Luan
..5 anos depois..
Os anos se passaram e como eu imaginava, nada mudou, a não ser a Laura que cresceu e se tornou a mais bela de todas as crianças.
Marina está diferente a algum tempo, mas não é um diferente ruim, nem um diferente bom, é difícil explicar.
Seu humor às vezes se altera, seu corpo está mudando, assim como suas prioridades, é estranho não conseguir dizer realmente o que está acontecendo, mas tenho um palpite.
-Laura-escuto ela dizer e esqueço um pouco dos meus pensamentos, pois parece que a minha esposa não está alegre com a pequena
-eu já disse que não fiz nada-minha filha retruca e a Marina se aproxima ficando na altura dela
-então me diz o que aconteceu, porque se você for inocente, eu vou ser a primeira a chegar amanhã, vou esperar a diretora e vou te defender, mas se não me disser, eu vou continuar achando que é culpada-ela é cautelosa como sempre e eu não me intrometo, é assim que lidamos com as coisas, primeiro ela fala, depois sentamos os três e conversamos
-ele começou-Laura resmunga
-me fala o que aconteceu, nós somos amigas, se esqueceu?
-não esqueci, mas você vai brigar
-me conta-Marina coloca o cabelo dela atrás da orelha
-a gente tava na fila pra ir lanchar, por causa do meu nome ser com L eu fiquei um pouco distante da prô, porque ela foi chamando pela lista-ela começa a contar-o Lucas tava na fila dos meninos, do meu lado, primeiro ele beliscou meu braço, eu pedi pra ele parar que tava machucando, mas ele não parou e colocou o pé na minha frente, eu acabei caindo. Os meus amigos riram de mim e eu fiquei muito brava com ele. Um dia eu ouvi o papai dizendo que o meio das pernas dos meninos dói bastante se der uma joelhada e eu queria que o Lucas sentisse dor como eu tava sentindo, então eu dei uma joelhada no meio das pernas dele-ela encerra a história e eu me seguro pra não rir, Marina me olha séria e desvia o olhar pra minha filha
-filha, o que conversamos sobre ser violenta?
-mas mamãe, ele me machucou-sua voz começa embargar-olha aqui-observo ela erguer a manga da blusa e se virar pra Marina que faz uma cara de assustada-doeu mamãe, doeu muito-ela diz e vejo a Marina amolecer-eu não queria machucar ele, porque a gente brinca de pega pega no intervalo, mas ele me machucou muito e quando ele fez os meus amigos rir de mim, o meu coração doeu também-ela diz como se fosse gente grande
-oh filha, eu sei que não é legal ver os amiguinhos rindo da gente e que esse beliscão que ele te deu doeu demais, mas não é com violência que revidamos uma violência, você deveria ter chamado sua professora e ter dito a ela o que ele fez, ele iria levar uma bronca dos pais e talvez isso nunca mais aconteceria
-eu sei, depois eu fiquei triste por ter machucado ele, mas foi ele que começou, me desculpa mamãe-Laura é amorosa
-amanhã vou te levar e nós vamos contar tudo o que houve pra professora tudo bem?
-tudo bem-ela olha pra Marina e sei que ela está sendo sincera, Laura raramente mente, ela só faz isso quando rouba comida
-amanhã quando a gente for conversar você vai pedir desculpas pro seu amigo tá?
-tá bom, eu vou pedir desculpa
-promete que se tiver uma próxima vez você não vai revidar e vai primeiro contar pra professora?
-prometo mamãe, nunca mais eu vou bater em ninguém-ela ergue o dedinho mindinho em sinal de uma promessa que não vai ser descumprida
-eu confio em você-Marina beija a testa dela e me chama
Me levanto da mesa que eu estava até agora, e entro na sala, me sento lado da Laura que abaixa a cabeça, pois ela sabe que fez algo errado.
-você entendeu mesmo o que a mamãe disse?-pergunto pra reforçar
-eu entendi papai, nunca mais eu vou bater em alguém, doeu meu coração-ela diz expressando um sentimento de dor em sua face
-sabe que nós não falamos nada que seja pro seu mal né?
