lágrimas se misturam-força-me afasto
Ela volta a tirar as costas da maca e a fazer força. Continuo a incentivando e ela fica ainda mais forte. Vejo a Marina começar a suar e a esgotar todas as suas forças, até que finalmente um chorinho fino faz o meu coração pular de felicidade e a Marina se jogar novamente na maca.
-quer cortar o cordão?-Ricardo pergunta e eu olho pra ele surpreso
-posso?
-pode, você vai desligar o laços que elas têm fisicamente, mas consequentemente, tem que se prometer que vai fazer tudo para deixá-las sempre ligada-ele diz me emocionando mais-você promete?-ele estica a tesoura pra mim
-prometo-assinto pra ele e me viro pra Marina que está tão emocionada quanto eu
-pode cortar-ele ajeita o cordão e me mostra onde cortar, faço aquilo e não sei explicar o que senti naquele momento, eu só tenho mesmo que agradecer a Deus por tudo que Ele me deu e me dá
A enfermeira ali responsável pela Mariana segue todo o procedimento e em seguida enrola ela em um pano, coloca uma touquinha e me dá. Seguro ela fortemente e me aproximo da Marina que estica os bracinhos pra pegar a pequena no colo. Beijo a testa da minha filha e aproximo ela da Marina.
Ajudo ela a pegar a pequena, bato uma foto no meu celular e peço pra um dos enfermeiros tirar uma foto nossa, já que a Mariana chegou tão rápido que não tivemos tempo nem de um fotógrafo pra registrar o momento. Pelo menos o hospital grava o parto e teremos acesso a tudo isso.
-eu te amo minha pequena-Marina sussurra pra ela enquanto abre seu melhor sorriso
-e eu amo vocês-sussurro pras duas
-nossa Mariana-ela sussurra dando o dedo pra nossa filha e ela agarra fazendo um biquinho enquanto chora
A enfermeira pede a pequena pra poder cuidar dela e a Marina entrega, sabemos que agora temos uma vida toda com ela.
-vai com ela-Marina pede e eu aproximo minha boca da sua
-eu vou, até daqui a pouco-aliso seu rosto e junto nossos lábios em um selinho rápido-obrigada por tudo-beijo sua testa e vou até minha filha, sei que logo estaremos todos juntos
_____________________________
Olaaaaa!
Capítulo dedicado a Maryana, já que a Mariana nasceu! Te amo cobrinha ❤️🐍
Mariana nasceu!!! 😍❤️
Como ficou o capítulo? Não sei, não li ainda, não revisei nem nada, mas espero que tenha ficado bom 😘
Beijos suas lindas!!!
Marina acabou de completar 36 semanas de gravidez, mas tudo ainda estava normal.
Fiz o meu último show do mês na noite passada e agora só volto no carnaval, vou tirar as minhas férias pra curtir com a minha família.
Apesar de odiar acordar cedo, levanto da cama um pouco sonolento e arrumo todas as minhas coisas, todo um banho e saío enrolado na toalha e pego a roupa que separei pra viagem. Menos de cinco minutos depois de estar pronto, escuto a campainha do quarto tocar e me levanto da cama pra atender.
-eh macaco, já se arrumou?-Testa pergunta surpreso
-como você pode ver, sim, já arrumei minhas coisas também, bora?
-bora-ele responde enquanto me olha estranho
Volto pro quarto e pego minhas malas, coloco a mochila nas costas e saío do quarto carregando minha chave, Cirilo agora está ao lado do Rober e também me olha estranho.
-que foi caralho?-pergunto irritado e tranco o quarto
-você acordou cedo, você arrumou suas malas, você está pronto sem ninguém mandar nada-Testa começa a falar-tá doente?-aproxima sua mão da minha testa e eu lhe dou um tapa
-só tô com saudade da minha muié e da minha filha seus trouxas, toma-estico minhas malas pro Well que pega rindo
-vou nem discutir-ele dá de ombros
Descemos pelo elevador de serviço até a garagem subterrânea, uma van já nos espera na porta do elevador, as malas dos meninos já estão ali, assim como Joane e suas malas.
