Capítulo 376 - Um bom pai

Luan

Passar o dia com a minha família é sempre bom, mas ontem renovou todas as minhas energias. É tão bom estar com eles e saber que eu os tenho.

Ficamos nos divertindo juntos o resto da tarde e também durante a noite. Quando os pequenos começaram a dar sinal de sono, subimos todos.

Todos tomaram banho e depois da Marina secar o cabelo de todos, demos beijinhos e eles foram dormir.

Seguimos pro nosso quarto e depois de trancar a porta, foi a nossa vez de tomar banho, só que do nosso jeitinho.

Dormimos já era quase de manhã, mas antes disso coloco meu celular pra despertar, não é sempre que estou em casa, mas sempre que estou levo as crianças pra escola.

Pego no sono muito rapidamente e quando o sono começa a ficar bom, meu celular desperta. Até tento não abrir os olhos e continuar a dormir, mas sinto uma cotovelada na minha costela e rapidamente me sento na cama.

-o que que foi?-pergunto pra minha esposa que me olha brava
-vai levar as crianças hoje?
-por que o mal humor?-questiono logo de cara e ela revira os olhos
-eu tava em um ótimo sono e seu celular me acordou
-desculpa-me aproximo dela e beijo sua bochecha-pode dormir, vou levar os pequenos sim
-tá-ela boceja e fecha os olhos-obrigada-dá um sorriso-ontem a Laura na hora de dormir, tava com uma dor na barriga, eu pensei que fosse por ter comido demais-ela dá de ombros ainda de olhos fechados-mas se a dor continuar e ela quiser faltar, você pode deixar
-certeza?-questiono pra ter certeza do que ela está falando
-claro que sim, tô de olhos fechados, mas ainda não voltei a dormir-ela diz em um tom de repreensão
-tá bom, agora dorme leoa, já eu volto
-não corre-ela me olha preocupada
-não farei-pisco pra ela e entro pro banheiro

Faço minha higiene matinal e assim que saio do banheiro, sigo direto pro closet.

Troco a roupa que não era apropriada para sair, pego minha carteira e meu celular e saio do nosso quarto.

Meus filhos agora tem um despertador cada um e por isso eles tentam acordar sozinhos. A maioria das vezes funciona, mas as vezes não. Hoje, pensei que seria um dos dias que não funcionaria, já que ontem estavam todos cansados e fomos dormir um pouco tarde, mas eles me surpreenderam. Todos já estavam se arrumando, menos a Laura que permanecia deitada na cama, porém estava acordada.

-bora filha-tento anima- lá, mas não dá muito certo
-deixa eu faltar hoje?-pede baixinho
-o que aconteceu?-me sento na beirada da cama e faço carinho em seu cabelo
-eu tô com muita dor na barriga, desde ontem-ela explica
-você tomou remédio?
-ontem a minha mãe me deu um, mas não adiantou muito, a dor ainda tá aqui-ela fica em posição fetal
-vou te dar um remedinho que sua mãe toma quando sente cólica, pode ser isso
-será?-me olha surpresa
-eu acho que sim, onde dói?-me afasto um pouco

Ela se descobre e me mostra que dói no "pé" da barriga.

-acho que é cólica mesmo, pera ai-beijo a testa dela e saio

Volto pro meu quarto e procuro entre as coisas da Marina, o remédio que ela toma quando está com cólica. Assim que encontro, corto ele no meio, pois tenho medo de dar um inteiro pra Laura.

Volto pro quarto da minha primogênita e entrego o remédio pra ela, ela pega sua garrafinha de água ao lado da cama e bebe logo, pra que a dor amenize um pouco.