-eu sei, vocês falam pro meu bem
-que bom que entende-abraço ela de lado e ela me aperta-deixa o papai ver o beliscão que ele te deu-peço e ela se afasta
Laura ergue novamente o pano de sua blusa e eu vejo que não está apenas vermelho, mas sim roxo. Fecho os olhos pra conter minha fúria, eu não fiz ela pra sofrer sendo saco de pancadas de alguém e o pior é que não posso nem quebrar o moleque no meio, pois é apenas uma criança de seis anos.
-sobe, toma um banho gostoso e desce pra almoçar-sugiro pra ela que levanta a cabeça e fica me olhando-o que foi?
-eu te amo papai, eu amo você e a mamãe, muito, muito-ela diz ainda me apertando no abraço e em seguida sobe pro seu quarto
-eu queria esmagar a criança que fez aquilo com ela, mas nem isso eu posso-bufo frustrado e a Marina senta ao meu lado
-eu também, mas não posso-ela cruza os braços e apoia a cabeça em meu ombro-mas amanhã eu vou fazer um pequeno barraco naquela escola, porque eles me ligaram dizendo que ela foi indisciplinar e violenta sem nenhum motivo, mas tem motivo sim. A Laura vai pedir desculpa, mas esse Lucas vai pedir também
-amanhã eu vou com você
-tá bom-ela boceja
-tá com sono?
-tô, mas vou lá ver o que a Malu fez pro almoço
-strogonoff, eu que pedi-dou de ombros
-hum, que delícia
-e a Dai?
-falei pra ela vim depois do almoço já que eu teria que buscar a Laura por causa do acontecido
-amanhã precisamos ir mais cedo viu
-por quê?-ela nem me olha, mas sua respiração começa a ficar pesada
-amanhã vamos fazer uns exames de rotina, eu, você e a Laura
-por quê?-ela levanta a cabeça
-é rotina, como fazemos a cada seis meses e também tô sentindo uns trem estranho no coração, sei lá, quero ver se tá tudo certo
-o que tá sentindo?-ela fica preocupada
-nada demais, só uma dorzinha de vez em quando
-tem certeza?
-tenho
-me fala quando sentir isso-ela segura meu rosto
-falo sim, mas fica tranquila, vamos fazer os exames e você vai ver que vai tá tudo certo
-isso deve ser falta de exercícios, você só come e não malha
-oh quem fala
-eu malho de vez em quando, você não malha nunca
-vou arrumar outro personal, vou voltar
-que bom, exercício é vida viu
-exercício é tortura, isso sim-encaro seu rosto e ela ri
Ficamos em silêncio e ela brinca com as nossas alianças. Temos duas no dedo e uma que fica em uma pulseira. Nesses cinco anos, nos casamos seis vezes em seis países diferentes, todos os casamentos foram lindos e especiais e ainda pretendemos nos casar mais algumas vezes.
-tô com fome-Laura aparece na ponta da escada
-então vamos almoçar-me levanto levando a Marina comigo
-posso pedir pra tia Malu fazer brigadeiro?-ela se aproxima de mim e me abraça de lado, como a Marina está
Olha pra minha esposa e ela sorri concordando com a cabeça, viro meu rosto pra minha filha que espera a resposta ansiosa.
-pode sim
-eba, vou comer tudo sozinha-ela diz animada
-ei mocinha, nada de gula, vai ter que dividir comigo-Marina avisa e ela ri
-vamos comer direto da panela?-seus olhinhos brilham
-sim-Marina concorda
-vou querer também-dou de ombros e as duas me olham-que?
-af-Laura diz e me solta
-af-Marina faz o mesmo que ela
-que foi?-pergunto, mas as duas saem na frente me ignorando totalmente
Olho pra elas sentando na mesa com um bico do tamanho do mundo e dou risada, esse é literalmente um tal mãe, tal filha.
