Luan
-eu não quero-Marina tenta me afastar dela, mas não consegue
-não fala isso-peço me aproximando mais, porém ela me empurra
-eu falo, porque é a verdade, você num disse que vai ficar aqui, então agora fica pra sempre
-que?-eu mesmo me afasto dela
-foi exatamente o que você entendeu-cruza os braços
-pera ai Marina-fico pensativo ligando os pontos-você tá terminando comigo? É isso mesmo?
-se eu disse que vou voltar pra casa é porque estou te dando uma oportunidade, mas você prefere ficar aqui, então fica pra sempre
-eu quero minha mulher de volta, eu quero minha vida de volta-volto a me aproximar-não quero que você apenas volte pra casa
-então faz por merecer
-um sexo gostoso é capaz de te convencer?-pergunto como quem não quer nada e ela dá risada
-óbvio que não
-por quê?
-Luan, já passou a época que resolviamos nossas brigas com sexo
-vamos voltar nessa época, é tão mais gostoso-aliso sua coxa de fora-foi aqui, nesse apartamento que eu comecei a minha vida de verdade contigo, foi quando me mudei pra cá que eu comecei a pensar em casar, em ter filhos, lembra? Vamos começar aqui de novo-peço e ela tenta afastar sua cabeça, mas a seguro pelo cabelo e roço nossos lábios-por favor vai
-promete que não vai mentir, nem omitir pra mim novamente?-ela diz entregue e fecha os olhos
-prometo
-promete que vai continuar se cuidando, que não vai parar nunca?
-prometo se você me ajudar
-como assim?-se afasta
-casal que malha unidos e que faz dieta unidos, permanece unidos-dou de ombros
-você vai me fazer ser fitness de verdade?-pergunto bolada
-eu preciso disso, aliás, nós precisamos-falo olhando em seus olhos
-tudo bem, eu tô nessa com você-concorda por fim e eu me animo todo
-obrigada, obrigada mesmo-seguro em seu rosto e distribuo beijos por todo o seu rosto-eu amo a minha família, amo tudo o que construimos juntos e eu prometo me cuidar pra não destruir tudo
-eu vou confiar em você, vou te dar um voto de confiança, mas não perde esse voto, eu não vou mudar de ideia se eu for embora novamente-ela diz sincera e eu sei que não é brincadeira
-não vou te decepcionar, prometo
-tudo bem então, vamos pra casa
-agora não né?
-agora não mesmo, eu ia tomar café-aponta pra mesa
-poxa sereia, tô morrendo de saudade de você-me aproximo mais e beijo sua bochecha-saudade de ter você, de sentir você-escorrego meus lábios pra sua orelha e mordisco levemente-vamô fazer amor, vamô?-passeio meu nariz pelo seu pescoço e sinto ela se arrepiar
-você é um idiota-resmunga entregue em meus braços
-quer aqui ou quer subir?
-já que você já estragou o meu café, vamos subir-ela se rende e eu sem pensar duas vezes pego ela no colo-você quando quer é rapidinho né?
-opa, rapidez é o meu sobrenome-pisco pra ela e subo as escadas
Chegamos no quarto e tiro algumas coisas que estavam em cima da cama, coloco a Marina em pé na minha frente e encaro ela com um sorriso no rosto.
-quer agora?-pergunto só pra provoca-la e lhe puxo pela cintura
-quero-ela responde manhosa e eu puxo levemente o seu cabelo
-então pede com jeitinho-beijo seu pescoço
-se começar com graça eu vou descer-ela fala um pouco irritada e eu dou risada
-relaxa bebê-passo a língua em seu colo
-me faz relaxar?-ela cede e pede com jeitinho
-pedindo com jeitinho assim, claro que faço
Deito ela na cama e me deito por cima dela, mordo seu lábio inferior o puxando pra mim e em seguida beijo seus lábios iniciando um beijo que faz tudo esquentar entre a gente. Levo as minhas mãos até as coxas dela e aperto com força, Marina afasta seus lábios do meu e morde o meu pescoço me fazendo arrepiar todo. Ela nos vira na cama e fica por cima, seus dedos começam a desabotoar botão por botão da minha camisa e assim que termina, ela tira do meu corpo e joga longe.
-rápida-falo em um sussurro ao ver ela beijar meu peitoral
Sereia responde com um sorriso malicioso e começa a descer seus lábios, ela mordisca a minha barriga me deixando excitado e quando chega no cós da minha calça, ela se senta em minhas coxas.
Marina rapidamente abre a minha calça e já começa a desce-la junto com a minha cueca, ganhando vista privilegiada do meu pau duro. Ela desce a minha calça e cueca até metade das minhas pernas e agarra meu membro com uma mão, fazendo movimentos de vai e vem em mim, que sem conseguir controlar solto um gemido baixinho, ela me toca de uma maneira que só ela sabe como fazer, só ela tem esse poder sobre mim. Marina se ajeita e se curva pra frente, além de usar sua mão em mim, ela coloca sua boca. Agarro o lençol com uma mão e a outra eu coloco em seu cabelo lhe incentivando a me chupar cada vez mais.
Marina não para, ela continua com seus movimentos em meu membro até eu avisar que estou prestes a gozar, ela afasta sua boca de mim e eu nos viro na cama ficando por cima.
-minha vez-sorrio pra ela que retribui
-me surpreenda garotão
-deixa comigo
Fico em pé, tiro meu tênis e as meias, aproveito e termino de tirar a calça e a cueca por completo. Volto pra cama e fico por cima dela, beijo seu pescoço com carinho e subo até seus lábios, dou início um beijo pra lá de excitante e levo minha mão até sua intimidade, coberta pela calcinha e pelo pano do vestido, faço um breve movimento, mas não me contento com a situação. Ergo o seu vestido na altura dos seus seios e coloco minha mão por dentro da calcinha, fazendo movimentos circulares nela, que geme meu nome baixinho. Gosto da sensação que causo nela, gosto como ela se derrete por mim.
Sinto que estamos desiguais e me afasto dela, continuo a subir seu vestido até tirá-lo do seu corpo. Olho a Marina nos olhos e vejo o seu olhar transbordando luxuria.
Ela sem querer esperar o meu tempo, abre o próprio sutiã e joga ele no chão, aproveito sua rapidez e passo a mão em seus seios perfeitos, desço meus dedos pela sua barriga até chegar em sua virilha e tiro sua calcinha do corpo.
-anda logo amor-ela resmunga abrindo as pernas e me dando liberdade
Subo até seus lábios e lhe dou um beijo fogoso, que faz nossos corpos entrarem em combustão, o fôlego nos falta no meio do beijo e eu desço meus lábios até seu pescoço, não paro por ali e continuo a descer cada vez mais. Chupo seu corpo por inteiro e chego em sua intimidade depiladinha, não dou tempo dela se preparar e lhe chupo, vejo a Marina agarrar o lençol enquanto se estica toda e geme enquanto brinco com seu clitoris inchado e deslizo um dedo pra dentro em sua entrada.
Marina está tão excitada que enquanto brinco com ela, sinto o seu orgasmo cada vez mais próximo e parece que ela também percebe que não aguentará muito e me avisa em um sussurro que irá gozar em breve. Teimoso do jeito que sou, não paro de chupa-la e coloco um segundo dedo nela que se contorce toda na cama. Aumentou meu ritmo com a língua e com os dedos até sentir sua goza escorrer na minha boca. Limpo ela todinha e subo novamente em cima dela.
-a camisinha-ela me lembra e eu me levanto
-claro
Procuro a minha carteira e encontro no bolso da calça que eu estava. Pego uma camisinha dentro dela e volto pra perto da cama. Abro o saquinho no dente e desenrolo a camisinha no meu pau, subo na cama e me deito sobre ela. Me ajeito em sua entrada e a penetro devagar, que delícia senti-la assim tão intimamente, tão gostoso, começo a fazer movimentos mais rápidos e me curvo colocando seus seios em minha boca, me revezo entre chupa-los e quando sinto um gosto de leite, me afasto e passo a brinca com eles com as mãos, meus lábios eu deixo em seu pescoço, recebendo o melhor da minha sereia.