-dorme mais um pouco, a dor vai passar tá?-converso com ela que sorri me olhando
-você é o melhor pai do mundo, ninguém tem um pai igual ao meu, você é incrível-ela se senta e me abraça
-eu tô velho e emotivo filha, tá querendo me fazer chorar?-pergunto emocionado
-não pai-ela ri-só quero que saiba disso, você é maravilhoso demais, morro de orgulho de você e sou muito feliz por ser sua filha-ela me encara nos olhos e eu tento conter minhas lágrimas, mas algumas descem sem permissão
-amo você minha linda, demais. Você é um dos melhores presentes que Deus colocou já minha vida, vou sempre lutar pra ser um ótimo pai e pra te dar uma boa educação e estrutura familiar
-você já é um ótimo pai-ela beija minha bochecha e volta a deitar-agora para de ser um velho chorão e vai lá apressar os pequenos, às vezes eles enrolam de mais e atrasam todo mundo
-tô indo-me levanto-fica bem, logo a dor passa. Quando eu voltar, eu venho aqui ver como está
-obrigada pai, te amo muito
-te amo muito meu pedacinho-faço ela sorrir e ganho meu dia por isso

Saio do quarto dela e passo no quarto do Matheus, ele está sentado na cama, vestido com o uniforme da escola, com o tênis na mão e olhando o nada. Observo ele por alguns segundos e vejo ele dar uma pescada, provavelmente ele está com sono e está fazendo tudo ligado no automático.

-bora Theus-chamo a atenção dele, que finalmente me olha e parece acordar
-tô com sono-resmunga
-eu sei, mas precisa estudar. Chegar lá você vê os amigos, as gatinhas e se anima-pisco pra ele que ri
-eu só tenho uma gatinha pai-me corrige e eu fico surpreso
-que gatinha?
-é da minha sala, a gente fica junto no recreio, ela é linda
-Matheus, Matheus, olha lá em, nada de beijar essa menina, vocês são novinhos
-credo pai, beijar é nojento
-quero ver até quando vai pensar assim-falo baixo e ele não escuta-o que?-questiona
-respeito em Matheus, nada de beijo, só pode ficar juntos no recreio e pode abraçar também, mas só isso-deixo avisado e ele me olha tedioso
-eu sei disso pai
-sua mãe sabe disso?-pergunto e ele me olha assustado
-não, a mamãe não sabe, ela fica brava. Não conta pra ela pai-ele junta as mãozinhas implorando
-tá bom, não vou contar-dou um sorriso-agora calça logo esse tênis e desce pra tomar café
-tá, tô indo-ele finalmente calça o tênis e eu deixo ali

Passo no quarto da Mariana e ela já desceu, assim como a Manu. Desço também e encontro minhas filhas na mesa do café. Beijo a testa delas e sigo pra cozinha, onde Tânia está terminando de coar um café.

-bom dia Tânia-me aproximo e abraço ela apertado
-bom dia Lu, dormiu bem?-questiona preocupada e beija minha bochecha quando me afasto
-dormi sim e você?
-maravilhosamente-ela sorri toda feliz e eu estranho
-eita que a noite foi animada-brinco com ela que fica vermelha de vergonha
-foi sim-concorda mesmo estando sem graça e eu resolvo parar de zoar com ela, Tânia é muito reservada
-parei-beijo sua bochecha
-senta lá que já vou servir seu café
-obrigada-beijo sua bochecha

Me sento na mesa com meus piolhos e o Matheus já está ali.

-cadê a irmã?-Mariana pergunta sobre a Laura, ela só chama ela assim
-tá dodói, hoje ela não vai-explico e ela faz uma cara de preocupação
-o que ela tem? Ela vai ficar bem? Leva ela do médico pai-Ana começa a falar sem parar e eu acho lindo essa preocupação de irmãos
-é uma dorzinha na barriga, ela tá bem, eu já dei um remédio, se ela não melhorar, eu levo no médico
-você que deu remédio?-Manu debocha e os três começam a rir da minha cara
-ei, vocês param em-faço bico e a Manu que é a que está mais perto se estica e beija meu braço
-é brincadeira pai-ela diz séria e eu dou risada descontraindo o clima

Tomamos nosso café em um ótimo clima, ama estar com meus pequenos e escutar eles me chamando de pai toda hora.

