Luan
Havíamos acabado de chegar no Brasil, já estou me sentindo um moreno alto, bonito e sensual, de tanto sol que peguei nesses dias de viagem.
Passamos o Natal e Ano novo no Hawaii, lá conseguimos renovar as energias para mais um ano.
Algumas pessoas que viajaram com a gente, haviam deixado o carro no estacionamento do aeroporto e com a ajuda do Well foram saindo e seguindo caminho pras suas respectivas casas. Não sobramos muitos, ficou mais a nossa família e os amigos da Marina.
Duas vans aparecem no meio da pista de pouso pronta pra nos levar pra casa e eu agradeço, não vejo a hora de chegar na nossa casa, no meu banheiro, no meu vaso.
Nos acomodamos nas vans e na saída encontramos fãs que tentam um atendimento silencioso, elas pedem abraços e fotos enquanto cochicham.
-podem falar normal, as crianças estão com protetores no ouvido-Marina aparece na porta da van e as meninas pedem a atenção dela também
-vocês casaram de novo mesmo?-alguém pergunta
-sim-concordo animado e mostro a nova aliança
-aaaaah, que amor-elas dizem me fazendo rir
-já que dessa vez não pudemos convidar nenhuma de vocês pra irem no casamento, que tal eu jogar o meu buquê pra vocês?-Marina se anima com a ideia e as minhas meninas também, já que começam a falar alto-sem gritar e sem falar alto, se não as crianças vão acordar-ela é o mais amorosa possível
-desculpa-uma delas pede
-olha, o buquê é com flores de plástico-escuto a Bruna rir no fundo da van-o que eu realmente usei era verdadeiro, mas as flores morreram-minha esposa faz um bico fofo e eu percebo que eu acabo de perder minhas fãs pra ela-comprei esse especialmente pra jogar pra vocês-ela entra na van e pega o buquê
-as novinhas nem tente pegar em, aliás, deixa essa história de buquê pra lá, eu não deixo nenhuma de vocês casar-digo enciumado e cruzo os braços
-cala a boca-Marina não é nada delicada e faz todo mundo rir de mim-vou jogar logo, antes que alguém aqui acorde e abra o berreiro-ela diz divertida e se vira de costas pras meninas-no três em-ela fala um pouco alto e eu olho pros nossos filhos que nem se mexem
-vai logo-reclamo e ela me olha revirando os olhos-e eu pensei que tinham vindo me ver-reviro os olhos pras meninas
-já que o Luan não cala a boca, deixa eu descer-Marina empurra mais a porta da van e desce sem a permissão do Well que revira os olhos pra ela-não faça isso-ela briga com ele e nos faz rir-vou jogar rapidinho, porque precisamos ir tá?-ela cochicha com as meninas, mas eu escuto
-tá bom-todo mundo concorda
Marina conta até três e joga o buquê. Dá uma pequena confusão entre todo mundo, até uma das meninas mostrar que o buquê é dela é ninguém tira.
-vamos bater uma foto-Marina estica o celular pra mim
Dígito a senha e colocou na câmera. Ela fica entre as meninas e eu bato algumas fotos.
-pronto-chamo ela que sobe na van com a ajuda do Well
-obrigada meninas, principalmente por ficarem felizes pela nossa felicidade-Marima agradece e joga beijo pras elas e soltam suspiros
Volto a atender elas e depois de alguns segundos, Well pede pra que a gente vá embora. Me despeço de todo mundo e volto a me sentar ao lado da minha esposa.
-cansada?-passo meu braço pela sua nuca e ela deita a cabeça em meu peito
-sim, espero que eles durmam por mais algumas horas, eu só preciso de um banho bom e demorado
-te faço uma massagem depois do banho
-faz mesmo?-ela me olha com uma carinha safada
-eu falei massagem
-pode ser uma massagem no meu clitóris-ela diz normalmente e eu solto uma gargalhada alta, que faz a Laura acordar
-para papai-ela reclama e a Marina tampa minha boca
-dorme amor, papai não vai mais fazer barulho, prometo-Marina é doce como sempre e eu paro de rir alto e fico apenas a encarando
Laura tomba a cabeça pro outro lado e volta a dormir.
-não ri alto, é sério! Ela tá com protetor e mesmo assim te escutou-ela fala baixo
-parei prometo, mas não fala essas coisas-beijo seu pescoço
-parei, agora é sério, vai fazer massagem mesmo?
