Capítulo 374 - Bom menino

Marina

Aniversário de 13 anos da Laura. Ela não é tão festeira, mas de tanto a Bruna insistir ela topou fazer uma festinha aqui em casa. Eu estou me revesando entre o estúdio, meu marido que ainda não voltou a trabalhar, meus filhos e o aniversário da Laura. Nem dormindo direito estou, porém não posso reclamar, eu escolhi trabalhar mais.

-que horas o bolo chega?-pergunto pra Bruna que ficou responsável dessa parte
-as 19h30, relaxa tá tudo no tempo certo
-certeza?-reafirmo minha preocupação
-certeza, vai lá ver se a Laura tá precisando de alguma coisa, vou ver se o Breno já arrumou meus filhos
-vou-concordo e entro em casa

Subo as escadas e ao chegar no quarto da Laura encontro ela pensativa enquanto faz babyliss no cabelo.

-quer ajuda?-pergunto e ganho a atenção dela, que sorri me olhando pelo espelho
-termina pra mim-ela estica o babyliss pra mim e eu me aproximo dela
-que foi que tava pensativa?-pergunto preocupada com o que pode estar afligindo minha filha
-o Eduardo vai vim na festa e ele é grudento, vai querer ficar do meu lado e eu sei que o papai vai desconfiar, ele presta atenção em tudo, tô pensando em um jeito dele saber que eu tô gostando de alguém
-seu pai vai surtar? Vai-afirmo e ela me olha assustada-mas ele vai surtar internamente, na sua frente, ele vai respirar fundo e vai te dar bons conselhos-sou sincera-seu pai quer ser seu amigo, ele quer saber sobre essas coisas, mas como você não conversa com ele, ele fica sem graça de falar qualquer coisa pra não te constranger-continuo ajudando ela com o cabelo-fala pra ele que você está gostando do Eduardo, que ele também gosta de você, que você nunca beijou, mas quer, essas coisas-dou de ombros-eu acho muito cedo tudo isso, não vou negar-reviro os olhos e ela ri-mas assim como eu tô aqui por você, seu pai também estará
-com quantos anos você deu seu primeiro beijo?-pergunta curiosa
-com 13-conto sabendo que mentir é pior
-foi bom?
-foi péssimo-faço cara de nojo e ela solta uma gargalhada alta-eu já vinha treinando com a porta do guarda-roupa, com uma maçã e com uma almofada, então eu tava profissa, mas o menino-volto a fazer cara de repulsa-ele só faltou comer a minha cabeça inteira
-não é possível que foi tão ruim assim-ela diz rindo sem parar
-não só é possível, como foi, eu traumatizei e depois do meu primeiro beijo, eu só fui beijar novamente com 15 anos
-nossa mãe, pra que esperar tanto tempo
-eu pensava que todo mundo ia querer comer a minha cabeça, como o menino quase comeu
-qual era o nome dele?-ela vai parando de rir
-Rafael
-não foi o papai né?-ela me encara pelo espelho e é a minha vez de rir
-não, o seu pai eu conheci depois de velha
-velha?-ela faz uma cara, que me faz rir novamente-mãe, de velha você não tem nada, quando te vê, todo mundo pergunta se você é minha prima, quando digo que é mãe, todo mundo fica surpreso
-isso foi um elogio né?
-claro que foi, se eu não te conhecesse no máximo eu te daria 30 anos
-obrigada bebê-me curvo e beijo sua bochecha-mas voltando ao assunto você e o Eduardo, o que fará?
-você pode me ajudar?
-como?
-fala pro meu pai tudo, diz que eu pedi pra você contar, porque eu não tenho coragem e fala pra ele vim conversar comigo
-essa foi uma ótima ideia-concordo-farei isso assim que eu terminar seu cabelo, porque se for pra esperar você se maquiar, você vai se borrar toda
-você tem razão, como sempre-ela suspira
-tá tudo bem filha, ele não vai pirar igual eu
-e se pirar?-me encara
-é simples, diz que o ama e que ele é o cara da sua vida, ele vai se derreter todo
-tá bom

Termino de fazer os cachos no cabelo dela e ela começa a fazer um penteado que viu no Instagram.