Depois de estarmos todos satisfeitos, eles sobem correndo pra escovar os dentes e em seguida seguimos pra escola.

Como os três estudam na mesma escola, depois de deixa-los, sigo tranquilo pra casa. Ao chegar, subo direto pro quarto da Laura, pois estou preocupado com ela e não a encontro na cama.

-Laura-chamo e escuto um resmungo vindo do banheiro-filha-bato na porta e ela abre um pouco a porta, ao olha-la me preocupo mais ainda, ela está assustada-o que foi?
-eu menstruei
-ai meu Deus-me desespero
-eu preciso de absorvente pai
-ai meu Deus-não sei o que dizer
-vai lá ver se minha mãe tem, se não você vai ter que comprar
-eu não sei comprar isso Laura
-sabe sim, você aprende
-ai meu Deus-fico nervoso
-vai logo pai-ela me empurra e eu saio sem ter opção

Entro no meu quarto e encontro a Marina dormindo. Procuro absorvente nas coisas dela, mas só acho aquele que enfia dentro e ele é grande, com certeza não da pra minha filha.

Me aproximo da cama e cutuco a Marina que simplesmente vira pro outro lado e nem me dá atenção.

Sem ter opção, desço as escadas novamente e saio de carro em direção a uma farmácia. Vou direto em uma que sempre que a Marina precisa de algo, eu venho.

Todo mundo fica me olhando, mas estou preocupado mesmo em levar logo esses trem pra Laura.

Leio cada embalagem e tento entender a diferença de um pra outro, mas nada entra na minha mente.

-droga-resmungo um pouco irritado, pois eu tinha certeza que teria um específico pra primeira menstruação e não tem-quer saber?-falo sozinho-vou levar um de cada

Pego um pacote de cada absorvente que tem ali e levo pro caixa, a mulher que está ali, pelo jeito é nova, ela nem presta atenção no que tô comprando e simplesmente fica me encarando.

-pode ser rápida? Tô com um pouco de pressa-tento não parecer grosso e ela sorri
-posso tirar uma foto com você?-pergunta
-claro-concordo

Ela pega o celular e faz pose, eu faço o mesmo e tiramos a foto. Ela coloca tudo o que peguei em uma sacola, passo cartão e finalmente saio da farmácia.

Eu havia dito a Marina que não correria, mas na volta pra casa, fiz exatamente o contrário. Meto o pé no acelerador e logo chego.

Subo as escadas correndo e quando chego na porta do quarto da Laura, começo a sentir falta de ar.

-pai?-Laura pergunta do banheiro
-tá pelada?-pergunto sem conseguir sair do lugar
-não-responde rápido
-então pegar a sacola aqui, tô morrendo-me sento no chão

Ela sai do banheiro, pega a sacola na mão e fica me olhando.

-que foi?-questiono
-não sei usar pai
-ah meu Deus-me levanto e pego a sacola-sua mãe que devia ter te ensinado isso
-cadê ela?
-tá dormindo, tentei acordar ela e ela só virou pro lado
-então me ajuda pai
-meu Deus-pego a sacola

Escolho um absorvente qualquer, que eu deduzi que seria o melhor e peço pra ela pegar uma calcinha. Ela vai e volta toda sem jeito.

-meu Deus, meu bebê cresceu demais-fico olhando ela e sinto vontade de chorar
-sem chorar pai, só me ensina

Não sei de onde tirei experiência, mas pego um absorvente e abro pra ela ver.