-vou, nos ombros e nas costas, se quiser mais é só avisar também-pisco pra ela que concorda com a cabeça
-Lari e o Felipe tão querendo vim morar em São Paulo-meu sogro diz alto chamando nossa atenção e percebo que ele deixa a minha mulher feliz
-é sério?-ela pergunta surpresa
-sim, eles estão vendo se conseguem um trabalho por aqui, uma casa e depois eles vem-o Cido não consegue conter a felicidade na voz
-posso ajudar em relação ao emprego-ofereço minha ajuda-meus pais conhecem vários médicos e donos de hospitais, podemos pedir uma chance a eles
-gosto da ideia-meu sogro responde animado
-e sobre a casa, por enquanto eles podem ficar no meu apartamento já que vocês às vezes usam o da Marina ao invés do meu-reviro os olhos
-eles não vão querer morar de graça no seu apartamento
-é só até eles acharem uma casa boa pra eles, sei que não vai ser pra sempre
-vou ver com eles e depois te falo
-vocês vão pra casa?-Marina pergunta manhosa
-vamos pro apartamento, aproveitar um pouco a dois-meu sogro responde
-Cido-minha sogra fica envergonhada e eu me seguro pra não soltar uma gargalhada alta-vão se virar bem sozinhos?-pergunta preocupada
-sim, agora que sei que eles se dão bem com o protetor de ouvido, vou usá-los-Marina responde sorridente
-avisa o Well que vão pro apartamento-peço, já que eles estão na frente
-já avisei-escuto umas risadinhas e faço o mesmo
-ok
Continuamos o caminho em silêncio e logo paramos na frente do prédio com o apartamento da Marina. Meus sogros dão beijos nas crianças e em seguida descem da van sem preocupação, apenas querendo se curtir.
Continuamos o caminho e deixamos a Bruna, Breno e o Bernardo. Logo em seguida param na frente da nossa casa.
-graças a Deus-suspiro
Marina se ajeita no banco e espera que eu levante, assim eu faço e pego a Laura no colo. Ela resmunga, mas não acorda, simplesmente me abraça e continua dormindo.
Me despeço dos meus pais e sigo até a porta, Marina abre ela e eu entro com a Laura. Subo as escadas e ando até o quarto da minha primogênita, deito ela na cama e a cubro com a coberta.
Volto a descer as escadas e encontro os três bebês confortos no chão da sala e ao lado algumas das nossas malas.
Saío e ajudo o Well e o meu pai a levar tudo pra dentro, quando isso acontece. Me despeço novamente deles e entro com a Marina.
-deixa as malas ai que eu subo depois-pego o bebê conforto com a Mariana e o Matheus que são os mais pesados
-eu te ajudo-ela boceja
-não, vamos colocar as crianças nos seus berços, você vai tomar o seu banho, eu vou te fazer uma massagem e eles provavelmente vão acordar pra mamar, ai enquanto você dá de mama, eu tomo meu banho e em seguida a gente dorme-beijo seu rosto
-não vamos fazer sexo?-ela cruza os braços e eu dou risada
-não, não vamos fazer sexo
-é porque eu ainda tô gorda né?-ela faz um biquinho-já entendi tudo-pega o bebê conforto com a Manuela e sai andando em direção a escada
-não tem nada a ver com isso Marina, para de loucura, é só porque estamos cansados-ando atrás dela achando graça das suas suposições
Ela sobe as escadas de pressa e eu tento acompanhá-la, mas é difícil.
Ando até o quarto dos gêmeos e encontro ela colocando a pequena no berço. Pego o Matheus e deito ele rapidamente no berço dele. Deito o bebê com a Mariana no chão e me aproximo da Marina.
-Sereia, para com isso, não tem nada a ver isso que tá imaginando-espero ela colocar a Manu no berço e viro ela pra mim, ela chora
-é isso sim, a dieta acabou e você mal me tocou
-você sabe que não é por isso, mal te toquei lá na viagem, porque as crianças dormiam com a gente e quando tentávamos, algum deles acordava e hoje estamos cansados, foi uma viagem longa
-eu não estou cansada-ela me encara ainda chorando
-então vamos fazer sexo
-eu não quero mais Luan-encerra o assunto-eu mal me recuperei da gravidez da Mariana e já tive gêmeos, eu sei que meu corpo não é o mesmo, que ele já não te agrada, mas não se preocupa, eu vou fazer ele voltar a ser como era-ela se desvencilha de mim e sai do quarto
-só pode ser TPM-bato na minha própria testa
Olho meus pequenos dormindo e saio do quarto levando a Mariana. Deixo ela no quarto dela deitadinha em seu berço e ando até o nosso quarto, não encontro a Marina ali, mas escuto o barulho do chuveiro. Tento abrir a porta do banheiro, mas está trancada. Desisto por enquanto de tentar falar com a Marina e desço as escadas.