Marina abraça o meu corpo e passa a arranhar as minhas costas, não me importo e até gosto da sensação. Continuamos no mesmo ritmo, que sem dúvida é um ritmo bom pra nós dois e assim começamos a ficar cada vez mais próximos do nosso orgasmo. Marina percebendo a nossa quase entrega, nos vira na cama e fica por cima. Coloco minhas mãos em sua cintura lhe ajudando com os movimentos e continuamos até gozarmos juntos.
Marina revira os olhos enquanto morde os lábios e em seguida de deita sobre o meu corpo e fica com o rosto em meu peito.
-isso foi bom-faço carinho em suas costas-eu tava com saudade
-eu jurei pra mim mesma que você precisava de mais castigo e foi só você beijar meu pescoço que abri as pernas-ela fala tentando parecer irritada e eu dou risada
-pro amor não tem tempo-falo tentando ser romântico e ela me encara
-por favor, não esquece as promessas que me fez
-não vou esquecer e também não vou deixar você esquecer as suas
-quais?
-que vai ser fitness comigo-me estico e beijo sua testa
-vou ser sim, quando você estiver em casa-dá risada e eu faço careta
-já é um bom começo-dou de ombros
-temos um outro assunto sério pra conversar agora-ela se levanta e saio de dentro dela
-o que é tão sério assim que me tirou de dentro de você?-me levanto também e sigo até o banheiro, tiro a camisinha, dou um nó e jogo no lixo
Volto pro quarto e a Marina está enrolada no lençol da cama.
-não quero mais filhos-ela fala de uma vez-quatro já tá ótimo e se for pra ter outro não quero que venha de mim
-já sei disso, o que mudou?
-gosto de te sentir pele com pele, sem camisinha-faz uma carinha safada
-eu também gosto-me ânimo com a conversa
-eu passei por uma cesariana há pouco tempo, não quero fazer outra operação agora-um biquinho surge em seus lábios me ganhando
-tá, continua
-faz vasectomia?-pede juntando as mãos na frente do lençol
-ham?-pergunto só pra confirmar
-vasectomia-repete-se caso a gente se separar e você quiser outros filhos, dá pra reverter de boa
-não vamos nos separar-fico bravo pela sugestão
-eu sei e nem quero que isso aconteça, mas se acontecer você já sabe
-não fala merda-reviro os olhos pra ela
-tá, não falo mais, porém o meu pedido ainda está de pé
-vou ter que tirar uns dias de folga né?
-sim-concorda escondendo um sorrisinho
-ok então Marina, eu faço
-jura?-ela finalmente sorri
-juro-sorrio também
-obrigada-larga o lençol, corre até mim e pula em meu colo
Ela beija todo o meu rosto em seguida para seus lábios nos meus iniciando um beijo bom.
-podemos continuar-sussurro quando o meu fôlego acaba
-agora não, estou com fome e deixei meu café lá embaixo, depois que eu tomar o café vamos pra casa, pois as crianças estão com saudade e quem sabe antes de dormir a gente volta a fazer amor
-o café tem mais valor que eu-faço bico
-você sabe que qualquer comida tem-diz rindo e se afasta
-chatinha-mordo levemente sua bochecha
-ai cachorro-desce do meu colo
-vai tomar banho?
-vou-sai pro banheiro
-posso ir?-pergunto da porta
-não, meu banho é rápido, espera e depois você vai
-tá bom-concordo e me sento na cama, se tem uma coisa que eu não quero, é dar motivo pra ela começar um castigo
Procuro o meu celular com os olhos e não encontro, desço as escadas e acho ele na sala. Subo de volta e mando uma mensagem pro Testa avisando que eles podem ir embora, que eu e a Marina nos acertamos, sua resposta me faz rir de mim mesmo.
"Quando me despedi da Marina, ela mandou a gente ir embora e deixar suas malas na sua casa, ela já sabia que vocês iam se resolver. Tô em casa faz é tempo e ainda bem que ela avisou, porque se dependesse de você estaríamos plantões te esperando"
-que foi?-Marina sai do banheiro enrolada em uma toalha
-por quê?
-você tá rindo e com cara de idiota
-você mandou o Testa não esperar, você já queria ficar bem-acuso
-sim, eu queria, mas ai você resolveu ficar aqui
-desculpa, mas eu te queria por inteiro
-e você teria, mas não facilmente
-foi fácil-sou debochado e ela mostra dedo pra mim
-você tá precisando de castigo pra ver se aprende alguma coisa
-castigo não-me desespero-era brincadeira, não falo mais nada
-bom mesmo-revira os olhos
-sem castigo né?-pergunto pra ter certeza
-vou pensar no seu caso, agora já pro banho-ela entra no closet
Deixo ela em paz e faço o que ela mandou, tomo um banho tranquilo, porém sem demorar muito. Assim que saio do banheiro não encontro minha mulher no quarto, mas encontro uma roupa minha em cima da cama. Visto ela e desço descalço já que não tenho nenhum chinelo aqui.
Ao chegar na cozinha encontro minha esposa devidamente vestida e pronta pra tomar café.
-senta, fiz seu café com cacau e canela-aponta pra uma caneca na ponta da mesa
Faço o que ela disse e me sento, além da caneca cheia, também há um sanduíche natural, feio com pão integral.
Comemos praticamente em silêncio e assim que acabamos, fico a encarando, Marina toda envergonhada me olha e parece querer dizer algo.
-que foi?-pressiono
-preciso te conto uma coisa
-então conta-dou de ombros querendo saber o que é
-eu voltei a trabalhar-fala de uma vez
___________________________
Demorei muito? Alguém querendo comer o meu fígado por aqui? Kkkkk
Desculpem ❤️
Mas eu voltei, agora pra ficar!
As coisas aqui estão se ajeitando e agora vai ficar tudo bem.
Obrigada por ainda estarem aqui viu 😙❤️
segunda-feira, 29 de outubro de 2018
segunda-feira, 15 de outubro de 2018
Capítulo 361 - Fica pra sempre
Marina
Ele chegou e agiu como se nada tivesse acontecido, se jogou na frente do meu carro, fez piada e ainda tentou mexer comigo falando da primeira vez que estivemos na sua cobertura. Ele conseguiu, me fez lembrar e assim que eu passo pela porta, ando direto até o sofá sem olhar a mesa, foi lá que começamos a nos divertir naquele dia.
Deixo minha bolsa ali no sofá e me sento pronta pra ouvir as suas desculpas.
-pronto, chegamos, agora fala o que é que você tem pra falar-cruzo os braços um tanto irritada
-por que ficou irritada?-pergunta se sentando ao meu lado e coloca sua mochila no chão
-talvez seja porque você se jogou na frente do meu carro e ainda fez piadinha
-é isso mesmo ou é porque eu te lembrei da primeira vez que estivemos aqui?
-Luan, é sério? É pra isso que está aqui? Porque se for, faz o favor de ir embora
-não é por isso
-então fala algo que preste, fala algo que eu queira escutar. Eu vim pro seu apartamento justamente pra ficar longe de você e agora você está aqui e só consegue fazer piada. Você não tá pensando em mim, não tá pensando em como estou, no que estou sentindo, se for pra me deixar mais mal não fica aqui, vai embora
-não foi por isso que eu vim-ele senta mais próximo de mim-eu tô fazendo piada pra você perceber que eu estou bem, que nada mudou, que eu continuo o mesmo
-você não precisa fazer piadas pra eu ver que você está bem por fora, eu só preciso te olhar pra isso
-eu estou bem por dentro também, eu entendi você
-não entendeu-resmungo irritada
-eu entendi, é sério sereia, eu entendi, eu não quero que você sinta o que eu tô sentindo por você ter me deixado, dói muito tudo isso e sei que pra vocês seria muito pior. Eu tô me cuidando, tô fazendo academia duas vezes por dia, meu celular tem despertador pras horas que preciso tomar remédio-ele tira o celular do bolso e me dá, desbloqueio a tela e olho os despertadores que eu já havia visto, ainda acionados-pode perguntar pro Testa e pro Cirilo, eu não me importo, eles sabem os horários dos remédios e quando estava prestes a dar o horário um dos dois aparecia em meu quarto pra ter certeza que eu realmente tomei certinho. Eu tô me esforçando pra ficar bem pra vocês, inclusive o Testa me comprou isso aqui oh-ele abre a mochila e tira uma caixinha dali, ele me entrega e ao abrir percebo que é um separador de remédios-tá tudo separadinho certinho, a única coisa que preciso saber é a quantidade de remédio de cada, mas isso já é automático-dá de ombros e eu fico olhando aquele separador-se quiser falar com os meninos pra ter certeza que estou falando a verdade, pode pedir pra eles subirem, eles estão lá fora na van esperando caso você me mande embora-dessa vez ele não parece tão confiante como ele estava
Pego meu celular e mando mensagem pro Rober subir. Fico em silêncio e o Luan também, ele me encara esperando uma resposta que eu ainda não posso dar.