-você tem que tirar esse papel do adesivo e colocar o absorvente no meio da calcinha, nem pra frente, nem pra trás, depois você tira esse papel dessa aba aqui oh-mostro pra ela que presta atenção-e cola na calcinha também-faço pra ela que fica me encarando-que foi? Não entendeu? Não expliquei direito?
-eu entendi tudo, obrigada pai-ela me abraça apertado-eu já te disse que você é o melhor pai do mundo né?
-acho que não disse não-faço graça e ela me olha rindo
-você é o melhor pai do mundo, te amo-ela beija minha bochecha-obrigada
-de nada meu amor, agora vai tomar banho-faço cócegas e ela se afasta
-você é doido-ela fala rindo
-por quê?-questiono
-olha o tanto de absorvente que você comprou-ela tira tudo da sacola-doido
-sou doidinho por vocês, fiquei com medo de comprar errado e decidi comprar um de cada, eu acertaria de qualquer jeito
-obrigada de novo, melhor pai do mundo-ela pega tudo e sai desconfiada pro banheiro

Eu me levanto, mesmo cansado, tanto fisicamente, quanto emocionalmente e sigo pro meu quarto, encontro a Marina sentada na cama mexendo no celular.

Ela me olha sorrindo e tudo o que consigo fazer é revirar os olhos.

-que foi?-pergunta preocupada
-vim te chamar e você só virou pro outro lado e continuou dormindo
-você disse que eu podia dormir
-eu disse quando fui levar as crianças, eu te chamei quase agora por outro motivo
-que motivo?-faz cara de tédio
-a Laura menstruou
-quê?-me olha chocada
-ela menstruou e eu não sabia o que fazer, fui na farmácia comprei todo os tipos de absorvente possíveis e ainda tive que me mostrar um excper no assunto e ensinar ela como coloca o absorvente
-você fez isso?-ela está surpresa
-fiz, não sei nem se expliquei direito, mas fiz-cruzo os braços bicudo
-ah amor-ela me faz deitar na cama e senta em cima do meu membro
-que foi? Tô bolado por você não ter acordado
-eu não acordei e você foi maravilhoso como sempre, merece uma nova recompensa
-acha mesmo que vai me ganhar oferecendo sexo?-faço cara de deboche
-acho-concorda sorrindo safada
-você como sempre, coberta de razão-levo minhas mãos até sua bunda
-obrigada por ser um maravilhoso homem, marido, amigo e pai. Você é a melhor escolha que eu fiz na minha vida
-digo o mesmo, você foi a minha melhor escolha
-te amo-ela se declara
-te amo mais-nos viro na cama

[...]




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Olá 😌😘

Capítulo 375 - Primeiro beijo

Marina

-que foi?-pergunto ao meu marido que tinha ido ter uma conversa com a nossa filha mais velha e voltou com um bico do tamanho do mundo

Eu sei exatamente qual o assunto, ela deu o primeiro beijo e queria contar a ele pessoalmente.

-ela beijou-ele cruza os braços feito criança birrenta-você sabia né?
-sabia, mas ela me pediu pra não contar, ela mesma queria fazer isso e eu respeitei a vontade dela
-e se ela começar a namorar?
-ai não podemos fazer muito além de aconselhar e observar eles-me sento ao lado dele-nós sabíamos que uma hora ou outra esse momento chegaria e olha só, chegou. Não vamos brigar com ela, isso vai nos afastar
-eu não briguei com ela, eu quase pirei, quase surtei, mas respirei fundo e fui o melhor pai que ela poderia ter, eu escutei e ainda aconselhei, mas agora estamos só nós dois e eu não posso fingir que tá tudo bem, porque não tá
-tá tudo bem surtar agora, você já foi ótimo com ela, comigo você pode pirar
-posso?-pergunta pra ter certeza
-pode-concordo

E ele surtou!

Gritou, socou o travesseiro, socou a porta, quebrou um vaso de flores que eu tinha no quarto, quebrou meu abajur e rachou o espelho da parede. Depois de extravasar sua raiva, ele começa a chorar. Eu tinha certeza que ele não saberia lidar com essa situação, mas ver ele mal assim me machucou. Meu agradecimento a Deus foi por ele não ter surtado com a Laura, seria difícil pra ela confiar nele novamente.

Me sento na cama e chamo o Luan, ele deita sua cabeça em meu colo e continua a chorar. Faço carinho e até ouso em cantar a música da Laura.