Well guarda minhas duas malas e senta na frente com o motorista. Me sento atrás e perto da Joane, não quero dormir na Van, quero dormir no jatinho, por isso seguimos conversando.
No hotel não havia fãs, mas em compensação no aeroporto tinham várias me esperando. Mesmo com sono, coloco um sorriso no rosto e me aproximo da porta que se abre lentamente.
Atendo todo mundo que consigo e o Well avisa que precisamos ir. Me despeço de todo mundo e seguimos caminho até perto do hangar onde o jatinho estava.
Cumprimento o Chico e o Léo, ajudo o negão com as malas e logo estávamos voando.
Durmo todo o caminho de Fortaleza a São Paulo e só acordo com a turbulência para pousar.
Mal piso o pé na van e recebo uma mensagem da Marina.
"ONDE VOXW ESTÁ? VSI DDMORAR?"
Dou risada dos seus erros, ultimamente ela não tem saco nem pro corretor.
Me sento nos primeiros bancos da van e digito uma resposta pra ela.
"Desembarquei agora, já já eu chego, por quê? Aconteceu alguma coisa?"
Sua resposta não demora nada e dessa vez parece mais "calma".
"Tô em casa te esperando, beijo! 😘"
Depois dela responder encerrando o assunto, guardo o celular e me afundo no primeiro banco voltando a dormir.
Não sei quanto tempo passou, mas sou acordado pelo Testa me dando um tapa na testa.
-que foi?-dou um soco em sua barriga
-chegou jacú
-eita, nem vi nada-esfrego os olhos e olho pra fora, dou de cara com a minha casa
Me levanto e me estico beijando a bochecha da Joane que dorme no banco logo atrás do meu.
Desço carregando minha mochila nas costas e minhas malas já estão ali me esperando, assim como Well.
-pode deixar que eu levo-puxo as duas malas uma com cada mão
-tem certeza?-ele pergunta me analisando
-sim, de boa, podem ir-dou tchau e eles voltam pra van
Sigo pelo caminho até a porta, forço o trinco, está trancada e por preguiça de procurar minha chave na bolsa, toco a campainha.
Escuto o barulho da van se afastando e espero até que depois de alguns minutos a porta se abre e a Marina aparece segurando a barriga e com cara de dor.
-vai nascer-ela diz num sussurro-a Mariana quer vir ao mundo, vai nascer
-meu Deus-paraliso ali mesmo e não sei o que fazer
-dá pra não paralisar e me levar pro hospital?
-cadê a Laura?-e novamente eu não sei o que fazer
-nos seus pais, pelo amor de Deus Luan, me ajuda-ela mordisca os lábios
-ajudo, ajudo-solto minhas malas e me aproximo dela-mas eu não sei o que fazer
-primeiro fica calmo, lembra do curso que fizemos na gravidez da Laura?
-lembro, ok, respira fundo, já ligou pro Ricardo?
-já, ele e a equipe estão indo pro hospital
-tá bom, primeiro vem-pego ela no colo do jeito que consigo e deixo ela sentada no sofá, volto pra porta e coloco minhas malas pra dentro-vou pegar as bolsas pra maternidade e seus documentos-tento parecer calmo-pede pro Rober pedir pro jatinho buscar seus pais-dou meu celular pra ela-avisa meus pais-falo e ela ri concordando-avisa seus pais
-tá bom caralho, vai-ela tenta não gritar-PORRA TINHA ESQUECIDO QUE DÓI-grita enquanto eu deixo ela ali e subo as escadas
Entro no quarto que preparamos pra Mariana e pego a bolsa dela e a da Marina que também estava ali.
Sigo pro nosso quarto, largo minha mochila na cama e procuro a carteira da Marina. Escuto ela me gritar lá em baixo e me desespero.
-meu Deus, por que eu tô sozinho agora?-pergunto enquanto caço sua carteira
Acho a bolsa que ela geralmente vai trabalhar e abro, ali está sua carteira. Pego e desço correndo.
-pronto, tô aqui-paro na frente dela e vejo ela chorando-chora não amor
-não é sua buceta que tá ficando larga né?-diz raivosa e eu me afasto
Pego a chave do carro e corro pra lá. Tiro o mesmo da garagem e paro na porta de casa, volto correndo e encontro Marina fazendo força.
