domingo, 7 de janeiro de 2018

Capítulo 311 - Chá Revelação

Luan

Ali estávamos nós dois ansiosos pra contar a todos sobre o sexo do novo bebê, mas não podíamos, eles nos torturaram da outra vez e essa é a hora da vingança.

-acabei de chegar de uma ultrassom e adivinhem, já sei o sexo do bebê que tô esperando-Marina grava um áudio e manda no grupo das nossas famílias e amigos

As mensagens começam a surgir, todos estão desesperados para saber. Bruna e Mario que não tem muito o que fazer começam a zoar a Hellen e o Testa, dizendo que eles são padrinhos muito fracos, que se fosse eles tinham ido na ultra e não tinha deixado a gente saber antes de todos.

Ficamos alguns minutos ali só conversando no grupo. Testa fica puto por eu não ter avisado sobre a ultrassom, mas eu realmente não estava afim de ter alguém tirando a nossa alegria.

A porta da frente abre e a Laura corre até mim, mesmo ela estando toda suada, aperto ela em um abraço.

-eu tava com saudade-ela diz sem me soltar
-eu também tava com saudade minha princesa, como você tá grande-afasto ela de mim e olho ela por completo
-eu cresci um montão
-eu tô vendo mesmo, tá comendo direitinho?
-tô sim, num é mamãe?-ela joga pra Marina que concorda sorrindo
-sim, tá comendo direitinho e tá comendo melhor que eu, porque eu tô só comendo coisa gostosa que no caso não é bom pra saúde
-que bom que tá comendo bem, temos uma novidade pra contar
-o que que é?-ela pergunta animada e a Marina foca toda a sua atenção na nossa conversa sabendo sobre o que vou falar
-hoje eu e a mamãe fomos ver o nosso bebê-conto e vejo a animação dela passar-a gente descobriu se vai ser menino ou menina, você quer que seja o que?-pergunto como quem não quer nada
-nenhum e eu não quero saber desse bebê-ela diz implicante e a Marina encosta a cabeça no encosto do sofá
-filha, não fala assim-tento conversar
-posso tomar banho?-ela desce do meu colo
-daqui a pouco vamos pro aniversário da Malu, você quer ir?-Marina muda o assunto da conversa e a Laura volta a sorrir
-eba, festa-comemora
-então vai lá e toma seu banho, já eu subo pra ver se tá lavada certinha
-tá bom, mas você sabe que eu sempre tomo banho certinho
-eu sei neguinha, mas agora vai-dá um tapa na bunda dela
-ás poucos ela se acostuma com o bebê, hoje ela me perguntou sobre ele, quanto tempo ia demorar pra ele chegar-Daiane entrega minha filha e vejo a Marina sorrir de lado
-nos ajuda com isso-ela pede e vejo a Dai sorrir concordando
-é normal esse ciúmes dela, vocês nunca conversaram sobre como é ter outro bebê, e ela convive com muita criança que não tem irmão, então a realidade que ela está vai ser muito diferente quando o beber nascer e ela tem medo desse desconhecido
-você entende tanto ela-Marina diz com os olhos marejados
-são seis anos juntas e temos bastante tempo e liberdade pra sentar e conversar sobre qualquer coisa, vocês também podem fazer isso
-como?
-quando puderem ficar com ela assim sem nada pra fazer, proponha filmes onde explore bastante como é ter irmãos, em como é bom ter um amigo pra esconder as coisinhas dos pais, vocês vão ver, logo ela vai ver o desconhecido é bom e que ela vai gostar
-obrigada Dai-agradeço-obrigada mesmo, você é literalmente um anjo nas nossas vidas
-digo o mesmo-Marina se levanta e a abraça
-de nada, eu sei que não será fácil, é difícil, mas não é impossível, nunca é-ela sorri
-pode tirar o dia livre tá-Marina a dispensa e ela assenti
-vou deixar a mochila dela aqui-coloca em cima do sofá, se despede e sai

Fico alguns segundos pensando sobre o que ela disse e óbvio que ela tem toda razão, não vai ser fácil, mas não é impossível.

-difícil-jogo o peso do meu corpo pra trás e a Marina senta no meu colo-vai ser difícil
-mas como ela disse, não é impossível
-é, não é-seguro sua cintura e ficamos alguns minutos em silêncio, até ela mudar o assunto
-será que conseguimos organizar o chá revelação pra amanhã ou pra depois de amanhã? Tô louca pra contar-ela tomba a cabeça de lado toda linda
-vou ligar pro Mario e pra Bruna pedindo os contatos do outro chá e você com o seu poder de persuasão liga e organiza tudo-falo com ela e ela sorri, pelo jeito tive uma boa ideia
-tá bom-ela beija meu pescoço-não sei se percebeu, mas estamos sozinhos-ela levanta minha camiseta e arranha minha barriga
-eu percebi-grudo em seu cabelo e faço ela me olhar-o que tá querendo Sereia?-aproximo nossas bocas
-namorar-ela diz toda romântica
-namorar ou foder?-pergunto e vejo ela ficar vermelha
-ursinho..-começa a tirar minha camiseta e eu ajudo-qualquer um dos dois com você é muito bom-beija minha bochecha e começa a alisar meu rosto com a ponta do nariz
-eu tô ficando animado-pego a mão dela que estava em meu peito e desço até meu membro

Peço pra Marina apertar meu pênis e assim ela faz, ajudo ela a iniciar um movimento em mim e quando tiro minha mão de cima da sua, ela não para, continua a movimentar.

Volto a puxar seu cabelo pra trás e faço novamente ela me encarar. Desço minha mão livre até a barra do seu vestido e procuro pelo seu shortinho, quando encontro, faço questão de colocar a minha mão dentro do short e começo uma carícia em sua intimidade por cima da calcinha.

-você não perde tempo né?-ela solta em um resmungo
-isso nunca-afasto sua calcinha e toco seu clitóris sem nada pra me impedir

Puxo ela pra um beijo e a mesma corresponde com muita luxúria. Marina parece se cansar de me tocar apenas pelo pano da calça e abre o botão e a minha braguilha, logo sinto sua mão dentro da minha cueca, encostar em meu pau, quente e pronto pra ela.

-MAMÃE TERMINEI-escutamos a Laura gritando e nos afastamos parando com tudo
-JÁ VOU-Marina grita de volta e eu retiro meus dedos dela
-isso é sério?-olho pra sua mão no meu membro
-amor, desculpa-ela tira sua mão de mim
-não, não, fala que é brincadeira e que vamos terminar o que começamos-seguro seu rosto entre as mãos
-toma um banho, prometo que mais tarde te recompenso
-Sereia-faço manha, enquanto ela me olha nos olhos
-mais tarde eu te dou o melhor boquete da sua vida e muitas coisas mais, mas não vai dar pra terminar agora-ela se levanta
-MAMÃE-Laura continua a gritar

Marina toda constrangida arruma a roupa e sai do meu campo de visão. Olho pro meu amigo totalmente acordado e não acredito que fiquei na mão.