-não vai dizer nada?-ele pergunta depois de alguns minutos de silêncio
Cinco segundos se passam até a campainha tocar chamando minha atenção.
-pediu pros meninos subirem?-pergunta pra ter certeza da sua suspeita
-sim, só o Rober, mas sim
-vou beber uma água-ele levanta e seu celular desperta bem na hora-são três da tarde, preciso tomar meu remédio-ele pega o celular, desliga o despertador, pega o separador de remédios e segue pro lado da cozinha
Fico ali de longe o olhando e vejo ele na sala de jantar todo organizadinho pegar os remédios e seguir pra cozinha.
A campainha volta a tocar me lembrando que preciso atender o Rober.
Sigo até a porta e abro pra ele entrar. Seguimos juntos pra sala e eu me sento, ele não.
-por favor, me dá notícias boas, me diz a verdade-peço
-então, apesar de eu ter dito que eu ficaria no pé dele, eu não tive tempo pra isso-tento interrompe-lo, mas ele continua-eu não tive tempo, pois ele mesmo estava no pé dele. Quando dava os horários dos remédios dele eu corria até o quarto e ao chegar lá ele já estava pronto pra tomar e o fazia na minha frente. Ao invés de eu dizer os horários que ele iria pra academia com o Davi, era ele mesmo que chamava o personal e ia, além de tudo ele vai em dois momentos pra academia, de tarde e a noite depois de jantar, a noite ele vai mais leve, faz esteira e pronto.-ele me informa-é isso! Você queria que eu te deixasse a par de tudo e eu estou deixando e não, não há possibilidade de eu estar mentindo-ele responde a pergunta que fiz na minha mente-eu te contei da falta de cuidado dele justamente porque eu estava preocupado com ele e com a saúde dele e eu jamais mentiria pra ti, nem omitiria, não dessa vez. Eu escondi sim, mas eu não tinha entendido o mal que eu estava fazendo pra ele e eu só percebi quando vi ele daquela maneira no dia que descobriu do seu sequestro
-eu confio em você-sou sincera-acho que confio até mais do que confio nele-dou um sorriso sem graça-ele me disse tudo isso que você disse, só que da maneira dele e agora eu acredito, porque escutei da sua boca e tô vendo sinceridade em seu olhar. Eu sei que não mentiria pra mim em relação a esse assunto tão delicado e eu espero que continue assim pra sempre. Eu não posso abandonar a minha vida, a minha família, o meu emprego pra poder cuidar dele na estrada e eu jamais pediria pra ele parar a carreira pra que eu pudesse ficar de olho, por isso eu espero que você me ajude com isso, que você seja os meus olhos quando ele estiver nos shows, peço que me ajude, eu não posso sozinha, eu não consigo sozinha-minha voz falha e ele me abraça
-fica sossegada, ele se ligou, ele percebeu que precisa de cuidados, que perder alguém que ama dói, ele entendeu e eu não tô falando isso só porque eu sou amigo dele não, eu tô falando, porque é a verdade. Dá uma chance, ajuda ele a se cuidar, seja o motivo pelo qual ele precisa se cuidar
-obrigada Rober, por tudo-abraço ele apertado
-somos mais que amigos, somos friends-ele diz uma das gírias de anos atrás e eu dou risada
-somos mais que amigos, somos família-beijo sua bochecha
-sim, família-ele me olha nos olhos
-só espero que essa não seja a parte que vocês se beijam-Luan faz piada e eu e o Rober olhamos feio pra ele-eita, não tá mais aqui quem brincou-ergue as mãos-já conversaram ou querem que eu volte pra cozinha?-pergunta sério e não é com deboche
-já conversamos-continuo abraçada com o Rober
-então ok, tchau Rober, me espera na van que qualquer coisa te aviso e larga a minha mulher-Luan se aproxima e para do lado do sofá
-você nem sabe se ela ainda é sua mulher-Rober provoca e o Luan apenas senta no outro sofá sem ter o que falar-vou descer viu, pensa bem no que eu te falei, pensa se vale a pena continuar, vê se os contras não são mais-ele diz e pelo canto do olho vejo o olhar assustado do Luan
-te levo na porta-me levanto e ele faz o mesmo
Seguimos juntos até a porta e ele volta a me abraçar, aperto ele fortemente contra o meu corpo e sussurro em seu ouvido.
-não espera o Luan não, passa lá em casa e deixa as malas dele lá e não fala nada pra ninguém-peço e me afasto
-deixa comigo-dá uma piscadela-vê se não vai quebrar o apartamento todo em-ele me olha feio
-eu tô com saudade, mas acho que ele precisa de um pouco mais de castigo-retribuo a piscadela
-chega desse papo, tchau-ele sai em direção ao elevador
Espero ele sumir das minhas vistas e entro pro apartamento. Luan continua com aquela cara de assustado.
Me sento no sofá oposto do que ele está e fico o encarando, ele retribui o olhar e em seguida abaixa a cabeça.
Espero ele dizer algo, mas cinco minutos se passam e nada sai de sua boca. Me levanto irritada com a falta de comunicação e ando em direção as escadas. Subo até o meu quarto, troco a sapatilha por um chinelo e me sento na cama pensativa.
Todas as informações vieram tudo de uma vez, não era assim que eu tinha imaginado essa volta, mas nada saiu como eu esperava.
-O Roberval cagou com tudo né?-escuto a voz do Luan e me viro de lado encarando ele na porta
-Ele não cagou com nada-dou ênfase no "ele" e o Luan entende
-eu sei que eu fiz merda, eu sei e não nego, mas amor, eu vou e tô me cuidando, os contras não são tantos assim, me dá uma chance vai, me dá um voto de confiança
-o Rober só confirmou tudo o que você disse-falo claramente e ele me olha sem entender
-e aquela história de ver se vale a pena continuar, ver se os contras são maioria?-pergunta desconfiado
-ele falou aquilo justamente pra ver aquela sua cara de assustado-dou risada e ele fica indignado
-vagabundo, filho da puta, viado-ele resmunga irritado
-não conhece o próprio amigo-reviro os olhos
-conheço, conheço até demais, porém o medo de perder você tá tão grande que mal consigo perceber as coisas que acontecem ao meu redor
-o que foi que eu te disse quando eu sai de casa?-cruzo os braços
-que você não iria ficar pra me ver morrer, sabendo que eu posso me cuidar-ele resume tudo
-o que você está fazendo?-pergunto e ele entende o sentido da pergunta
-tô me cuidando
-então eu volto pra casa-finalizo a conversa
-sério?-ele dá um sorriso e se aproxima ficando na minha frente
-sério, só espera um pouco e a gente já vai-respiro fundo
-graças a Deus-ele se joga em cima de mim e me faz deitar na cama
-ai Luan-resmungo
-desculpa amor-segura o meu rosto e vem pra me beijar, mas coloco a mão na frente
-eu disse que vou voltar pra casa, não pra você-nos encaramos seriamente
-não vai fazer isso comigo né?-ele dá um sorriso sem jeito e eu me seguro pra não rir
-já fiz-nos viro na cama e me levanto
-então volta pra casa e eu fico aqui, quando quiser conversar sobre a gente, eu volto-ele fica na cama
-sério?-cruzo os braços e ele concorda-você que sabe Luan, depois não adianta vim reclamar
Largo ele ali e desço as escadas, entro na cozinha e pego algumas coisas pra fazer um café pra gente, mas se bem que o Luan nem tá merecendo nada.