Subo todas as malas para os receptivos quartos, em seguida pego a bolsa das crianças e ligo às babás eletrônicas no quarto dos gêmeos e no quarto da Mariana.
Me deito na cama, conecto a babá de vídeo e fico olhando meus filhos dormirem, exceto a Laurinha, que já não precisa de babá eletrônica e de vídeo há algum tempo.
Alguns minutos depois Marina sai do banheiro com uma toalha enrolada no corpo.
-ei-tento chamar sua atenção, mas ela finge não ouvir e vai pro closet
Dou risada baixo pra não irrita-la.
Não é possível que ela realmente ache que seu corpo é um problema pra mim.
Ela enrola no closet, mas por falta de escapatória, ela sai vestida em um pijama e deita na cama ao meu lado, porém bem distante e de costas pra mim.
-é sério que vai ficar bolada por isso?-tento um diálogo-Marina deixa de infantilidade-sou mais firme e ela se vira pra mim
-não é infantilidade e você sabe disso
-então me diz o que é?
-me diz você que não quer transar comigo
-eu quero amor, só achei que você iria querer descansar-sou sincero-não foi pelo seu corpo que eu me apaixonei, foi pelo seu interior, foi pela sua personalidade, seus valores, por quem você é por dentro. O mais lindo de todo o seu físico são seus olhos, eles sim me encantam-ela me encara duvidosa-tá os seus peitos também-confesso, ela não aguenta e dá um sorrisinho-ah, não posso esquecer da preciosa-aponto pra suas partes íntimas e ela solta uma gargalhada gostosa-deixa de ser boba vai, quando burlamos a dieta na gravidez da Mariana você ainda estava gordinha e eu tava me fodendo pra isso, porque você é gostosa de qualquer jeito e não seria diferente agora. Você que está mal com seu corpo, eu não, eu te acho linda de qualquer jeito-sou sincero e ela parece perceber
-desculpa-faz um bico lindo-acho que estou de TPM-tomba a cabeça de lado
-não tenho o que desculpar, não brigamos nem nada, você que pirou o cabeção
-vamos fazer sexo agora?
-vamos sim, mas não tomei banho ainda
-não ligo-ela me puxa pra ela pela camiseta
Deito ela direito na cama e me deito sobre seu corpo. Agarro sua coxa de fora e aproximo minha boca da sua. Roço nossos lábios e quando penso em aprofundar o beijo, um chorinho na babá me faz sair de cima dela.
Olho na televisão e vejo que o Matheus acordou.
-não vamos fazer sexo agora-respondo sua pergunta novamente e ela se senta com a respiração um pouco pesada
-tudo bem, vou dá mama pros três enquanto você toma banho, depois você faz a massagem que me prometeu e a gente dorme, estou cansada-ela boceja
-é sério?-é a minha vez de ficar bolado
-sim-ela é firme na resposta
-aff-me levanto e ando em direção ao banheiro
-pelo jeito não sou só eu que estou de TPM-ela diz rindo
Coloco minha mão pra trás e mostro dedo do meio pra ela que ri ainda mais me chamando de infantil.
Entro no banheiro, tranco a porta, tiro a roupa e entro em baixo do chuveiro já ligado, dou risada do nada me sentindo super leve, eu sempre me sinto assim quando está tudo bem entre mim e a Marina e saber que sua crise de minutos atrás não afetou em nada na nossa relação, me deixou ainda mais leve.
(...)
Eu adoraria ficar pra sempre em casa, ajudando a Marina com as crianças, mas como não é possível, volto pra estrada depois de quase quatro meses fora e sinto um vazio, estava faltando eles.