Guardo meu membro dentro da cueca e subo sem camisa e de calça aberta, entro no meu quarto e tranco a porta do banheiro, se a Marina tentar entrar ela não vai conseguir e vai ter que ficar na mão como eu.

Tomo meu banho tentando brochar sem precisar bater uma e consigo. Saío do banheiro depois de alguns minutos, enrolado em uma toalha e encontro a Marina sentada na cama de frente pra porta.

-eu tentei entrar e pelo menos te fazer gozar, mas você trancou-dá de ombros
-vai pro banho amor-entro no closet

Em cima do Puff ali, já tem uma roupa separada pra eu vestir e é exatamente o que faço. Depois de passar desodorante e perfume, saío do closet com o topete arrumado.

Marina continua no banho, até penso em espera-la, mas depois de bater umas fotos no espelho, desço e encontro Laura sentada no sofá jogando joguinho no tablet. Antes de me aproximar dela, mando mensagem pra Bruna pedindo os números e ela começa a me infernizar pra falar o sexo, mas ignoro e reforço o meu pedido, ela logo me manda tudo e eu sorrio me sentando ao lado da minha filha.

-ual, como você tá linda-elogio e ela me olha sorrindo
-você também está lindo papai, aposto que foi a mamãe que escolheu sua roupa
-foi mesmo-dou de ombros rindo e ela me acompanha
-a minha também-ela continua me olhando
-que foi?
-desculpa por dizer que não queria saber do bebê-ela diz com a voz baixinha
-tudo bem filha, não vamos te pressionar a gostar desse bebê, mas a gente só queria dividir as coisas contigo. Deus mandou esse bebê pra gente, sem a gente saber, mas se é um presente dEle nós aceitamos com amor e sabemos que um dia você vai se acostumar com a ideia de ter alguém pra brincar de piscina com você, alguém pra dividir segredos que a mamãe nem o papai pode saber, alguém pra dormir com você quando a mamãe vai ver o papai e te deixa com a Dai e a Malu, eu sei que um dia você vai se acostumar e vai ficar tão feliz quanto eu e a mamãe
-eu te amo papai-ela deixa o tablet de lado e senta no meu colo me abraçando
-eu também amo você e desculpa o papai por ficar insistindo sobre esse assunto com você-beijo o topo da sua cabeça e em seguida sua testa-mas fala pro papai, como tá indo as aulas de dança?
-tá muito legal, hoje eu dancei aquela sua música do cachorro
-Cê topa?-pergunto surpreso
-essa mesmo
-então dança, quero ver como é essas danças aí-pego meu celular e coloco a música

Ela mesmo rindo desce do meu colo e eu solto o som, ela começa a dançar toda inocente e eu tenho vontade de morde-la.

-que coisa linda-escuto a voz da Marina atrás de mim-aprendeu na aula de dança?-ela pergunta e se aproxima, assim que eu a vejo, não consigo tirar meus olhos dela

Fico encantado com a sua boca apenas com um brilho, mas na cor natural, seu cabelo um tanto enrolado também natural, seu vestido mesmo um pouco curto desenhando as suas curvas, as curvas que eu tanto amo, sua barriguinha redondinha que só e o umbigo meio estufado pra fora. Nos pés um salto da cor de sua pele, bem baixo, ela estava simples e linda, se é que é possível, ela estava mais linda do que já é quando acorda toda descabelada.

-papai-Laura grita comigo e volto a olhar pra ela
-oi filha, desculpa, me distrair
-eu perguntei se você deixa eu dançar no seu show
-claro que deixo, vai viajar com o papai?
-vamos mamãe?-ela pergunta pra Marina que nos encara com um sorriso bobo
-vou olhar minha agenda, se não tiver nada viajamos esse final de semana, mas não prometo, primeiro tenho que olhar a minha agenda
-eba-Laura comemora e eu pego ela no colo lhe apertando
-vamos?-Marina chama e eu levanto com a minha filha no colo
-eu peguei os números com a Pi, tão no meu celular, toma-entrego pra ela
-número de que?-minha filha pergunta curiosa
-vamos fazer uma festinha pra contar pras pessoas o sexo do bebê que estamos esperando, fizemos uma quando estávamos esperando você também-Marina fala com cautela
-como vai ser?-ela pergunta curiosa e andamos até a garagem depois de trancar a casa
-no seu nós estouramos um balão e caiu um pózinho rosa o que revelou que era uma menina, o do bebê de agora, ainda não sei, tem alguma ideia?-Marina aproveita que até agora ela não correu do assunto e da corda

Coloco minha filha no banco de trás e entramos também esperando ela falar, coisa que não demora.

-homem também usa rosa e mulher também usa azul-ela diz como quem não quer nada
-eu sei amor, mas é uma forma que encontramos de dizer se é homem ou mulher
-podia ser igual o meu, mas diferente-ela diz parecendo ter uma ideia
-como?-Marina pergunta curiosa
-sabe aquela festinha que eu fui na escola, que tinha que ir de branco e eu voltei toda pintada?-ela diz e vejo minha mulher arregalar os olhos, pelo jeito entendeu a ideia
-ela tá sugerindo fazer uma festa Holi-Marina me olha
-o que é isso?-Laura pergunta
-desde quando ela foi em festa assim?
-não foi uma festa assim, foi na escola, eles estavam aprendendo as cores, a professora fez uma festa e eles deveriam ir de branco, lá eu não sei o que aconteceu porque era só pra alunos, mas eles voltaram todos pintados de todas as cores possíveis
-eu gostei da ideia-exponho minha opinião e a Marina sorri
-eu também gostei da ideia-ela diz alto e pelo espelhinho vejo minha filha sorrir convencida-vai me ajudar arrumar tudo?-Marina vira pra encara-lá
-ah não-Laura volta a ser durona
-por favorzinho, sem você não vai dar certo-Marina junta as mãozinhas e minha filha suspira
-tá bom-ela acaba concordando e a Marina comemora

Fomos o resto do caminho conversando enquanto a Marina falava por whats e facetime com os colaboradores do chá revelação da outra vez.

Quando chegamos na rua da Malu, Marina já tinha convencido todo mundo a arrumar tudo de última hora, fez até o Mario ajeitar tudo para o Holi, Marina já tinha inclusive enviado convites para nossos amigos e família pelo celular dela e pelo meu.