-tá bom, não quero mais brigadeiro-sento na cadeira separada pra mim
-esse é o meu pai-Laura agora sorri
-imagina se essa menina tiver TPM igual você-falo com a Marina
-o que é TPM?-ela pergunta curiosa e a Marina joga a bola pra mim
-você falou, você explica-ela diz sem emitir som
-TPM é um joguinho de celular-minto e sinto um chute na minha canela
-eu quero jogar-Laura diz animada
-mamãe tirou o jogo, não tem mais-Marina embarca na mentira
-ah-ela faz um bico-e o meu celular papai? Você não vai dar?-ela pergunta me olhando
-não tá na hora
-mas papai..-ela tenta argumentar
-não tá na hora-reforço minha decisão
-tá bom-ela fica triste
-vou comprar um tablet, você baixa os seus joguinhos e a sua mãe baixa um aplicativo que dê pra gente se falar por chamada de vídeo, tá bom?-seu sorriso é gigantesco e ela se joga em meus braços
-obrigada, obrigada, obrigada-ela agradece me dando vários beijinhos na bochecha
-esses beijinhos estão poucos-faço graça é ela continua me beijando
Já faz uns dois anos que a Laura insiste pra ter um celular, mas não acho que esteja na hora dela ter um celular, ter um número dela pra falar com as pessoas. Marina disse não se importar, pois ela saberia impor limites e que quando eu quisesse lhe dar ou um celular ou um tablet, ela não iria se opor.
-você ouviu mãe? Ele vai me dar um tablet só meu-ela se gaba e eu dou risada
-qual o motivo pra tanta felicidade?-Malu coloca aos poucos a comida na mesa e eu já me sirvo
-meu pai vai me dar um tablet-ela continua animada-tia Malu, faz brigadeiro pra gente fazendo um favor?-ela diz toda educada e eu tenho vontade de lhe dar uma mordida na bochecha
-faço, mas tem que comer tudo
-vou comer, eu prometo-ela entrega seu prato pra Marina lhe servir
Comemos naquele clima de felicidade da minha filha, eu amo quando ela fica assim e odeio vê-lá triste, mas as vezes é preciso, por mais que eu possa dar tudo o que ela quer, ela tem que entender que nada vem de mão beijada, que pra ter as coisas é preciso batalhar.
Depois do nosso almoço, nos sentamos na sala com a panela do brigadeiro e elas resolveram dividir comigo. Assistimos um filme juntos, até a Dai chegar, eu tinha uma reunião na central e a Marina voltaria pro estúdio e depois de nos despedirmos, seguimos nossos caminhos.
Nos encontramos a noite, na hora da janta e depois de fazer a Laura dormir, subimos pro nosso quarto e conectamos a Netflix.
-bora assistir a trilogia de cinquenta tons-me jogo na cama só de cueca e com o controle da Tevê na mão
-nem pensar-ela sai do closet em uma camisola preta, toda transparente
-ah, vamos assim sim-procuro o filme
-ursinho-ela resmunga com a voz dengosa
Marina não consegue assistir nenhum dos filmes comigo, pois quando começa uma cena de sexo, por menor que seja, ela já desisti do filme e me convida pra fazer mesmo.
-não quer transar comigo? Não estou pedindo isso, só vamos assistir-dou de ombros
-você joga sujo-ela revira os olhos-sabe que não resisto, mas ok, vamos assistir os filmes do início ao fim-ela diz duvidosa e eu dou risada já colocando o filme pra rodar
Marina se levanta e tranca a porta, já que a Laura é muito educada em tudo, mas não sabe bater na porta antes de entrar e esse seu ato já nos interrompeu por umas três vezes ou mais.
Ela se deita ao meu lado, porém um pouco afastada, desliga a luz e começa a prestar atenção.
A primeira cena de sexo chegou e eu permaneço vidrado na TV. Minha mulher não se move e também continua focada. A primeira cena se encerra e tenho vontade de bater palmas, pois é a primeira vez que passamos dessa cena, assistindo esse filme juntos.
Ao decorrer do filme, sinto a Marina se remexer na cama, ela não diz nada, mas também não para quieta.
Por mais incrível que pareça, o filme se encerra e eu olho pra ela chocada. Ela conseguiu assistir o filme todo sem me tocar.
-um já foi-ela suspira
Não digo nada, apenas coloco o segundo filme da trilogia pra rodar e permaneço na mesma maneira, prestando atenção. A primeira cena de sexo do filme começa e a Marina volta a se mexer na cama, a cena termina e sinto o olhar dela em mim, mas finjo não perceber. O filme continua e do nada ela começa a sentar mais perto, sem dizer nada.