Deixo ela se arrumar e sigo pro meu quarto, encontro a Manu e a Mariana arrumadas e deitadas na cama, já o Matheus pula na cama, enquanto meu marido de roupão, tenta colocar uma camiseta nele.

-tá difícil?-encosto no batente da porta e fico encarando ele que solta um suspiro de alívio
-que bom que você apareceu, esse menino não para-Luan bufa frustrado
-Matheus, senta agora-falo séria com ele que me olha ainda pulando, ele não me vê sorrindo ou quase sorrindo, então senta na cama e fica bicudo
-como você fez isso?-Luan me encara e finalmente veste a camiseta no meu pequeno arteiro
-se você não rir do que ele faz, ele sabe que é sério, mas se ele ver um quase sorriso que seja, ele vai continuar, pois acha que você está gostando-dou de ombros e me aproximo dele-vem cá-puxo ele pro nosso closet e tiro o roupão de seu corpo
-que foi? Não dá pra nos divertir agora, as crianças estão logo ali
-não é isso-reviro os olhos-se veste, a Laura quer conversar com você-aviso pegando uma bermuda preta pra ele, em festa ele se suja mais do que criança
-conversar sobre o que?-ele veste a bermuda e passa desodorante embaixo dos braços
-sobre o menino que ela gosta-escolho uma camiseta laranja e ao terminar de falar, escuto ele engasgar-relaxa Luan, eu disse pra ela que você não surtaria, que você quer ser amigo dela, então por favor
-mas o que ela quer falar?
-o menino que ela gosta, vai estar hoje na festa, ele se chama Eduardo, ela me disse que ele é super grudento, então ele ficará colado nela o tempo que estiver aqui, ela quer falar com você sobre isso
-o que eu faço?-ele pergunta meio assustado e veste a camiseta
-seja carinhoso, dê conselhos a ela e diz que quer ser amigo confidente-aconselho e ele concorda-deixa pra surtar quando estiver só nós dois, por favor-faço carinho em seu rosto e ele apenas assenti concordando-se você se comportar, tem recompensa depois-aproximo minha boca da sua e dou início a um beijo carinhoso
-vou me comportar-ele sussurra quando nos afastamos
-vai indo, vou pegar uma roupa pra eu tomar banho
-nada curto-ele fala alto
-vou vestir o que eu quiser e bem entender, você não manda nas minhas roupas-retruco e não escuto resposta dele

Pego um macacão preto com um leve decote, uma calcinha e escolho apenas um brinco como assessório. Hoje é um dos dias que estou leve.

Saio do closet carregando tudo que peguei, menos o brinco e encontro meus três pequenos deitados na minha cama.

-mamãe, tô com fome-Matheus reclama assim que me vê
-espera eu tomar um banho rapidinho e dou alguma coisa pra vocês comerem, ta bom?-torço por uma resposta positiva
-tá bom-os três respondem

Entro no banheiro e tomo meu banho tranquilamente, como lavei meu cabelo agora a tarde, eu nem ouso em molha-lo.

Depois de estar devidamente limpa, saio do box e me visto no banheiro, me olho no meu espelho e gosto do que vejo. Estou bonita e confortável.

Ligo meu babyliss e faço alguns cachos no meu cabelo, gosto de como ele fica e saio do banheiro.

-nossa-Matheus, que é o primeiro a me ver, diz
-que foi?-olho pra mim mesma caçando algo de errado
-você tá tão linda mamãe-ele elogia e me faz sorrir

Me jogo na cama em cima dele e encho seu rosto de beijinhos. As duas ciumentas ao lado reclamam e eu dou beijos nelas também.

Me levanto depois daquele momento de carinho e sigo pro closet. Faço uma maquiagem levíssima, passo perfume, coloco os brincos e calço minha sandália com um salto pequeno. Dou uma voltinha na frente do espelho e sorrio me amando.

Separo uma roupa pra eu dormir e uma pro Luan, deixo ali em cima do balcão do closet e saío daquele espaço.

-bora?-chamo meus filhos e eles sem nem pensar, se levantam e se aproximam de mim

Descemos os quatro juntos e encontro a Bruna fazendo um sanduíche pros seus pequenos.