-avisa a Malu que chegamos, vai que um estranho atende a porta e vai ficar chocado-falo com a Marina e ela volta a pegar o celular
-Malu-ela diz depois de poucos segundos esperando-tamo aqui na sua rua estacionados-fica em silêncio, mas por pouco tempo-tá bom, tô esperando-ela encerra a chamada
-ela vai abrir a porta pra gente?-pergunto me soltando do cinto e faço o mesmo com a Laura
-ela disse que tá..-antes dela terminar vejo a Malu aparecer na porta-ali, vamos?-ela desce na frente e tira a Laura

Desço também e nos aproximamos dela que rapidamente nos coloca pra dentro. A casa dela não é nada luxuosa, mas de longe sentimos que o que prevalece aqui é o amor.

-que vergonha chegar aqui sem presente-Marina diz depois de abraçar ela
-vocês já me deram o bolo, docinhos, as carnes pro churrasco e ainda me deram um carro de presente que até agora não tô acreditando e tão mesmo com vergonha de chegar sem presente?
-Malu, são quase dez anos juntas, para de graça-Marina abraça ela bem apertado-eu nunca te dei nada de tanto valor e você sempre mereceu
-isso mesmo, para de graça Malu-Laura diz toda amorosa e abraça as pernas dela
-tô tão feliz que estão aqui-ela diz emocionada-mas agora venham, ninguém vai acreditar que vocês realmente estão aqui-Malu se desfaz dos abraços e pega a Laura no colo

Seguimos ela até o lado de fora e foi uma festa só ao nos verem. Realmente não tinha tantas pessoas ali, mas tinha o suficiente pra gente ficar parados por quase meia hora, só tirando foto e gravando vídeo pra alguém.

Logo se acostumaram com a nossa presença e nos sentamos em uma das mesas arrumadas bonitinhas ali. Malu logo apareceu com cerveja pra mim, refrigerante pra Laura e suco pra Marina.

-por que suco? É só um dia bebendo refri-ela juntou as mãozinhas implorando pra Malu tirar ela dessa
-Marina, Marina
-se deixar eu te conto o sexo do bebê, hoje fomos ver-ela dá um sorriso e a Malu surpresa se senta com a gente
-fala logo
-vai deixar
-quando vai contar pra todo mundo?
-daqui dois dias, depois de amanhã
-eu consigo esperar, beba o suco-ela se levanta e sai, eu apenas dou risada
-para de rir amor-ela diz manhosa e eu beijo sua bochecha
-quero refri-Laura pega um copo na mão e estica pra Marina que faz um bico fofo-eu deixo você beber um pouco do meu escondido mamãe-ela diz bem baixinho e a Marina serve a nossa filha
-vou fingir que nem vi nada-dou risada das duas e a cumplicidade delas

Trouxeram carne assada pra gente, linguiça, tulipa e muito pão de alho, que é a paixão da Marina na gravidez.

Comemos entre nós e a Laura não tirava o olho de umas crianças brincando de pega pega ali no quintal, até que uma das meninas que estavam brincando veio chamar ela e ela nos olhou pedindo permissão.

-vai, só cuidado com as pessoas, nada de brigar e se ficar com sede ou com fome vem aqui ou pede pra Malu-Marina deu as recomendações
-tá bom-ela virou o resto de refrigerante e saiu correndo com a menina

A filha da Malu pediu permissão pra sentar com a gente e assim ela fez chamando o marido também. Acabamos nos envolvendo em um papo e quando eu percebi eu já estava ao lado da churrasqueira com os homens e a Marina com as mulheres fofocando coisas da vida.

Marina me deixou livre pra beber, brincar, dançar, cantar, tocar, tudo e foi o que eu fiz, me diverti à beça com os caras. Foi incrível conhecer pessoas que só são valor as amizades, ao amor, a família.

A Laura já dormia e já tínhamos buscado mais cerveja, pois havia acabado, bebi mais um pouco, até a Marina dizer que estava cansada com os pezinhos doendo. Me despedi de todos, marquei um churrasco na minha casa, pra quando eu voltasse do shows novamente e fomos embora.

Marina dirige enquanto batuca no volante a música que tá tocando no rádio, olho pra trás e a Laura continua dormindo profundamente.

Solto o meu cinto e me aproximo da minha donzela beijando seu pescoço descoberto, já que em determinada hora da festa, ela fez um coque no cabelo, por causa do calor.

-o que pensa que tá fazendo?-ela solta uma risadinha
-você sabe-subo até sua orelha e mordisco o lóbulo com todo cuidado
-você está bêbado
-tô bêbado, mas não tô morto
-tá sim-ela estica a mão e segura meu pau que ainda dormia
-poxa amor, é só fazer um carinho que ele acorda-coloco minha mão em sua coxa e começo a subir seu vestido
-quem vai acordar já já é a Laura, para com isso-ela tira minha mão e me afasta
-poxa-faço bico tentando convencê-la
-e tira esse bico que eu sei que é de mentira -ela avisa ainda rindo de mim e eu cruzo os braços

Chegamos em casa bem, abri a porta e fui descer, mas eu mal podia andar sozinho. Marina desce do carro e se aproxima, escorro meu braço esquerdo nela que me carrega pra dentro e me joga no sofá.

-vou pegar a Laura, depois eu te ajudo a subir, fica ai-ela avisa e eu apenas concordo fechando os olhos

Ela sai e eu permaneço ali, mas minhas pálpebras pesam e eu não consigo voltar a abri-las por um bom tempo.

-anda Luan, acorda-escuto ao longe e a dificuldade de abrir os olhos parecem ir passando, acho que eu havia dormido-vem, vamos subir-ela me ajuda a levantar
-você não pode fazer força-brigo com ela, mas quem está sem forças sou eu
-então colabora comigo e vem logo

Subimos contando os degraus da escada e quando finalmente chegamos no quarto, ela me joga na cama e eu mal consigo me mexer.

Marina se aproxima e tira meu tênis, tira a meia, se aproxima, tira minha camiseta e desce até minha calça.

-bem que você me prometeu um boquete maravilhoso e outras coisas mais-me recordo da sua promessa
-amor, nem se eu quisesse, hoje isso não sobe nem com ajuda-ela tira minha calça e joga na poltrona
-sobe sim-coloco a mão por dentro da minha cueca e começo a me massagear, mas nada do meu amigo acordar-tô cansadão amor-guardo meu membro e vejo ela sorrir vitoriosa-tô cansado e com muito sono e ele também tá, por isso ele não tá acordando-dou desculpa, não quero que a minha muié pense que eu sou brocha
-deita direito e vai dormir, vou tomar um banho-ela se aproxima e me dá um selinho
-me deixar ir junto-peço
-se você conseguir levantar e entrar no banheiro sem a minha ajuda-ela joga os braços pra cima

Tento levantar meu corpo, mas parece haver algo que me puxa pro colchão. Desisto de tentar levantar, apenas me arrasto na cama até deitar direito e depois disso não consigo lembrar de nada, apaguei literalmente e por ter sido um sono tão pesado, ouso a dizer que não tive sonhos ou pesadelos.