Ela se aproxima o suficiente pra deitar a cabeça em meu braço. Afasto ela um pouco de mim, passo meu braço pelo seu corpo lhe abraçando e deito sua cabeça em meu peito.
A cena do filme não é nada excitante, não é nada de sexo, o olhar da Marina continua em mim e do nada sinto sua mão agarrar meu pau coberto pela cueca. Viro meu rosto pra ela e dou risada.
-você sempre vence, hoje não seria diferente-ela se estica e inicia um beijo
-quer que eu seja seu Grey?-agarro sua coxa com força
-sim, eu quero
-vai se arrepender de pedir isso-deito ela na cama e fico por cima já atacando seu corpo de todas as formas possíveis
...
Dormimos já se passava das cinco e precisávamos estar acordados às seis pra conseguirmos ficar prontos a tempo de sermos os primeiros no laboratório.
Foi um sacrifício acordar a Laura mais cedo do que o costume, porém conseguimos chegar na clínica a tempo de sermos os primeiros.
Laura como sempre fez um escândalo pra coletar o sangue, mas consegui acalma-la fazendo chantagem com o tablet que prometi.
Saímos da clínica e seguimos pra escola da Laura. Marina não acordou com bom humor, acho que por causa do sono e hoje sua paciência está zero.
Descemos juntos e segurando a mão da Laura. A maioria das crianças já tinham entrado, então não houve muito tumulto por causa da minha presença.
Ao chegarmos na porta da sala da Laura, ela se agarra na minha perna e esconde o rosto. Marina pede licença e chama a professora que se aproxima da gente.
-bom dia-Marina fala, mas sei que não é um bom dia pra ela
-nós viemos esclarecer o que aconteceu ontem, porque não foi bem o que vocês me disseram
-a mãe do Lucas está conversando com a diretora, eu estou indo lá também, podemos ir todos-a professora diz simpática demais e sinto a Marina apertar minha mão
-ok, mas vai deixar as crianças sozinhas?-pergunto preocupado
-não, uma das meninas está vindo pra ficar com eles-ela mal fecha boca e uma mulher para ao nosso lado, ela me olha assustada, mas não diz nada-ela chegou-aponta pra mulher
Ela dá algumas orientações a mulher e em seguida para ao nosso lado. Andamos lado a lado pelo corredor e paramos na porta da diretoria, de fora podíamos escutar uma mulher alterada lá dentro e pelo jeito falava da minha filha.
-ela foi violenta, machucou o meu filho, ou ela é expulsa dessa escola ou eu tiro o meu filho-ela dá um ultimato
A professora nos olha assustada e dá um sorriso tentando disfarçar o clima pesado, ela bate na porta e escutamos uma voz diferente dizendo que podia entrar.
-olá Márcia, eu estou com os pais da Laura, eles querem conversar sobre ontem
-que bom-a barraqueira diz alta
-vem cá Marina e Luan-chama a gente pra entrar também
Marina vai na frente com o sangue fervendo, ela entra e eu vou atrás. A mulher sentada com o menino no colo que estava com uma cara de brava, ao me ver fica surpresa.
Cumprimentamos a diretora e a Marina ignora a mulher, faço o mesmo, Marina se senta e coloca a Laura em seu colo, fico em pé atrás dela.