Arrumo a mesa e coloco algumas coisas gostosas ali, passo um café só pra eu beber com leite ninho e creme. Deixo tudo na mesa e me sento ali pronta pra tomar meu café.
-nem me chama-Luan diz e eu ignoro ele
Coloco meu café na caneca, um pouco de leite ninho e creme de leite, misturo tudo e dou um gole pra ver se está do jeito que eu gosto e sim, está.
-posso tomar café?-pergunta, mas estou tão irritada que nem respondo
Faço um sanduíche pra mim e começo a comer, mas o Luan tira tudo da minha mão, coloca na mesa e me levanta.
-o que tá fazendo?-pergunto tentando me soltar dele
Luan me coloca sentada na mesa na parte onde não tem nada e fica entre as minhas pernas.
-eu não quero-tento afasta-lo
-não fala isso
-eu falo, porque é a verdade, você num disse que vai ficar aqui, então agora fica pra sempre
-que?-ele se afasta de mim
-foi exatamente o que você entendeu-cruzo os braços
-pera ai Marina-ele fica pensativo-você tá terminando comigo?
____________________________
Oiiii, voltei! Não revisei o capítulo, acho que dá pra perceber kkkkk mas é que eu estou meio atoladinha, mas vai dá certo 🙏
Será que terminaram?
Ele chegou e agiu como se nada tivesse acontecido, se jogou na frente do meu carro, fez piada e ainda tentou mexer comigo falando da primeira vez que estivemos na sua cobertura. Ele conseguiu, me fez lembrar e assim que eu passo pela porta, ando direto até o sofá sem olhar a mesa, foi lá que começamos a nos divertir naquele dia.
Deixo minha bolsa ali no sofá e me sento pronta pra ouvir as suas desculpas.
-pronto, chegamos, agora fala o que é que você tem pra falar-cruzo os braços um tanto irritada
-por que ficou irritada?-pergunta se sentando ao meu lado e coloca sua mochila no chão
-talvez seja porque você se jogou na frente do meu carro e ainda fez piadinha
-é isso mesmo ou é porque eu te lembrei da primeira vez que estivemos aqui?
-Luan, é sério? É pra isso que está aqui? Porque se for, faz o favor de ir embora
-não é por isso
-então fala algo que preste, fala algo que eu queira escutar. Eu vim pro seu apartamento justamente pra ficar longe de você e agora você está aqui e só consegue fazer piada. Você não tá pensando em mim, não tá pensando em como estou, no que estou sentindo, se for pra me deixar mais mal não fica aqui, vai embora
-não foi por isso que eu vim-ele senta mais próximo de mim-eu tô fazendo piada pra você perceber que eu estou bem, que nada mudou, que eu continuo o mesmo
-você não precisa fazer piadas pra eu ver que você está bem por fora, eu só preciso te olhar pra isso
-eu estou bem por dentro também, eu entendi você
-não entendeu-resmungo irritada
-eu entendi, é sério sereia, eu entendi, eu não quero que você sinta o que eu tô sentindo por você ter me deixado, dói muito tudo isso e sei que pra vocês seria muito pior. Eu tô me cuidando, tô fazendo academia duas vezes por dia, meu celular tem despertador pras horas que preciso tomar remédio-ele tira o celular do bolso e me dá, desbloqueio a tela e olho os despertadores que eu já havia visto, ainda acionados-pode perguntar pro Testa e pro Cirilo, eu não me importo, eles sabem os horários dos remédios e quando estava prestes a dar o horário um dos dois aparecia em meu quarto pra ter certeza que eu realmente tomei certinho. Eu tô me esforçando pra ficar bem pra vocês, inclusive o Testa me comprou isso aqui oh-ele abre a mochila e tira uma caixinha dali, ele me entrega e ao abrir percebo que é um separador de remédios-tá tudo separadinho certinho, a única coisa que preciso saber é a quantidade de remédio de cada, mas isso já é automático-dá de ombros e eu fico olhando aquele separador-se quiser falar com os meninos pra ter certeza que estou falando a verdade, pode pedir pra eles subirem, eles estão lá fora na van esperando caso você me mande embora-dessa vez ele não parece tão confiante como ele estava
Pego meu celular e mando mensagem pro Rober subir. Fico em silêncio e o Luan também, ele me encara esperando uma resposta que eu ainda não posso dar.
-não vai dizer nada?-ele pergunta depois de alguns minutos de silêncio
Cinco segundos se passam até a campainha tocar chamando minha atenção.
-pediu pros meninos subirem?-pergunta pra ter certeza da sua suspeita
-sim, só o Rober, mas sim
-vou beber uma água-ele levanta e seu celular desperta bem na hora-são três da tarde, preciso tomar meu remédio-ele pega o celular, desliga o despertador, pega o separador de remédios e segue pro lado da cozinha
Fico ali de longe o olhando e vejo ele na sala de jantar todo organizadinho pegar os remédios e seguir pra cozinha.
A campainha volta a tocar me lembrando que preciso atender o Rober.
Sigo até a porta e abro pra ele entrar. Seguimos juntos pra sala e eu me sento, ele não.
-por favor, me dá notícias boas, me diz a verdade-peço
-então, apesar de eu ter dito que eu ficaria no pé dele, eu não tive tempo pra isso-tento interrompe-lo, mas ele continua-eu não tive tempo, pois ele mesmo estava no pé dele. Quando dava os horários dos remédios dele eu corria até o quarto e ao chegar lá ele já estava pronto pra tomar e o fazia na minha frente. Ao invés de eu dizer os horários que ele iria pra academia com o Davi, era ele mesmo que chamava o personal e ia, além de tudo ele vai em dois momentos pra academia, de tarde e a noite depois de jantar, a noite ele vai mais leve, faz esteira e pronto.-ele me informa-é isso! Você queria que eu te deixasse a par de tudo e eu estou deixando e não, não há possibilidade de eu estar mentindo-ele responde a pergunta que fiz na minha mente-eu te contei da falta de cuidado dele justamente porque eu estava preocupado com ele e com a saúde dele e eu jamais mentiria pra ti, nem omitiria, não dessa vez. Eu escondi sim, mas eu não tinha entendido o mal que eu estava fazendo pra ele e eu só percebi quando vi ele daquela maneira no dia que descobriu do seu sequestro
-eu confio em você-sou sincera-acho que confio até mais do que confio nele-dou um sorriso sem graça-ele me disse tudo isso que você disse, só que da maneira dele e agora eu acredito, porque escutei da sua boca e tô vendo sinceridade em seu olhar. Eu sei que não mentiria pra mim em relação a esse assunto tão delicado e eu espero que continue assim pra sempre. Eu não posso abandonar a minha vida, a minha família, o meu emprego pra poder cuidar dele na estrada e eu jamais pediria pra ele parar a carreira pra que eu pudesse ficar de olho, por isso eu espero que você me ajude com isso, que você seja os meus olhos quando ele estiver nos shows, peço que me ajude, eu não posso sozinha, eu não consigo sozinha-minha voz falha e ele me abraça
-fica sossegada, ele se ligou, ele percebeu que precisa de cuidados, que perder alguém que ama dói, ele entendeu e eu não tô falando isso só porque eu sou amigo dele não, eu tô falando, porque é a verdade. Dá uma chance, ajuda ele a se cuidar, seja o motivo pelo qual ele precisa se cuidar
-obrigada Rober, por tudo-abraço ele apertado
-somos mais que amigos, somos friends-ele diz uma das gírias de anos atrás e eu dou risada
-somos mais que amigos, somos família-beijo sua bochecha
-sim, família-ele me olha nos olhos
-só espero que essa não seja a parte que vocês se beijam-Luan faz piada e eu e o Rober olhamos feio pra ele-eita, não tá mais aqui quem brincou-ergue as mãos-já conversaram ou querem que eu volte pra cozinha?-pergunta sério e não é com deboche
-já conversamos-continuo abraçada com o Rober
-então ok, tchau Rober, me espera na van que qualquer coisa te aviso e larga a minha mulher-Luan se aproxima e para do lado do sofá
-você nem sabe se ela ainda é sua mulher-Rober provoca e o Luan apenas senta no outro sofá sem ter o que falar-vou descer viu, pensa bem no que eu te falei, pensa se vale a pena continuar, vê se os contras não são mais-ele diz e pelo canto do olho vejo o olhar assustado do Luan
-te levo na porta-me levanto e ele faz o mesmo
Seguimos juntos até a porta e ele volta a me abraçar, aperto ele fortemente contra o meu corpo e sussurro em seu ouvido.