Aos poucos Luan se acalma e quando sinto seu corpo pesar, percebo que ele adormeceu.

Não acho que um beijo seja motivo pra tudo isso, mas são os sentimentos do Luan e não posso julgar. Eu tentei o preparar para esse momento, mas infelizmente não consegui, só espero que eu consiga o preparar pra quando ela começar a namorar.

Me levanto com cuidado, pois o sono dele é leve e desço as escadas olhando minhas mensagens.

Ao chegar na cozinha, encontro meus quatro filhos sentados no balcão e comendo misto quente de café da tarde.

-será que rola um misto desse pra mim?-pergunto me aproximando da Tânia que olha meus filhos comendo
-vou fazer agora-ela começa a preparar-será que o Luan quer também?-ela pergunta me olhando e sinto mais olhares em mim, porém não desvio meu olhar
-ele tá tirando um cochilo-dou de ombros e a Tânia concorda sem realmente acreditar
-mãe-Laura diz e eu sem ter como fugir, direciono meu olhar nela
-que foi meu amor?-pergunto tranquila, meus outros três filhos nem me olham, só querem saber de comer
-tá tudo bem?-pergunta preocupada
-tá sim-concordo
-eu escutei coisa quebrando-ela acusa
-foi o espelho, mas não se preocupa, depois a gente conversa-aliso seu cabelo e beijo o topo da sua cabeça

Laura percebendo que não tem muito o que fazer, simplesmente volta a comer.

Tânia me entrega meu misto e eu como em pé mesmo.

Matheus é o primeiro a terminar e logo mostra sua barriga pra mim, mostrando o quanto está cheio.

-posso ir na piscina?-ele pergunta apressado
-você acabou de comer meu amor, espera um pouco, depois a gente vai
-a gente? Você vai também?-pergunta todo animadinho
-vou sim-concordo
-não vai trabalhar hoje mais?-Laura pergunta curiosa
-vou não, vou aproveitar que seu pai tá em casa e que hoje vocês estão livres, pra gente ficar juntinhos-beijo a bochecha dos quatro

Depois de terminar, chamo a Tânia discretamente pra cozinha e ficamos sozinha.

-agora me fala o que aconteceu-ela diz apressada
-Laura deu o primeiro beijo e o Luan surtou comigo, pra não surtar com ela-conto baixinho-ele quebrou várias coisas lá no quarto, será que pode ir limpar? Fazendo um grande favor-peço com educação
-é claro, leva as crianças pra darem uma voltinha até o parque, eu subo e limpo, a Laura nem vai perceber
-você é demais-me estico e beijo sua bochecha-obrigada por tudo
-de nada, agora vai
-tô indo

Me aproximo dos meus filhos que estão com cara de sono e bato palmas, chamando a atenção deles.

-vamos lá na pracinha andar um pouco-chamo, mas a cara de desânimo deles, fica ainda maior-então tá, vou trabalhar, fiquei em casa pra gente ficar juntos, mas já que não querem-me viro e começo a andar em direção a escada
-bora mãe, uma volta na pracinha era tudo o que eu queria-Mariana diz fingindo animação e eu dou risada
-vocês não valem nada né meus pequenos-dou um cutucão na cintura de cada um-bora?-chamo novamente pra ter certeza que eles vão
-bora-os quatro respondem juntos

Seguimos do jeito que estávamos mesmo e fomos conversando. Eu quis saber mais sobre a vida escolar de cada um e me orgulho ao ver a inteligência deles.

Enquanto eles são pequenos, eu preciso ensinar coisas boas. Educação e estudo é uma das melhores heranças que posso deixar pra eles.

Ficamos cerca de meia hora na pracinha batendo um papo e brincando nos brinquedos que tem ali.

Ao voltar pra casa, os quatro sobem correndo pra colocar roupa de banho e eu sigo pra cozinha, encontro o meu marido mexendo com carne de churrasco.