-faz mais três-peço pra ela que me olha com cara de assustada-não foi a intenção-dou risada
-vaca-fala baixo
-o bolo chegou?-pergunto curiosa
-sim e tá lindo demais-ela elogia a decoração do bolo que foi escolhida especialmente pra minha filha
-cadê seus pais?-questiono
-tá lá atrás com os seus pais
-ah tá, vai fazer sanduba pros meus três pequenos?
-vou-ela confirma pegando mais pão
-então vou lá falar com meus sogros e já volto-beijo a bochecha dela

Ando pela casa até chegar na área de lazer, onde será a festa. Encontro meus pais e meus sogros juntos, perto da churrasqueira.

-oi-cumprimento todo mundo muito animada
-cadê a Laura?-minha sogra pergunta
-tá em um papo sério com o Luan, já já ela desce
-aconteceu alguma coisa?-meu pai super protetor pergunta preocupado
-não, é só conversa de pai e filha-dou de ombros

Converso com eles por um tempo e quando escuto a Manuela me chamar, me levanto e sigo de volta da casa.

-que foi?-me aproximo da minha filha
-a tia Bru tá chamando
-que foi?-me aproximo da Bruna
-vem ajudar seus filhos a não se sujarem
-isso é o mais difícil-abro uma gaveta do armário e pego panos de prato

Coloco por cima da roupa dos meus filhos e dou um sanduíche pra cada um. Eles comem comportadinhos e eu fico ali olhando pra ter certeza que eles não vão se sujar.

Matheus que é o mais fominha, termina primeiro e depois de beber um pouco de suco, ele sai correndo atrás dos avôs e avós.

Mariana também termina e faz o mesmo que o Matheus, sai correndo atrás dos meus pais e dos meus sogros.

Manuela come metade do lanche e começa a fazer cara feia, ela é assim, quase tudo come pela metade, só doce que ela come por inteiro.

-não quer mais?-pergunto e ela nega discretamente-então não come-pego o lanche dela e lhe dou suco

Ela bebe um pouco, se levanta, me dá o guardanapo que estava em sua roupa e sai andando em direção onde meus filhos foram.

-dinda tá tão linda-Bernardo diz me olhando
-você que tá meu amor-sento entre ele e a Amanda, filhos da Bruna-que dia você vem dormir aqui?-pergunto e ele olha pra mãe dele-que foi? Ela não quer deixar?
-ele tá muito desobediente no colégio-Bruna diz séria e assim que a Amanda termina de comer, ela sai sem preocupação, já o Bernardo fica ali quietinho
-o que conversamos sobre ser desobediente?-questiono o Bernardo que permanece quieto-você me prometeu que iria melhorar-falo com cautela e ele faz um biquinho-você tem um mês pra mudar, caso contrário viagem pra Disney pra você será cancelada-aviso e ele me olha assustado-foi o nosso combinado e você não tá cumprindo, então também não cumprirei minha parte
-isso é chantagem-ele cruza os braços bravinho
-não é chantagem não, você sabe que combinamos de ir nas férias do meio do ano pra lá, mas que só irão aqueles que forem obedientes e que estão estudando direitinho. Se você não tá fazendo isso, então você não irá, é o combinado e ponto-falo séria e ele olha pra Bruna na esperança de encontrar apoio dela, mas ela finge que não é com ela
-eu tirei 10 na prova de matemática-ele retruca
-que bom, agora só falta ser obediente
-tá bom-ele suspira-eu vou melhorar
-que bom
-eu prometo-ele enche o peito pra dizer
-quero ver Bernardo, quero ver-me levanto
-onde vai?
-ver se a Laura precisa de mim, já está na hora que ela marcou, os convidados já devem estar pra chegar
-tá bom-ele concorda

Deixo ele ali com a Bruna e sigo pras escadas, ainda escuto ele perguntar todo educado pra mãe dele, se ele podia ir brincar.

Continuo meu caminho e antes de ir no quarto da Laura, sigo pro meu pra fazer um xixi. Ao entrar no quarto, encontro meu marido deitado na cama com o braço sobre o rosto e pela sua respiração percebo que ele está chorando.