-não espera o Luan não, passa lá em casa e deixa as malas dele lá e não fala nada pra ninguém-peço e me afasto
-deixa comigo-dá uma piscadela-vê se não vai quebrar o apartamento todo em-ele me olha feio
-eu tô com saudade, mas acho que ele precisa de um pouco mais de castigo-retribuo a piscadela
-chega desse papo, tchau-ele sai em direção ao elevador
Espero ele sumir das minhas vistas e entro pro apartamento. Luan continua com aquela cara de assustado.
Me sento no sofá oposto do que ele está e fico o encarando, ele retribui o olhar e em seguida abaixa a cabeça.
Espero ele dizer algo, mas cinco minutos se passam e nada sai de sua boca. Me levanto irritada com a falta de comunicação e ando em direção as escadas. Subo até o meu quarto, troco a sapatilha por um chinelo e me sento na cama pensativa.
Todas as informações vieram tudo de uma vez, não era assim que eu tinha imaginado essa volta, mas nada saiu como eu esperava.
-O Roberval cagou com tudo né?-escuto a voz do Luan e me viro de lado encarando ele na porta
-Ele não cagou com nada-dou ênfase no "ele" e o Luan entende
-eu sei que eu fiz merda, eu sei e não nego, mas amor, eu vou e tô me cuidando, os contras não são tantos assim, me dá uma chance vai, me dá um voto de confiança
-o Rober só confirmou tudo o que você disse-falo claramente e ele me olha sem entender
-e aquela história de ver se vale a pena continuar, ver se os contras são maioria?-pergunta desconfiado
-ele falou aquilo justamente pra ver aquela sua cara de assustado-dou risada e ele fica indignado
-vagabundo, filho da puta, viado-ele resmunga irritado
-não conhece o próprio amigo-reviro os olhos
-conheço, conheço até demais, porém o medo de perder você tá tão grande que mal consigo perceber as coisas que acontecem ao meu redor
-o que foi que eu te disse quando eu sai de casa?-cruzo os braços
-que você não iria ficar pra me ver morrer, sabendo que eu posso me cuidar-ele resume tudo
-o que você está fazendo?-pergunto e ele entende o sentido da pergunta
-tô me cuidando
-então eu volto pra casa-finalizo a conversa
-sério?-ele dá um sorriso e se aproxima ficando na minha frente
-sério, só espera um pouco e a gente já vai-respiro fundo
-graças a Deus-ele se joga em cima de mim e me faz deitar na cama
-ai Luan-resmungo
-desculpa amor-segura o meu rosto e vem pra me beijar, mas coloco a mão na frente
-eu disse que vou voltar pra casa, não pra você-nos encaramos seriamente
-não vai fazer isso comigo né?-ele dá um sorriso sem jeito e eu me seguro pra não rir
-já fiz-nos viro na cama e me levanto
-então volta pra casa e eu fico aqui, quando quiser conversar sobre a gente, eu volto-ele fica na cama
-sério?-cruzo os braços e ele concorda-você que sabe Luan, depois não adianta vim reclamar
Largo ele ali e desço as escadas, entro na cozinha e pego algumas coisas pra fazer um café pra gente, mas se bem que o Luan nem tá merecendo nada.
Arrumo a mesa e coloco algumas coisas gostosas ali, passo um café só pra eu beber com leite ninho e creme. Deixo tudo na mesa e me sento ali pronta pra tomar meu café.
-nem me chama-Luan diz e eu ignoro ele
Coloco meu café na caneca, um pouco de leite ninho e creme de leite, misturo tudo e dou um gole pra ver se está do jeito que eu gosto e sim, está.
-posso tomar café?-pergunta, mas estou tão irritada que nem respondo
Faço um sanduíche pra mim e começo a comer, mas o Luan tira tudo da minha mão, coloca na mesa e me levanta.
-o que tá fazendo?-pergunto tentando me soltar dele
Luan me coloca sentada na mesa na parte onde não tem nada e fica entre as minhas pernas.
-eu não quero-tento afasta-lo
-não fala isso
-eu falo, porque é a verdade, você num disse que vai ficar aqui, então agora fica pra sempre
-que?-ele se afasta de mim
-foi exatamente o que você entendeu-cruzo os braços
-pera ai Marina-ele fica pensativo-você tá terminando comigo?
____________________________
Oiiii, voltei! Não revisei o capítulo, acho que dá pra perceber kkkkk mas é que eu estou meio atoladinha, mas vai dá certo 🙏
Será que terminaram?
quinta-feira, 4 de outubro de 2018
Capítulo 360 - Tá querendo se matar?
Marina
Luan havia viajado e eu voltado pra casa. Fiquei surpresa quando cheguei e vi que a minha academia realmente estava completa, diversos aparelhos novos e um espelho gigante.
-eu amei isso-falo sozinha olhando cada detalhe ali
Tânia me disse que ele comeu direitinho esses dias, foi a academia, o celular despertava e ele corria pra beber o remédio. Resumindo, ele conseguiu viver corretamente sem muita ajuda.
Me empolguei, me enchi de esperanças com essa mudança, mas primeiro preciso falar com o Rober e saber como ele se saiu na estrada.
Daiane e a Malu estão me ajudando a achar duas babás competentes pra cuidar dos meus bebês, eu preciso de ajuda e qualquer pessoa pode perceber isso de longe.
-vou precisar ir no estúdio, mas vou levar os gêmeos, dá conta da Laura e da Mariana né?-converso com a Dai que sorri confirmando-obrigada, eu já disse que você é meu anjo né?-mando beijo pra ela que retribui
-sim, você disse
Subo as escadas, me arrumo e volto pra sala. Pego os meus gêmeos e levo pro carro, prendo eles bonitinhos no bebê conforto.
Como a Laura está no colégio e a Mariana dormindo, não me despeço de ninguém e saio dali.
Ligo o rádio baixinho e sigo cantando animada as músicas do Luan.
Ao estacionar no estúdio sinto uma animação inexplicável. Só esse lugar consegue me deixar assim, é uma sensação inigualável.
-O QUE FAZ AQUI SUA DOIDA?-Mario grita da porta e eu dou risada da sua expressão de surpreso
-vim matar um pouco da saudade que tô desse lugar, vem me ajudar com os gêmeos seu maluco-pego minha bolsa
Abro a porta de trás e solto os dois que estavam presos. Pego primeiro o Matheus e quando o Mario para ao meu lado, eu dou o bebê conforto pra ele. Pego a Manuela e tranco o carro.
-já voltou pra casa?-pergunta curioso
-sim, mas acho que quando o Luan for voltar, eu vou voltar pro apartamento, ele merece mais um tempo sozinho pra ver se aprendeu de verdade que ele precisa se cuidar-tento parecer certa do que tô fazendo, mas antes de terminar a frase sinto minha voz fraquejar
-você tá morrendo de saudade dele-ele me acusa
-tô mesmo, ele é o meu marido e eu tô com saudade e eu só quero o melhor pra ele e o melhor pra ele é que ele sinta na pele como é perder alguém que amamos-já começo a chorar e ele me abraça do jeito que dá
-fica calma vai, ele tá se cuidando, tenho certeza que ele vai continuar assim, ele percebeu que é um erro o que ele tava fazendo
-tomara-limpo minhas lágrimas com a mão livre-vamos subir que eu tô morrendo de saudade de tudo aqui-puxo ele pra perto
Subimos as poucas escadas e ao entrar todos me olham surpresos. A surpresa dura segundos, até eles virem me abraçar e dizer que estavam com saudade.