-ele é o seu pai?-escuto o menino perguntar pra Laura
-é sim
-que legal, eu sou fã dele
-eu também-Laura diz baixinho e dois riram
-ontem me ligaram dizendo que minha filha foi agressiva e indisciplinada, eu vim ouvi o que me contaram e prometi que ela seria repreendida e que isso nunca mais iria acontecer-Marina começa centrada como sempre-eu a repreendi e isso realmente não vai voltar a acontecer
-eu espero-a mulher volta a sua pose de durona
-mas tem uma coisa que aconteceu pra ela ter sido agressiva, conta filha-Marina pede pra Laura que se encolhe-pode falar
-eu tava na fila quietinha seguindo a prô quando o Lucas beliscou o meu braço..-ela é interrompida
-isso é mentira-a mulher diz alto
-ela tá falando, nem ousa interrompe-la de novo-Marina lança um olhar matador e a mulher cala a boca-continua filha
-ele me beliscou bem aqui-Laura aponta o lugar e a Marina ergue a camiseta dela e mostra o roxo que ficou-eu falei pra ele parar, mas ele não parou e continuou, ai ele colocou o pé na minha frente e eu cai no chão, todo mundo riu de mim e eu fiquei brava, por isso eu chutei ele-ela encerra
-isso aconteceu Lucas?-a diretora pergunta pro menino que concorda com a cabeça-fala pra gente Lucas
-ela tava brincando com o Hugo na sala, eu não gostei, ai eu belisquei ela e fiz ela cair, mas eu não queria machucar ela, foi sem querer
-você fez isso filho?-a mulher começa a conversar com o filho e ele confirma pra ela o que fez com a minha filha
-o que falamos que você ia fazer quando a gente conversasse com eles?-Marina pergunta baixinho
-pedir desculpa-ela responde
-então peça
-Lucas-Laura diz alto e todo mundo fica prestando atenção-você é meu amigo e eu gosto muito de você, eu não queria te machucar, mas você me deixou muito triste-ela diz como se fosse gente grande-me desculpa por machucar você-ela faz carinha de choro e eu passo a mão em seu cabelo
-eu também não queria te machucar de verdade, eu só tava bravo, me desculpa por machucar você-o menino diz olhando pra ela e eu não gosto disso, não gosto do jeito que ele olha e fala com ela, ele parece gostar da minha filha
-bom é isso, eu só espero que se houver uma próxima vez, que primeiro vocês tentem saber o que realmente aconteceu e depois me ligar, porque ir acusando minha filha de ter agido assim do nada, não foi legal. Sei que nada justifica a violência e a Laura também sabe, mas antes de jogar toda a culpa em uma criança só especulem.-depois de falar ela se vira pra mãe do menino esperando uma desculpa
-prometo que se houver uma próxima vez eu mesma vou averiguar a história antes de ligar e falar qualquer coisa-Márcia a diretora, promete e a Marina sorri como resposta
-lamentável tudo isso que aconteceu, quando me ligaram e disseram o que aconteceu, eu fiquei preocupada com meu filho-a mãe do menino diz-achei que tivesse sido realmente uma criança agressiva, mas agora vejo que não é. Me desculpem pelo transtorno
-ok, muito obrigada Márcia por nos deixar esclarecer-agradeço
-se á duas versões pra uma história, eu tenho que ouvir as duas e estejam sempre a vontade pra vim conversar, pra ver como anda o ensino da Laura, fiquem a vontade-ela nos dá liberdade
-obrigada mesmo-Marina agradece e se levanta
Pego a Laura no colo e sou o primeiro a sair da sala, ela me abraça pelo pescoço e deita a cabeça no meu ombro.
-quer ir pra casa e dormir a manhã inteira com o papai?-pergunto pra ela sem a Marina escutar
-eu posso faltar?-seus olhinhos brilham
-quer?
-eu quero, tô com sono-ela mal termina a frase e boceja
-vou falar com a sua mãe, pera aí
Marina se despede de todos e se aproxima da gente.
-agora você vai estudar filha
-deixa ela ir pra casa hoje-eu peço um pouco dengoso-a gente vai dormir a manhã inteira e a tarde a gente vai brincar na piscina.-Marina está pronta pra negar-por favor sereia, amanhã já tenho que ir viajar
-é mamãe, deixa, é só hoje, amanhã eu venho estudar-Laura diz olhando pra ela
-dá vontade de morder vocês dois quando fazem essa carinha-ela aponta pro nosso rosto
-tudo bem, vamos pra casa
-vamos?-pergunto interessado
-acho que não tenho muita coisa pra fazer no estúdio hoje, posso tirar uma folguinha pra gente ficar junto-ela dá de ombros
-então vamos
-vou avisar a professora-ela sai de perto e eu e a Laura comemoramos
Marina volta e assim seguimos pro carro. Paramos em um mercado e ela desceu pra comprar sorvete e calda de chocolate.