Acordo de uma escuridão tamanha e sinto meu estômago se revirar no mesmo momento, apenas consigo virar pro lado e colocar tudo o que eu comi e bebi ontem pra fora.

Percebo que tudo o que estou jogando pra fora não está se espalhando pelo chão e só ai enxergo um balde ali e seguro ele na mão pra não vomitar no chão.

-vejo que acordou ótimo-Marina sai do closet com um sorriso, mas não consigo parar de colocar minhas tripas pra fora-quando parar de vomitar vai pro banheiro, toma um banho bem gelado e volta pra cama, vou trazer remédio e um café bem forte tá?-ela diz feliz da vida
-te amo-digo quando meu estômago dá uma pausa, mas a pausa acaba rápido

Continuo ali e quando sinto que vomitei tudo o que eu tinha pra vomitar, coloco o balde no chão e ando pro banheiro. Coloco o chuveiro no mais frio que consigo e me enfio ali embaixo.

Parece que algum trator passou por cima de mim de tanta dor que estou sentindo.

Saío do banheiro enrolado em uma toalha e volto a deitar na cama, mas fico ali sozinho por pouco tempo, pois logo a Marina aparece e senta ao meu lado.

-tá muito ruim?-pergunta preocupada
-parece que fui atropelado por um trator, mas logo melhora
-você bebeu demais, fez a festa em-ela diz sorrindo
-tá sorrindo assim por quê?-pergunto a encarando
-fiquei feliz por te ver se divertindo sem se importar quem eram aquelas pessoas, você ainda os convidou pra um churrasco aqui
-você sabe que eu não ligo pra esses trem de dinheiro
-eu sei, mas ver você mostrar isso pra outras pessoas me deixa feliz-ela dá de ombros-liguei pra Malu pra dizer pra ela não vim hoje e ela disse que não sobrou nenhuma cerveja das que vocês foram buscar depois
-eita pega-fico surpreso-eu realmente eu me diverti, até dancei funk até o chão-falo me lembrando e ela solta uma gargalhada
-eu te gravei dançando e postei stories pras pessoas verem, eu tinha que dividir aquela cena
-depois eu quero ver-estico a mão e aliso seu rosto
-a Laura perguntou o que vai ser o bebê, se é menino ou menina-seu sorriso fica ainda mais lindo
-do nada?-me sento na cama e olho o remédio e o café que ela trouxe para mim
-sim, estávamos tomando café e ela perguntou, fingi que não foi nada demais e me controlei, mas quando ela subiu pra escovar os dentes eu só faltei chorar
-cadê ela?
-depois que ela chegou do colégio ela foi pra casa dos seus pais, pois segundo o meu sogro, eles moram perto, mas veem a Laura menos que os meus pais
-que dramático-dou risada, mas minha cabeça dói
-toma o remédio-me entrega o remédio e um copo de água e eu tomo logo
-podia ter deixado a Laura faltar hoje
-ela dormiu a noite toda, não estava cansada e amanhã ela já não vai, então preferi mandar ela
-por que ela não vai?
-porque amanhã temos um chá revelação e segundo ela, como a ideia é dela, ela tem que ajudar a arrumar tudo e eu jamais negaria, é a primeira vez que ela se envolve em algo pra esse bebê
-ela vai demorar a voltar?-pego o café e quase cuspo de volta ao dar um gole-que coisa horrível é essa?
-é um café pra bêbado, fiz especialmente pra você, é forte pra te deixar bom
-não quero-fiz careta
-bebe logo e não, a Laura não vai demorar, ela já está vindo, já se passa das quatro amor-me assusto com o horário
-sério?
-sim
-não foi pro estúdio hoje?
-eu não quis te deixar sozinha e como essa semana minha agenda tá bem tranquila, decidi que na segunda eu volto
-e esse resto de semana?-pergunto como quem não quer nada e bebo tudo o café ruim dela
-vamos curtir nossa filha hoje e amanhã, na sexta a gente viaja contigo e segunda de manhã a gente vem pra casa
-jura?-sinto meus olhos brilhando
-sim-sorri de lado e fica me encarando
-tô com vontade de brigar com você por qualquer coisa só pra poder fazer as pazes-confesso e ela sorri
-eu poderia fingir que estou brava porque você encheu a cara, mas aí não daria tempo pra fazer as pazes, pois a Laura realmente já está vindo
-poxa-fiz bico-mas tudo bem, tive uma ideia aqui pro nosso dia-me aproximo dela
-ideia? Que ideia?
-vamos fazer o que a Dai disse, vamos assistir um filme com a Laura-proponho e ela fica me olhando-nós dois temos uma irmã, nós tivemos a experiência de ter alguém pra dividir, podemos tentar conversar
-ótima ideia, a Dai até me mandou umas sugestões de filmes, mas antes que isso aconteça vamos descer, você almoça e faço pipoca
-tô com fome não-passo a mão na barriga e ela olha a toalha-te deixei na mão-coço a nuca sem jeito
-você até tentou, mas o Luan Jr também estava encachaçado e não conseguiu levantar-ela conta rindo
-ri não amor-me aproximo e ela recua
-escovou os dentes dentes?-pergunta e eu apenas assopro contra seu rosto e ela percebe que sim-que bom

Sua mão esquerda envolve em meu pescoço e ela segura meu maxilar aproximando nossas bocas. Tocamos nossos lábios em um selinho bastante demorado e antes mesmo dela pensar em aprofundar o selinho para um beijo, escuto a Laura na parte de baixo da casa gritando feito louca por nós.

-eu disse que ela tava chegando né?-me encara e eu apenas sorrio concordando
-mais tarde vou estar melhor e teremos bastante tempo a noite pra resolver as pendências de ontem-encaro seu rosto e ela esboça um sorriso safado
-que pendências?
-você me prometeu um boquete, e já dizia o grande filósofo Tirulipa, um copo de água e um boquete não se nega a ninguém-falo e recebo uns tapas-ai Sereia
-bom saber seu safado que não nega a ninguém-ela levanta brava
-calma amor, eu ia concluir o pensamento
-ia, ia sim-diz irônica e sai do quarto

Pego meu celular pra ver as mensagens e recados e desço as escadas atrás da Marina.

Encontro ela com a minha filha conversando sobre como foi divertido passar a tarde com os avós.

Cumprimento meu pai que veio trazê-la e ele logo se despede e sai. Entramos na cozinha e me sento, logo Marina aparece bicuda e coloca o prato na minha frente.