-ei-chamo sua atenção, mas ele me ignora e seu choro se torna compulsivo

Tranco a porta e me aproximo dele. Tiro meu salto e me sento na cama. Puxo o Luan pra mim e ele deita a cabeça em meu colo.

-que foi?-faço cafuné em sua cabeça
-por que nossos filhos não podem ser crianças pra sempre?-ele pergunta entre soluços

Pego meu celular e mando uma mensagem pra Bruna, pedindo pra ela ir ajudar a Laura, pois estou ocupada com o Luan.

-é o ciclo da vida amor-começo a responder seu questionamento-a vida é feita de fases e essas fases são necessárias
-eu vou parar de ser o homem favorito dela-ele choraminga e eu sorrio achando fofo o seu medo
-você sabe melhor que todo mundo, que isso não é possível de acontecer. Você é o homem da vida das nossas meninas e do nosso homenzinho. Você sempre será o homem que tem maior valor pra eles, você sempre será preferência, sempre será a escolha deles
-e se de repente eu não for mais?
-eu já disse, isso é impossível de acontecer. Eles te amam com todas as forças, da maneira mais pura que pode existir. Acalma seu coração, você é e sempre será o homem número um deles

Ele fica quietinho no meu colo, só chorando e quando se acalma, ele me olha envergonhado.

-desculpa-pede sem graça
-não tem o que se desculpar
-sou um bobo enciumado-coça a barba
-você é bobo e é ciumento, mas amamos isso, não se preocupe, não tem motivos para desculpas-faço carinho em seu rosto-quer dizer, não disse bobagem pra Laura né?-pergunto pra ter certeza
-não, eu me controlei-ele ri-fui um pai amigo, escutei e dei conselhos
-que bom, tô orgulhosa-me estico e lhe dou um selinho
-e agora?-me encara
-agora vamos descer e curtir a festa com ela e com os convidados
-ok-ele concorda-vou só lavar meu rosto-se levanta e segue pro banheiro

Espero até que meu marido esteja pronto. Quando ele aparece recomposto, eu me levanto, ajeito minha roupa e estico minha mão pra ele.

-bora?
-bora-concorda

Descemos juntos e ao chegar na sala, demos de cara com a Laura abraçada a um garoto da idade dela.

Automaticamente Luan aperta a minha mão e quando a Laura pensa em se aproximar do menino, o suficiente pra beija-lo, Luan começa a pigarrear.

Laura no mesmo instante se afasta do garoto e se vira pra gente com uma carinha de assustada.

-oi mãe, oi pai-ela diz e nos aproximamos-esse é o Edu que eu te falei
-oi Eduardo, é um prazer conhecer você-sou sincera
-o prazer é meu senhora-ele é simpático
-não sou tão velha assim-dou uma descontraida no clima e ele ri aliviado-me chama de você e de Mari, não precisa de formalidades
-tá bom então Mari-ele responde animado-prazer senhor Luan-ele estica a mão pro meu marido que demora um pouco até pegar na mão dele
-o prazer é meu-ele tenta parecer simpático-e assim como a minha esposa disse, sem formalidades. Sou só Luan, sou véi não, tô novinho em folha-ele faz graça também e todos nós rimos-fica a vontade viu-ele dá liberdade ao menino e me puxa pra parte de trás de casa
-bom menino-beijo seu rosto

Ao chegar na parte de fora percebemos que todas as amigas e amigos da Laura estão ali, assim como nossos amigos e amigas.

-acho que demoramos demais lá em cima-sussurro pro Luan
-também tô achando-ele responde risonho-e a gente nem transando tava
-não somos coelhos, fazemos muitas coisas além de transar
-fazemos-ele segura meu rosto e me rouba um beijo rápido-vou ali com os meninos tá?
-tá bom, sem beber-faço carinho em sua nuca
-eu sei-ele revira os olhos
-divirta-se-lhe dou um selinho e me afasto

Ando até a Hellen, Mário, Luiza, Van e Bruna e ai me aproximar eles começam a me zoar.