-voltou pra ficar?-Igor pergunta animado
-mais ou menos, não vou vim todos os dias por enquanto, mas irei vim sempre e ficar algumas horas por dia, combinei com a Marília e vamos começar a produzir o novo DVD dela-falo animada com as novidades
-então vamos ao trabalho-Pietra fica mais animada que eu
(...)
Os dias sem o Luan se passaram voando, a quarta finalmente chega e com ela provavelmente o meu marido.
Eu quis ficar na nossa casa, quis esperar pra saber se ele se cuidou, mas eu não consigo, eu não posso, não enquanto eu não tiver certeza que ele está levando a sério a história de se cuidar.
Aviso minha sogra sobre voltar pro apartamento e ela vem até a nossa casa.
-sei que quando ele chegar ele vai querer ver as crianças-dou de ombros-a Dai fica com a Mariana e na hora de buscar a Laura ela leva a pequena, mas eu preciso que alguém fique aqui com os gêmeos
-tem certeza que quer ir?-ela pergunta preocupada
-tenho-afirmo-eu ainda não tive tempo de conversar com o Well ou com o Rober pra saber se ele realmente se cuidou por esses dias, então eu vou pra lá, ele fica com as crianças hoje, eu falo com os meninos e depois eu volto, ou não-dou de ombros
-ele me jurou que tá se cuidando-Mari diz um pouco desesperada
-eu quero ter certeza Mari-abraço ela de lado
-vocês são melhores juntos, você pode dar força pra ele, pode ajuda-lo, por favor Marina, não desiste do meu filho, ele precisa de você, ele não aguenta sem você, sem vocês-ela implora daquele jeito materna e eu deixo um soluço preso em minha garganta, escapar
-eu também não aguento sem ele Mari e é exatamente por isso que estou fazendo isso-suspiro-tudo só depende dele
-eu sei e tenho certeza que ele vai fazer por merecer
-é o que eu espero-tento parecer animada-você promete que ajuda ele com as crianças?-pergunto ansiosa
-sim, eu prometo, vou ver com a Tânia se ela pode ficar até um pouco mais tarde, eu ajudo ele com as crianças e a Tânia ajuda com a casa
-a Laura é maravilhosa, ela ajuda com a Mariana se precisar, mas qualquer coisa me liga e eu venho aqui busca-los
-vai dá certo, não se preocupa, qualquer coisa eu ligo
-obrigada-sorrio encantada com a sua ajuda
-tira o tempo que precisar pra ficarem bem, pra você voltar a confiar nele e conte comigo pro que precisar
-obrigada, obrigada mesmo-abraço ela novamente e me afasto-ajuda ela Dai, por favor, com tudo o que ela precisar, prometo te recompensar depois
-não precisa nem pedir né Marina, fica tranquila, se precisar fico aqui com ela até a noite-ela se dispõe
-meu anjo-suspiro e ela sorri tombando a cabeça de lado
Levo as coisas que precisamos pro carro, me despeço dos meus filhos e saio dali sem olhar pra trás, se eu olhar sei que não serei capaz de deixá-los ali.
Penso em seguir pra casa, mas preciso me distrair um pouco. Sigo pro estúdio e chegando lá o porteiro me olha surpreso.
-cadê os bebês?-pergunta sorrindo
-ficaram em casa com a babá e a minha sogra, preciso de um pouco de distração-omito parte da história
-que bom que está aqui-ele sorri simpático e abre o portão pra mim
-obrigada-sorrio também
Entro com o carro, estaciono ao lado do carro do Mario, pego minhas coisas e sigo até o estúdio.
-oi-falo assim que entro, já que está todo mundo ocupado demais pra perceber minha presença
-oi gatinha-Rô se levanta e deixa um beijo em minha bochecha
-cadê os bebês?-Mario se aproxima e me abraça
-ficaram com a minha sogra pra espera o pai deles chegar-conto baixinho
-vai mesmo voltar pro apartamento?-ele pergunta discretamente
-sim-confirmo e me afasto
Cumprimento o Igor e a Pietra que nem se importaram comigo ali e volto a me aproximar do Mario que me abraça.
-veio se distrair?-pergunta, mas ele já sabe a resposta, ele me conhece bem demais
-sim, eu preciso parar de pensar um pouco nisso, preciso deixar pra pensar depois que eu falar com os meninos
-então vem cá, que o que não falta aqui é trabalho, falando em trabalho, descobriram que você está voltando e querem voltar a produzir contigo
-quem?
-todos-ele ri
-nossa
-os meninos são ótimos, mas igual a você não tem, eles querem continuar sendo produzidos pelos meninos, mas com a sua ajuda, porque tudo que você toca vira ouro
-quem me dera
-é verdade Marina, você foi a primeira pessoa a ver talento na Marília, nas Maraisas, na Naiara, no Wallace e todos eles estão bombados até hoje
-não posso voltar por completo agora, mas vou vim sempre umas três horinhas, podemos reorganizar meus horários pra dá certo essa loucura
-que bom te ver de volta, ver você fazendo o que ama-Mario me olha com admiração
-para, ultimamente tô com muito sensível, pode parar-sinto meus olhos cheios de lágrimas
-não tá de bebê de novo né?
-lógico que não, tá doido? Depois que o sangue parou de descer eu comecei minha pílula e o Luan está sempre encapado, então não, não é bebê
-você deveria ter feito aquela cirurgia pra não engravidar mais-ele aconselha
-eu pensei nisso, mas eu tive uma ideia melhor-dou de ombros e ele me encara curioso-o Luan vai fazer uma vasectomia, eu soube que tem como reverter e se caso a gente termine e ele queira filho com outra, ele consegue
-não fala besteira-revira os olhos pra mim
-não falei nenhuma-dou de ombros e ele me dá um tapa no braço
-sem terminar, agora vem que você veio aqui pra trabalhar-ele me puxa como se eu fosse um brinquedo
Passo a manhã toda ali, almoço com eles depois de pedir uma marmita pra mim e só resolvo ir embora depois das duas.
-ei meus dengos, tô indo, mas eu volto logo-saio distribuindo beijos em todos
-volta logo-Igor diz animado, ele sempre demonstra carinho comigo, ele não consegue esconder a gratidão que tem por ter conseguido o estágio aqui e agora o trabalho
Mario desce comigo até o meu carro e fica me olhando preocupado. Coloco minha bolsa no banco do carona e me viro pra ele.
-não se preocupa, tá tudo bem
-promete conversar?
-vou conversar com os meninos primeiro e depois com o Luan-deixo claro e ele suspira
-tá ok, já é alguma coisa, me liga depois?
-ligo sim-o abraço fortemente buscando conforto e ele retribui me apertando ainda mais e dizendo em meu ouvido que tudo vai ficar bem-ok, preciso ir agora-me afasto e limpo minhas lágrimas
-dirige com cuidado
-vou dirigir-jogo beijo pra ele
Entro no carro, ligo o mesmo e saio dali. Sigo em direção ao prédio do Luan e fico pensativa. Será que ele realmente se cuidou? Será que ele tomou juízo? Eu realmente espero que sim.
Chegando no prédio, espero o carro na minha frente entrar e quando penso em fazer o mesmo um homem entra na frente do meu carro. Freio com tudo e ao olhar o cara, vejo que é o Luan.
Desligo o carro e desço dele feito uma onça.
-você tá querendo se matar?-me aproximo dele e lhe dou uns tapas no peito
-não, eu só queria te parar
-já imaginou se eu não tivesse olhando pra frente?