-oh amor não fica brava vai, já tô morto com esse biquinho, eu nunca nego boquete a ninguém, porque eu nunca dou liberdade para as pessoas me oferecerem, eu sou comprometido e quando o assunto é sexo eu só penso em você, não gosto nem de falar muito disso com outras pessoas-fico em silêncio e ela continua bicuda

Pego meus talheres e começo a comer, mesmo sem vontade. Marina some, mas logo volta e tira os talheres da minha mão, olho pra ela meio sem entender, mas ela me afasta da mesa e senta no meu colo.

-cadê a Laura?
-tá lá em cima, foi tomar banho-ela diz apressada e gruda na minha nuca

Antes que eu possa responder ela volta a juntar nossas bocas e dessa vez ela tem muita pressa, pois já inicia um beijo real. Subo minhas mãos pelas suas costas e puxo seu cabelo pra trás tomando o controle do beijo. Nossas línguas se encontram e brigam uma com a outra em uma batalha em que as duas vencem. Sugo seu lábio com vontade entre o beijo e ela joga a cabeça pra trás afastando nossos lábios.

-espero que esteja falando a verdade, se eu descubro que anda recebendo boquete por aí, eu mato você-ela diz com os olhinhos brilhando de lágrimas
-jamais amor, pode perguntar pra todo mundo, jamais, até quando brigamos eu nunca penso em trair você, não preciso disso
-tem certeza?
-tenho sim, toda certeza do mundo-aliso seu rosto e ela parece ter entendido que falo a verdade

Ela volta a se aproximar e segura meu maxilar, desce sua boca até meu pescoço e dá leves mordidas me deixando louco. Se ontem o Luan Jr não tinha forças pra levantar, hoje ele está novinho em folha e pronto pra ficar em pé pra ela.

Sua boca sobe pelo meu pescoço e chega em minha orelha, ela continua naquela tortura por um tempo e se afasta, fica me olhando nos olhos e volta a juntar nossas bocas em um selinho gostoso.

-preciso subir-ela diz sem afastar sua boca
-pra quê?-pergunto angustiado
-Laura foi tomar banho pra gente passar nosso tempo juntos e eu vou pegar uma roupa pra ela, como sempre
-que pena, eu ia te colocar na mesa e te fazer meu jantar-sussurro e ela bem baixinho solta um gemido
-eu iria adorar-ela dá um sorriso que puta merda-mas preciso mesmo subir, já já ela começa a me gritar igual ontem e você vai ficar na mão
-tudo bem-lhe dou um beijo rápido e levanto ela do meu colo
-depois que levei a Laura na escola eu voltei e dormi contigo, tive uma bela manhã e tarde de sono, acho que talvez mais tarde vou ter insônia e bastante tempo livre pra ocupar a cabeça-ela diz sugestiva
-pode deixar que vou te deixar bastante ocupada até seu sono chegar
-que bom-me encara e morde os lábios
-vai logo-peço suspirando
-tô indo-ela ri-e come tudo a comida-deixa avisado e sai do meu campo de visão

Almoço tudo mesmo sem vontade alguma, mas sei que se eu jogar fora ou não comer vai ser um motivo de briga com a Marina e se tem uma coisa que eu não quero agora é brigar, pois sei que ela vai me ignorar o resto do dia e eu tenho planos de só fazer as pazes.

Levo tudo o que sujei pra cozinha e vejo a pia limpinha. Lavo minha bagunça e depois de secar eu guardo tudo no seu devido lugar.

Marina volta com a Laura e as duas estão com pijamas de ursinhos, gosto do que vejo.

-vai ser uma festa do pijama meio sem planejar, mas sobe e veste o seu, deixei em cima da cama-Marina explica e eu só consigo sorrir bobo ao perceber que minha filha é a cópia da minha mulher-amor deixa de sorrir feito besta e vai-ela se aproxima e bate na minha bunda
-posso retribuir o tapa?-pergunto baixinho e ela nega-ta bom, tô subindo e já volto

Marina se vira e eu aproveito a deixa, dou lhe um tapa na bunda e saío correndo pela casa em direção as escadas.

Subo até o quarto e encontro um pijama igual ao das minhas meninas, de ursinho, porém o meu é pra homem.

Me visto e volto a descer as escada, na sala já tem muito travesseiros e almofadas, na mesinha de centro pipoca e alguns lanchinhos naturais e suco.

-vocês estão prontas crianças?-me jogo no chão entre as duas
-estamos-Laura comemora nos arrancando risos bobos

Marina dá play no filme e ali começamos um resto de tarde e uma noite pra lá de maravilhosa. Assistimos dois filmes, conversamos, contamos histórias, dançamos comemos e brincamos muito.

Mesmo com uma ressaca malvada eu me diverti muito e fiz a alegria das minhas meninas. Posso garantir que o dia de hoje foi um dos melhores da minha vida e está terminando pra lá de incrível.

-isso foi realmente bom-Marina sai de cima de mim e se joga ao meu lado toda suada
-porra Sereia, isso não foi bom não, isso foi ótimo-tento regular a minha respiração
-isso foi incrível-ela diz de olhos fechados e um sorriso bobo no rosto

Fico a observando e sinto que a noite ainda não terminou, que ainda tenho fogo pra mais uma rodada.

-tá cansada?-pergunto pra saber se posso avançar o sinal ou não
-tô não-ela abre os olhos e fica me olhando-por quê?
-fica de ladinho amor, de costas pra mim-peço e ela fica surpresa

Sua mão que até agora estava na barriga se aproxima de mim e primeiramente alisa meu peito, vai descendo até chegar em meu membro, assim que ela o sente duro novamente, o seu sorriso se torna safado e ela morde os lábios pra mostrar que gostou de saber daquilo.

-você está pronto de novo-ela diz me encarando
-sim, eu estou-confirmo e também abro um sorriso safado

Ela não tira a mão de mim, pelo contrário, ela começa a me masturbar novamente sem desviar os nossos olhares. Ela sabe o quanto eu amo quando ela me masturbar ou quando me chupa me olhando nos olhos. Ela toca minha glande com o dedão e solto um gemido baixo sem conseguir controlar.

Marina fica de lado, porém de frente pra mim. Minhas mãos que até então permaneceram quietas, se agitam e desço uma delas até a vagina da loira a minha frente. Ela apenas ergue uma perna me dando liberdade e assim que eu toco sua entrada sinto o quanto ela já está molhada e quente novamente.

-você está pronta de novo-digo ainda a encarando
-sim, eu estou-seu sorriso se torna ainda mais safado

Subo até seu clitóris procurando o seu ponto de maior prazer, e percebo ter achado ao ver a Marina levemente revirar os olhos e resmungar um palavrão.

Brinco com seu clitóris enquanto ela brinca com minha glande. Dois loucos de amor, quase chegando ao clímax.