-nem tudo é sexo meus queridos-me sento no colo do meu viado e faço carinho na pequena barriga da Hellen-você tá tão linda-elogio e ela sorri me olhando
-eu me sinto exatamente assim
-ótimo, é assim que você deve se sentir. Quando a Olívia nascer você vai se sentir ainda melhor
-tenho certeza que sim. Eu pensei que isso jamais seria possível e hoje tá tudo lindo-ela mesma alisa a barriga dela
-tô feliz por você-sorrio sem me conter
-eu sei que sim-ela sorri de volta com os olhinhos brilhando
-tão bom ter todo mundo aqui-olho as crianças no parquinho, os adolescentes tudo junto, meus pais e os pais do Luan juntos, Luan e os meninos e eu e as meninas
-parece final feliz-Mario diz animado
-vai ser final feliz até a Laura começar a namorar-dou risada e eles me acompanham-bora comer?-me levanto e puxo o Mario comigo
-bora-Hellen é a mais animada e nos arranca gargalhadas
-eu te entendo, fiquei grávida por 3 vezes
-ai gosta em-Bruna me zoa
-não fala nada não, você ficou 2, apenas uma a menos-reviro os olhos
-bora minha reprodutora-Mario me puxa e eu sigo com ele

Ao passar pela minha filha, ela me para e me olha toda animadinha.

-bora começar sua festa?-sugiro
-guarda coisa pra eu comer depois, não quero comer muito agora
-vou guardar-beijo sua bochecha
-meu pai merece um agrado por hoje, o que você acha?
-meu agrado eu vou dar mais tarde, agora você agrada ele amanhã
-credo, pais não transam-ela tampa os ouvidos e eu dou risada
-transam sim e muito-jogo beijo pra ela e saio ao ver sua careta

O assunto sexo nunca foi um tabu entre a gente, agora então passou a ser constante. Preciso ensinar tudo a minha filha, antes que ela aprenda por si só e na prática.

[...]




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Capítulo 373 - Obra de arte

Luan

Minha festa surpresa me deu ânimo, força e coragem. Ver meus filhos felizes por me ver bem, me deu gás.

Nos despedimos de todos já pela noite depois de todo mundo ter jantado, Marina fez questão de pedir comida pra um batalhão.

Tomei um banho com o Matheus, enquanto Marina foi dar banho na Manuela e na Mariana. Laura que já é grande, tomou sozinha.

Coloco meu pequeno pra dormir e assim que saio do quarto, dou de cara com a Marina que sai do quarto das minhas pequenas.

-Laura já dormiu?-pergunto pra ver se ela sabe
-não sei, tô indo ver agora-ela aponta pra porta do quarto da Laura e começa a andar em direção a ela
-vou também-sigo minha esposa que nem sequer olha pra trás

Marina entra no quarto sem me esperar e eu entro em seguida. Laura já está deitada e mexendo no celular. Me aproximo e me jogo ao seu lado na cama.

-vai dormir já?-pergunto pra ter certeza
-sim, só tô respondendo todo mundo que perguntou se tá tudo bem
-que bom, avisa que tô bem e que agradeci pela preocupação
-farei isso-ela responde toda educada e volta sua atenção a Marina que permanece em pé, com os braços cruzados-deita aqui também mãe-ela chama e a Marina nega-que foi que você e meu pai estão se estranhando?-ela percebeu
-eu fiz piada com a minha saúde e falei alto com ela na van, sobre um assunto que deveria ser só nosso-sou sincero com a minha filha, pois sei que não adianta mentir pra ela, ela sempre sabe quando estou mentindo
-que bom que está admitindo que fez merda, agora se orgulha menos disso e peça desculpas
-eu já pedi e ela disse que aceitava
-você aceitou mãe?-pergunta pra Marina que revira os olhos
-aceitei, mas ainda vamos conversar sobre isso-ela responde
-então já que aceitou, para de marra e vem deitar aqui-ela tira o cobertor do corpo e dá espaço pra Marina deitar, assim ela faz
-senti sua falta-Marina sussurra pra ela
-e eu senti a falta de vocês-ela se estica toda e deixa o celular no criado mudo
-te amo-me declaro pra ela que sorri toda fofa
-eu amo muito vocês, não sei o que seria da minha vida sem um de vocês, então por favor, continuem vivos pra sempre
-sabe que isso não é possível né?-questiono
-prefiro acreditar que até lá vão descobrir um remédio para imortalidade-ela boceja e fecha os olhos
-dorme meu amor-Marina beija a testa dela e eu faço o mesmo
-boa noite mamãe, boa noite papai-ela diz sem abrir os olhos
-boa noite-falamos juntos
-bença
-Deus abençoe-novamente eu e a Marina respondemos juntos

Ficamos ali até ela finalmente dormir. Marina é a primeira a levantar e sair. Eu fico mais um tempo admirando a beleza e pureza da minha filha.

