Capítulo 260 - Acerto de contas

Luan

Depois de ver o Jeferson com uma loira a tira colo. Direciono meu olhar pra Marina que está com os olhos focados no casal. Não consigo entender ou decifrar o que está passando na cabeça dela, o que ela está sentindo. Ver noticiais dele com outras mulheres é totalmente diferente de ver pessoalmente.

Ela desvia o olhar pra mim e sorri sem graça. Acho que ela se abalou ao ver o Jeferson tão íntimo de alguém.

Me aproximo dela que abraça minha cintura e se estica beijando meu pescoço.

-lembra quando encontramos a Alicia? Você sentiu algo?-ela pergunta
-você sabe que não-sou sincero-eu te contei aquele dia que não senti nada, além de surpresa por ver ela no Brasil
-eu também não senti nada agora, é a mesma coisa
-tem certeza?-seguro seu rosto entre minhas mãos
-absoluta-sorri agora verdadeiramente-só fiquei um pouco constrangida, porque depois que eu me separei dele meus pais nunca mais o viu e agora meus pais estão aqui e ele está aqui, é estranho-faz uma careta
-acho que seus pais nem perceberam, fala pra eles pra acabar logo com isso-aliso sua bochecha
-tá bom-me dá um selinho rápido

Nos sentamos na mesa e meus sogros sentaram de costas pro ex genro.

-mãe, pai-ela chama a atenção deles enquanto eu olho o cardápio
-que foi?-meu sogro pergunta rindo de alguma coisa que meu pai acabará de falar pra ele
-o Jeferson está aqui-fala baixo, todo mundo na mesa fica em silêncio e direcionam o olhar pra mim, menos o meu sogro
-o seu Jeferson?-pergunta abismado-quer dizer-me olha-o seu ex Jeferson?
-sim-ela abaixa a cabeça
-onde Marina?-Vera pergunta
-bem ali-aponta discretamente para atrás deles

Todo mundo olha e o clima fica pesado, era pra ser um almoço legal em família e amigos, mas mudou totalmente o clima.

Meu sogro se levanta e eu deixo o cardápio na mesa.

-onde vai?-pergunto interessado
-vou ali bater um papo-diz raivoso
-vai com ele Cirilo-peço proteção pra ele

Negão se levanta também e segue com ele até a mesa. A cara de surpresa do Jeferson foi impagável.

Marina fica toda nervosa e agarra meu braço.

A mulher com o Jeferson sai e vai em direção ao banheiro. Meu sogro senta de frente com ele e o Well fica em pé do lado.

Um homem sentado em uma das mesas próxima, também se aproxima da mesa e fica em pé do lado do Well, que olha pro cara com a maior cara feia do mundo.

-aquele é segurança do Jeferson-Marina diz um pouco preocupada

Meu sogro não parece amigável, ele começa a aumentar a voz e eu começo a ficar preocupado.

-ele não pode se estressar-Marina me olha quase que implorando pra que eu vá até lá
-não se preocupa-me afasto dela

Me levanto e sigo até a mesa do Jeferson. O mesmo ao me ver fecha a cara e se levanta.

-não vim pra sair na mão contigo de novo, vim só buscar meu sogro-encho a boca pra falar meu sogro
-tô conversando-o Cido briga comigo por interromper
-eu tô vendo, mas também tô vendo você nervoso e você não pode se estressar, ou quer voltar pro hospital?
-não quero voltar pra lugar nenhum-revira os olhos
-hospital?-Jeferson pergunta preocupado
-problema no coração-responde como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo
-mas você tá bem?-se aproxima dele e fica olhando
-mais ou menos, estou me tratando aqui em São Paulo, fazendo fisioterapia pras mãos, eu perdi a firmeza e não tô podendo operar, por isso tô aqui
-por que não me disse? Eu poderia arrumar o melhor fisioterapeuta pra você
-o Luan já fez isso, não precisamos mais de você pra nada, todas as promessas que fez você nunca cumpriu nenhuma, não tenho o porque querer a sua ajuda-se levanta e me abraça de lado-isso é um genro de ouro, obrigada por fazer a merda que fez, você trouxe ele pra vida da Marina e agora eu sei que ele não vai sair-encerra a conversa

Dou um tapinha de leve nas suas costas e me afasto. Saío na frente e meu sogro me segue por dois segundos, ele logo para.