-vira de ladinho-peço novamente-não é na sua mão que eu quero gozar e também não quero que goze na minha
-quer que eu goze onde?-ela tira a mão de mim e deixa sua mão por cima da minha me incentivando a acaricia-la mais
-no meu pau, bora sereia, vira-digo autoritário e ela ri da minha cara

Tiro minha mão dela e faço ela se virar e ficar de costas pra mim. Ergo sua perna um pouco, me posiciono em sua entrada e deslizo meu membro pra dentro dela.

-ui-ela suspira-essa posição é ótima, podemos fazer até os meus nove meses de gestação-ela diz sugestiva
-eu vou fazer até quando der, prometo-sussurro em seu ouvido e agarro seu seio com uma das minhas mãos, com a outra eu agarro seu cabelo
-Aaah-ela geme-oh meu Deus-ela clama

Acelero um pouco o meu ritmo de estocadas e ela passa a gemer um pouco mais alto. Quem visse até pensaria que essa mulher está fingindo, mas eu sinto o quanto sua vagina está contraindo no meu pau, sei que o tesão dela é real e quem está proporcionando sou eu, me garanto.

Deixo ela gemer o quanto ela quiser e aos poucos sou eu que não consigo controlar os gemidos e passo a gemer no ouvido dela.

-dona do meu pau-sussurro e sinto a mão dela pousar em minha coxa e arranhar fortemente minha pele
-eu tô com muito tesão-ela diz com a voz um pouco rouca
-eu tô sentindo você apertando meu pau cada vez mais
-você também está inchando-ela joga a cabeça pra trás me dando liberdade para beijar seu pescoço e mordiscar sua orelha
-é porque eu te amo, tô explodindo com tanto amor aqui dentro-tento ser romântico
-eu também te amo, por isso se continuar assim, vou gozar em menos de cinco minutos-ela avisa

Diminuo o ritmo das minhas estocadas e a Marina abre os olhos tentando me encarar. Ficamos assim por mais algum tempo, e ela aguentou quase dez minutos antes de ter seu orgasmo pela terceira vez na noite.

Ela começou a falar besteira, a contrair sua intimidade em mim, mesmo já tendo chegado lá e quem não se aguentou foi eu. Acabei gozando dentro dela.

-agora eu tô cansada-ela diz tentando regular a respiração
-eu também-faço o mesmo que ela

Ficamos em silêncio apenas voltando ao normal e depois de alguns minutos nos olhamos e começamos a rir da situação.

-deita aqui-estico o braço pra ela se aconchegar em mim
-vai acordar com o braço adormecido
-e eu ligo? Só quero dormir juntinho-puxo ela que deita a cabeça no meu braço e se aconchega em mim
-eu te amo e adorei saber que sou a dona do seu pau-ela diz e voltamos a rir
-você é mesmo, sempre foi desde quando começamos a ficar juntos, não é atoa que te esperei tanto
-esperar valeu a pena né?-ela pergunta sorrindo
-sim, valeu muito a pena, não me arrependo, quando fomos na viagem que você disse que queria, meu Deus, nunca fiquei tão nervoso na vida, fiquei com medo de fazer errado, ou de fazer de um jeito que você não fosse gostar
-você não parecia nervoso-ela me olha
-eu tinha que mostrar que eu estava de bem comigo mesmo e que eu sabia exatamente o que eu estava fazendo
-deu certo
-graças a Deus, hoje você é minha mulher e eu sou o cara mais feliz do mundo
-podiamos escrever um livro dessa nossa vida toda-ela diz dando risada acho que lembrando de como foi o nosso começo
-vamos escrever-falo sério e ela me olha como se eu fosse um doido-é sério amor, vamos escrever, escrevemos o começo de tudo e tudo o que vivemos até hoje e depois o que a gente for vivendo a gente vai escrevendo, as nossas conquistas, as nossas felicidades, as nossas brigas, as reconciliações
-o sexo que a gente faz também?-ela pergunta como quem não quer nada
-ah, não sei, acho que não, se escrevermos os hots, o livro sobe a maioridade de quem pode ler e eu quero que todo mundo leia, até às neguinhas que ainda vão entrar pra família LS
-e quando você pensa em lançar?
-isso depois a gente vê, talvez quando eu fizer 50 anos de idade, por aí
-e como vamos acabar esse livro?
-isso a gente vê lá pra frente, podemos inventar um final feliz
-ok, então
-topa?
-topo-dou de ombros
-eu escrevo sobre o meu olhar, sobre como as coisas são pra mim e você escreve sobre o seu, depois juntamos tudo, sua mãe é escritora, ela pode nos ajudar-sugiro
-tá bom, então quando você viajar vou começar a escrever em todo o meu tempo livre
-ok, eu te amo e vou escrever bastante isso-faço ela sorrir novamente
-eu também

Voltamos a ficar em silêncio e logo senti a respiração da Marina ficar pesada, assim que eu a olhei ela dormia profundamente. Fico ali velando seu sono, até o meu chegar e me levar, diferentemente da noite passada, hoje fui arrastado até a cidade dos sonhos, e ali eu tive o sonho mais lindo da vida, sonhei com o nosso final feliz e se tudo acabasse como sonhei, eu seria a pessoa mais feliz desse mundo todo.

-papai, mamãe-escuto bem baixinho e em seguida sinto um peso sobre mim

Abro os olhos um pouco cansado e encontro minha filha em cima de mim, sorrio pra ela e a aperto em um abraço, logo em seguida sinto uma cotovelada na minha barriga.

-ai-resmungo e me viro, encontro a Marina com os olhos arregalados e assustada-que foi muié?-pergunto

Ela não responde com palavras, ela aperta meu pau e só aí me lembro que estamos pelados.

-eita-tiro minha filha de cima de mim
-acorda papai, vamos descer, hoje tem festa, tem umas pessoas ai
-vai descendo filha-Marina diz e eu incentivo
-isso mesmo, vai descendo Laura, vamos escovar os dentes e já descemos pra tomar café e ver as pessoas que estão aí
-ah não, vou esperar aqui-ela tenta puxar o edredom pra deitar entre nós e eu seguro o mesmo com força-deixa eu deitar papai, eu vou ficar assistindo
-vai descendo filha, pede pra Malu fazer um bolo gostoso de chocolate com Nutella-Marina diz e vejo o sorriso da minha filha se abrir
-eba, tô indo-ela sai da cama e vai
-desculpa-peço por ter esquecido a porta aberta
-tá bom, agora eu vou tomar um banho-ela se levanta e eu fico encarando seu corpo
-vou junto-me levanto e ela para me olhando
-tranca a porta
-já tranquei-me aproximo da porta e tranco ela

Marina entra no banheiro sem me esperar e eu entro atrás, jamais iria perder essa oportunidade.