Incrível como a Laura cresceu rápido e eu estou feliz por não ter perdido a infância dela e nem estar perdendo a adolescência.

-te amo-sussurro pra ela e me levanto

Saio do quarto da minha primogênita e passo no quarto das minhas pequenas. Fico um tempo admirando a Manu e a Maricota dormirem, elas são tão lindas, a cada dia que passa se parecem mais com a mãe, a única diferença é a que a Mariana tem o cabelo mais escuro.

Dou um beijo em cada uma, abençoo as duas e saio do quarto delas preparando pra ter uma conversa séria com a minha esposa.

Ao entrar no nosso quarto, vejo ela sair do banheiro com uma toalha enrolada no corpo. Que saudade de senti-la minha.

Ela me ignora e vai pro closet, eu respiro fundo e sigo pro banheiro. Procuro alguma das minhas toalhas ali, mas não encontro nenhuma.

Saio do banheiro e sigo pro closet, dessa vez vejo minha esposa pelada pronta pra colocar uma calcinha. Caralho Marina!

-que foi?-ela pergunta ao me ver olhando ela e veste a calcinha
-não tem nenhuma toalha minha no banheiro-explico meio gago

Ela anda pelo closet só de calcinha e isso me excita e muito. Ela procura algo em um dos meus armários e em seguida se aproxima e me entrega uma toalha.

-pronto-volta pra onde estava e dessa vez veste uma camisola preta e meio transparente-quer mais alguma coisa?-ela pergunta ao ver que continuo olhando ela
-me deixa observar essa obra de arte mais um pouco-me escosto no batente da porta
-que obra de arte?-ela pega um creme de pele
-Você!-sou sincero e vejo ela ficar sem jeito-eu amo tanto você, me desculpa por ter falado alto contigo e não ter aceitado suas justificativas. Você já parou seu trabalho durante esse tempo que ficou comigo lá, não pode continuar parada, eu te entendo.-começo logo a nossa conversa-Me desculpa por parecer que eu não me importei que você quase morreu de pneumonia, na verdade eu me importei e me importo muito com isso, foi quando eu te vi mais perto da morte e doeu tanto, tanto. Se você sentiu o que eu senti quando você estava doente, eu tenho certeza que você quase morreu de novo.-encerro a conversa e ela não diz nada, apenas continua passando o seu creme-vou tomar um banho

Sigo pro banheiro e tomo o meu banho um pouco demorado. Ao sair do banheiro encontro a Marina sentada na cama de frente pra porta, ela me olha com aqueles olhinhos pequenos e vermelhos, ela chora.

-sim, eu quase morri. Eu não posso perder você, nunca-sua voz falha-quando eu digo que sem você eu não consigo continuar, não é brincadeira, eu realmente não consigo Luan, eu não imagino a minha vida de jeito nenhum sem você.-ela se aproxima-eu preciso trabalhar agora, porque eu quero fazer igual a você, eu quero desacelerar e viver só pra nossa família, então se eu quero realmente fazer isso, eu preciso trabalhar muito esse ano-ela limpa as lágrimas-e você gritar comigo só me deixou mais irritada-me dá um tapa no peito-eu te falei que estou de TPM, mas você parece não se importar com isso-revira os olhos e eu dou risada
-eu me importo, me importo tanto, que se você quiser ir na cozinha e pegar um chocolate pra comer, eu não vou me importar, nem vou pedir um pedaço
-promete?
-prometo
-tá bom, depois eu pego
-você me perdoa de verdade? Sem ficar de cara feia pra mim?
-perdoo, eu não quero nunca mais ir dormir brigada contigo-seus olhos voltam a se encher de lágrimas-a vida é um sopro, quando você percebe, ela já acabou, eu não quero brigar e se for pra brigar, que a gente se resolva antes de dormir, sempre, pois é conversando que a gente se acerta
-sem dormir brigados-estico o dedo mindinho pra ela e ela enlaça o seu com o meu
-te amo-ela me abraça apertado
-eu também amo você-retribuo a sua declaração de amor-agora eu preciso ir me vestir, pois estou pelado, só de cueca-aviso me afastando
-faz amor comigo?-ela pede manhosa
-faço-respondo animado-tô morrendo de saudade
-não usa a palavra morrendo-ela toca meu peito
-não usarei-me estico e beijo suas lágrimas