-ainda não amor, se você fazer força vai vim antes-pego ela no colo
-tá doendo-esconde o rosto na curva do meu pescoço enquanto chora
-é por um bom motivo-fecho a porta do jeito que dá e ando de pressa até o carro
Antes de chegar no carro as contrações da Marina voltam e ela morde meu pescoço com força.
-CARALHO MARINA-solto um grito sem resistir e ela solta a minha pele
-desculpa-choraminga e me sinto culpado
-desculpa eu
Coloco ela no carro e entro ao seu lado respirando fundo.
-fica calmo-Marina chama a minha atenção e eu olho pra ela
-ficar calmo, ok, ficar calmo-falo pra mim mesmo e ligo o carro-respira fundo, respira e inspira-falo pra ela que concorda mordendo o lábio-odeio te ver chorar-falo realmente preocupado
-então dirigi logo pro caralho do hospital e logo eu paro de chorar de dor
-tá bom, tá bom-me rendo
Saío dali e no caminho as contrações da Marina vinham aumentando o tempo que permanecia e diminuindo o tempo de uma pra outra.
Ela chorava baixinho ao meu lado, apertava o banco com força e às vezes dava socos na porta. Dirigi acariciando sua coxa lhe oferecendo um certo apoio. Apesar de assustado, nervoso e preocupado com ela, eu tento parecer que consegui mesmo me acalmar.
Ao chegar no hospital, alguns enfermeiros já esperavam a Marina ali fora com uma cadeira de rodas.
-a minha bolsa estourou, a minha bolsa estourou-Marina diz repetidas vezes e começa a fazer força
Abro a porta do passageiro, já que suas mãozinhas estão grudadas do banco e me estico pegando as coisas das duas.
Desço do carro pra ajudar tirar a Marina e quando conseguimos tirá-la, não posso ir com ela ainda, preciso estacionar.
-ei-escuto a voz do Well atrás de mim-me dá a chave, eu estaciono-ele diz sério e eu entrego
-como soube?
-Marina me pediu pra vir, disse que você estava nervoso e mal conseguia dirigir
-valeu-dou um suspiro vendo o enfermeiro levá-la-faz a ficha dela pra mim-entrego a carteira da Marina pra ele
-fica calmo, já deu tudo certo, agora vai-me dá um tapinha nas costas e eu apenas sorrio em retribuição
Corro atrás da Marina e quando me aproximo pego em sua mão e ela aperta com força.
-olá Marina, oi Luan-doutor Ricardo diz assim que entramos na sala de pré-parto
-oi-aperto a mão dele
-essa mocinha já quer sair é?-ele pega uma luva-vou verificar sua dilatação ok?
-tá-ela diz mordendo os lábios
Ele tira a calcinha da Marina e ela apoia os pés na maca abrindo as pernas.
-eita, vou nem fazer-ele diz surpreso
-por quê?-pergunto preocupado
-ela tá vindo, já tá quase aqui, sobe, sobe-ele pede aos enfermeiros
-o quê?-pergunto sem entender
-ela já tá saindo, vai assistir?-pergunta rapidamente
-sim
-então vem
Ele me puxa e não consigo nem dar um até logo pra Marina, seguimos até uma sala e coloco aquelas roupinhas verdes, o doutor Ricardo também.
Entramos em uma sala e já encontro a Marina ali deitada na maca e fazendo força. Ao fundo a música que gravamos juntos para a Mariana.
-tô aqui-me aproximo da Marina e seguro em sua mão
-nossa música-ela sussurra e eu concordo beijando sua testa
-bora lá Marina, a Mariana já tá quase aqui, já tá coroando, faça força
-força sereia, força-sussurro em seu ouvido e ela se eleva um pouco fazendo força
Enquanto a música rola e ela se esforça, resolvo cantar junto e a Marina aperta ainda mais a minha mão, penso em parar, mas ela me pede pra não parar eu continuo.