Tomamos um banho que foi bem mais que um banho e foi muito gostoso, muito gostoso mesmo.

Marina sai primeiro que eu e eu fico terminando meu banho, assim que termino saío enrolado em uma toalha e enxugando o cabelo com outra.

Encontro uma bermuda e uma cueca em cima da cama, visto e desço sem camisa e com o cabelo molhado mesmo. Encontro Marina escorada no balcão de costas pra mim e a Malu e a Laura do outro lado fazendo algo que não consegui ver.

Me aproximo e abraço a Marina por trás, ela vira o rosto e ao me ver volta a encarar a duplinha na nossa frente. Malu e Laura estão fazendo uma cobertura de chocolate no fogão e me parece ser brigadeiro.

-hum, quero comer isso-fico olhando aquela coisa gostosa
-o bolo tá no forno, mais tarde vocês comem, vão tomar café vai-Malu briga com a gente
-já tô indo-me afasto da Marina-Malu, eu convidei o povo lá na sua casa pra vim num churrasco aqui, mas não foi porque eu tava bêbado não viu, é pra vim mesmo, eu vou viajar agora duas semanas e quando eu voltar vamos fazer viu
-para de loucura-ela diz sem me olhar
-é sério, não tô de brincadeira-aviso e saío deixando ela sozinha

Laura já havia tomado café enquanto tomávamos banho, por isso tomamos café sozinhos e percebi que a Marina estava comendo demais, mas nem disse nada sei que magoaria ela.

-mamãe, chega de comer-Laura aparece do além
-quê?-Marina vira pra ela
-mamãe você já tá grandona se não parar de comer vai ficar mais-ela diz e até eu fico surpreso e sem ter o que falar

Marina larga o misto que havia acabado de fazer, se levanta e sobe as escadas.

-filha-repreendo a Laura-você não pode falar assim com a mamãe
-mas ela tava comendo sem parar e a mamãe já tá muito gorda
-ela não tá gorda, ela tá grávida, você magoou a mamãe, ela ficou triste, você queria deixar ela triste?
-não-ela faz um biquinho triste
-então peça desculpa pra mamãe, quando ela engravidou de você ela também ficou mais gordinha, só que ninguém nunca falou isso pra ela, então ela quase não ficava triste, mas agora você tá fazendo ela ficar triste sempre
-desculpa-ela funga
-não é pra mim que você tem que pedir desculpa
-tá-ela sai correndo
-não corre Laura-brigo com ela, mas foi tentativa falha

Deixo o misto da Marina ali e termino meu café. Pego meu celular e fico ali olhando as pessoas confirmaram ou não a presença pra hoje.

-Luan você sabe o que é pra fazer pro almoço?-Malu pergunta
-vou perguntar pra Marina e já desço pra te avisar
-posso tirar a mesa do café?
-pode sim, só deixa esse misto e esse copo de leite que é da Marina
-o que houve?
-a Laura falou pra ela parar de comer que ela tava muito grandona
-poxa-Malu fala triste-ela fala isso quase todo dia e isso só deixa a Marina triste e pra baixo-ela diz e eu fico ainda mais surpreso eu nunca soube disso
-jura?-pergunto pra confirmar e ela parece perceber que falou demais
-a Marina nunca contou?
-não, ela nunca disse nada, droga-abaixo a cabeça ao perceber que isso passou a ser normal entre as duas e eu nunca percebi
-ela até choramingou pra mim, disse que tava querendo voltar pra academia, que a Laura não perde a oportunidade de jogar na cara dela que ela está enorme
-vou conversar com a Laura de novo e com a Marina, ela não pode me esconder essas coisas
-conversa sim, mas não briguem por favor-junta as mãos e eu sorrio concordando

Subo as escadas e encontro minha mulher deitada na cama chorando e a Laura deitada por cima dela também chorando, as duas estão abraçadas e isso significa algo bom, então resolvo não atrapalhar e volto a descer as escadas.

-acho que elas estão se resolvendo-falo com a Malu que sorri-o que tem aí na geladeira? Tem peito de frango?
-tem sim, quer que eu faço filézinho?
-não, Strogonoff
-tá bom, faço sim
-trouxe roupa pra ficar aqui?
-trouxe não-ela diz sem graça
-ai nem começa Malu, faz o almoço e vai pra casa, mas volta pro chá pelo amor
-não precisa
-precisa sim-afirmo e ela fica em silêncio-será que pode dar uma olhadinha no pessoal montando a festa lá fora? Daqui a pouco a Marina desce, avisa pra ela que tô lá em cima no estúdio
-pode ir tranquilo

Subo pro estúdio e me ligo o isolamento pra não atrapalhar ninguém. Coloco meu celular pra despertar pra não ficar tempo demais ali e pego meu violão e um caderno doido pra escrever algo bom.

Ainda distraído e concentrado escuto meu celular despertar e deixo meu violão de lado, sabendo que nada mais sairia ali. Desço e agora Marina e a Laura estão abraçadas no sofá assistindo Marsha e o Urso, fazia tempo que eu não via minha filha assistindo esse desenho.

Me aproximo delas e primeiro deixo um beijo na testa da minha filha e aproximo minha boca da bochecha da minha mulher.

-tá tudo bem?-pergunto
-sim-ela vira o rosto pra encarar-depois conversamos
-sim, depois conversamos-aliso seu rosto-você é e está linda-sussurro pra ela que sorri verdadeiramente
-tava escrevendo?-ela pergunta
-tava sim, mas não terminei, depois a gente termina juntos
-tá bom, mas senta aqui, já vamos almoçar e depois a gente sobe pra nos arrumar
-tá-sento ao lado delas e fico ali assistindo também

Malu logo nos chama pra almoçar e fomos juntos, ela avisou já ter almoçado e eu a dispensei prometendo lavar a louça suja. Comemos devagar, sem exagero, Marina a cada garfada olhava pra Laura pra ver se minha filha iria falar algo, mas nada.

Contamos sobre elas viajarem comigo no final de semana e a Laura só faltou dançar um funk em cima da mesa de tão feliz que ficou.

Depois de almoçar elas me ajudaram com a louça e comemos o bolo de chocolate com Nutella que a Malu fez pra gente. Nos sentamos na sala e ficamos ali assistindo mais um pouco, até a Marina nos mandar pro banho.

Fico pronto e desço as escadas pra esperar minhas mulheres, a Laura é a primeira a descer toda linda.


Logo em seguida minha mulher aparece linda da mesma maneira. Não consigo tirar os olhos dela e me delicio com a cena dela com a mão na barriga.

-ei-chamo ela e viro meu celular

Assim que ela me olha bato uma foto e fico olhando feito bobo. Ela me olha e me chama com a mão, sigo até ela e saímos pros jardins do fundo.