Aos poucos ela vai se acalmando e eu aproveito seu relaxamento pra deita-la na cama.

Marina se ajeita e me puxa pra ficar por cima dela. Volto a beijar suas lágrimas e deslizo meus labios até chegarem em sua boca. Marina fica de olhos fechados e quando sente eu iniciar um beijo, ela se entrega e me agarra pelo pescoço.

Eu amo fazer isso com ela, amo tudo que ela me causa.

Sem parar o beijo, desço minhas mãos até suas coxas e calmamente distribuo carícias ali, porém parece que não é calmaria que minha mulher querer.

Marina sem separar nossos lábios dá impulso com seu corpo, nos vira na cama e fica por cima de mim.

-ei-encerro o beijo-eu tava no comando
-falou certo, tava, não tá mais-ela segura meus braços a cima da minha cabeça-você tá doentinho, vou cuidar de você
-pode cuidar-me rendo e ela me olha surpresa-que foi?-pergunto encarando seu rosto
-você se rendeu tão fácil
-eu só me lembrei que quando você resolve comandar, você nunca decepciona e eu estou com tanta saudade que não consigo negar
-que bom

Voltamos a nos beijar mais intenso que antes. Sugo seu lábio inferior com vontade e volto a colocar minha língua em sua boca, travando uma batalha boa e só paramos quando o fôlego se foi, precisávamos de ar.

Marina desce seus lábios até meu pescoço e mordisca minha pele sem medo de ficar marca, curto o meu momento e deixo ela fazer o que quiser. Marina arranha minha nuca e puxa o pouco do meu cabelo que ela consegue pegar, acabo arfando já de olhos fechados e sinto minha ereção presente entre nós.

Desço minhas mãos até a sua bunda e aperto com força. Marina ao sentir a minha  animação, encerra o nosso beijo e volta a me olhar.

-tudo bem?-pergunta preocupada
-tô ótimo-sorrio safado pra ela que retribui

Coloco minha cabeça na curva do seu pescoço e mordisco levemente a sua pele. Marina se arrepia ao sentir os meus toques.

Ela coloca seu rosto em meu pescoço também e passa a ponta da língua em minha pele, ela sobe até a minha orelha, e ao chegar dá uma leve mordiscada.

-está tentando me excitar?-pergunto pelo contato da sua boca com a minha pele
-talvez-mordisca meu lábio inferior
-não precisa e você sabe-me estico e pressiono meu quadril contra ela

Marina solta um gemido e senta em cima do meu membro, me deixando mais doido ainda.

-vai logo-peço
-ainda não-ela se afasta de mim e me olha sapeca
-por que ainda não?
-não vou fazer de qualquer jeito amor-antes que eu possa responder ela me beija

Tão intenso quanto antes, tão intenso como a nossa primeira vez a anos atrás. Nossas línguas travam uma deliciosa batalha e nós dois somos vencidos pela falta de fôlego.

Busco ar, enquanto Marina desliza sua boca pela minha bochecha, ela mordisca o lóbulo da minha orelha e continua descendo, até estar beijando o meu pescoço.

-pescoço sempre foi meu ponto fraco e você sabe-me encolho
-é eu sei-sussurra contra a minha pele me fazendo arrepiar ainda mais

Ela volta a me beijar na boca, porém nosso beijo dura pouco tempo. Me olhando ela começa a descer seus lábios, Marina chega em meu queixo, desce pelo meu pescoço e chega meu peito. Ela distribui beijos por todo o espaço ali e para em meus pequenos mamilos.