-comprou só o sorvete?-pergunto vendo que a Marina está cheia de sacola
-não, comprei umas frutas e chocolate pra gente fazer fundue mais tarde e comprei umas coisas pra eu fazer uma jantinha especial
-gostei disso-sorrio pra ela e saío do estacionamento
Assim que chegamos em casa, a Laura foi a primeira a descer do carro. Seguro a Marina pelo braço e ela me olha.
-o que foi?
-você é a mãe mais incrível do planeta-elogio e ela sorri de lado-nem parece que quando você descobriu a possibilidade de estar grávida, você ficou com medo de não ser uma boa mãe
-eu ainda tenho medo, mas eu tenho você-ela se estica e inicia um beijo mais intenso do que imaginei que seria
Tiro o meu cinto e puxo ela pro meu colo sem parar o beijo, Marina entra no clima e começa a levantar a minha camiseta. Aproveito e passo a mão em suas coxas subindo o seu vestido.
-ei-escuto alguém bater na janela e afasto minha boca da Marina sabendo de quem é aquela voz-que nojo-ela faz uma careta nos olhando-vem logo-ela chama
Marina mesmo sem querer, sai do meu colo e desce do carro levando sua bolsa e suas compras. Ela pega o celular e digita algo, mas não consigo levantar.
-vem papai-Laura chama, mas estou animado
-papai tá indo, tira essa roupa e coloca seu pijama de novo-falo e ela me olha-vai, o papai só vai falar com o tio Rober rapidinho e já sobe-dou uma desculpa
-tá bom, fala que tô com saudade-ela pede e entra em casa novamente
Marina desaparece e fico cinco minutos sozinho. Em seguida pego meu celular e desço do carro. Entro em casa e dou de cara com a Laura sentada no sofá.
-cadê sua mãe?-pergunto
-subiu, eu tava te esperando-ela dá de ombros e eu não consigo controlar um sorriso, ela parece gente grande
Me aproximo dela e pego ela no colo, ela ri, mas não reclama. Chegando no meu quarto, e a Marina já está deitada.
-tá com sono mesmo?-jogo a Laura na cama
-tô-Marina boceja e puxa a Laura pra deitar ao lado dela
Entro no closet e troco minha roupa por uma cueca samba canção e uma camiseta. Volto pro quarto, fecho a cortina do quarto e tudo fica escuro, me jogo na cama do outro lado da minha filha e ela senta na cama.
-boa noite mamãe, boa noite papai-Laura diz e começa a descer da cama
-onde vai?-pergunto e ela me olha
-pro meu quarto-fala como se fosse óbvio
-pode dormir aqui, só agora em-puxo ela de volta
Temos uma regra aqui, Laura tem o seu quarto e tem que dormir lá quando estamos todos em casa, ela não é de desobedecer as poucas regras que temos em casa e hoje não seria diferente.
-posso mesmo?-ela se aconchega no nosso meio e eu fecho os olhos
-pode-Marina murmura
Fico alguns minutos de olhos fechados quase dormindo, mas antes de finalmente dormir, abro os olhos e vejo as duas dormindo de boca aberto, sorrio e volto a fechar os olhos, agora sim relaxo o meu corpo e adormeço sem nem perceber.
___________________
Oii pessoas, estão bem?
Ana Carla comentou no capítulo passado que eu poderia ter falado mais da Laura, ter explorado mais ela e eu concordo, até queria, mas já estamos no capítulo 300 e me pareceu que a fic estava ficando muito sem graça, mas não se passaram tantos anos assim e agora com os acontecimentos, vai ter bastante coisa sobre Laura, espero que gostem! 🙏
Tem nada de "que a fic estava ficando muito sem graça" ELA TA ÓTIMAAAAAA!! Nesses 300 capitulos, eu não vi e nem achei nenhum sem graça, como vc falou ali em cima! ;) Acredite, sua fic é uma das MELHORES que eu ja li.. E falando em Laura, ela é amor de criança. apaixonadaaa real <3 E oq q ta acontecendo com Marina..? Luan falando q ela ta meio assim, sei la oO
ResponderExcluirContinuaaaaaaa q eu to amaaaaando!
Deve vim mais um Baby por aí.
ResponderExcluir