-já levantou meu amor-me aproximo dele e o abraço por trás
-acordei com a Tânia limpando o quarto-ele me olha envergonhado-me desculpa por quebrar as coisas-se vira-prometo te recompensar pelo show
-se era disso que você precisava pra extravasar, então tudo bem, não me importo, mas espero que esteja melhor
-estou-ele tá todo sem graça-tô morrendo de vergonha de você
-não é necessário amor, eu estava preparada pra isso, você não, mas é bem capaz que eu surte quando o Matheus perder a virgindade
-ele é homem, tá tranquilo
-deixa de ser machista-dou um soco em seu peito e ele ri
-a Tânia disse que você não vai trabalhar agora a tarde e que até combinou de ir pra piscina com as crianças, resolvi fazer um churrasquinho-ele aponta pra carne
-se a Laura perguntar, quebramos o espelho namorando-deixo avisado e fico na ponta dos pés para beija-lo

Luan se abaixa pronto pra iniciar um beijo, mas a voz do Matheus mandando ele se afastar de mim, faz com que nos afastemos rindo do ciúmes do meu caçula.

-ciumento demais esse meu filho-me aproximo dele e beijo sua testa-vai lá fora que eu já vou e passo protetor em você-dou um tapa na bunda dele
-eba, vai ter churrasco-ele comemora e faz uma dancinha de funk esquisita
-vai, agora para com essa dancinha feia e vai
-tô indo-ele diz e sai em direção a piscina

Volto a me aproximar do meu marido e antes que alguém atrapalhe, início um beijo bom e calmo. Encerramos por falta de fôlego e assim que me afasto, Mariana aparece na cozinha.

-mãe, a Laura tá te chamando-minha pequena se aproxima com um maiô lindo, que ela ganhou de alguma loja
-vai lá fora com o Matheus, vou ver o que a Laura quer e já vou lá passar protetor em vocês tá?-beijo sua testa
-tá-ela se desvencilha de mim, assim que vê o pai dela ali e vai até ele

O Matheus é o único que é mais apegado a mim, do que no Luan. As meninas tudo são coladas no pai. A Laura é meio termo.

Subo as escadas e ao chegar no quarto da Laura, encontro ela sentada na cama, abraçando suas pernas.

-meu pai ficou bravo né?-ela me olha chorosa

Fecho a porta atrás de mim e me sento ao lado dela, automaticamente ela larga as pernas e me abraça.

-lógico que ele não gostou do que aconteceu, mas ele não tá bravo, ele só não esperava que isso fosse acontecer tão rápido, você tá crescendo muito rápido-beijo sua cabeça
-mas ele quebrou o quarto todo por minha causa, mãe-ela me encara
-ai que você se engana bebê-me preparo pra mentir, não quero que ela fique receosa de contar as coisas pro meu marido-ele disse que se comportou, que não surtou com você e eu disse que ele merecia uma recompensa-dou de ombros e ela me olha caçando vestígios de mentira-estávamos namorando, ele me jogou contra o espelho e ele quebrou, mas graças a Deus não me machucou, acho que só fez um machucadinho na mão do seu pai, mas nada demais-ela continua séria e eu dou risada-o espelho quebrado cortou o clima, aff-finjo frustração e ela ri
-se brincar bastante com as crianças na piscina, eles vão dormir cedo-ela diz sugestiva, parece que acreditou na minha mentira-meu pai realmente merece uma recompensa, ele foi maravilhoso e ainda me deu conselhos
-vou recompensa-lo, mas fica tranquila. O espelho quebrou por causa disso, não foi por sua culpa. Seu pai ficou sim mexido, mas tudo o que ele quer, é ser seu amigo, quer que você converse com ele sobre tudo, que você se sinta a vontade pra falar
-eu me sinto a vontade com ele-ela sorri
-então pronto, isso é tudo o que importa-beijo sua bochecha-agpra escolhe um biquíni, seu pai tá lá embaixo preparando carne pra fazermos um churrasco
-você não vai mesmo trabalhar?
-não, vou ficar em casa, amanhã eu compenso-me levanto e ela faz o mesmo
-me ajuda a escolher um biquíni-ela levanta também
-ajudo-entro no closet dela e de cara vejo um de uma coleção que a Bruna criou

Entrego pra ela e deixo ela ali se trocando. Sigo pro meu quarto e coloco um biquíni também. Ao descer as escadas, dou de cara com o meu marido, ele me olha da cabeça aos pés e se aproxima.