-como eu amo você-ela passa a me cheirar-eu amo o seu cheiro, amo tudo o que me proporciona, eu te amo-ela diz e sua um dos meus mamilos, assim como costumo fazer com ela
-que saudade-solto

Ela se delicia e me delicia, não tenho palavras pra expressar a deliciosa sensação que é ter ela em cima de mim.

-desce-peço em um sussurro depois de um tempo naquela tortura

Sinto ela sorrir contra a minha pele e em seguida começar a descer seus beijos. Ela beija toda a minha barriga e ao chegar em frente ao meu membro coberto pela cueca, ela me encara.

-por favor-imploro e ela sorri arranhando minha barriga

Marina passa suas mãos na lateral do meu corpo e tira a cueca de mim, ajudo ela pra ser mais rápido, porém parece que a pressa que ela tinha, acabou.

-filha da mãe-me sento na cama, grudo em seu cabelo e a direciono até o meu pau

Marina primeiramente passa a língua na cabeça do meu pau e desce até a base, ela se certifica que estou completamente excitado e solta um sorriso de lado.

-chupa de verdade-peço angustiado com a sua demora

Marina lambe os lábios e em seguida abre a boca, ela se abaixa na minha frente e seus lábios me sugam com vontade, sua língua trabalha junto me dando ainda mais prazer, me deixando ainda mais excitado e próximo de um orgasmo. Arqueio o meu quadril em direção a ela fazendo com que meu membro vá ainda mais fundo em sua boca.

-caralho Marina-falo alto sem conseguir controlar

Os gemidos saem da minha boca sem permissão, não consigo controlar o meu corpo, nem o meu pau e começo a ir ao encontro do meu orgasmo, tô tão próximo de gozar em sua boca que posso sentir minha goza em toda a minha extensão.

Fecho os meus olhos pronto pra gozar, quando a Marina se afasta e para de me chupar, abro os olhos e encaro ela que me olha com um sorriso cafajeste nos lábios.

-eu tava quase-protesto
-ainda não-ela nega com a cabeça e volta a ficar por cima de mim
-quando então?

Ela não me responde com palavras. Marina tira a camisola, coloca a calcinha de lado e senta em mim me fazendo soltar um gemido mais alto que todos os outros.

-caramba-suspiro ao me sentir todo dentro
-tava com saudade?-pergunta e vagarosamente move seu corpo em cima de mim, me fazendo sair centímetro por centímetro dela e depois tornando a entrar novamente
-sim, muita saudade, meu Deus, como eu senti saudade-falo entre um gemido e ela dá uma risadinha gostosa

Marina se curva sobre mim, beija meu pescoço e desce beijando até chegar novamente em meus mamilos.

Ela aumenta o ritmo em que senta em mim e me sinto cada vez mais perto do meu orgasmo.

-obrigada por estar ao meu lado nesse momento ruim-agradeço e ela levanta a cabeça me encarando
-eu amo você ursinho-ela se declara
-fala de novo-peço e estico minha mão direita caçando seu clitóris, quero que ela chegue lá junto comigo
-eu te amo ursinho-dessa vez sai entre gemidos e me causa uma boa sensação-meu Deus, eu te amo-ela diz assim que acho seu ponto de máximo prazer

Marina me puxa pela nuca e junta nossos lábios em um beijo bom.

Eu tinha certeza que eu estava perto e que eu não aguentaria por muito mais tempo e realmente não aguentei.

Ao gozar dentro dela, continuo a acariciar seu ponto G e me sento na cama com ela ainda dentro de mim.

-eu amo você sereia, nunca vou me cansar de dizer isso, eu amo muito você, de todo o meu coração-encaro em seus olhos

Mal encerro minha declaração e ela fecha os olhos e se joga pra trás, sabia que assim como eu, ela também tinha chegado lá e da melhor forma, me escutando dizer o quanto eu a amo.

[...]





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Olá bebês, desde quando eu postei o capítulo passado, tô tentando postar esse, mas eu não tava conseguindo escrever o hot. Tá difícil ter inspiração pra escrever essas coisas 🤦🏾‍♀️
Mas tô aqui, o próximo sai mais rápido, pois não tem hot 😘