Olho a decoração já pronta e abraço a Marina fortemente. Ela me olha e me dá um selinho rápido.

-quer anunciar a gravidez?-ela pergunta me deixando surpreso, ela queria esperar mais um pouco
-sério?-pergunto pra ter certeza que não tô sonhando
-sim, não quero proibir os convidados de tirar foto de gravar, então é melhor que todos saibam pela gente
-meu Deus, como eu te amo-grudo em seu rosto e distribuo beijinhos
-deixa eu ver a foto que você tirou-ela pede meu celular e eu mostro, mas ela não gosta-tira outra-ela beija minha boca e se afasta de mim

Bato outras fotos dela e mostro pra ela, ela olha e gosta de uma, me entrega na foto e eu já abro no insta e dígito a legenda postando em seguida.

"Aqui estou eu babando, só não sei se estou babando mais na foto ou nela aqui pessoalmente. Essa pessoa linda, loira, e de branco aí na foto é a minha mulher e dentro de sua barriga está sendo gerado mais um serzinho pra gente chamar de nosso. É mais um fruto desse amor que começou por acaso, mas que cresceu por vontade própria e vontade de Deus. Obrigada meu amor por me proporcionar momentos tão incríveis assim que me mostram a cada dia que eu fiz a escolha mais certa da minha vida e que tinha que ser você aqui comigo. 👨‍👩‍👧🤰
PS: O sexo do bebê vocês descobrem mais tarde através dos stories!"

Mostro pra Marina que apenas sorri me olhando e se estica beijando minha boca.

A campainha toca e deixo a Marina ir sozinha, já sei quem é e é pra ela.

Fico ali olhando como a notícia está repercutindo e ao ver a Joane me ligar, me lembro que esqueci de avisar que iria anunciar. Ignoro a chamada e logo escuto meu sogro me chamar, sabia que era eles que tinham chegado.

Marina logo aparece chorando e me abraça agradecendo por trazer eles pro chá revelação de hoje, já que no outro eles não puderam estar.

Os convidados começaram a chegar e recebemos todos com muita atenção. Deixamos todo mundo livre pra postar fotos e vídeos e resolvemos curtir. Todos juntos. Laura se juntou com a Vitória e subiram pra brincar com outras crianças. Marina se juntou com as mulheres e eu com os homens bebendo uma gelada.

Três garçons começaram a servir mini pizza, salgadinhos, empadinhas, pasteizinhos e várias outras coisas. De longe eu via a Marina tentando se controlar pra não comer muito, mas se até pra eu estava difícil, imagina pra ela.

Rober me perguntava de minuto em minuto o que era o sexo do bebê, assim como a Hellen que já estava enchendo o saco, fiz o favor de ignorar todos eles até o momento que todos estavam cheios de comer e na hora de revelar o sexo.

-vem-Marina me chama pro lado oposto do painel

Sigo até ela e seguro sua mão, Laura logo aparece descalça e fica ao nosso lado também.

-oi gente-Marina chama a atenção de todo mundo através de um microfone improvisado em uma caixa de som-tô tão feliz por todos que estão aqui e também pelos que não puderam vim, mas que estão torcendo pela gente-ela diz toda amorosa e eu aperto ainda mais a sua mão-eu confesso que desde quando eu descobri o sexo do bebê eu tive vontade de sair contando nos grupos de WhatsApp, louca pra contar pra todo mundo, mas pensamos bem e percebemos que a gente precisava disso, de festejar essa descoberta, assim como festejamos a descoberta de que a Laura seria uma menina-ela continua-eu acho que nunca tive dúvidas do que seria o sexo do bebê e quando o médico nos disse eu sorri e chorei, não só porque era o que eu imaginava, mas por gratidão a Deus por me fazer tão realizada como sou-ela respira entre lágrimas que querem escapar-bom, a ideia da revelação foi da minha filha, ela quis fazer uma Festa Holi e eu na hora amei, assim como o Luan, né amor?-se vira pra mim
-sim, na hora que a Laura sugeriu eu fiquei até surpreso, onde era que essa menina tinha ido em uma festa assim?-todos riram-mas depois descobri que foi na escola e me encantei pela ideia, então transformaremos esse chá em uma balada assim que revelar o chá-todos se animaram-assim como a Marina, quero agradecer todo mundo que veio, que mesmo sendo em cima da hora vieram descobrir conosco essa notícia maravilhosa, até pra mim que vou sofrer pra caramba-vi olhares curiosos com a última frase, mas apenas ri
-em cima dessa mesa temos um potinho fechado, cada um pega um na mão, mas não abre por favor, vamos fazer uma contagem regressiva e no três todos abriremos e jogaremos o pózinho pra cima, ou com a cor rosa que representa que é uma menininha, ou na cor azul que representa ser um menino-Marina explica e aponta pros potinhos

Todos curiosos se aproximaram já pegando um potinho e fizeram mais ou menos uma roda a nossa volta.

-não esqueçam, no três-Marina diz me entregando um potinho, pegando um pra ela e dando o outro pra Laura
-ok-escuto alguém gritar, mas apenas dou risada

Olho pra todo mundo ali encantado com o tanto de gente que gosta da gente, que torce pela gente. Sorrio feito bobo olhando aquele monte de gente e só saío do meu transe com a Marina em sua contagem.

-UM-ela grita-DOIS-todo mundo acompanha-TRÊS-finalmente ela diz e sinto o povo jogar pózinho em mim, mas logo em seguida um estrondo não tão alto anuncia jatos da "tinta" serem jogados em todos










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Oi meus amores, demorei? Demorei, mas acho que o capítulo compensou os outros dias que não postei né?
É MENINA DE NOVO!
Pelo jeito o Luan não sabe fazer menino kkkkkk
Estou com uns problemas particulares e um pouco sem cabeça pra escrever nesse momento, mas prometo tentar voltar logo, lógico que não com um capítulo desse tamanho, mas voltarei ❤️
Gostaram? E o nome? Sugestões?

4 comentários:

  1. AHHH, já desconfiava que seria menina por causa do sonho da Marina, agora que a Laura tem que ficar mais ainda com ciumes, eu lembro que quando descobrir que o filho da minha mãe seria menina eu sofri tanto por ciumes, quero muito ver mais drama da vida rel kkkkk, estou amando. Feliz ano NOVOOOO

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  2. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA É MENINA, QUE COISA LINDAAAAA!! :3 tenho uma sugestão pro nome da bebê.. Helena! Acho esse nome tão lindo.. Vai ser o nome da minha filha, quando eu ter uma <3

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  3. Espero que se resolva esses problemas.. Vai dar tudo certo! Se Deus quiser.. ;)
    Continua mulheeeeeer, to aqui, doidaaaaaaa querendo ler.. Kkkkkk

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