-eu me sentaria no capô do carro-ele dá uma desculpa e ri
Dou mais uns tapas nele e me afasto voltando pro carro. Luan não se mexe e fica me encarando.
-sai dai, por favor-peço com educação
-eu quero conversar, vai me deixar subir?
-não-falo o óbvio-eu deixei as crianças lá em casa, vai pra lá ficar com elas
-primeiro eu quero conversar
-SACO-dou um grito com ele e abro a garagem novamente
Ele entra ali sem me esperar e eu vou logo atrás com o meu carro. Paro em uma das nossas vagas e fico ali dentro do carro, quietinha por alguns instantes.
-tá tudo bem Marina, você consegue, você é forte, você consegue-falo comigo mesma
Olho pelo carro e encontro o Luan escorrado perto do elevador, quem vê pensa que ele é alguém normal.
Pego a minha bolsa sem ter opção e deixo as coisas das crianças que eu trouxe ali no carro mesmo. Depois que o Luan for embora eu venho buscar e levo pra cima.
Me aproximo dele sentindo um bolo se formar em minha garganta e aperto o botão do elevador.
-tá tudo bem?-Luan pergunta, mas não consigo responder, se eu abrir a minha boca eu vou chorar-me desculpa te fazer passar por isso-ele mexe no meu cabelo e eu permaneço quieta, a minha vontade é pular em seu colo e dizer que estou morrendo de saudade
O elevador finalmente chega e eu entro na frente. Luan vem logo atrás e para ao meu lado. Subimos em silêncio total e ao chegar no nosso andar, saio na frente e ele como sempre vem atrás.
-tô lembrando da primeira vez que eu te trouxe aqui-ele diz baixinho-você se lembra?-pergunta como se nada tivesse acontecido
Continuo meu caminho sem nem olhar pra cara dele. Passo meu dedo no leitor da porta e ela se abre. Ando até o sofá, deixo minha bolsa ali e também me sento.
-pronto, chegamos, agora fala o que é que você tem pra falar-cruzo os braços um tanto irritada
_______________________
Quase um mês depois e aqui estou eu 🤷
Lembram lá no meio da fic quando eu estava quase perdendo a minha vó que eu aparecia aqui quando dava?
Então, a situação agora é quase igual, porém dessa vez é com o meu tio.
Eu tento fazer parecer que está tudo bem, mas não está e é difícil ter ânimo pra escrever e estar aqui sempre, mas eu tô tentando, juro que tô tentando encerrar essa fic e tenho certeza que vou conseguir, mas vocês precisam ter paciência comigo nesse momento, será que conseguem? Eu tenho certeza que sim, pois vocês são ótimas
Eu queria fazer capítulos grandes, com bastante informações e postar, mas como não tá dando e pra não aparecer aqui só de quinze em quinze dias eu vou tentar postar capítulos menores, por favor não me abandonem agora, vai dá certo 🙏
Luan havia viajado e eu voltado pra casa. Fiquei surpresa quando cheguei e vi que a minha academia realmente estava completa, diversos aparelhos novos e um espelho gigante.
-eu amei isso-falo sozinha olhando cada detalhe ali
Tânia me disse que ele comeu direitinho esses dias, foi a academia, o celular despertava e ele corria pra beber o remédio. Resumindo, ele conseguiu viver corretamente sem muita ajuda.
Me empolguei, me enchi de esperanças com essa mudança, mas primeiro preciso falar com o Rober e saber como ele se saiu na estrada.
Daiane e a Malu estão me ajudando a achar duas babás competentes pra cuidar dos meus bebês, eu preciso de ajuda e qualquer pessoa pode perceber isso de longe.
-vou precisar ir no estúdio, mas vou levar os gêmeos, dá conta da Laura e da Mariana né?-converso com a Dai que sorri confirmando-obrigada, eu já disse que você é meu anjo né?-mando beijo pra ela que retribui
-sim, você disse
Subo as escadas, me arrumo e volto pra sala. Pego os meus gêmeos e levo pro carro, prendo eles bonitinhos no bebê conforto.
Como a Laura está no colégio e a Mariana dormindo, não me despeço de ninguém e saio dali.
Ligo o rádio baixinho e sigo cantando animada as músicas do Luan.
Ao estacionar no estúdio sinto uma animação inexplicável. Só esse lugar consegue me deixar assim, é uma sensação inigualável.
-O QUE FAZ AQUI SUA DOIDA?-Mario grita da porta e eu dou risada da sua expressão de surpreso
-vim matar um pouco da saudade que tô desse lugar, vem me ajudar com os gêmeos seu maluco-pego minha bolsa
Abro a porta de trás e solto os dois que estavam presos. Pego primeiro o Matheus e quando o Mario para ao meu lado, eu dou o bebê conforto pra ele. Pego a Manuela e tranco o carro.
-já voltou pra casa?-pergunta curioso
-sim, mas acho que quando o Luan for voltar, eu vou voltar pro apartamento, ele merece mais um tempo sozinho pra ver se aprendeu de verdade que ele precisa se cuidar-tento parecer certa do que tô fazendo, mas antes de terminar a frase sinto minha voz fraquejar
-você tá morrendo de saudade dele-ele me acusa
-tô mesmo, ele é o meu marido e eu tô com saudade e eu só quero o melhor pra ele e o melhor pra ele é que ele sinta na pele como é perder alguém que amamos-já começo a chorar e ele me abraça do jeito que dá
-fica calma vai, ele tá se cuidando, tenho certeza que ele vai continuar assim, ele percebeu que é um erro o que ele tava fazendo
-tomara-limpo minhas lágrimas com a mão livre-vamos subir que eu tô morrendo de saudade de tudo aqui-puxo ele pra perto
Subimos as poucas escadas e ao entrar todos me olham surpresos. A surpresa dura segundos, até eles virem me abraçar e dizer que estavam com saudade.
-voltou pra ficar?-Igor pergunta animado
-mais ou menos, não vou vim todos os dias por enquanto, mas irei vim sempre e ficar algumas horas por dia, combinei com a Marília e vamos começar a produzir o novo DVD dela-falo animada com as novidades
-então vamos ao trabalho-Pietra fica mais animada que eu
(...)
Os dias sem o Luan se passaram voando, a quarta finalmente chega e com ela provavelmente o meu marido.
Eu quis ficar na nossa casa, quis esperar pra saber se ele se cuidou, mas eu não consigo, eu não posso, não enquanto eu não tiver certeza que ele está levando a sério a história de se cuidar.
Aviso minha sogra sobre voltar pro apartamento e ela vem até a nossa casa.
-sei que quando ele chegar ele vai querer ver as crianças-dou de ombros-a Dai fica com a Mariana e na hora de buscar a Laura ela leva a pequena, mas eu preciso que alguém fique aqui com os gêmeos
-tem certeza que quer ir?-ela pergunta preocupada
-tenho-afirmo-eu ainda não tive tempo de conversar com o Well ou com o Rober pra saber se ele realmente se cuidou por esses dias, então eu vou pra lá, ele fica com as crianças hoje, eu falo com os meninos e depois eu volto, ou não-dou de ombros
-ele me jurou que tá se cuidando-Mari diz um pouco desesperada
-eu quero ter certeza Mari-abraço ela de lado
-vocês são melhores juntos, você pode dar força pra ele, pode ajuda-lo, por favor Marina, não desiste do meu filho, ele precisa de você, ele não aguenta sem você, sem vocês-ela implora daquele jeito materna e eu deixo um soluço preso em minha garganta, escapar
-eu também não aguento sem ele Mari e é exatamente por isso que estou fazendo isso-suspiro-tudo só depende dele
-eu sei e tenho certeza que ele vai fazer por merecer
-é o que eu espero-tento parecer animada-você promete que ajuda ele com as crianças?-pergunto ansiosa
-sim, eu prometo, vou ver com a Tânia se ela pode ficar até um pouco mais tarde, eu ajudo ele com as crianças e a Tânia ajuda com a casa
-a Laura é maravilhosa, ela ajuda com a Mariana se precisar, mas qualquer coisa me liga e eu venho aqui busca-los
-vai dá certo, não se preocupa, qualquer coisa eu ligo
-obrigada-sorrio encantada com a sua ajuda
-tira o tempo que precisar pra ficarem bem, pra você voltar a confiar nele e conte comigo pro que precisar
-obrigada, obrigada mesmo-abraço ela novamente e me afasto-ajuda ela Dai, por favor, com tudo o que ela precisar, prometo te recompensar depois
-não precisa nem pedir né Marina, fica tranquila, se precisar fico aqui com ela até a noite-ela se dispõe
-meu anjo-suspiro e ela sorri tombando a cabeça de lado
Levo as coisas que precisamos pro carro, me despeço dos meus filhos e saio dali sem olhar pra trás, se eu olhar sei que não serei capaz de deixá-los ali.