-Promete que não vai crescer distante
Promete que vai ser pra sempre assim
Promete esse sorriso radiante
Todas as vezes que você pensar em mim
Promete cuidar bem dos seus cachinhos
E sempre me abraçar quando eu chegar
Promete sorrir sempre com os olhinhos
E cantar cantigas na sala de estar
Que eu prometo ser pra sempre o seu
Porto seguro
Eu prometo dar-te eternamente o meu amor
Promete aproveitar cada segundo
Desse tempo que já passa tão veloz
Me lembro quando você chegou nesse mundo
Sorrindo aos poucos quando ouvia a minha voz
E hoje corre pela sala
Brinca de existir
Giz de cera, pega-pega
Eu só sei sorrir
Ao imaginar você crescer
Para um pouco com a bagunça
Deixa eu te olhar
Que o tempo voa e olha só
Você sabe falar
E diz tudo que eu preciso escutar
Laialaiá
Promete ser pra sempre a minha menina
Me deixar cantar pra te fazer dormir
Que eu prometo que vou te cuidar pra sempre
Eu te amo infinito
Minha filha
Acaricio seu cabelo enquanto escuto ela gemer de dor e fazer força. A incentivo, lhe dando as minhas forças, ela faz o que consegue e cai na maca quando a força acaba.
-eu não aguento mais-ela sussurra
-você consegue, você já fez isso uma vez, lembra?-sussurro pra ela-você consegue, a gente consegue
-só mais um pouco Marina, já estou com a cabeça dela nas mãos, preciso de toda sua força, vamos trazê-la ao mundo-Ricardo também a incentiva
-vamos lá amor-encosto minha testa na sua e nossas lágrimas se misturam-força-me afasto
Ela volta a tirar as costas da maca e a fazer força. Continuo a incentivando e ela fica ainda mais forte. Vejo a Marina começar a suar e a esgotar todas as suas forças, até que finalmente um chorinho fino faz o meu coração pular de felicidade e a Marina se jogar novamente na maca.
-quer cortar o cordão?-Ricardo pergunta e eu olho pra ele surpreso
-posso?
-pode, você vai desligar o laços que elas têm fisicamente, mas consequentemente, tem que se prometer que vai fazer tudo para deixá-las sempre ligada-ele diz me emocionando mais-você promete?-ele estica a tesoura pra mim
-prometo-assinto pra ele e me viro pra Marina que está tão emocionada quanto eu
-pode cortar-ele ajeita o cordão e me mostra onde cortar, faço aquilo e não sei explicar o que senti naquele momento, eu só tenho mesmo que agradecer a Deus por tudo que Ele me deu e me dá
A enfermeira ali responsável pela Mariana segue todo o procedimento e em seguida enrola ela em um pano, coloca uma touquinha e me dá. Seguro ela fortemente e me aproximo da Marina que estica os bracinhos pra pegar a pequena no colo. Beijo a testa da minha filha e aproximo ela da Marina.
Ajudo ela a pegar a pequena, bato uma foto no meu celular e peço pra um dos enfermeiros tirar uma foto nossa, já que a Mariana chegou tão rápido que não tivemos tempo nem de um fotógrafo pra registrar o momento. Pelo menos o hospital grava o parto e teremos acesso a tudo isso.
-eu te amo minha pequena-Marina sussurra pra ela enquanto abre seu melhor sorriso
-e eu amo vocês-sussurro pras duas
-nossa Mariana-ela sussurra dando o dedo pra nossa filha e ela agarra fazendo um biquinho enquanto chora
A enfermeira pede a pequena pra poder cuidar dela e a Marina entrega, sabemos que agora temos uma vida toda com ela.
-vai com ela-Marina pede e eu aproximo minha boca da sua
-eu vou, até daqui a pouco-aliso seu rosto e junto nossos lábios em um selinho rápido-obrigada por tudo-beijo sua testa e vou até minha filha, sei que logo estaremos todos juntos
_____________________________
Olaaaaa!
Capítulo dedicado a Maryana, já que a Mariana nasceu! Te amo cobrinha ❤️🐍
Mariana nasceu!!! 😍❤️
Como ficou o capítulo? Não sei, não li ainda, não revisei nem nada, mas espero que tenha ficado bom 😘
Beijos suas lindas!!!
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