-se anima vai-Testa tenta me animar quando entramos no jatinho
-só tô cansado, eu e a Marina passamos a madrugada em claro nos curtindo e quando estava quase dormindo, deu a hora de levar a Laura pra escola, eu fui e quando voltei os gêmeos e a Mariana estavam acordados, então tive que ajudar a Sereia, eu não dormi ainda
-mente pra você mesmo o quanto quiser, mas eu sei que está desanimado, porque teve que deixar a Mari e as crianças
-isso é óbvio, fica um vazio no coração-fecho os olhos me lembrando dos meus cinco sorrisos favoritos
-eu te entendo-ele responde rápido
-eu também-Cirilo diz pensativo-é estranho deixar as meninas depois de passar meses juntos por quase todos os dias
-é mesmo, mas precisamos trabalhar-tento parecer animado-além de amar minha família, eu amo a música e eu não acho que já esteja na hora de parar, então vamos trabalhar-esfrego minhas mãos uma na outra
-bora jogar truco-Rico, um segurança meu diz mostrando o baralho
-bora-concordo me animando de verdade e ficamos todos sentados de lado-eu e o negão-já escolho minha dupla, dos três ele é o melhor
Passamos a viagem toda até o Ceará jogando truco, consegui me distrair e relaxar um pouco.
Chegamos na cidade de Fortaleza e o sol tá de rachar. Coloco meu óculos de sol e desço logo depois do Well.
Algumas pessoas me esperam ali na pista de pouso e eu atendo todas com todo meu amor e saudade.
Depois de atender todos ali seguimos pra van e continuamos até os fãs que me esperam do lado de fora. Atendo o máximo possível enquanto escuto várias pessoas gritando o meu nome sem parar e logo o Well encerra o atendimento e seguimos em direção ao hotel.
(...)
Os shows foram acontecendo, os dias longes foram passando e uma agonia se instalando em meu peito.
Chego no hotel já se passa das sete da manhã depois de participar de um festival e me jogo na cama vestido mesmo.
Sei que a essa hora a Marina já deixou ou está deixando a Laura na escola. Espero dar a hora que ela costuma chegar em casa e disco seus números, mas a chamada cai na caixa postal. Espero mais alguns minutos, tento de novo e nada.
Ligo a internet e meu celular começa a travar de tanta notificação que chega. Quando ele se acalma, eu o pego na mão e abro meu whats. Tem mensagem da Marina ali dizendo que tentou ficar acordada pra assistir a transmissão do festival online, mas não conseguiu.
Logo em seguida vem uma mensagem de bom dia e muito amor. Por último ela me manda tomar banho pra dormir cheiroso.
Como faço tudo o que ela pede eu simplesmente arranco a roupa e entro no banheiro. Tomo um banho tranquilo e quando percebo que estou quase adormecendo em baixo do chuveiro, eu desligo o registro e saio enrolado em uma toalha.
Pego a minha mala e coloco sobre a cama, abro a mesma e procuro uma roupa confortável pra dormir, mas antes de encontrar, escuto meu celular tocando pelo quarto.
Procuro ele e o encontro embaixo da mala. Quase no último toque eu deslizo o dedo na tela e aceito a chamada que vem do celular do meu pai.
Ligação on 📲
-oi pai, o que foi que tá ligando essa hora?
-aconteceu uma coisa, mas não precisa se preocupar, está tudo sobre controle-ele diz calmamente, mas não me convence
-o que foi que aconteceu?-pergunto de uma vez e escuto ele suspirar-fala logo-arqueo o tom de voz
-não pira, se você pirar vai ser pior ok?
-fala logo pai, tô ficando nervoso-respondo aflito
-Marina sofreu um sequestro relâmpago-ele diz e o celular cai da minha mão
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Olá bebês 😏
Vocês estão bem?
Ive, queria dizer que você é muito incrível viu, obrigada pelas palavras viu meu amor ❤️
Vamos ao capítulo! Teremos um cantor pirando? Sim ou claro? 🤔
Tentarei voltar mais rápido pra não deixar vocês curiosos 😚
Em nome de Jesus, volta logo
ResponderExcluirTu que é incrível mulher! Escrevendo essa fic perfeita dessa..só falei o que eu penso! Uma fic FODA dessa e o povo botando defeito? Ah vtnc meo! Mas cada um tem a sua opinião né, e eu tenho que entender isso. ;)
ResponderExcluirMas falando capítulo.. Luan vai tirar o cabeção aí viu kkkkkkk
Continua..melhor escritora de fic :D E NÃO DEMORA, POR FAVOR
Posta mais por favor.
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