Penso em seguir pra casa, mas preciso me distrair um pouco. Sigo pro estúdio e chegando lá o porteiro me olha surpreso.
-cadê os bebês?-pergunta sorrindo
-ficaram em casa com a babá e a minha sogra, preciso de um pouco de distração-omito parte da história
-que bom que está aqui-ele sorri simpático e abre o portão pra mim
-obrigada-sorrio também
Entro com o carro, estaciono ao lado do carro do Mario, pego minhas coisas e sigo até o estúdio.
-oi-falo assim que entro, já que está todo mundo ocupado demais pra perceber minha presença
-oi gatinha-Rô se levanta e deixa um beijo em minha bochecha
-cadê os bebês?-Mario se aproxima e me abraça
-ficaram com a minha sogra pra espera o pai deles chegar-conto baixinho
-vai mesmo voltar pro apartamento?-ele pergunta discretamente
-sim-confirmo e me afasto
Cumprimento o Igor e a Pietra que nem se importaram comigo ali e volto a me aproximar do Mario que me abraça.
-veio se distrair?-pergunta, mas ele já sabe a resposta, ele me conhece bem demais
-sim, eu preciso parar de pensar um pouco nisso, preciso deixar pra pensar depois que eu falar com os meninos
-então vem cá, que o que não falta aqui é trabalho, falando em trabalho, descobriram que você está voltando e querem voltar a produzir contigo
-quem?
-todos-ele ri
-nossa
-os meninos são ótimos, mas igual a você não tem, eles querem continuar sendo produzidos pelos meninos, mas com a sua ajuda, porque tudo que você toca vira ouro
-quem me dera
-é verdade Marina, você foi a primeira pessoa a ver talento na Marília, nas Maraisas, na Naiara, no Wallace e todos eles estão bombados até hoje
-não posso voltar por completo agora, mas vou vim sempre umas três horinhas, podemos reorganizar meus horários pra dá certo essa loucura
-que bom te ver de volta, ver você fazendo o que ama-Mario me olha com admiração
-para, ultimamente tô com muito sensível, pode parar-sinto meus olhos cheios de lágrimas
-não tá de bebê de novo né?
-lógico que não, tá doido? Depois que o sangue parou de descer eu comecei minha pílula e o Luan está sempre encapado, então não, não é bebê
-você deveria ter feito aquela cirurgia pra não engravidar mais-ele aconselha
-eu pensei nisso, mas eu tive uma ideia melhor-dou de ombros e ele me encara curioso-o Luan vai fazer uma vasectomia, eu soube que tem como reverter e se caso a gente termine e ele queira filho com outra, ele consegue
-não fala besteira-revira os olhos pra mim
-não falei nenhuma-dou de ombros e ele me dá um tapa no braço
-sem terminar, agora vem que você veio aqui pra trabalhar-ele me puxa como se eu fosse um brinquedo
Passo a manhã toda ali, almoço com eles depois de pedir uma marmita pra mim e só resolvo ir embora depois das duas.
-ei meus dengos, tô indo, mas eu volto logo-saio distribuindo beijos em todos
-volta logo-Igor diz animado, ele sempre demonstra carinho comigo, ele não consegue esconder a gratidão que tem por ter conseguido o estágio aqui e agora o trabalho
Mario desce comigo até o meu carro e fica me olhando preocupado. Coloco minha bolsa no banco do carona e me viro pra ele.
-não se preocupa, tá tudo bem
-promete conversar?
-vou conversar com os meninos primeiro e depois com o Luan-deixo claro e ele suspira
-tá ok, já é alguma coisa, me liga depois?
-ligo sim-o abraço fortemente buscando conforto e ele retribui me apertando ainda mais e dizendo em meu ouvido que tudo vai ficar bem-ok, preciso ir agora-me afasto e limpo minhas lágrimas
-dirige com cuidado
-vou dirigir-jogo beijo pra ele
Entro no carro, ligo o mesmo e saio dali. Sigo em direção ao prédio do Luan e fico pensativa. Será que ele realmente se cuidou? Será que ele tomou juízo? Eu realmente espero que sim.
Chegando no prédio, espero o carro na minha frente entrar e quando penso em fazer o mesmo um homem entra na frente do meu carro. Freio com tudo e ao olhar o cara, vejo que é o Luan.
Desligo o carro e desço dele feito uma onça.
-você tá querendo se matar?-me aproximo dele e lhe dou uns tapas no peito
-não, eu só queria te parar
-já imaginou se eu não tivesse olhando pra frente?
-eu me sentaria no capô do carro-ele dá uma desculpa e ri
Dou mais uns tapas nele e me afasto voltando pro carro. Luan não se mexe e fica me encarando.
-sai dai, por favor-peço com educação
-eu quero conversar, vai me deixar subir?
-não-falo o óbvio-eu deixei as crianças lá em casa, vai pra lá ficar com elas
-primeiro eu quero conversar
-SACO-dou um grito com ele e abro a garagem novamente
Ele entra ali sem me esperar e eu vou logo atrás com o meu carro. Paro em uma das nossas vagas e fico ali dentro do carro, quietinha por alguns instantes.
-tá tudo bem Marina, você consegue, você é forte, você consegue-falo comigo mesma
Olho pelo carro e encontro o Luan escorrado perto do elevador, quem vê pensa que ele é alguém normal.
Pego a minha bolsa sem ter opção e deixo as coisas das crianças que eu trouxe ali no carro mesmo. Depois que o Luan for embora eu venho buscar e levo pra cima.
Me aproximo dele sentindo um bolo se formar em minha garganta e aperto o botão do elevador.
-tá tudo bem?-Luan pergunta, mas não consigo responder, se eu abrir a minha boca eu vou chorar-me desculpa te fazer passar por isso-ele mexe no meu cabelo e eu permaneço quieta, a minha vontade é pular em seu colo e dizer que estou morrendo de saudade
O elevador finalmente chega e eu entro na frente. Luan vem logo atrás e para ao meu lado. Subimos em silêncio total e ao chegar no nosso andar, saio na frente e ele como sempre vem atrás.
-tô lembrando da primeira vez que eu te trouxe aqui-ele diz baixinho-você se lembra?-pergunta como se nada tivesse acontecido
Continuo meu caminho sem nem olhar pra cara dele. Passo meu dedo no leitor da porta e ela se abre. Ando até o sofá, deixo minha bolsa ali e também me sento.
-pronto, chegamos, agora fala o que é que você tem pra falar-cruzo os braços um tanto irritada
_______________________
Quase um mês depois e aqui estou eu 🤷
Lembram lá no meio da fic quando eu estava quase perdendo a minha vó que eu aparecia aqui quando dava?
Então, a situação agora é quase igual, porém dessa vez é com o meu tio.
Eu tento fazer parecer que está tudo bem, mas não está e é difícil ter ânimo pra escrever e estar aqui sempre, mas eu tô tentando, juro que tô tentando encerrar essa fic e tenho certeza que vou conseguir, mas vocês precisam ter paciência comigo nesse momento, será que conseguem? Eu tenho certeza que sim, pois vocês são ótimas
Eu queria fazer capítulos grandes, com bastante informações e postar, mas como não tá dando e pra não aparecer aqui só de quinze em quinze dias eu vou tentar postar capítulos menores, por favor não me abandonem agora, vai dá certo 🙏
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