-me dá cinco minutinhos-sussurra no meu ouvido e eu grudo em seus braços
-não sussurra assim no meu ouvido que fico com vontade
-cinco minutos?-ele mordisca o lóbulo da minha orelha
-cinco minutos!-me rendo

Luan gruda em minha cintura e me puxa pra cima. Ele sobe as escadas quase correndo, comigo grudada em seu corpo.

Ao entrar no quarto, ele tranca a porta e me deita na cama, ficando por cima.

-você deve tá dormindo no formol, num é possível. Quase quarenta e tá nesse corpinho de 20-ele desamarra a parte de cima do meu biquíni
-olha quem fala-me estico e o ajudo a tirar a camiseta
-mas eu não dei a luz a quatro filhos sereia-ele desamarra a parte debaixo do meu biquíni e joga longe
-ok, você tem toda razão-abaixo sua bermuda juntamente com sua cueca e encaro a minha tatuagem-coisa linda, vontade de chupar você
-depois-ele mesmo se livra da roupa que ainda está em seu corpo

Luan se estica todo e me rouba mais um beijo bom. No meio do beijo, sinto sua mão entre minhas pernas, ele começa a me estimular e quando percebe que estou molhada o bastante, ele se encaixa em mim e entra sem avisar.

Ficamos naquele clima bom até chegarmos lá. Depois de nos recuperarmos daquele momento nosso, jogamos uma água no corpo rapidinho e visto novamente meu biquíni, Luan coloca uma sunga e descemos juntos.

Ele vai direto ligar a churrasqueira e eu paro pra passar protetor nos meus filhos. Mal termino de passar e eles correm pra piscina. Só a Laura que vai com toda calma do mundo.

Pego o protetor e sigo até o meu marido que coloca carne na grelha. Espero até que ele tenha colocado tudo que dá e puxo ele pra perto de mim.

-os cinco minutos já passaram-ele beija a pontinha do meu nariz
-vira, vou passar protetor nas suas costas e você passa na minha

Ele se vira e faço o que eu disse que faria. Assim que termino fico de costas pra ele que começa a passar protetor em mim.

-não sei o que dizer pra Laura
-o espelho quebrou com a gente namorando, fui te recompensar por ter sido um bom menino e você foi me prensar no espelho e ele acabou quebrando, simples-viro meu rosto pra olha-lo
-isso eu entendi amor, tô falando sobre agora, falar normal
-exatamente, é só falar normal, oush-me viro completamente-não trata ela com indiferença-falo séria-se fizer isso, ai mesmo que ela vai se afastar de você
-não vou fazer isso, prometo
-amanhã você vai ficar sozinho com ela durante a tarde-aviso e ele arregala os olhos
-por quê?
-eu vou trabalhar, o Matheus tem futebol, a Mariana e a Manuela tem balé, amanhã a Laura não tem nada
-vou me sair bem-ele diz confiante
-vai sim-volto a ficar de costas pra ele-se for comportado como hoje, a noite a gente sai pra compensar
-vamos pra onde?-ele me vira
-confia em mim, você vai adorar-lhe dou um selinho e me viro pra ele terminar de passar o protetor

Assim que ele termina, deixo ele ali e entro na piscina com meus filhos. Luan fica olhando de longe com um sorriso bobo, em seguida ele se aproxima e também entra na piscina.

Temos tudo o que um dia sonhamos, Deus é maravilhoso conosco.





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