-eu esqueci uma coisa-fala pensativo

Ele dá meia volta e se aproxima do Jeferson. Continuo parado o esperando, até que meu sogro acerta o rosto do Jeferson com um soco. O segurança dele vem com tudo pra cima do Cido, mas o Well é mais rápido e entra na frente.

-isso é pelo enfeite que colocou na cabeça dela, eu deveria dar mais, porém minha mão ainda não tá 100%

Ele finalmente volta a se aproximar de mim e sai andando em direção a nossa mesa enquanto eu permaneço estático.

-por que fez isso?-escuto a Marina brigar com ele

Me aproximo também e sento ao lado dela.

-porque ele mereceu, acha que ele ia enfeitar sua cabeça e ia ficar por isso mesmo?-meu sogro parece mais relaxado-se fazer algo parecido eu juro que vai ser pior-ele me ameaça e eu olho pra ele assustado-é bom ficar assustado mesmo, não estou brincando-avisa
-jamais farei isso, você tem uma mão direita muito boa-faço graça pra quebrar aquele clima
-a esquerda também é maravilhosa-me mostra e todo mundo dá risada-já saiu na mão com ele?
-já, no ano novo, ele chegou no meu camarim já socando a minha cara, quando me toquei eu já estava revidando e socando a cara dele também
-por quê?-minha mãe pergunta surpresa, ela não sabia disso
-eu conheci a Marina em um corredor de hotel, ela tinha acabado de descobrir o que o Jeferson vinha fazendo com ela, pra que ele não alcançasse ela, Marina me agarrou e me beijou, o Jeferson me viu com ela, mas não conseguiu ver que era ela, porque sou grande, ela baixinha, minhas mãos em seu rosto tamparam ela. Em uma entrevista eu contei como eu a conheci, ele viu essa entrevista e se lembrou que me viu beijando alguém no corredor aquele dia, ele se achou no direito de cobrar da Marina aquele beijo sem significado algum, ele me acertou e eu claro revidei em dobro-conto
-aquele dia foi louco-Mario chama a atenção pra ele
-você tava lá?-minha sogra pergunta
-sim, eu ajudei a separar a briga-diz todo orgulhoso e eu dou risada
-ele se aproveitou do momento pra me abraçar e ficar me encoxando-faço graça
-você é gostoso, mas nem tanto assim-ele responde com desdém
-ei, não fala do meu noivo-Marina fala séria e logo em seguida cai na risada também

Jeferson saiu minutos depois e aí sim conseguimos curtir o nosso almoço com toda paz do mundo.

Assim que terminamos o nosso almoço voltamos todos pra nossa casa.

-piscina-Marina sobe as escadas com a Laura
-vai fazer churrasco?-meu pai pergunta
-tem carne de ontem ainda
-será que dá? Lá em casa tem bastante, chegou essa semana
-vai lá buscar um pedaço então-peço
-tá bom, já volto-dá um beijo na minha mãe e sai
-vocês não trabalham não?-me sento no sofá entre o Mario e a Hellen
-Marina me deu folga ontem e hoje-Mario responde
-onde eu trabalho é na minha loja, então me dei folga-Hellen desdenha
-tá bom empreendedora
-LUAN-meu sogro me grita
-depois daquele soco no Jeferson eu tô com medo dele-sussurro pros dois que dão risada do meu medo
-então vai logo-Mario me empurra e eu me levanto do sofá

(...)



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Oii pessoas turo bom?